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AULA 7 – Organograma

A organização é uma importante função administrativa


e deve servir como base fundamental para a estratégia
organizacional. A estratégia define o que fazer, enquanto
a organização define o como fazer.
A estrutura organizacional é uma ferramenta para o
administrador utilizar no sentido de harmonizar os
recursos, de modo que tudo seja feita através da
estratégia estabelecida.
A organização é uma função administrativa distribuída
entre os níveis organizacionais, como mostra a figura
10.1.
Assim quando falamos de organização, queremos
dizer que o nível institucional estabelece o desempenho
organizacional de toda organização, o nível intermediário
estabelece o desenho departamental para cada uma das
unidades organizacionais e o nível operacional estabelece
o desenho dos cargos e tarefas de cada atividade. Cada
qual dentro de sua área de competência. Contudo o
processo é exatamente o mesmo para todos: Estruturar
das diferentes atividades que conduzem aos objetivos da
organização.
Cada administrador em seu nível organizacional
coordena o trabalho de várias pessoas e estrutura
equipes para processar a produção do trabalho.
A tarefa básica da organização é estabelecer a
estrutura organizacional. Existem dois caminhos para se
abordar a estrutura organizacional: a especialização
vertical e a especialização horizontal. A primeira conduz
aos níveis de hierarquia, e a segunda, as áreas de
departamentalização ou divisão.
Chamaremos a primeira estrutura vertical e a segunda
de departamentalização.

Estrutura Organizacional
É a maneira pela qual as atividades da organização
são divididas, organizadas e coordenadas. Constitui
arquitetura ou formato organizacional que assegura a
divisão e coordenação das atividades dos membros da
organização. Na verdade, a estrutura organizacional
funciona como a espinha dorsal da organização, o
esqueleto que sustenta e articula suas partes integrantes.
Nesse sentido, a estrutura organizacional costuma
apresentar uma natureza predominantemente estática.
Ela se refere à configuração dos órgãos e equipes da
organização.
Figura 10.1 – A organização nos três níveis da organização
Os níveis hierárquicos da organização.
Figura 10.3 A especialização vertical e horizontal da estrutura organizacional.
Dá-se o nome de unidade para cada subdivisão
dentro de uma organização. Assim, divisões,
departamentos, seções, grupos de trabalho e equipe são
considerados unidades organizacionais. De um lado,
cliente significa aquelas pessoas ou instituições que
utilizam o produto ou serviço proporcionado pela
organização . O cliente interno significa a pessoa ou
unidade que utiliza o produto ou serviço proporcionado
por outra pessoa ou serviço proporcionado por outra
pessoa ou unidade organizacional . O cliente externo
significa a pessoa ou instituição que utiliza o produto ou
serviço oferecido por outra organização.
Em uma empresa, o cliente pode ser o consumidor do
produto ou usuário do serviço. Na outra ponta, fornecedor
significa aquelas pessoas ou instituições que
proporcionam um produto ou serviço para que a
organização possa funcionar.
O fornecedor externo é uma organização , enquanto o
fornecedor interno representa uma unidade
organizacional.
A função administrativa de organizar conduz
necessariamente à criação da cultura organizacional. A
estrutura organizacional pode ser definida como:
1) O conjunto de tarefas formais atribuídas as unidades
organizacionais – divisões ou departamentos – e as
pessoas.
2) As relações de subordinação, incluindo linhas de
autoridade, responsabilidade pelas decisões, números
de níveis hierárquicos e amplitude do controle
administrativo.
3) As comunicações para assegurar coordenação eficaz
entre órgãos e pessoas ao longo das unidades
organizacionais.
O conjunto de tarefas formais, as relações de
subordinação e os sistemas de coordenação servem para
assegurar o controle vertical da organização. A estrutura
organizacional é eficaz na medida em que facilita o
alcance dos objetivos pelas pessoas e é eficiente na
medida em que faz com os mínimos cursos e custos.
Organograma
O organograma constitui a representação gráfica de
estrutura organizacional. É composto de retângulos (que
são as unidades organizacionais , como órgãos ou
cargos) e de linhas verticais e horizontais (que são as
relações da autoridade e as relações de autoridade e de
responsabilidade). Os retângulos representam como as
atividades são agregadas em unidades, como divisões,
departamentos, seções e equipes. As linhas mostram a
estrutura administrativa, isto é, como as pessoas se
reportam umas às outras e como os retângulos se
relacionam entre si com a hierarquia.
Em todo o decorrer da Era Industrial – enquanto
vigorava o velho modelo burocrático – o organograma
constituiu a carta representativa da estrutura
organizacional.
Hoje na Era da Informação, o organograma está
cedendo espaço para representações mais simples e
dinâmicas da estrutura organizacional. A figura 10.5 ilustra
um organograma tradicional de uma empresa têxtil.
Estrutura Vertical
A estrutura vertical refere-se ao aparato que envolve
três fatores principais: a hierarquia administrativa, a
amplitude de controle e o grau de centralização ou
descentralização do processo de tomada de decisões da
organização. Estes três fatores são estreitamente
relacionados entre si. Se uma organização adiciona mais
um nível administrativo, sua amplitude de controle fica
mais estreita, a estrutura administrativa mais elevada e o
grau de centralização/ descentralização é afetado. Se ela
reduz um nível administrativo, sua amplitude de controle
fica mais larga, sua estrutura administrativa mais
achatada e o grau de centralização/ descentralização
também é afetado. São três fatores interligados de
maneira independente.
1 - Hierarquia Administrativa
Para que os funcionários possam realizar
eficientemente suas tarefas e deveres, existe a hierarquia
administrativa. A função principal da hierarquia é
assegurar que as pessoas executem suas tarefas e
deveres de maneira eficiente e eficaz. A hierarquia
administrativa refere-se ao número de níveis de
administração que uma organização adota para assegurar
a realização das tarefas e o alcance dos seus objetivos.
Ela existe para que a assegurar que o trabalho
pulverizado entre os diversos componentes da
organização seja devidamente executado. É
predominantemente um esquema de controle.
2 - Divisão do trabalho
As organizações desempenham uma ampla variedade
de tarefas. A especialização do trabalho, que recebe
também o nome de divisão do trabalho, é o grau em que
as tarefas organizacionais são fragmentadas em
atividades separadas. Nota-se a separação das tarefas
organizacionais em finanças, pessoal, produção
(industrial), tecnologia (técnico) e marketing. Os
empregados dentro de cada unidade organizacional
desempenham somente as tarefas relevantes à sua
função especializada. A especialização do trabalho é
facilmente visível nas linhas de montagens de
automóveis, em que cada empregado executa a mesma
tarefa ao longo do tempo.
3 - Cadeia de comando
A cadeia de comando é uma linha contínua de
autoridade que liga todas as pessoas de uma organização
e que mostra quem se subordina a quem. Ela é associada
com dois princípios enunciados pela Teoria Clássica da
administração: o princípio da unidade de comando e o
princípio escalar. Unidade de comando significa que
cada empregado deve se reportar ou se subordinar a
apenas um chefe. Todas as pessoas da organização
devem saber a quem se reportar e quais os níveis
administrativos sucessivos que levam ao topo.
Exemplo: O gerente financeiro se subordina ao diretor
financeiro e assim por diante.
Autoridade, responsabilidade e delegação
Poder em uma organização é a capacidade de afetar
e controlar as ações e decisões das outras pessoas,
mesmo quando elas possam resistir. Uma pessoa que
ocupa uma alta posição ,em uma organização tem poder
porque sua posição apresenta o que chamamos de poder
de posição. A cadeia de comando reflete a hierarquia de
autoridade que existe na organização.
Do ponto de vista tradicional, a autoridade apresenta
três características principais:
1) Autoridade é decorrente de uma posição
organizacional, e não de pessoas. Os administradores
possuem autoridade em função da posição ocupada, e os
que tem posição semelhante devem ser a mesma
autoridade.
2) Autoridade deve ser aceita pelos subordinados.
Embora a autoridade flua do topo para a base da
hierarquia, os subordinados a aceitam porque acreditam
que os administradores tem o direito legítimo de dar em
ordens. A teoria da aceitação da autoridade argumenta
que um administrador tem a autoridade somente quando
os subordinados decidem aceitar o seu comando.

3) A autoridade flui abaixo pela hierarquia vertical. As


posições do topo da hierarquia são investidas com mais
autoridade formal do que as posições abaixo delas.
Figura 10.6 A cadeia escalar
Atribuição
Atribuição é o mecanismo através do qual a
autoridade e responsabilidade são distribuídas entre as
pessoas ou órgãos da organização. Significa que a
pessoa recebe autoridade e responsabilidade, ficando
sujeita a reportar-se e a justificar os resultados de suas
atividades aos seus superiores na cadeia de comando.

Delegação
Outro conceito relacionado com autoridade é a
delegação. É o processo pelo qual o administrador
transfere autoridade e responsabilidade aos seus
subordinados abaixo da hierarquia. Com tudo, muitos
administradores encontram enormes dificuldades em
delegar autoridade.
Autoridade de linha e staff - Dá-se o nome de linha
aos órgãos incumbidos de realizar a missão primária da
organização. Um departamento de linha é o responsável
pelo cumprimento dos objetivos principais da organização.
Figura 10.7 Estrutura da linha e staff
Amplitude Administrativa
Amplitude administrativa ou de controle significa o
número de empregados que se devem reportar a um
administrador. Determina o quanto um administrador deve
monitorar estreitamente seus subordinados. A partir da
década de 1980, passou-se a preferir amplitudes maiores
e organizações mais achatadas. A amplitude do controle
pode ser maior e com menor envolvimento do
administrador em função de algumas variáveis.
A amplitude administrativa estreita provoca custo
administrativo maior, porque existem mais
administradores para cuidar de um número menor de
pessoas. Cada administrador tem poucos subordinados a
supervisionar, e portanto, mais tempo e energia para os
deveres gerenciais para o trabalho não administrativo.
Com a supervisão mais estreita, as pessoas recebem
maior atenção individual e suporte do chefe, mas tem
menos oportunidade para autodireção. A amplitude
estreita tende a produzir estruturas organizacionais altas e
alongadas, com mais níveis hierárquicos, comunicações
mais lentas e mais dificuldade de coordenação entre
gerentes e grupos.
Ao contrário, a amplitude de controle larga permite
custos administrativos menores, porque existem menos
administradores para cuidar de um número maior de
pessoas.
Figura 10.8 A amplitude de controle
Figura 10.9 Três dimensões de amplitude e controle.
Organizações altas e organizações achatadas
A amplitude média utilizada por uma organização
determina se a estrutura organizacional será alta ou
achatada. Uma estrutura alta produz uma amplitude geral
estreita e muitos níveis hierárquicos, apresentando um
formato verticalizado. Uma estrutura achatada tem uma
amplitude geral ampla, dispersada e tem poucos níveis
hierárquicos, apresentando um formato horizontalizado.
Quase sempre, as organizações estão acrescentando
ou eliminando níveis hierárquicos em sua estrutura
organizacional para ajustar-se as novas situações ou
novos desafios.
Organização “Alta” Organização achatada
(Verticalizada) (Horizontalizada)
(5 níveis administrativos) (Dois níveis administrativos)
Centralização/ Descentralização
O grau de centralização/ descentralização refere-se
ao quanto a autoridade para tomar decisões está
concentrada no topo ou dispensada na base da
organização. A centralização significa que a autoridade
para decidir está localizada no topo da organização. A
descentralização significa que a autoridade está dispersa
nos níveis organizacionais mais baixo.
Geralmente, as organizações fazem várias tentativas
para saber qual o nível hierárquico mais adequado para
tomar as decisões sobre cada assunto.
Hoje há uma tendência nítida para a
descentralizações. Todavia, algumas grandes
organizações estão tentando exatamente o oposto, que é
a centralização de funções que antes eram
descentralizadas.
O Downsizing
O termo downsizing significa um processo de
enxugamento da estrutura organizacional. O termo surgiu
da passagem de uma geração de tecnologia de
informação (TI) para uma nova geração. No princípio
significava uma solução de descentralização de
processamento de dados em uma organização. O
downsizing trocou os antigos centros de processamentos
de dados (CPDs) das grandes organizações por redes de
microcomputadores, substituindo uma infinidades de
micros interligados entre si. Na outra ponta, o termo
upsizing representava a utilização de uma TI com
aplicações mais sofisticadas que ainda não foram
automatizadas nas organizações.

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