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“Manejo Integrado de Solos e Água

e
Fertilidade Básica Soja e Milho Safrinha”

Eng. Agr. Enio Antônio Bragagnolo


Eng. Tec.
Agr.Agr.
EnioRoque
Antônio Bragagnolo
Antoniazi
Tec. Agr. Roque
EMATER Antoniazi
– U. L. Tupãssi
EMATER – U. L. Tupãssi
Fertilidade do Solo

Físicos
Químicos

Fertilidade
Foto: Produquímica do Solo
Visão Integrada
Clima
Biológicos
Alta erosividade das chuvas na
Região
Manutenção dos Terraços
Plantio em Nivel
Manejo Integrado de Solos e Águas
Plantio Direto/ Palhada

Ideal Região Possível


Brachiária Ruziziensis
1,5 m
Brachiária 30 DAE
Milho X BRACHIARIA
• Milho linhas 90 cm Manejo: Controlar Brachiaria
• Brachiaria linhas 90cm Nicosulfuron (Sanson) 150 ml /há
Mesotriona ( Callistro) 200 ml / Há
- 45 cm Milho Momento: Junto com a Atrazine +/- 20 dia
- 45 cm Brachiaria após a germinação .
Brachiaria com 4 a 5 perfilho e 10 cm
Quantidade de Semente:
4 kg / há ou 9,68 kg /Alq Dessecação: Glifosato
4l/há (9,5 l/Alq) Produto original- 445 gr/litro
3l/há (7 l/Alq) do Zapp QI – 620 g / Litro
3l/há (7 l/Alq) do Rounup transorb
Operação 20 dias de antecedência
Aveia Preta implantada após Milho Safrinha
Aveia Preta implantada após Milho Safrinha
Aveia 35 DAE
Milho safrinha X Aveia
• Aveia Preta IAPAR 61
• Semeadura
Espaçamento 17 a 20 cm
Dencidade:300 sementes/m2
Sementes:50 kg/há (121kg/Alq)
Época:
Após o milho safrinha: Final de junho inicio de julho
Altas Produtividades
Para alcançar o “potencial de produção” deve-se
eliminar ou minimizar os principais fatores limitantes

Fonte: Havlin et al., (2007)


NovasTecnologias
Novas TecnologiasxxInf.
Inf.Básicas
Básicas

 Manejo georreferenciado
 Mapeamento da variabilidade
 Mapas de Produtividade
 Utilização de Sensores
 Utilização de Imagens
 VANT`s
 Testes Bioquímicos
 Utilização de hormônios, bioestimulantes etc etc
NovasTecnologias
Novas TecnologiasxxInf.
Inf.Básicas
Básicas

 Análise Química de Solo


 Análise Foliar
 Histórico de Produtividade
 Histórico de Adubação
 Calagem/Gessagem
 Leis NMP / Dinâmica dos Nutrientes
Princípios NMP
Lei do Mínimo
Liebig, 1840: A produtividade de uma cultura é
limitada pelo nutriente que está disponível em
menor quantidade. Se de todos os nutrientes, apenas um estiver
Se de
com todos
níveis os nutrientes,
baixos, apenas
a produção será um estiver
limitada
com níveis
pela baixos, a produção
disponibilidade será limitada
deste nutriente.
pela disponibilidade deste nutriente.
Princípios NMP

Lei dos Incrementos Decrescentes


Mitscherlich, 1909: A resposta de uma cultura à
adubação é decrescente com o aumento da
disponibilidade do nutriente no solo.

Disponibilidade do nutriente
Coleta da Amostra de Solo
Separar as amostras por “talhão homogêneo”
Ex. de amostragem por talhão:
Solo argiloso

Uma Análise

1
se
li

sA
a
Du

Celso e José Marcos Jovino


Importância das sub-amostras (pontos):

Fonte: EMATER Toledo


Equipamentos:

Enxadão Trado
holandês

Trado Trado
de caneca
rosca
Sonda
Um Balde
p/ Amostra

Pá reta
Homogeneização e Embalagem

Evitar colocar as
mãos diretamente

A amostra composta
deve representar
fielmente as
sub-amostras
retiradas no talhão
Cuidados importantes:

 Não raspar a superfície do solo no local da coleta,


apenas limpar a palha;

 Não coletar na linha de plantio da cultura anterior;

 Profundidade da amostra. 0 - 20 cm;


Correção da Acidez do Solo
Acidez do Solo

Efeito nas Raízes

0-20 cm
Impedimento Mecânico

20-40 cm
Impedimento Químico Impedimento Químico
Ca < 0,5 e Al > 0,1 Ca < 0,5 e Al > 0,1

Naturalmente corrigido Aplicar Gesso Manejo Físico


Calcário e Gesso Aplicar Gesso
Acidez do Solo

Resposta a Calagem
200
5500 Rio Verde-GO - Comigo
Soja
Milho
200
5000
Sc/Alq
Produtividade, kg/ha

180
4500
Produtividade,

160
4000

140
3500

120
3000

100
2500
10 20 30 40 50 60 70 80
V%
Resposta à Calcário e Gesso
20
19 t/ha (+2,5 t)
19

18
16,5
17

16

15

14

13
Girassol 2013
12 Soja 12/13
11 Trigo 2012
Girassol 11/12
10 Trigo 2011
9 Soja 10/11
Trigo 2010
8

3
Gesso
2
Calcário
1
Resposta à Calcário e Gesso

Fase 2
24000 22 t/ha (+2,4 t)
22000
19,6
20000 Trigo2016
18000 Soja15/16
Milho2015
16000
Soja14/15
14000
Gira2014
12000 Soja13/14

10000

8000

6000

4000

2000

0
Gesso*

Calcário

* Mesmo parcelamento do calcário


Fertilidade do solo

Amostragem de solo Calcário


Gesso
Calagem: acidez ( Ph)

Calcítico Dolomítico Gesso


Ca 45 % Ca 29 % Ca 18 %
Mg 05 % Mg 19¨% S 15%
RELAÇÃO Ca/Mg
Qualidade de Distribuição
Qualidade de Distribuição
Adubação
 N - Nitrogênio- FBN
P- Fósforo - Nutriente anualmente aplicado

 K - Potássio - Nutriente anualmente aplicado


 Foco: Adubação de sistema de produção
Nitrogênio

MANEJO
INOCULAÇÃO DE SEMENTES

Via Via Foliar


ou
semente Estádio V3 –
V5
ênio 12 a
Co e Mo
Cobalto 2 a 3 g/ha
Nitrogênio

N Arranque – Londrina, PR (2014/2015)

K2O cob.
K2O base
P2O5
Nitrogênio
N Arranque – Londrina, PR (2015/2016)
Produtividade de Soja, kg/ha

4200

3900

3600

3300

3000
K2O cob.
K2O base
2700
P2O5
N
2400
Tratamentos
Nitrogênio
N Arranque – Londrina, PR (2015/2016)
Nitrogênio na Soja....

• FBN : Garante altas produtividades!


• Regra: N na Soja, não trás retorno!
• Boas Práticas de Inoculação!!!
• Uso de Co e Mo
• N Arranque: Não trás retorno!
Manejo da Adubação Fosfatada
Pré-requisitos BÁSICOS:
1. Teor disponível (Análise de Solo, histórico, etc...)
2. Teor de Argila

100
Produção Relativa (%)

80 Manutenção
Foco no Balanço
60
40
Correção Londrina - PR
20 LVdf 650 g kg-1 argila
0
0 5 10 15 20 25 30
Fósforo (mg dm-3)

Correção OU Manutenção???
Manejo da Adubação Fosfatada
Nível crítico de P no Solo
Safra 2013/2014
100

90 Manutenção
80 Foco no Balanço
Produtividade Relativa

70
N�
vel Cr�
tico de P: Rio Verde, GO (CTC)
60 140

50

40 120
Produtividade Relativa, %
BRS-388RR
30
BRS-284
BRS-359RR
20 100
BRS-360RR
10

0 80
0 8 10 20 30 40 50

Teor de P, mg/dm3 (M-1)


60

Correção
40
12
0 10 20 30 40 50 60
3
P dispon�
vel (Mehlich-1), mg/dm
Manejo da Adubação Fosfatada

Adubação de Manutenção:
1. Áreas de fertilidade construída (maioria....)
2. Objetivo  Manter a disponibilidade de P na camada 0-20 cm;
3. Maior Eficiência da Adubação  Doses Ajustadas para Exportação
4. Aplicação:  Sulco de Semeadura (Agronomicamente indicada)
 Lanço em Superfície (Possível, mas, de maior risco)
5. Fontes: Formulados, SSP, TSP, MAP, Organominerais, etc
Potássio

Foto: Paulo Horvatich


Ciclo
Ciclodo
doPotássio
Potássio
Importância do K na Síntese de Proteínas

Diagrama: Ruan F. Firmano , Embrapa Soja - Esalq/USP


Potássio
Potássiono
noSolo
Solo
Lixiviação de K: Ocorre na magnitude que acreditamos???
Profundidade, cm

-0.05 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30 -0.05 0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
0.00 0.05 0.10 0.15 0.20 0.25 0.30
0

20

40

60
Controle
K = 60
80 K = 120
K = 180

100 K, cmolc/dm3 K, cmolc/dm3 K, cmolc/dm3

V = 20% V = 50% V =65%

Solo com 40% de argila

Atenção  Erosão
Lixiviação de K
K-trocável no solo (cmolc dm-3
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6
0

20
Profundidade (cm)

40
Doses de K2O (kg ha-1)
60 0
40
80
80 120
160
200
100
Borkert at al. (2005)
o Londrina, PR. LVdf, 650 g kg-1 de argila
Lixiviação de K
K-trocável no solo (cmolc dm-3)
0 0,05 0,1 0,15 0,2 0,25
0
Doses de K2O (kg ha-1)
0
20
40
Profundidade (cm)

80
40 120
160
200
60

80

média de 3 safras
100
Oliveira et al. (2007)
o Guiratinga, MT. LVA, 220 g kg-1 de argila
Potássio
Nível Crítico

Fonte: Borkert et al., 2005


Potássio
8 g/kg

3 g/kg
Exigência Nutricional

Soja (3- 4 t/ha, 50 – 65 sc/ha)


Quantidades de N, P, K, Ca, Mg e S absorvida e exportada
Parte da Planta N P K Ca Mg S
kg / t de grãos (16,7 sacas)
Grãos 65 5,8(1) 20(1) 3,2 2,8 3,0
Restos Culturais 17 1,5 14 12,8 7,2 1,5
Total 82 7,3 34 16,0 10,0 4,5
% exportada 80 80 58 20 28 66
os valores correspondem à 13 kg/ha de P2O5 e 24 kg/ha de K2O
(1)

exportados em cada tonelada de grãos produzida

Ordem de Extração: N > K > Ca > Mg > P > S


Ordem de Exportação: N > K > P > Ca = Mg = S
Exigência Nutricional

Milho Safrinha (6-7 t/ha, 100 – 115 sc/ha)


Quantidades de N, P, K, Ca, Mg e S absorvida e exportada
Parte da Planta N P K Ca Mg S
kg / t de grãos (16 sacas)
Grãos 14 1,8(1) 2,6(1) 0,04 0,9 0,8
Restos Culturais 10 0,6 16 2,4 1,5 0,6
Total 24 2,4 19 2,4 2,4 1,4
% exportada 58 76 14 1,6 38 56
os valores correspondem à 4 kg/ha de P2O5 e 3,2 kg/ha de K2O exportados em cada tonelada de
(1)

grãos produzida

Ordem de Extração: N > K > P = Ca = Mg > S


Ordem de Exportação: N > P > K > Mg =S > Ca
Importância da rotação de culturas

Exportação comparativa de fósforo (P) e potássio (K) de soja,


girassol, trigo e milho safrinha (kg/t).
Balanço da Adubação
Balanço PK em Sistemas de
Produção
 Diferença entre às quantidades aplicadas e às exportadas
com os grãos;
 Utilizado quando o teor no solo está acima do nível crítico;
 Pode ser utilizado como critério para recomendação de
adubação de reposição;
 Fundamental o MONITORAMENTO da fertilidade do solo;
 Balanços “Negativos” para uma cultura podem ser
Equilibrados com a cultura seguinte “Adubação de
Sistemas”;
Cálculodo
Cálculo doBalanço
Balançoda
daAdubação
Adubação
Análise de Grãos  Calcular Exportação de Nutrientes
EXP = Produtividade (t/ha) x Teor nos grãos (g/kg ou mg/kg)

P
Balanço da Adubação
K Entradas – Saídas de Nutrientes
K APL - EXP
Balanço PK Simulações: Sja/Milho
Prod. 170 Sc/Alq 300 Sc/Alq
P2O5 K2O P2O5 K 2O
Exp. 143 kg/Alq 261kg/Alq 75 kg/Alq 60 kg/Alq
Aplicar BASE Aplicar BASE
700 kg/Alq 00-20-18 700kg/Alq 11-15-15

140 kg/Alq 126 kg/Alq 105 kg/Alq 105 kg/Alq


Apl. Aplicar Cobertura Cobertura
200kg/Alq KCl Nada PK

0 kg/Alq 116 kg/Alq 0 kg/Alq 0 kg/Alq

Bal. -3 kg/Alq -19 kg/Alq +30 kg/Alq +45 kg/Alq


+27kg P2O5/ha +26 kg K2O/ha Total Aplicado
245 kg/Alq P22O55 e 347 kg/Alq K22O
Balanço PK Simulações: Soja/Milho
Sem Cobertura
Sem Cobertura com
com KK na
na Soja
Soja

Prod. 170 Sc/Alq 300 Sc/Alq


P2O5 K2O P2O5 K 2O
Exp. 143 kg/Alq 261kg/Alq 75 kg/Alq 60 kg/Alq
Aplicar BASE Aplicar BASE
700 kg/Alq 00-20-18 700kg/Alq 11-15-15

140 kg/Alq 126 kg/Alq 105 kg/Alq 105 kg/Alq


Apl. Aplicar Cobertura Cobertura
NADA K Nada PK

0 kg/Alq 0 kg/Alq 0 kg/Alq 0 kg/Alq

Bal. -3 kg/Alq -135 kg/Alq +30 kg/Alq +20 kg/Alq


+27kg P2O5/ha -115 kg K2O/há Total Aplicado
-0,054 cmolc/dm3 245 kg/Alq P22O55 e 231 kg/Alq K22O
Deficiênciade
Deficiência deKK
Importância do K na
qualidade da soja
96 sc/Alq 152 sc/Alq

M100: 9,3 g M100: 14,9 g


[K]: 8 g/kg [K]: 16,5
g/kg
-32 sc/Alq -6,8sc/Alq

M100: 14,0 g M100: 15,6 g


[K]: 16 g/kg [K]: 18 g/kg

M100: 12,5 g M100: 15,1 g


[K]: 14 g/kg [K]: 18 g/kg

-10,36 sc/Alq -4,9 sc/Alq


Potássio
Importância do K na Síntese de Proteínas

Diagrama: Ruan F. Firmano , Embrapa Soja - Esalq/USP


Agricultura de Precisão
Projeto AGRICULTURA DE PRECISÃO
Custo tota– Tupãssi Pr
l em sc de
DEPOIMENTOS soja: 63 sc (R$ 5
7,00)Alq / 4,72 ha
Carlos Pereira Alves LR Nº 10-A 1,95
PRONAF 4 AnosCusto
Produtividade sc/Alq Custo
Insumos utilizados Ton
Custo anual: 15 (R$/T) Total R$
Cultura ,7 0 s c
CuMarco
sto po Safra
Calcario Calcítico Zero r a2,80
lq: 814/15
/sc106,00Safra 15/16
296,80
Calcário Dolomitico 7,03 80,00 562,40
Soja 140 190 (+35%) 170 (+21%)
Supersimples 1,35 800,00 1080,00
Esterco de Frango Aplicado
Milho Safrinha 200 11,7(+70%)115,00
340 310 1.345,50
(+55 %)
Aplicação dos Corretivos 250,00
Aveia após
Projeto Milho
A. P. Não Sim
1,95 25,00 Sim48,75
Safrinha
TOTAL 3.583,45

• Produtividade média anterior = 140 sc/ Alq


• Produtividade safra 2014/2015 = 190 sc/Alq
• Aumento de produtividade (35%) = 50 sc/Alq
• Aumento de produção 1,95Alq x 50 = 97,50 sc
PARÂMETROS TÉCNICOS
P (Fósforo) 9 a 12mg/dm³ CTC 14
Cmol /dm3
K na CTC 3 a 4% 0,42 a 0,56
V% 60% a 70%
Ca na CTC 50 – 60% 7,0 a 8,4
Mg na CTC 10 – 15% 1,4 a 2,1
S (Enxofre) 5 a 10mg/dm³ Fonte: IPNI – International Plant Nutrition Institute – n 156 – Dez 2016
10mg/dm³
Considerações Finais
 Identificar e corrigir os fatores que limitam a produtividade
 Monitorar a Fertilidade do Solo e o Estado Nut. das Plantas
 Manter históricos (Aplicação, Adubação, Produtividade,
Chuva....)
 Desconfiem de “Tecnologias” que estão à frente da ciência;
 Uso de tecnologia não é sinônimo de uso de produtos
(avaliar sempre o retorno econômico)
 Soma de detalhes  Produtividade
 Adubar é “preciso”

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