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DE SAPATAS
1- TIPOS USUAIS DE ESTRUTURAS DE FUNDAÇÃO SUPERFICIAIS:
•SAPATA ISOLADA;
Em função das dimensões as sapatas podem ser classificadas como RÍGIDAS ou FLEXÍVEIS
SAPATAS FLEXÍVEIS: Tem a vantagem do menor consumo de concreto e por serem mais
leves são mais adequadas em solos de menor capacidade de carga, porem com maior
consumo de aço.
SAPATAS RÍGIDAS: Possui menor consumo de aço, além de ser possível o uso de um
concreto de menor resistência, tornando-se até mais econômica em solos de maior
qualidade.
2- DISTRIBUIÇÃO DE PRESSÕES NO SOLO:
Para o caso de uma sapata centrada, deve-se verificar que: Pk ≤ σadm onde:
Pk : Resistência característica do solo que suporta a pressão da sapata
σadm: é a pressão admissível no solo
Pk = Nk + Wk onde Nk : Carga Aplicada
Área Wk: Peso próprio da sapata
ho ≥ h/3
20cm
No exemplo, a carga de cálculo Nd é transmitida à sapata que por sua vez transmite á sua
base por uma série de bielas inclinadas que se apóiam no tirante inferior representado
pela armadura.
Admite-se que as bielas mais distantes do eixo da parede possuem uma inclinação de
θm = arctg (1/2)
O que corresponde á uma sapata com altura h mínima já demonstrado anteriormente, se
h for maior que este valor mínimo, a inclinação dessas bielas será maior o que é a favor
da segurança.
Portanto, para não haver o esmagamento da biela de concreto deve-se impor a condição:
σc ≤ fsd onde fsd é a resistência de cálculo à compressão da sapata , então:
X = 0,25a 5σd – 1 ≥ 0
fsd
Então o valor de “x” será inferior a 0,15d onde d é a distância da armadura inferior de
tração até o topo da sapata (altura útil), em casos correntes o braço da alavanca Z = d – x
pode ser considerado igual a 0,85d.
Do modelo de bielas e tirantes indicado na figura acima, pode-se escrever:
Fazendo Rsd = As – fyd onde fyd é a tensão de escoamento da armadura, obtém-se a área
de aço:
As = Nd(A – a) = Nd (A – a)
8Zfyd 0,85d 8fyd
Seção para cálculo do
momento
Observando a figura acima verifica-se que a equação Rsd Z = 0,5Nd (0,25A - 0,25a) pode
ser escrita da seguinte forma:
Rsd = Md
Z
A armadura principal de área As deve ser prolongada sem redução de seção em toda a
largura da sapata e ancorada com ganchos nas extremidades.
Para reduzir o risco de ruptura de aderência, deve-se adotar barras com o menor
diâmetro possível, pouco espaçadas sendo que o espaçamento máximo entre barras não
pode ultrapassar 30cm ou seja espaçamento ≤ 30cm.
No sentido da parede, coloca-se uma armadura de distribuição que seja capaz de
absorver momentos longitudinais devidos a possíveis recalques diferenciais, a área desta
armadura não deve ser inferior a As/5.
Quando houver aberturas na parede (portas, vão, etc.) que interrompam a carga
transmitida à sapata esse trechos devem ser armados como uma viga. Os momentos
fletores para o dimensionamento são indicados na figura abaixo:
Wk =0,05Nk Wk =15kN/m
σd = Nd = 4,2 σd ≈ 0,17kN/cm2
a 25
fcd = fck = 1,4 MPa fcd = 1,4 KN/cm²
1,4
Como σd < 0,20fcd = 0,28 kN/cm² , significa que as bielas de compressão podem convergir
para a seção do topo da sapata sem perigo de esmagamento. Neste caso, pode-se
considerar o braço de alavanca igual à altura útil, ou seja Z = d = 30cm.
1- Araújo, J. M. – Curso de Concreto Armado V.4, P 145 – 174 ed. Dunas Rio Grande 2001
2- Dias C. R. – Apontamentos de aula