Você está na página 1de 25

INTRODUÇÃO AO ESTUDO

DA SUJEIÇÃO PASSIVA EM
DIREITO TRIBUTÁRIO
PROF. HELCONIO ALMEIDA
1- Substituição tributária e antecipação do fato
gerador (ST/AFG)
Objetivos:

Revisão e crítica sobre a SUBSTITUIÇÃO



TRIBUTÁRIA e sua relações com o FATO
GERADOR ORDINÁRIO E O ANTECIPADO
enquanto estudo prévio para um maior
aprofundamento.
Temas:
 1- O regra matriz de incidência ou a norma
tributária
 2- A sujeição passiva no Direito Tributário Brasileiro
 3- Contribuinte e responsável. “Contribuinte-
substituto” ou “responsável por substituição” ?
 4 - A substituição tributária. Teorias.
 5- Antecipação total, parcial e retenção na fonte.
 7 -O “Simples Nacional e a ST/AFG”
 8 - Reflexões.
A RMI ou NT?
 Regra Matriz de Incidência ou norma tributária
- “Norma jurídica em todos os sentidos com estrutura lógica –
hipótese e consequência – geral e abstrata que enquadra um
determinado fato econômico”
- A necessidade de não esquecermos que o seu consequente
determina a existência de uma RELAÇÃO JURÍDICA

 Quais os aspectos que podemos analisar para entendê-la:


 Na hipótese > Material, espacial, temporal, e no consequente
> pessoal ou subjetivo e quantitativo.
Sendo uma relação jurídica...

- Decorre da norma o direito subjetivo de um sujeito – U, E, DF e


M - exigir de outro (C ou Resp) o cumprimento de uma
prestação pecuniária ou não.

 Obrigação tributária principal e acessória.


 As diversas teorias. Obrigação e crédito.
Um pequeno corte para
refletirmos um pouco sobre...

 O SUJEITO PASSIVO é aquela pessoa que


tendo relação direta ou indireta com o fato
descrito na norma tributária responderá pela
prestação nela descrita
 A necessária vinculação com o aspecto material
 A “capacidade contributiva do Sujeito Passivo é
real ou presumida?
O sujeito passivo no Direito Tributário

 Na Constituição Federal – (o art. 195, I e II)

 Limites constitucionais:

 vedação ao confisco (art. 150, IV,)


 capacidade contributiva objetiva/subjetiva (art. 145, §1º)
 direito de propriedade (art. 5º, XXII);
 estrita legalidade (art. 5°, II, e 150, I,);
 repartição da competência para instituir tributos;
 necessidade de observância das disposições de normas
gerais (art. 146, II, ou III, “a”).
O sujeito passivo no CTN
 O Código Tributário Nacional estabelece que:
o sujeito passivo da obrigação principal é a
pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária denominando de
contribuinte, quando tenha relação pessoal e
direta com a situação que constitua o
respectivo fato gerador(RMI) e de responsável,
quando, não sendo contribuinte, sua obrigação
decorra de disposição expressa de lei.(NR)
(Art. 121)
Classificação

Sujeição Passiva
Indireta

Substituição Transferência

Sucessão Responsabilidade Solidariedade

Rubens Gomes de Souza – primeira sistematização


A responsabilidade tributária por transferência

 Exclusiva ou pessoal: devedor único; apenas o


terceiro responde pelo débito. (Futebol)

 Plural ou concorrente: subsidiária: o devedor


responde se for impossível o seu adimplemento pelo
devedor principal; ou solidária: qualquer um pode
ser obrigado ao pagamento integral da dívida;(Futsal)
 Sucessão, terceiros e infrações
A “responsabilidade”por Substituição

O Art. 128 do CTN: “... a lei pode atribuir de modo


expresso a responsabilidade pelo crédito tributário a
terceira pessoa, vinculada ao fato gerador da
respectiva obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter supletivo
do cumprimento total ou parcial da referida
obrigação.
- Há contradição com o art. 121? é possível
manter outros tipos de relação com o fato
gerador que não pessoal e direta?
Aplica-se o Art. 128 em todos os casos de
substituição ?

- A lei instituidora do tributo apenas poderá


eleger como responsável pessoa que
mantenha relação indireta como o fato
tributado?

- Era possível ao legislador instituir novas


hipóteses de substituição antes da CF/88?
Classificação

Sujeição Passiva
Indireta

Substituição Transferência

Sucessão Responsabilidade Solidariedade

Rubens Gomes de Souza – primeira sistematização


Classificação

Responsabilidade

Responsabilidade
Solidariedade Sucessão Substituição em sentido estrito

Rubens Gomes de Souza – segunda sistematização


Classificação
Sujeição Passiva

Contribuinte Substituto Terceiro Sucessão Infrações

Uma idéia
Teorias sobre a S T
 TEORIAS
 
 A substituição como uma especial forma de execução contra terceiros
 
 O substituto como um intermediário que arrecada por conta do Estado
 
 Uma representação legal de direito público
 
 A substituição como figura autônoma
Teorias sobre a S T
 TEORIAS
 
 Sub-rogação em relação a dívida
 
 Como cessão de direito
 
 Obrigações final e instrumental
 
 Autêntico sujeito passivo
Teorias sobre a S T
 TEORIAS
 
 O substituto como ficção (JBN)
 
 Obrigação de pagar tributo alheio
 
 Obrigação por presunção
 
 Sujeito passivo por indicação da lei
Algumas outras idéias
 Contribuinte e responsável.
 “Contribuinte-substituto” ou
 “responsável por substituição” ?
 “quando escolhido o substituto legal tributário, só
ele, ninguém mais, está obrigado a pagar o
tributo” (STJ, REsp 309913/SC).
ST e Antecipação do fato gerador

 -§ 7º da Constituição Federal
 A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação
tributária a condição de responsável pelo pagamento de
imposto ou contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer
posteriormente, assegurada a imediata e preferencial
restituição da quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
 Interpretações
 Fato gerador presumido > teorias
 Pode transformar a natureza jurídica de um tributo ou o seu
regime jurídico?
Antecipações....

 Antecipação total e a substituição


 - “A responsabilidade tributária por substituição ocorre
quando um terceiro, na condição de sujeito passivo por
especificação da lei, ostenta a integral responsabilidade pelo
quantum devido a título de tributo. (STJ, Primeira sessão, EREsp
446955/SC).

 Antecipação parcial > não há ST . Fundamento


legal > CTN, CF ou LO?
 Antecipação total sem substituição.
O complicado “simples nacional”.

 Qual a sua natureza jurídica?


 E o seu regime jurídico?

 Novo tributo ou diversas incidências?

 Inclui ou não os tributos indicados?


A guisa de conclusão
 “O fato gerador presumido, por isso mesmo, não é provisório,
mas definitivo, não dando ensejo a restituição ou
complementação do imposto pago, senão, no primeiro caso, na
hipótese de sua não-realização final.
 “Admitir o contrário valeria por despojar-se o instituto das
vantagens que determinaram a sua concepção e adoção,
como a redução, a um só tempo, da máquina-fiscal e da
evasão fiscal a dimensões mínimas, propiciando, portanto,
maior comodidade, economia, eficiência e celeridade às
atividades de tributação e arrecadação.” (Cláusula 2ª do
Convênio ICMS 13/97)
Alguns questionamentos (???)

 A identidade de argumentos para conclusão diversa

 O alargamento da base

 A insegurança jurídica

 ADIn 1.851-4/AL X ADIn 2.77/SP e ADIn 2.675/PE


Para concluir...

 “O advento do pensar, coisa do


pensamento, é uma fonte de
alegria para o espírito. Assim se
exerce uma ciência feliz – única
que vale a pena”(José Souto Maior Borges)
 helconio@sefaz.ba.gov.br

Você também pode gostar