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SUS E ATENÇÃO BÁSICA DE

SAÚDE

THIAGO HÜBNER
UBS JD.MARACÁ
JULHO 2018
SISTEMA ÚNICO DE SAUDE

CRIADO EM 1988
INSPIRADO NO MODELO BRITÂNICO DE SAÚDE
ÚNICO
UM DOS MAIORES SISTEMAS DE SAÚDE PÚBLICA DO MUNDO
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PRINCÍPIOS ÉTICOS

Universalização – É a garantia de atenção à saúde por parte


do sistema, a todo e qualquer cidadão.
Integralidade – O homem é um ser integral e deverá ser
atendido com esta visão integral por um sistema de saúde
também integral, voltado a promover, proteger e recuperar
sua saúde.
Equidade – Situações diferentes merecem abordagens
diferentes.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PRINCÍPIOS OPERACIONAIS

Descentralização – Redistribuição das responsabilidades


(município, estado, união), com maior responsabilidade aos
municípios.

Regionalização – Serviços dispostos numa área geográfica


delimitada e com a definição da população a ser atendida.

Hierarquização – Os serviços devem ser organizados em níveis


de complexidade tecnológica crescente.
SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

PRINCÍPIOS OPERACIONAIS

Participação social – A população participará do


processo de formulação das políticas de saúde e do
controle da sua execução, em todos os níveis, desde o
federal até o local.

Complementariedade do setor privado – Quando o


setor público não for suficiente é necessária a
contratação de serviços privados
ADEQUAÇÃO AO NOVO SISTEMA

Criadas leis de funcionando do SUS


Criação da Vigilância Sanitária e Epidemiológica
Participação popular
A partir de 1991 criadas normas para adequadas:
operacionais básicas (NOB) e operacionais da assistência
social (NOAS)
LEIS
• Lei 8080/90 – Determina os princípios, objetivos e
atribuições do SUS: vigilância sanitária; vigilância
epidemiológica; saúde do trabalhador; assistência
farmacêutica, atribuições, financiamento, participação
da iniciativa privada no SUS...

• Direção Nacional – Define;


• Direção Estadual – Coordena;
• Direção Municipal – Executa.
LEIS
• Lei 8142/90 – Determina a participação popular e as
transferências intergovernamentais de recursos
financeiros na área da saúde. Cria os Conselhos e as
Conferências de Saúde.
• Conselhos de Saúde – 50% dos membros são
usuários. Permanentes e deliberativos. Realizados
mensalmente.
• Conferências de Saúde – 50% dos membros são
usuários. São realizadas de quatro em quatro anos.
NORMAS
• NOB 91 – Centraliza a gestão na esfera federal.
• NOB 93 – Tem como objetivo organizar o processo de
descentralização.
• NOB 96 – Promove e consolida a municipalização. Cria
o Piso da Atenção Básica.
• NOAS 2001 – Promove maior equidade na alocação de
recursos e no acesso da população às ações e serviços
de saúde em todos os níveis de atenção.
• NOAS 2002 – Amplia as responsabilidades dos
municípios na Atenção Básica. Cria o PAB ampliado.
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA

Estratégia Saúde da Família: inicio em 1994


Porta de entrada do sistema
Equipe multiprofissionais: médico, enfermeiro, aux. ou tec.
Enfermagem e agentes comunitários
Cada equipe deve ser responsável por no máximo 4000
pessoas, sendo o recomendável 3000
Grau de vulnerabilidade
Ações: Promoção, prevenção, recuperação e reabilitação
ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMILIA

Foco é na prevenção, porém é um sistema amplo não


somente voltado a isso
Não é restrita apenas a população de risco ou áreas
carentes (Principio da universalidade)
Área determinada (Territorialização) com a população
cadastrada (Adscrição de Clientela)
De início fazer a territorialização e diagnostico de saúde
dessa comunidade para intervenções especificas
Privilegia o ser humano à doença e a comunidade ao
individuo
FUNDAMENTOS E DIRETRIZES
I - Atuar em território adstrito.
II - Proximidade (ser próximo e de fácil acesso para a população),
capacidade de acolhimento (atender qualquer queixa), vinculação,
longitudinalidade (acompanhamento), responsabilização e
resolutividade.
III - Porta de entrada preferencial da rede de atenção.
IV - Coordenar a integralidade em seus vários aspectos (ações
programáticas, demanda espontânea, promoção à saúde, prevenção de
agravos, vigilância à saúde, tratamento e reabilitação e manejo das
diversas tecnologias de cuidado e de gestão necessárias a estes fins).
V - Presença de diferentes profissionais (médicos, enfermeiros...) com
um alto grau de articulação entre eles.
VI - Estimular a participação dos usuários
DIFERENÇAS DE MODELOS
ATRIBUIÇÕES DA EQUIPE

Acessibilidade e Acolhimento
(porta de entrada preferencial e porta aberta);
Territorialização e Responsabilização Sanitária;
Vínculo e Adscrição de Clientela;
Cuidado Longitudinal;
Coordenação do Cuidado;
Trabalho em Equipe Multiprofissional;
COBERTURA NO BRASIL

• 72% da população coberta pela atenção básica,


considerando-se, além das equipes de Saúde da Família,
equipes equivalentes formadas por clínicos gerais,
ginecologistas-obstetras e pediatras.

• 62% da população coberta por Equipes de Saúde da Família;

• Cerca de 39.000 equipes de Saúde da Família cuidam de mais


de 120 milhões de cidadãos (representação Mais Médicos*);

• Cerca de 40.000 Unidades Básicas de Saúde (mais de 700 mil


profissionais atuando na AB);
COBERTURA NO BRASIL

31,8% 46,1% 52,2%


(2002) (2006) (2010)

Municípios com ESF 5.460


Nº de Equipes Implantadas 39.228
População coberta estimada 121 milhões
A cobertura eSF dobrou entre 2002 e 2014
62,4%
(2014)
ACS
Um agente para no máximo 750 pessoas
No máximo 12 agentes por equipe
Nova portaria retirou a obrigatoriedade de um numero
mínimo de agentes por equipe (antes eram 6)
Programa de ACS: No qual não há médicos, apenas
enfermeiros supervisionados (considerado programa de
transição)
Nesse caso há necessidade de 1 enfermeiro para no
máximo 12 ACS e no mínimo 4
Carga horaria de 40 horas semanais
ATRIBUIÇÕES DAS ACS
I - trabalhar com adstrição de famílias em base geográfica
definida, a microárea;
II - cadastrar todas as pessoas de sua microárea e manter os
cadastros atualizados;
III - orientar as famílias quanto à utilização dos serviços de saúde
disponíveis;
IV - realizar atividades programadas e de atenção à demanda
espontânea;
V - acompanhar, por meio de visita domiciliar, todas as famílias e
indivíduos sob sua responsabilidade. As visitas deverão ser
programadas em conjunto com a equipe, considerando os
critérios de risco e vulnerabilidade de modo que famílias com
maior necessidade sejam visitadas mais vezes, mantendo como
referência a média de 1 (uma) visita/família/mês;
ATRIBUIÇÕES DA ACS
VI - desenvolver ações que busquem a integração entre a equipe
de saúde e a população adscrita à UBS, considerando as
características e as finalidades do trabalho de acompanhamento
de indivíduos e grupos sociais ou coletividade;

VII - desenvolver atividades de promoção da saúde, de prevenção


das doenças e agravos e de vigilância à saúde, por meio de visitas
domiciliares e de ações educativas individuais e coletivas nos
domicílios e na comunidade, como por exemplo, combate à
dengue, malária, leishmaniose, entre outras, mantendo a equipe
informada, principalmente a respeito das situações de risco; e
ATRIBUIÇÕES DAS ACS

VIII - estar em contato permanente com as famílias,


desenvolvendo ações educativas, visando à promoção da saúde,
à prevenção das doenças, e ao acompanhamento das pessoas
com problemas de saúde, bem como ao acompanhamento das
condicionalidades do Programa Bolsa Família ou de qualquer
outro programa similar de transferência de renda e
enfrentamento de vulnerabilidades implantado pelo governo
federal, estadual e municipal de acordo com o planejamento da
equipe.

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