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LIGAÇÃO METÁLICA

Propriedades Gerais dos Metais


• São maleáveis e dúcteis
• São excelentes condutores de eletricidade e calor.
• Apresentam brilho metálico característico.
• Têm altos índices de reflexão.
• Suas estruturas cristalinas são invariavelmente do
tipo cúbico de empacotamento compacto, hexagonal
compacto, ou cúbico de corpo centrado.
• Formam ligas com facilidade.
Quadro 1: Condutividade Elétrica de
Vários Sólidos
Substância Tipo de Condutividade
Ligação (ohm. cm-1)
Prata Metálica 6,3 x 105
Cobre Metálica 6,0 x 105
Sódio Metálica 2,4 x 105
Zinco Metálica 1,7 x 105
NaCl Iônica 1,0 x 10-7
Diamante Covalente 1,0 x 10-14
Quartzo Covalente 1,0 x 10-14
TIPOS DE LIGAÇÕES
Elemento eletropositivo + Elemento eletronegativo → ligação iônica

Elemento eletronegativo + Elemento eletronegativo → ligação


covalente

Elemento eletropositivo + Elemento eletropositivo → ligação


metálica.

Estes tipos de ligações são representações idealizadas.

Por exemplo, o LiCl é considerado um composto


iônico, mas ele é solúvel em álcool, o que sugere
um certo caráter de ligação covalente.
TABELA 1 : INTERAÇÕES ENTRE
AS ESPÉCIES QUÍMICAS
ESPÉCIE QUÍMICA INTERAÇÃO INTENSIDADE

Átomos Ligação Covalente muito forte

Íons Ligação Iônica muito forte

Íon-Molécula polar Íon-Dipolo forte

Molécula polar-Molécula Dipolo-Dipolo média


polar

Moléculas Ligação de Hidrogênio média

Todas Forças de Dispersão de fraca


London
COMPARAÇÃO ENTRE AS LIGAÇÕES

A ligação iônica envolve a transferência completa de


um ou mais elétrons de um átomo para outro.

A ligação covalente envolve em geral o


compartilhamento de um par de elétrons entre
dois átomos.

Na ligação metálica metálica os elétrons de valência


são livres para se deslocar através de todo o
cristal.
LIGAÇÃO METÁLICA
TRANSIÇÃO ENTRE OS PRINCIPAIS TIPOS DE
LIGAÇÃO: IÔNICA, COVALENTE E METÁLICA

AS LIGAÇÕES QUÍMICAS SÃO INTERMEDIÁRIAS


ENTRE ESSES TRÊS TIPOS E POSSUEM
ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DE DUAS DELAS,
AS VEZES DAS TRÊS LIGAÇÕES.

I2 - ClF – OF2 - NF3 – CCl4 – BF3 – BeF2 – Na2O

Li –Na3Bi–Na3Sb – Na3As – Na3P – Na3N – Na2O– CsF

Lin – Agn – Snn – Asn – Ten – Sn – I2


LIGAÇÃO METÁLICA
Os metais são formados por íons positivos
empacotados, normalmente segundo um
dos três arranjos

Cúbico de corpo
centrado: Denso hexagonal:
elementos do Be e Mg
grupo 1 e Bário
Cúbico de face
centrada:Cu e Ca
LIGAÇÃO METÁLICA
Modelo de Mar de Elétrons para a Ligação Metálica

• Utilizamos um modelo deslocalizado para os


elétrons em um metal.

– Os cátions metálicos estão imersos num mar de


elétrons.

– Nenhum elétron é localizado entre dois átomos de


metal.
– Assim, os elétrons podem fluir livremente através
do metal.
LIGAÇÃO METÁLICA

– Sem quaisquer ligações definidas, os metais são


fáceis de deformar (são maleáveis e dúcteis).

• Problemas com o modelo do mar de elétrons:

– À medida que o número de elétrons aumenta, a


força da ligação deveria aumentar e o ponto de
fusão deveria aumentar.
LIGAÇÃO METÁLICA
ILUSTRAÇÃO DO MODELO DO MAR
DE ELÉTRONS
LIGAÇÃO METÁLICA – OUTRA ILUSTRAÇÃO
DO MODELO DO MAR DE ELÉTRONS
LIGAÇÃO METÁLICA – MODELO
DO MAR DE ELÉTRONS

Na ilustração esquemática do modelo do mar de


elétrons cada esfera é um íon metálico carregado
positivamente.

Nesse modelo o metal é visualizado como uma rede


de cátions metálicos imersos em um mar de
elétrons como ilustrado na figura anterior.
LIGAÇÃO METÁLICA – MODELO
DO MAR DE ELÉTRONS

O modelo do mar de elétrons não explica adequada-


mente todas as propriedades.

De acordo com o modelo, a força da ligação entre os


átomos metálicos deveria aumentar à medida que o
número de elétrons de valência aumenta,
aumentando consequentemente o PF à medida que
o número de elétrons de valência aumenta.
LIGAÇÃO METÁLICA – MODELO
DO MAR DE ELÉTRONS

DIFICULDADE:

Entretanto, os metais do grupo 6 (Cr, Mo,W), que


estão no centro dos metais de transição, têm os mais
altos PF em seus respectivos períodos.
LIGAÇÃO METÁLICA – MODELO
DO MAR DE ELÉTRONS

Tabela 2 - Pontos de Fusão de Alguns Metais de Transição


LIGAÇÃO METÁLICA
Modelo do Orbital Molecular Para os Metais

• A ligação deslocalizada requer que os orbitais


atômicos em um átomo interajam com orbitais
atômicos de átomos vizinhos.

• Exemplo: os elétrons da grafita estão deslocalizados


sobre um plano inteiro, as moléculas de benzeno têm
elétrons deslocalizados sobre um anel.
LIGAÇÃO METÁLICA

Modelo do Orbital Molecular Para os Metais

• Lembre-se: o número de orbitais moleculares é igual


ao número de orbitais atômicos.

• Nos metais há um número muito grande de orbitais.


OS ELÉTRONS PI DESLOCALIZADOS
NO ANEL BENZÊNICO
LIGAÇÃO METÁLICA
Modelo do Orbital Molecular Para os Metais

• À medida que o número de orbitais aumenta,


sua diferença de energia diminui e eles
formam uma banda contínua de estados de
energia permitidos.

• O número de elétrons não preenche


completamente a banda de orbitais.
LIGAÇÃO METÁLICA
Modelo do Orbital Molecular Para os Metais

• Conseqüentemente, os elétrons podem ser


promovidos para bandas de energia
desocupadas.

• Uma vez que as diferenças de energia entre os


orbitais são pequenas, a promoção de elétrons
ocorre com um pequeno gasto de energia.
•FORMANDO ORBITAIS MOLECULARES A PARTIR DE ORBITAIS
ATÔMICOS

Orbital molecular antiligante


Orbitais atômicos
Orbital molecular ligante

Orbitais moleculares ligantes


LIGAÇÃO METÁLICA
LIGAÇÃO METÁLICA
A ilustração anterior mostra que a medida que o
número de orbitais moleculares aumenta diminui a
separação energética entre estes orbitais.

Nos metais a interação de um número muito grande


de orbitais forma uma banda aproximadamente
contínua de orbitais moleculares deslocalizados
por toda a rede metálica.

O número de elétrons disponível não preenche


completamente esses orbitais.
LIGAÇÃO METÁLICA

Modelo do Orbital Molecular Para os Metais

• Ao movermos ao longo da série de metais de


transição, a banda antiligante começa a ficar
preenchida.

• Desta forma, a primeira metade da série de


metais de transição tem apenas interações
ligante-ligante, a segunda metade tem interações
ligante-antiligante.
LIGAÇÃO METÁLICA

Modelo do Orbital Molecular Para os Metais

• Espera-se que o meio da série de metais de


transição tenha os pontos de fusão mais altos.

• O intervalo de energia entre as bandas é


chamado de intervalo de bandas, nível proíbido
ou lacuna de banda.
ISOLANTES, CONDUTORES E
SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS

Tabela 3 :
ISOLANTES, CONDUTORES E
SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS

Banda de Banda de Banda de

Grande lacuna
entre as bandas Pequena lacuna

entre as bandas

Banda de Banda de
Banda de

Ex: Diamante Ex: Lítio Ex: Silício


SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS

A condutividade elétrica de um semicondutor pode ser


modificada adicionando-se pequenas quantidades de
outras substâncias.
Esse processo é denominado dopagem.
Consideremos o que acontece quando o Si é dopado
com elementos do grupo 15 como P, As, Sb ou Bi.
Os átomos de P substitui o Si em posições aleatórias
na estrutura.
Entretanto o P possui 5 elétrons de valência por átomo,
enquanto o Si possui 4 elétrons de valência.
SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS

Em um semicondutor do tipo “n” (por exemplo Si


dopado com As) um nível doador está próximo da
banda de condução em termos de energia.

Em um semicondutor do tipo “p” ( por exemplo Si


dopado com Ga) a condutividade elétrica é devida a
um nível receptor ser populado termicamente o que
deixa vazios (buracos positivos) na banda inferior
SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS

Semicondutores Extrínsecos

Os semicondutores extrínsecos contêm dopantes; um


dopante é uma impureza introduzida em um
semicondutor em quantidades mínimas para reforçar
a sua condutividade elétrica.
SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS

Semicondutores Íntrínsecos:
Se um material se comporta como um semicondutor
sem a adição de dopantes, ele é um semicondutor
intrínseco.

NÍVEL DE FERMI
O nível de energia do orbital mais alto ocupado em um
metal no zero absoluto é chamado nível de Fermi
SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS E
EXTRÍNSECOS
INTRÍNSECO EXTRÍNSECO EXTRÍNSECO
BANDA DE
CONDUÇÃO

Nível doador
Nível receptor

BANDA DE
VALÊNCIA

Silício Silício
Silício puro dopado com dopado com
Fósforo . Gálio.
Semicondutor Semicondutor
do tipo “n” do tipo “p”
SEMICONDUTORES INTRÍNSECOS E
EXTRÍNSECOS

No silício puro (semicondutor intrínseco) os elétrons


da banda de valência apenas preenchem a banda de
energia permitida de mais baixa energia.

No Si dopado com P (semicondutor extrínseco) o


excesso de elétrons ocupa os orbitais de mais baixa
energia na banda de condução. Esses elétrons são
capazes de conduzir corrente elétrica.
SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS

No Si dopado com Ga ( semicondutor extrínseco) não


existem elétrons em número suficiente para ocupar
completamente a banda de valência. A presença de
orbitais vazio nessa banda permite a passagem de
corrente.
SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS

Se o Si é dopado com um elemento do grupo 13 como


o Ga, In e Tl , a banda de valência está preenchida
de maneira incompleta porque o Ga, In e Tl tem 3
elétrons na camada de valência.

Nesse caso os elétrons podem mover-se dos orbitais


moleculares ocupados para aqueles que estão vazios
na banda de valência.
SEMICONDUTORES EXTRÍNSECOS

O Si dopado com Ga, In ou Tl é chamado


semicondutor do tipo “p” porque esta dopagem cria
sítios vagos de elétrons que podem ser tratados
como buracos positivos no sistema.
LIGAS

As ligas têm mais de um elemento com características


de metais.
• Os metais puros e as ligas têm propriedades físicas
diferentes.
• Na joalheria, usa-se uma liga de ouro e cobre (a liga
é bastante dura; o ouro puro é muito macio).
• As ligas de solução são misturas homogêneas.
• Ligas heterogêneas: os componentes não estão
dispersos uniformemente (por exemplo, aço de
perlita tem duas fases: Fe quase puro e cementita,
Fe3C).
QUADRO 2 - ALGUMAS LIGAS COMUNS
ELEMENTO NOME DA LIGA COMPOSIÇÃO EM
• .
PRIMÁRIO MASSA

BISMUTO METAL DE 50% Bi, 25% Pb,


MADEIRA 12,5% Sn, 12,5% Cd
COBRE LATÃO AMARELO 67% Cu, 33% Zn

FERRO AÇO INOXIDÁVEL 80,6 Fe, 0,4%C,


18% Cr, 1% Ni
CHUMBO SOLDA DE 67% Pb, 33% Sn
CHUMBO
PRATA PRATA ESTERLINA 92,5% Ag, 7,5% Cu
LIGAS DE SOLUÇÃO
Existem dois tipos de ligas de solução :
– Liga substitucional (os átomos do soluto tomam
as posições do solvente);
– Liga intersticial (o soluto ocupa sítios
intersticiais na rede metálica).
• Nas ligas substitucionais:
– os átomos devem ter raios atômicos
semelhantes, e características de ligação
química.
– Um exemplo é a prata esterlina.
LIGAS DE SOLUÇÃO

• Nas ligas intersticiais:


– um elemento deve ter um raio
significativamente menor do que o outro (para
que caiba no sítio intersticial), por exemplo,
um não-metal.
– A liga é bem mais forte do que o metal puro
(ligação fortalecida entre não-metal e metal).
– Exemplo: aço (contém até 3% de carbono).
LIGAS HETEROGÊNEAS

• NA LIGA HETEROGÊNEA OS
COMPONENTES NÃO ESTÃO DISPERSOS
UNIFORMEMENTE.
• EM GERAL, AS PROPRIEDADES DAS LIGAS
HETEROGÊNEAS DEPENDEM NÃO APENAS
DA COMPOSIÇÃO MAS TAMBÉM DA
MANEIRA PELA QUAL O SÓLIDO É
FORMADO A PARTIR DA MISTURA
FUNDIDA.
LIGAS HETEROGÊNEAS

– O RESFRIAMENTO RÁPIDO LEVA A


PROPRIEDADES DISTINTAS DAQUELAS
QUE SÃO OBTIDAS PELO
RESFRIAMENTO LENTO.
LIGA SUBSTITUCIONAL A ESQUERDA E
INTERSTICIAL A DIREITA

LIGA SUBSTITUCIONAL LIGA INTERSTICIAL


COMPOSTOS INTERMETÁLICOS

OS COMPOSTOS INTERMETÁLICOS SÃO


LIGAS HOMOGÊNEAS QUE TÊM
PROPRIEDADES E COMPOSIÇÕES
DEFINIDAS.
– Ex: CuAl2, MgZn2, Cu3Au, NaTl, Na5Zn21.
– OUTROS EXEMPLOS : Ni3Al → PRINCIPAL
COMPONENTE DO MOTOR DE
AERONAVES A JATO DEVIDO A SUA
RESISTÊNCIA E BAIXA DENSIDADE.
– Cr3Pt → REVESTIMENTO DE LÂMINA DE NAVALHA
TABELA 4 : TIPOS DE SÓLIDOS CRISTALINOS
TIPO DE SÓLIDO FORMA DAS FORÇA ENTRE AS EXEMPLOS
PARTÍCULAS PARTÍCULAS
UNITÁRIAS
FORÇAS DE
DISPERSÃO DE ARGÔNIO,
MOLECULAR ÁTOMOS E LONDON, METANO,
MOLÉCULAS FORÇAS DIPOLO- SACAROSE,
DIPOLO, GELO SECO, H2O
LIGAÇÕES DE
HIDROGÊNIO
ÁTOMOS
LIGADOS EM LIGAÇÕES DIAMANTE,
COVALENTE UMA REDE DE COVALENTES QUARTZO, SiO2
LIGAÇÕES SiC, Al2O3
COVALENTES
ÍONS POSITIVOS LIGAÇÕES CLORETO DE
IÔNICO E NEGATIVOS IÔNICAS SÓDIO, NITRATO
DE CÁLCIO
TODOS OS ELEMEN-
TOS METÁLICOS
METÁLICO ÁTOMOS LIGAÇÕES
Ex: Na, Ag, Fe, W
METÁLICAS

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