Você está na página 1de 100

...

”PADECEU
SOB PÔNCIO
PILATOS, FOI
CRUCIFICADO,
MORTO E
SEPULTADO”...
 O Mistério Pascal é o centro da boa
Nova dos Apóstolos e da Igreja; é o
projeto salvador realizado de uma vez
por todas em Jesus (Hb 9, 26).
 A Igreja é “fiel à interpretação de todas
as Escrituras”, ANTES e DEPOIS da
Páscoa de JC (Lc 24, 6. 27. 44 – 45).
 Jesus passou por sofrimentos concretos
(Mc 8, 31; Mt 20, 19). Nossa fé pode
perscrutar as circunstâncias da morte
de JC, transmitida fielmente pelos
Evangelhos e iluminadas por outras
fontes históricas.
Desde o início de seu ministério público, setores do
judaísmo se unem para MATAR JC (Mc 3, 6).
Motivo: os ATOS praticados por JC:
 expulsão de demônios (Mt 12, 24);
 perdão dos pecados (Mc 2, 7);
 curas em dia de sábado (Mc 3, 1 – 6);
 interpretação original dos preceitos (Mc 7, 14 – 23);
 acolhimento aos publicanos e pecadores públicos (Mc
2, 14 – 17);
 suspeita: JC agiria pelo poder dos demônios (Mc 3, 22;
Jo 8, 48; 10, 20);
 acusado de blasfêmia (Mc 2, 7; Jo 5, 18; 10, 33), falso
profetismo (Jo 7, 12. 52) e crimes religiosos (Jo 8, 59;
10, 31);
 Os atos e palavras de JC eram SINAIS DE
CONTRADIÇÃO para as autoridades
religiosas do Judaísmo (Lc 2, 34; Jo 1, 19; 2,
18; 5, 10; 7, 13; 9, 22; 18, 12; 19, 38; 20, 19).
Mas a reação do povo era singular (Jo 7, 48 –
49).
 Porém, há FARISEUS que o previnem quanto
aos perigos que Ele corre (Lc 13, 31); Jesus
elogia alguns deles (Mc 12, 34) e compartilha
de sua doutrina sobre RESSURREIÇÃO (Mt
22, 23 – 24 = Lc 20, 39);, formas de piedade
(Mt 6, 2 – 18), a centralidade do mandamento
do amor e o hábito de dirigir-se a Deus,
chamando-o de Pai (Mc 12, 28 – 34).
 Para muitos, em Israel, JC parece ir contra a
submissão à Lei e sua interpretação, a
centralidade do Templo e á fé no Deus único.
 Jesus não veio abolir a Lei – advertência
no Sermão da Montanha (Mt 5, 17 – 19).
Jesus cumpriu com perfeição a Lei (Jo
8, 46).
 Os judeus nunca conseguiram cumprir a
Lei com perfeição (Jô 7, 9; At 3, 38 – 41;
15, 10) – este era o motivo da festa
anual da Expiação (Yon Kippur).
 São Tiago nos lembra que desobedecer
um só ponto da Lei é ser culpado de
transgredi-la inteira (Tg 2, 10; Gl 3, 10;
5, 3).
 Os fariseus tinham um extremo zelo pela Lei
e seu cumprimento (Rm 10, 2). Havia um
risco de hipocrisia (Mt 15, 3 – 7; Lc 11, 39 –
54), mas também uma esperança: Deus
suscitaria o Justo para o cumprimento
perfeito da Lei (Is 53, 11; Hb 9, 15).
 Jesus é este legislador divino, o Filho (Gl 4,
4), nascido de uma mulher, sujeito à Lei.
 Ele é o Servo que traz fielmente o direito (Is
42, 3), estabelecendo a “Aliança com o povo”
(Is 42, 6): a Lei será gravada no coração e
não em tábuas de pedra(Jr 31, 33).
 JC cumpriu a Lei até o ponto de tomar sobre
si a “maldição da Lei” (Gl 3, 10), para
resgatar os que não a praticaram (Gl 3, 10;
Hb 9, 15).
 Aos olhos de alguns, pareceu ser um RABI
(Jo 11, 38; 3, 2; Mt 22, 23 – 24. 34 – 36), pois
seguia a linha RABÍNICA (Mt 12, 5; 9, 12; Mc
2, 23 – 27; Lc 6, 6 – 9; Jo 7, 22 – 23); era
alguém que ensinava com autoridade (Mt 7,
28 – 29), um “Novo Moisés”(Mt 5, 1 – 12); dá
uma interpretação divina da Lei (Mt 5, 33 –
34), abolindo as tradições humanas (Mc 7, 8.
13); respeita a Lei de pureza dos alimentos
(Gl 3, 24; Mc 7, 18 – 21).
 Porém, há um confronto com os doutores da
Lei que, apesar dos sinais divinos realizados
por Jesus, não acreditavam nele (Jo 5, 6; 10,
25. 37 – 38; 12, 37). Mas o próprio Jesus deu
interpretação rabínica sobre o sábado (Mc 2,
25 – 27; Jo 7, 22 – 24; Mt 12, 5; Nm 28, 9; Lc
13, 15 – 16; 14, 3 – 4).
Como os profetas, Jesus sempre teve um
profundo respeito pelo Templo:
 nele foi apresentado (Lc 2, 22 – 39);
 nele descobriu que deveria se dedicar
“às coisas de seu Pai” (Lc 2, 46 – 49);
 subia ao Templo por ocasiões de festas
e peregrinações (Lc 2, 41; Jo 2, 13 – 14;
5, 1 – 14; 7, 1. 10. 14; 8, 2; 10, 22 – 23);
 sendo o Templo “morada de Deus Pai”,
JC indigna-se diante da profanação do
mesmo (Mt 21, 13; Sl 69, 10; Jo 2, 16 –
17);
 seus Apóstolos, mesmo após Sua Páscoa,
mantiveram o respeito religioso pelo Templo
(At 2, 46; 3, 1; 5, 20 – 21);
 JC anunciou a ruína do Templo (Mt 24, 12),
anunciando o final dos tempos abertos com
Sua Páscoa (Mt 24, 3; Lc 13, 35); a distorção
dessa profecia torna-se motivo da
condenação de Jesus (Mt 27, 39 – 40);
 nunca foi hostil ao Templo (Mt 8, 4; 23, 21;
Lc 17, 14; Jo 4, 22), pois ali ensinava (Jo 18,
20) e pagava o imposto do Templo (Mt
17,24ss);
 identificou-se com o Templo , fazendo-se
morada eterna de Deus entre os homens (Jo
2, 21; Mt 12, 6);
 sua morte corporal anuncia a destruição do
Templo, anunciando uma nova era (Jo 4, 23 –
24).
 Jesus e seu papel na REDENÇÃO DOS PECADOS
tornaram-se uma “pedra de escândalo”
(Lc 20, 17 – 18; Sl 118, 22);
 escandalizou alguns fariseus por comer com
pecadores e publicanos (Lc 5, 30) e por criticá-
los
(Lc 18, 9; Jo 7, 49; 9, 34; 8, 33 – 36; 9, 40 – 41);
 admitia pecadores no banquete messiânico
(Lc 15, 1 – 2. 23 – 32);
 identificou sua misericórdia com a misericórdia
do próprio Deus (Mt 9, 13; )s 6, 6);
 perdoando pecados, deixava as autoridades
judaicas num dilema (Mc 2, 7); isso foi visto
como BLASFÊMIA (Jo 5, 18; 10, 33) ou
manifestação de Deus (Jo 17, 6. 26);
 sua identidade com Deus impõe exigências
(Mt 12, 30);
 Ele é maior que Jonas e Salomão (Mt 12, 41
– 41), mais que o Templo (Mt 12, 6), mais que
Davi (Mt 12, 38 – 42) e mais que Abraão (Jo 8,
58);
 Ele e o Pai são UM!(Jo 10,30);
 pediu que as autoridades religiosas cressem
nele pelas obras que Ele realizava (Jo 10, 36
– 38), o que exigiria “nascer do alto” (Jo 3, 7),
sob o impulso da graça divina (Jo 6, 44);
 exigência: conversão (Is 53, 1) = custou o
desprezo do Sinédrio (Mc 3, 6; Mt 26, 64 –
66), cujos membros agiam “por ignorância” e
“endurecimento da incredulidade”
(Lc 23, 34; At 3, 17 – 18; Mc 3, 5; Rm 11, 25).
a.1. DISSENÇÕES
ENTRE AS
AUTORIDADE
JUDAICAS EM
RELAÇÃO A JESUS
Nem todos eram contra Jesus:
 Nicodemos e José de Arimatéia
(Jo 7, 50; 19, 38 – 39);
 um bom número deles creu nele
(Jo 12, 42);
 alguns fariseus abraçaram a fé,
após o Pentecostes (At 6, 7; 15,
5);
 zelosos partidários da Lei,
milhares de judeus abraçaram a
fé, conf. São Tiago e São Paulo;
Não houve unanimidade em relação a
Jesus
(Jo 9, 16; 10, 19):
 alguns fariseus ameaçavam
excomungar quem O seguisse
(Jo 9, 22);
 medo dos romanos (Jo 11, 48) por
Jesus assediar o povo;
 SINÉDRIO: Jesus merece a morte (Jo
11, 50; Mt 26, 66), mas O entrega aos
romanos (Jo 18, 31), acusando-o de
revolta política (Lc 23, 2);
 autoridades judaicas: chantagem a
Pilatos para condenar Jesus á morte
(Jo 19, 12. 15. 21).
OS JUDEUS NÃO SÃO COLETIVAMENTE
RESPONSÁVEIS PELA MORTE DE JC
 não devemos atribuir a culpa a todos os
judeus pela morte de JC, apesar da
multidão manipulada (Mc 15, 11) e das
censuras de Pedro ao povo no
Pentecostes (At 2, 23. 36);
 Jesus perdoa na Cruz (Lc 23, 34), tanto
Ele como São Pedro entende que os
judeus “agiram por ignorância” (At 3, 17;
Mt 27, 25; At 5, 28); por isso, não
podemos imputar indistintamente a
culpa a TODOS os JUDEUS pela Morte
de JC, por causa das ratificações
descritas (Concílio Vaticano II).
TODOS OS PECADORES FORAM OS
AUTORES DA PAIXÃO DE CRISTO
 Magistério da Igreja: todos os
pecadores foram os autores dos
sofrimentos de nosso Redentor (Hb
12, 3), pois nossos pecados atingem o
próprio Cristo (Mt 25, 45);
 os cristãos têm responsabilidade
mais grave (Hb 6, 6) e crime maior
que os judeus (1Cor 1Cor 2, 8), pois
fazem profissão de fé, mas negam JC
através de atos;
 os cristãos continuam crucificando
NSJC (São Francisco de Assis).
 A Morte de Jesus não foi um fruto do
acaso, mas o resultado de um conjunto
infeliz de circunstâncias;
 faz parte do Mistério do projeto salvífico
de Deus (At 2, 25);
 os executores não foram “fantoches” de
Deus (At 13, 3);
 Deus nos dá uma predestinação, mas
conta com a resposta livre do homem à
sua graça (At 4, 27 – 28; Sl 2, 1 – 2);
 permite que “os atos de cegueira” do
homem sirva seus planos (Mt 26, 54; Jo
18, 36; 19, 11; At 3, 17 – 18).
 As Escrituras anunciam a
morte do Servo, o Justo,
para o resgate de muitos
(Is 53, 11 - 12; At 3, 14; Jo
8, 34 – 36);
 a morte redentora de JC é
o cumprimento da profecia
do Servo Sofredor de Deus
( Is 53, 7 – 8 = At 8, 32 –
35; Mt 20, 28);
 Jesus, após a
Ressurreição, deu
interpretação às
Escrituras aos discípulos
de Emaús (Lc 24, 25 – 27)
e aos Apóstolos (Lc 24, 44
– 45).
NOSSO PECADOS FORAM PAGOS PELO
SANGUE DO CORDEIRO DE DEUS
(1Pd 1, 18 – 20; Rm 5, 12; 1Cor 15, 56);
 Jesus assumiu a condição de escravo
= condição da humanidade fadada á
morte por causa do pecado (Fl 2, 7;
Rm 8, 3); Ele não teve pecado (Jo 8,
46), pois sempre esteve unido ao Pai
(Jo 8, 29);
 na Cruz, JC faz o desabafo de uma
humanidade longe de Deus, por causa
dos pecados (Sl 22, 1; Mc 15, 34),
como ato de solidariedade (Rm 8, 32);
 Ele é vítima de reconciliação do
homem para Deus (Rm 5, 10).
 ...Seu Filho a nós, segundo seu
desígnio de amor benevolente;
 Ele nos amou primeiro (1Jo 4, 10. 19),
pelo fato de Cristo ter morrido por nós
pecadores (Rm 5, 8);
 é um Amor que não exclui ninguém
(Mt 18, 4; 20, 28).
 Cristo morreu por todos sem exceção
(Rm 5, 18 -19; 2Cor 5, 15; 1Jo 2, 2).
 Jesus veio para
servir o Pai e
cumprir sua vontade
(Jo 6, 38; 4, 34; Hb
10, 5 – 10; 1Jo 2, 2);
 confiava no amor do
Pai (Jo 10, 17; 14,
31);
 Paixão redentora:
razão de ser da
Encarnação (Lc 12,
50; 22, 15; Mt 16, 21
– 23; Jo 12, 27; 18,
11; 19, 28 – 30).
 Após o Batismo de
JC, João Batista O
apresenta ao povo
(Lc 3, 21; Mt 3, 14 –
15; Jo 1, 29.36).
 Jesus, Servo
Sofredor, deixa-se
levar silencioso ao
matadouro (Is 53, 7)
e carrega o pecado
do povo (Is 53, 12);
 Ele é o Cordeiro
pascal, símbolo da
redenção de Israel
(Ex 12, 3 – 14; Jo 19,
36; 1Cor 5, 7); sua
vida se resume em
servir e dar a vida
por muitos
(Mc 10, 45).
 amou os seus “até
o fim” (Jo 13, 11);
 mostrava o que é
verdadeiro amor
(Jo 15, 13);
 sua humanidade
foi instrumento de
AMOR DIVINO para
salvar a todos (Hb
2, 10. 17 – 18; 4,
15; 5, 7 – 9);
 aceitou livremente
a Paixão e a Morte
(Jo 10, 18; 18, 4 –
6; Mt 26, 53).
 “Na noite em que ia ser
entregue” (1Cor 11, 23ss;
Mt 26, 20):
 véspera de sua paixão –
Última Ceia – memorial de
sua oferta voluntária ao
Pai (1Cor 5, 7), para a
salvação de todos (Lc 22,
19; Mt 26, 28);
 Jesus pede que seus
Apóstolos perpetuem o
memorial de seu sacrifício
(1Cor 11, 25; Lc 22, 19);
 Apóstolos: instituídos
como SACERDOTES DA
NOVA ALIANÇA (Jo 17,
19).
 JC aceita o CÁLICE
DA NOVA ALIANÇA
que antecipou na
Ceia (Lc 22, 20; Mt
26, 42), na
obediência (Fl 2, 8);
 sua vida é isenta de
pecado, que causa a
morte (Hb 4, 15; Rm
5, 12);
 assume nossa
fragilidade humana
(At 3, 15; Ap 1, 18;
Jo 1, 4; 5, 26);
 aceita A Morte como
meio de redimir os
seus (Mt 26, 42; 1Pd
2, 24).
 único sacrifício Pascal que
realiza a redenção definitiva
dos homens (1Cor 5, 7; Jo 8,
34 – 36): supera todos os
sacrifícios (Hb 10, 10);
 Ele é o Cordeiro que tira o
pecado do mundo (Jo 1, 29);
 é o sacrifício da Nova Aliança
(1Cor 11, 15);
 reconduz o homem à
comunhão com Deus (Ex 24,
8; Mt 26, 28; Lv 16, 15 – 16);
 é o DOM do próprio PAI para
reconciliar-nos consigo (1Jo 4,
10);
 oferenda do Filho ao Pai pelo
Espírito Santo para reparar
nossa desobediência (Jo 15,
15; 10, 17 – 18; Hb 9, 14).
 ofereceu sua vida
em sacrifício
expiatório
(Is 53, 10 -12);

 reparou nossas
faltas e satisfez o
Pai por nossos
pecados
(Jo 13, 1).
 “AMOR até o fim”
(Jo 13, 1; Gl 2, 20;
Ef 5, 25) =
caridade de Cristo
(2Cor 5, 14);
 por Sua Paixão nos
mereceu a
justificação;
 sacrifício de JC:
“princípio da
eterna salvação”
(Hb 5, 9);
 daí porque a Igreja
venera a Cruz.
 Jesus uniu a si todos os homens
(1Tm 2, 5);
 chama seus discípulos a tomar a
Cruz e segui-Lo (Mt 16, 24);
 deixou-nos um exemplo a seguir
(1Pd 2, 21);
 quer associar seus benefícios ao
seu sacrifício (Mc 10, 39; Jo 21,
18 – 19; Cl 1, 24); ex.: Maria:
associada ao Mistério de seu
sofrimento redentor (Lc 2, 35; Jo
19, 25 – 25);

“Fora da Cruz não existe outra


escada por onde subir ao céu “
(Santa Rosa de Lima).
 Jesus experimentou o
estado de separação
entre seu Corpo e sua
Alma (morte), entre a
expiração na Cruz e
sua Ressurreição
(Hb 2, 9; 1Cor 15, 3).

 Sua permanência no
túmulo no sábado
expressa o descanso
SABÁTICO DE DEUS,
após a realização da
salvação de todos
(ver Rm 5,19; Jo 19,
42; Hb 4, 7 – 9; Jo 19,
30).
Sua permanência no túmulo é vínculo
real entre o estado passível de Cristo
antes da Páscoa e seu estado
glorioso de ressuscitado
– Ele é o “Vivente”!
(Ap 1, 18).
Deus Filho:
 não impediu que sua alma se
separasse de seu corpo;
 pela Ressurreição, reuniu-os de novo;
 ele se torna ponto de encontro da
morte e da vida;
 Ele se torna princípio de reunião
entre as parte separadas (São
Gregório de Nissa);
 é o mesmo que mataram e o mesmo
“Vivente” que ressuscitou
(At 3, 15 e
Lc 24, 5 – 6).
 Com a Morte, a
única pessoa de
Cristo não foi
dividida em duas:
embora
separados um do
outro, seu Corpo
e sua Alma
ficaram cada um
com a mesma e
única pessoa do
Verbo.
 a Morte de JC pôs fim à
sua existência terrestre;
 porém, seu corpo não
sofreu decomposição ou
corrupção;
 porque a pessoa do Filho
sempre esteve unida a
seu Corpo (At 2, 24):”a
virtude divina preservou
o Corpo de Cristo da
corrupção”
(Santo Tomás de Aquino;
base: Is 53, 8; At 2, 26 –
27);
 Ressurreição no terceiro
dia: é uma prova, pois
acreditava-se que a
decomposição dos
corpos se manifestaria
no quarto dia (1Cor 15, 4;
Lc 24, 46; Jo 11, 39).
O Batismo é
imersão; os
cristão “morre”
para o pecado
com Cristo e,
sepultado com
Ele, ressuscita
em vista de uma
vida nova (Rm 6,
4; Cl 2, 12; Ef 5,
26).
Ef 4, 9 – 10 =
Aquele que é
também
Aquele que
subiu – da
morte Ele fez
jorrar a Vida.
 Todos os anúncios
do NT sobre a
ressurreição de
Jesus pressupõem
que Ele tenha
ficado na “morada
dos mortos”
(1Cor15, 20; At 3,
15; Rm 8, 11; Hb
13, 20).
 Estando na
“morada dos
mortos”, Ele
proclamou a Boa
Notícia aos
aprisionados
(1Pd 3, 18 – 19).
 “Morada dos Mortos
(=sheol, inferno,
hades) – ver Fl 2, 10;
At 2, 24; Ap 1, 18; Ef
4, 9; ali estariam
privados da visão de
Deus (Sl 6, 6; 88, 11 –
13):
■ os justos, à espera
do Redentor (Lc 16,
22 – 26; Sl 89, 49;
1Sm 28, 19; Ez 32, 17
– 32);
■ os maus: os quais
Ele não desceu para
libertar, pois já estão
condenados (Concílio
de Roma, de 745);
 Ele não desceu para destruir o inferno
(Concílio de Trento, séc. XVI), mas para
libertar os justos que O precederam
(Concílio de Toledo, em 633).
 Ao “descer aos infernos” , Ele realizou
com plenitude sua Missão Messiânica,
dando termo à mesma: vivos ou mortos,
todos são resgatados.
 Ao “descer ao seio da terra”, Ele fez os
mortos ouvirem a voz do Filho de Deus
(Jo 5, 25).
 O “Príncipe da Vida” destruiu pela morte
o dominador da morte – o diabo – e
libertou os cativos que temiam a morte
(Hb 2, 14 – 15).
 Agora, Ele “detém a chave da morte e do
Hades” (Ap 1, 18) e todos se prostram
diante dele (Fl 2, 10).
(At 13, 32 – 33)
 foi crida e vivida pela
1ª. Comunidade cristã;
 transmitida pela
Tradição;
 estabelecida pelo Novo
Testamento
(documentos);
 pregada com a Cruz e
testemunhada pelos
mártires e santos/as;
 parte essencial do
Mistério Pascal.
 Ressurreição: um fato real
com manifestações
historicamente constatadas
(1Cor 15, 3 – 4) e “viva
tradição” que S. Paulo
conheceu após sua conversão
às portas de Damasco (Síria).
 primeiro elemento no quadro
dos fatos da Páscoa (Lc 24, 5
– 6);
 não é prova direta, mas um
sinal essencial;
 descoberta dos discípulos:
mulheres (Lc 24, 3. 22 – 23),
Pedro (Lc 24, 12), o “discípulo
amado” (Jo 20, 2)...
 ”discípulo que Jesus amava” =
“viu e creu” (Jo 20, 8): isto
supõe que ele tenha
constatado que a ausência do
corpo de Jesus não foi obra
humana
(Jo 11, 44).
Maria de Mágdala e
mulheres
(Mc 16, 1; Lc 24, 1; Jo
19, 31. 42):
● primeiras a encontrar o
Ressuscitado
(Mt 28, 9 – 10; Jo 20, 11
– 18);
●primeiras mensageiras
da Ressurreição
(Lc 24, 9 – 10);
● a Pedro e aos Doze (1Cor 15, 5; Lc 22,
31 – 32), chamando Pedro para
“confirmar a fé de seus irmãos”;
● Pedro vê o Ressuscitado antes deles
(Lc 24, 34);
● convoca os Apóstolos: eles serão
pedras de fundação da Igreja de
Cristo e testemunhas do
Ressuscitado (At 1, 22; 1Cor 15, 4 – 8)
= Pedro, Tiago, 500 pessoas e todos
os Apóstolos.
●a Ressurreição é um fato histórico;
●a fé dos discípulos foi submetida à
prova pela Paixão e Morte de JC (Lc
22, 31 – 32);
●muitos não creram no anúncio da
Ressurreição, tamanho foi o abalo (Lc
24, 17) e o medo
(Jo 20, 19);
● não creram nas mulheres,
considerando ser um “desvairio”
delas (Lc 24, 11; Mc 16,11. 13).
●censurou a dureza do coração dos
discípulos
(Mc 16, 14);
● mesmo Ressuscitado diante deles,
alguns duvidaram (Lc 24, 38);
●os discípulos pensaram que Ele fosse um
fantasma, achando o fato impossível (Lc
24, 39) e ficam perplexos (Lc 24, 41);
●Tomé: conheceu a provação da dúvida
(Jo 20,24 – 27);
● na última aparição na Galiléia, “alguns
duvidaram” (Mt 28, 17).
● tem relações diretas
com os discípulos e
come com eles (Jo
20, 27; Lc 24, 30. 41 –
43);
● Ele não é um
espírito/fantasma
(Lc 24, 39);
●Seu corpo traz as
marcas da Paixão
(Lc 24, 40; Jo 20, 20 –
27), pois é autêntico
e real;
PORÉM, O CORPO DO
RESSUSCITADO:
● não se situa mais no espaço e no
tempo;
●torna-se presente a seu modo,
ONDE e QUANDO quiser (Mt 28, 9.
16 – 17; Lc 24, 15. 36; Jo 20, 14.
19. 26; 21, 4);
●sua humanidade não se prende
mais à terra (Jo 20, 17);
Ele aparece COMO quiser:
como jardineiro (20, 14 – 15)
ou “de outra forma” (Mc 16,
12), para suscitar a fé dos
discípulos (Jo 20, 14. 16; 21,
4. 7).
●Ressurreição de Cristo: não foi
uma “volta à vida terrestre”,
como Lázaro, o filho da viúva
de Naim ou a filha de Jairo.
●Seu Corpo passou de um
estado de morte para um
estado de vida, para além do
tempo e do espaço;
●Seu Corpo é repleto do poder
do Espírito Santo e participa
da vida divina gloriosa – é o
“homem celeste”
(1Cor 15, 35 – 50).
●ninguém foi testemunha ocular do
acontecimento da Ressurreição – os
Evangelhos não descrevem como foi o
fato;
●ninguém sabe como ela se produziu
fisicamente e nem sua essência mais
íntima;
●está no cerne do Mistério da Fé” = só
houve o sepulcro vazio e a manifestação
do Ressuscitado aos Apóstolos;
●o Ressuscitado só se manifesta aos seus
e não ao mundo (Jo 14, 22; At 13, 31).
●A Ressurreição é a mais profunda
intervenção transcendente de Deus na
Criação e na História;
●As 3 Pessoas Divinas agiram:
= o PAI: ressuscitou o Filho (At 2, 24);
= O FILHO: introduziu de modo perfeito sua
humanidade na Trindade (Rm 1, 4) ;opera sua
ressurreição pelo Seu poder divino: Ele
ressuscitará (Mc 8, 31; 9, 9 – 31; 10, 34; 1Ts
4, 14) e dará sua Vida para retomá-la (Jo 10,
17 – 18);
= O ESPÍRITO SANTO: com Seu poder, o Pai
interveio na humanidade de JC (Rm 6, 4;
2Cor 13, 4; Fl 3, 10; Ef 1, 19 – 22; Hb 7, 16);
 A Pessoa divina do
Filho ficou unida à
sua Alma e a seu
Corpo separados
pela morte = a
ressurreição
manifesta o poder
de Cristo unir cada
uma das duas
partes do homem
(São Gregório de Nissa).
 base da fé cristã (1Cor 15, 14);
 confirmação de tudo o que JC fez e
ensinou;
 prova definitiva do que Ele prometera
aos seus;
 cumprimento das promessas do Antigo
Testamento e do próprio JC em sua
missão terrena (Lc 24, 6 – 7. 26 – 27. 44
– 48; Mt 28, 6; Mc 16, 17; 1Cor 15, 3 – 4);
 confirma a verdade sobre a Divindade de
JC (Jo 8, 8; !t 13, 32 – 33; Sl 2, 7);
 liga-se ao Mistério da encarnação.
 justificação – base: vitória de JC
sobre a morte e o pecado e a nova
participação na graça (Rm 6, 4; Ef 2,
4 – 5; 1Pd 1,3);
 adoção filial: todos se tornam irmãos
de JC por dom da graça (Mt 28, 10; Jo
20, 17);
 Cristo e Sua gloriosa Ressurreição
são fonte e princípio de nossa
Ressurreição futura (1Cor 15, 20 – 22;
Hb 6, 5; 2Cor 5, 15).
...”SUBIU AOS
CÉUS; ESTÁ
SENTADO À
DIREITA DE DEUS
PAI TODO-
PODEROSO...”
●o Corpo de JC foi glorificado desde a sua
Ressurreição ( Mc 16, 19);
●prova disso: propriedades novas e
sobrenaturais (Lc 24, 31; Jo 20, 19. 26);
●após 40 dias (At 10, 41; 1, 3), entra
definitivamente sua humanidade na
glória divina (At 1, 9; Lc 9, 34 – 35);
●última aparição: a Paulo (1Cor 15, 8),
constituindo-o Apóstolo;
●caráter velado da glória do Ressuscitado
nos 40 dias com os Apóstolos, após a
Páscoa (Jo 20, 17) = trnasição da
Encarnação-Paixão-Morte-e-
Ressurreição para a ASCENSÃO;
●ASCENSÃO= última etapa que se liga ao
Mistério da Encarnação (Jo 3, 13; 16, 26;
Ef 4, 8 – 10);
 Só JC pode abrir a “Casa do Pai” (Jo
14, 2) para o ser humano, dando-lhe a
VIDA e a FELICIDADE de Deus;
 elevação da Cruz = liga-se à elevação
da Ascensão (Jo 12, 32);
 JC é o SUMO e ETERNO SACERDOTE
(Hb 9, 24; 7, 25; 9, 11); é o centro e o
ator principal da liturgia celeste (Ap
4, 6 – 11);
Com a Ascensão,
inaugura-se o
“reinado do
Messias”
(Dn 7, 14),
um “Reino sem fim”,
que deverá ser
testemunhado pelos
Apóstolos.
“DONDE VIRÁ
JULGAR OS
VIVOS E OS
MORTOS”
 ASCENSÃO: JC participa em
sua humanidade no poder e
na autoridade do próprio
Deus
(Rm 14, 9: Ef 1, 20 – 22);
 Ele é o Senhor do cosmo (Ef
4, 10; 1Cor 15, 24. 27 – 28);
 Ele é a Cabeça de sua Igreja
(que é Seu Corpo, conf. Ef 1,
22) = Ele permanece na terra
através de Sua Igreja;
 Redenção: fonte da autoridade de JC
– o Reino já está presente
misteriosamente na Igreja = esta é o
“germe e início do Reino na terra”
(Concílio Vaticano II, Lumen Gentium
n. 3 e 5);
 desde a ascensão, estamos na
“última hora” (1Jo 2, 18): chegou a
ERA FINAL do mundo para nós;
 a renovação do mundo está
irrevogavelmente realizada;
 embora imperfeita (por ser
constituída de seres humanos), a
Igreja se reveste de verdadeira
santidade (Mc 16, 17 – 18; 16, 20).
O Reino de Deus:
 presente na
Igreja, mas não
está consumado
(Lc 21, 17; Mt 25,
31);
 ameaçado pelos
MAUS (2Ts 2, 7),
já vencidos na
base pela vitória
pascal;
A atitude da Igreja:
 espera, até tudo ser submetido a Ele
(1Cor 15, 8);
 “gemendo e sofrendo as dores de
parto com as criaturas” (Rm 8, 19 -
25);
 ORA com fé, na Eucaristia (1Cor 11,
26), para apressar a volta de Cristo,
clamando:”Vem, Senhor Jesus! (Ap
22, 17. 20)
 JC, na Sua Ascensão, afirmou que
ainda não era a hora de estabelecer o
Reino definitivo (At 1, 6 – 7), conforme
o prometido pelos profetas
(Is 11, 1 – 9);
 o tempo presente é o
“tempo do Espírito
Santo” e do testemunho
(At 1, 8), marcado pela
tristeza (1Cor 7, 26) e
pela provação do mal
(Ef 5, 16), que não
poupa a Igreja (1Pd 4,
17) e inaugura s
combates dos “últimos
dias” (1Jo 2, 18; 4, 3;
1Tm 4, 1); é o “tempo de
expectativa” e vigília
(Mt 25, 1. 13; Mc 13, 33
– 37).
 a partir da Ascensão, o
Advento glorioso de JC é
exato (Ap 22, 20);
 só compete ao Pai saber o
dia e a hora (At 1, 7; Mc 13,
32);
 pode acontecer a qualquer
momento
(Mt 24, 44; 1Ts 5, 2);
 a conversão é necessária
(At 3, 19 – 21), mas uma
parte de Israel se
endureceu (Rm 11, 25);
 plenitude = “Deus será tudo
em todos” (1Cor 15, 28).
 abalará muitos fiéis (Rm 11,
15);
 perseguições (Lc 21, 1; Jo
15, 19 – 20);
 o “mistério da iniqüidade”
será desvendado = o ANTI-
CRISTO = solução aparente
aos problemas e apostasia
da verdade;
 pseudo-messianismo em que
o homem gloriará a si
mesmo (2Ts 2, 4 – 12; 1Ts 5,
2 – 3; 2Jo 7; 1Jo 2, 18. 22);
 Igreja= rejeitou o
“milenarismo”, sob a forma
política de um messianismo
secularizado,
‘intrinsecamente perverso”.
 Jesus anunciou o “Juízo Final”
(Mc 12, 38 – 40), na linha dos
profetas e de João Batista (Dn
7, 10; Jl 3 – 4; Ml 3, 19; Mt 3, 7
– 12):
●será revelada a conduta de cada
um (Mc 12, 38 – 40);
●o segredo dos corações (Lc 12,
1 – 3; Jo 3, 20 – 21; Rm 2, 16);
●será condenada a incredulidade
(Mt 11, 20 -24; 12, 41- 42) e a
atitude de aceitação ou
resuda da graça e do amor
divino (Mt 25, 40);
●tudo o que fizermos aos
pequeninos nós o fazemos a
Jesus (Mt 25, 40);
 Ele há de nos julgar, pois
“adquiriu” esse direito por
sua Cruz Jo 5, 22.27; Mt 25,
31; At 10, 42; 17, 31; 1Tm 4,
1).
 Ele veio para salvar, mas
não para condenar (Jo 3,
17) e para dar a vida que
está nele (Jo 5, 26).
 Recusa da graça: o homem
condena a si mesmo (Jo 3,
18; 12, 48), recebe de
acordo com suas obras
(1Cor 3, 12 – 15).
 Condenação eterna =
recebe quem recusa o
Espírito de Amor (Mt 12, 32;
Hb 6, 4 – 6; 10, 26 – 31).
 EU ESTAREI
CONVOSCO,
TODOS OS
DIAS, ATÉ O
FINAL DOS
TEMPOS!
(Mt 28, 20b)

Você também pode gostar