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Campus Curitiba

UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

PROTEÇÃO CONTRA CHOQUES ELÉTRICOS


Prof. Vilmair E. Wirmond
2013
Campus Curitiba
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Definição de choque elétrico


• “É a perturbação de natureza e efeitos
diversos que se manifesta no
organismo humano ou animal quando
este é percorrido por uma corrente
elétrica”.

G. Kindermann, “Choque Elétrico”, Ed. do Autor, Fpolis,2005.


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Choques elétricos
• A proteção contra choques elétricos é
regulamentada nas normas:

• NBR 5410-2004 da ABNT

• Normas regulamentadoras (NR’s)10 e 18


do Ministério do Trabalho
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Classificação
• Contato direto
– Contato de pessoas e
animais diretamente com
partes energizadas de uma
instalação elétrica.
• Contato indireto
– Contato de pessoas ou
animais com estruturas
metálicas ou condutores
que, acidentalmente,
tornaram-se energizadas.
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Efeito da Corrente Elétrica


O efeito da corrente depende:
• Intensidade da corrente;
• Tempo de exposição;
• Percurso através do corpo humano;
• Condições orgânicas do indivíduo.
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Passagem da corrente pelo


corpo
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Efeitos da passagem de corrente


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Efeitos da passagem de
corrente
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Proteção Contra Choque-Elétrico


• Medida prioritária:

Interrupção do fornecimento de
energia.
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Proteção contra contato direto

• A proteção deve ser assegurada por:


• Isolação das partes vivas;
• Barreiras ou invólucros;
• Obstáculos
• Colocação fora de alcance,
• Bloqueios e impedimentos.
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Proteção contra contato direto


• Isolação das partes vivas:
– Deve impedir o contato com as partes vivas
da instalação através de uma isolação que
somente possa ser removida com a sua
destruição.
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Proteção contra contato direto


• Barreiras ou invólucros
– Visa impedir todo contato com as partes vivas
da instalação elétrica.
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Proteção contra contato direto


• Obstáculos
– Partes vivas são confinadas em
compartimentos onde só permitido acesso a
pessoas autorizadas.
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Proteção contra contato direto


• Colocação fora de alcance
– Consiste em instalar os condutores
energizados a uma altura/distância fora de
alcance das pessoas e animais.
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Bloqueios e impedimentos
• Dispositivos de bloqueio são aqueles
que impedem o acionamento ou
religamento de dispositivos de
manobra (chaves, interruptores).
• Bloqueio é a ação destinada a manter,
por meios mecânicos um dispositivo de
manobra fixo numa determinada
posição, de forma a impedir uma
ação não autorizada, em geral
utilizam cadeados.
• É importante que tais dispositivos
possibilitem mais de um bloqueio, ou
seja, a inserção de mais de um
cadeado, por exemplo, para trabalhos
simultâneos de mais de uma equipe
de manutenção.
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Proteção contra contato indireto


• Os dispositivos à corrente diferencial-residual (DR)
constituem-se no meio mais eficaz de proteção das
pessoas e animais contra choques elétricos.

• Não dispensam o uso de disjuntores e fusíveis.


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Interruptor Diferencial Residual - DR


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Interruptor Diferencial Residual - DR


Funcionamento – A corrente que entra deve ser igual a corrente que
sai (lei de Kirchoff) – caso ocorra um desbalanceamento entre essas
correntes, uma corrente é induzida no transformador toroidal e abrindo o
circuito.

Simbologia
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Interruptor Diferencial Residual - DR


• Dispositivo DR ou Interruptor DR
Dispositivo que provoca a abertura dos próprios contatos quando ocorrer uma
corrente de fuga à terra.
• Módulos DR
Dispositivo destinado a ser associado a um disjuntor termomagnético
adicionando a este a proteção diferencial residual, ou seja, esta associação
permite a atuação do disjuntor quando ocorrer uma sobrecarga, curto circuito ou
corrente de fuga à terra. Recomendado para instalações onde a corrente de
curto circuito for elevada.
• Os Dispositivos DR, Módulos DR ou Disjuntores DR de corrente nominal residual
(I∆n) até 30mA, são destinados fundamentalmente a proteção de pessoas,
enquanto os de correntes nominais residuais (I∆n) de 100mA, 300mA, 500mA,
1000mA são para proteção dos equipamentos.
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Interruptor Diferencial Residual - DR


• Tipo AC - Detecta correntes residuais alternadas e são
normalmente utilizados em instalações elétricas residenciais,
comerciais e prediais, como também em instalações elétricas
industriais de características similares.
• Tipo A - Detecta correntes residuais alternadas e contínuas
pulsantes; este tipo de dispositivo é aplicável em circuitos que
contenham recursos eletrônicos que alterem a forma de onda
senoidal.
• Tipo B - Detecta correntes residuais alternadas, continuas
pulsantes e continuas puras; este tipo de dispositivo é aplicável em
circuitos de corrente alternada normalmente trifásicos que possuam,
em sua forma de onda, partes senoidais, meia-onda ou ainda
formas de ondas de corrente continua, geradas por cargas como:
equipamentos eletromedicos, entre outros.
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DRs e a NBR 5410


• A norma exige DRs em:
1. Tomadas em todo local molhado ou sujeito a
lavagem;
2. Tomadas em áreas externas;
3. Tomadas internas que alimentam equipamentos
na área externa da instalação;
• Nesta aplicações a NBR 5410 obriga o uso de DRs
de alta sensibilidade (If >= 30 mA).
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Extra baixa tensão: SELV e PELV


Defini-se como:
SELV (do inglês “separated extra-low voltage”): Sistema de extra
baixa tensão que é eletricamente separada da terra de outros
sistemas e de tal modo que a ocorrência de uma única falta não
resulta em risco de choque elétrico.

PELV (do inglês “protected extra-low voltage”): Sistema de extra baixa


tensão que não é eletricamente separado da terra mas que
preenche, de modo equivalente, todos os requisitos de um SELV.

Os circuitos SELV não têm qualquer ponto aterrado nem massas


aterradas. Os circuitos PELV podem ser aterrados ou ter massas
aterradas.
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Tensões dos sitemas SELV e PELV


• A tensão nominal do sistema SELV ou PELV não pode
exceder 50 V em corrente alternada ou 120 V em
corrente contínua,mas dependendo das condições pode
ser ainda menor:
• a) a tensão nominal do sistema SELV ou PELV não for
superior a 25 V, valor eficaz, em corrente alternada, ou a
60 V em corrente contínua
• b) a tensão nominal do sistema SELV ou PELV não for
superior a 12 V, valor eficaz, em corrente alternada, ou a
30 V em corrente contínua
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Fontes SELV ou PELV


• Transformador de separação de segurança
• Fonte de corrente que garanta um grau de segurança
equivalente ao do transformador de separação de
segurança especificado.
• Fonte eletroquímica (por exemplo, pilhas ou
acumuladores)
• dispositivos eletrônicos, conforme as normas aplicáveis,
nos quais tenham sido tomadas providências para
assegurar que, mesmo em caso de falta interna, a
tensão nos terminais de saída não possa ser superior
aos limites indicados.
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Plugues e tomadas SELV/PELV


a) não deve ser possível inserir o plugue SELV ou
PELV em tomadas de outras tensões;
b) a tomada SELV ou PELV deve impedir a introdução
de plugues referentes a outras tensões;
c) as tomadas do sistema SELV não devem possuir
contato para condutor de proteção.
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PROFISSIONAIS QUE TRABALHAM COM


ELETRICIDADE TEM A OBRIGAÇÃO
LEGAL E MORAL DE CONHECER O
CONTEÚDO E APLICAÇÃO DA NR 10 -
SEGURANÇA EM INSTALAÇÕES E
SERVIÇOS EM ELETRICIDADE

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