Você está na página 1de 37

CORPO DE BOMBEIROS

DEFESA BIOLÓGICA
CORPO DE BOMBEIROS

GUERRA BIOLÓGICA

Guerra Biológica pode ser definida como o emprego


intencional dos agentes biológicos, através de sistemas de
lançamento ou armas especiais, a fim de causar baixas e
mortes em pessoal e animais úteis, destruir plantações,
poluir ou destruir reservas de gêneros e água.
CORPO DE BOMBEIROS

GUERRA BIOLÓGICA

A GUERRA BIOLÓGICA ATRAVÉS DOS TEMPOS


· 186 A.C – Batalha Naval entre as esquadras de Eumenes II e Aníbal –
lançamento de cobras venenosas nos conveses dos navios;
· Cruzadas – pessoas infectadas com a peste eram inseridas nas cidades
inimigas.
· Século XV, - “Tratado de Tática” - preconizava a utilização de dejetos
orgânicos e sangue infectado;
· 1863 - Guerra da Independência Americana - Lagos poluídos com corpos
apodrecidosde animais;
· 1949 - Oficiais japoneses foram acusados de terem usado a peste em alvos
chineses,
na Manchúria.
CORPO DE BOMBEIROS

GUERRA BIOLÓGICA

AGENTES BIOLÓGICOS
Em sua forma original, os agentes biológicos normalmente apresentam-se
como líquidos em suspensão na água ou como pó seco concentrado. São
microrganismos vivos ou seus produtos tóxicos e compostos herbicidas,
quando empregados na Guerra Biológica.
O tipo de microrganismo disseminado em um ataque poderá ser qualquer
um do largo espectro de doenças que afetem os seres humanos, animais ou
plantas.
São agentes biológicos: bactérias, fungos, riquétzias, protozoários, toxinas,
vírus e os compostos herbicidas.
CORPO DE BOMBEIROS

ATAQUE BIOLÓGICO

As condições meteorológicas influenciam a nuvem de


aerosol como um todo.
O tamanho das partículas no interior das nuvens provoca
pequenas diferenças entre a densidade do aerosol e a do ar.
Em consequência, o aerosol reagirá às condições do tempo
da mesma forma que o ar ao seu redor.
CORPO DE BOMBEIROS

ATAQUE BIOLÓGICO

Velocidade e direção do vento, luz solar, evaporação e


umidade relativa, temperatura, gradientes verticais e a
precipitação podem afetar aerosóis. Como essas variações
podem afetar os aerosóis ?
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS

VELOCIDADE E DIREÇÃO DO VENTO


Estes fatores determinam a direção na qual a nuvem de
aerosol se deslocará e o tamanho da área que será coberta.
Espargimentos de agentes biológicos, com uma alta taxa de
caimento, podem ser empregados eficientemente com
ventos de alta velocidade da ordem de 16 a 32 km hora.
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS
VELOCIDADE E DIREÇÃO DO VENTO
A essas velocidades, a nuvem pode se deslocar sobre
grandes áreas durante o período de sobrevivência do
agente.
Ventos de baixas velocidade , entretanto, tendem a
aumentar o tempo de permanência dos agentes sobre o
alvo e desta forma, aumentar a dose inoculada em alvos
pessoais.
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS

LUZ SOLAR
Os raios ultravioleta da luz solar matam os microorganismos.
A despeito do baixo poder de penetração da radiação
ultravioleta, para a maior parte dos microorganismos, seu
efeito letal é completo e dá lugar num certo espaço de
tempo, sob contato direto.
Disseminando-se um aerosol durante as horas noturnas,
elimina-se os efeitos da radiação ultravioleta.
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS

EVAPORAÇÃO E UMIDADE RELATIVA


As partículas líquidas de um espargimento biológico podem ser
reduzidas, em tamanho, pela evaporação.
A diminuição da quantidade do líquido numa partícula cria um
correspondente aumento na porcentagem de sais no líquido
em torno do agente resultando num aumento da pressão
osmótica (relativa à difusão de partículas líquidas, através das
paredes das células) que tende a retirar fluidos das células e
conseqüentemente a desidratar os microorganismos vivos.
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS

TEMPERATURA
A temperatura tem pouco efeito sobre a porção viva de um
espargimento biológico. Um aumento de temperatura, no
entanto, é normalmente seguido por um aumento da taxa de
evaporação.
Altas temperaturas (75 a 82 °C) tendem a matar a maioria das
bactérias vegetativa, bem como os agentes nas formas de vírus
ou riquétzias; entretanto, estas temperaturas não são,
normalmente, encontradas em condições de campanha.
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS

GRADIENTES VERTICAIS
Os gradientes de temperatura, condições de lapse, inversão
a neutralidade, afetam agente biológico na forma de
aerosol, da mesma maneira que afetam as nuvens de
agentes químicos.
Condições da inversão e neutralidade são mais eficientes
para o deslocamento da nuvem, porque esta mantém uma
altura compatível de inalação, pela tropa alvo.
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS

GRADIENTES VERTICAIS
A turbulência, que ocorre durante a condição de Lapse,
causará uma difusão vertical das nuvens, com uma natural
perda do agente para as camadas mais altas de, em
conseqüência, redução da área coberta.
CORPO DE BOMBEIROS

INFLUÊNCIA DOS FENÔMENOS


METEOROLÓGICOS

PRECIPTAÇÃO
Pesadas e prolongadas precipitações reduzirão,
substancialmente, o número de partículas de agentes no ar.
Altas umidades relativas, associadas às chuvas fracas,
precipitarão menor quantidade de agentes do que fortes
chuvas.
CORPO DE BOMBEIROS

VÍDEO EBOLA
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

SAÚDE - Convencionou-se chamar de saúde ao


estado normal do organismo
DOENÇA - É uma alteração do estado normal de
um organismo, ou seja, da saúde.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

Processo Mórbido da Doença


Contaminação - É a simples deposição ou penetração de micróbio no
organismo, e nem sempre resulta em doença.
Incubação - É o espaço de tempo entre o momento em que o germe
penetra no organismo e aquele em que aparecem os primeiros sintomas da
infecção.
Infecção - Após o período de incubação, começa a luta entre os agentes de
defesa do organismo e os germes, ou seja a infecção.
Doença - Durante este período, além dos sintomas decorrentes da
localização efetiva do processo infeccioso, aparece como manifestação
geral a febre
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

BACTÉRIAS
As bactérias são organismos do reino Monera, constituídos
de uma única célula procariótica ou de agregados dessas
células, formando colônias.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

Antraz (carbúnculo hemático)


• O Bacillus anthracis (bastonete Gram positivo, de
sobrevivência longa no solo) foi descoberto por Louis
Pasteur em 1879
• 1 a 7 dias de incubação
• Ataca o sistema linfático, provoca manchas negras no
corpo
• 98% de letalidade quando aspirado
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

Botulismo
Causado pelo Clostridium botulinum, por seus esporos ou pela sua
toxina, encontrados em alimentos contaminados. O sistema
nervoso é afetado e vai provocar fraqueza muscular, tremores e
vômitos no infectado. Se não houver socorro imediato, o quadro
pode evoluir para a paralisia respiratória e até mesmo morte. Os
alimentos enlatados devem ser verificados tanto no cheiro, no
aspecto e também na embalagem, pois se estiver estufada ou em
mau estado de conservação, pode indicar que as bactérias em seu
interior estão ativas e que fermentaram e liberaram CO2.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

• O período de incubação
vai de 12h a 10 dias
• Sem tratamento a
letalidade é de 60%
• O causador desta doença
é a toxina que as
bactérias produzem na
fermentação!
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

Peste
É uma doença primária de roedores e é transmitida de um roedor
para o outro pelas pulgas Xenopsylla cheopis. A peste bubônica é
causada pelo bastonete G Yersinia pestis. A peste bubônica era
chamada de peste negra durante a Idade Média, pois causa manchas
escuras e bulbos que apareciam na pele dos enfermos. Foi a pandemia
que assolou a Europa no século XIV e que dizimou 25 milhões de
pessoas (cerca de 1/3 da população). No século XIX dizimou 12
milhões de pessoas na China e na Índia, chegando em 1855 à Hong-
Kong, e, através de navios, para os portos de todo o mundo.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

Tularemia
É uma doença infecciosa aguda moderadamente grave que
pode ocorrer de forma localizada ou em vários órgãos ao
mesmo tempo. Causa febre e úlceras na pele. A mortalidade
em casos não tratados pode chegar a 15%. Durante os anos
50, americanos usaram-na como arma.
Causada pela Francisella tularensis.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

FUNGOS
São vegetais eucariontes, de nutrição sapróbita (absorvição
de moléculas orgânicas simples), normalmente compostos
de filamentos chamados de hifas, cujo conjunto se
denomina micélio. Podem existir fungos unicelulares:
levedo. Alguns fungos possuem estruturas reprodutoras:
corpos frutíferos.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

VÍRUS
Os vírus não têm estrutura celular e são cerca de 10 à 100
vezes menores que as bactérias. São formados por uma
cápsula de proteína (capsídeo), onde, no seu interior, há
uma DNA ou RNA. Uma característica importante dos vírus é
a de serem parasitas intracelulares estritos, do que decorre
a impossibilidade de multiplicação na ausência de células
vivas. Alguns vírus são bacteriófagos, ou seja, atacam as
bactérias.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

VÍRUS
Os antibióticos não têm efeitos contra os vírus. As defesas
naturais do organismo são os anticorpos e a proteína
interferon (que é produzida por algumas células do corpo,
como os glóbulos brancos).
O grande problema para o desenvolvimento de vacinas para
alguns vírus é que eles podem sofrer mutações muito
rápidas e como a vacina tem de ser específica, ela não
atuaria de forma eficiente sobre todas as variedades.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

EBOLA
• O Ebola é um vírus que apareceu, pela primeira vez, no
Sudão em 1976 e ganhou notoriedade mundial com o
surto da doença ocorrido no Zaire em maio de 1995.
• O Ebola mata cerca de 80% de suas vítimas e a morte
ocorre em poucos dias. O vírus ataca todos os órgãos e
tecidos do corpo humano, com exceção dos ossos e
alguns músculos.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

EBOLA
• Tem o período de incubação de 21 dias
• Transmitido através dos fluídos corpóreos de animais e
seres humanos infectados
• Tem três estágios até a morte
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

EBOLA
O colágeno transforma-se numa pasta disforme;
• A pessoa infectada expele sangue por todos os orifícios do corpo, inclusive pelos olhos;
• A superfície da língua se desfaz;
• Os revestimentos da traquéia e da garganta se desfazem e descem para os pulmões;
• A hemorragia interna não cessa porque o sangue não coagula;
• Surgem hemorragias no coração;
• O fígado apodrece e se liquefaz;
• A medula se desfaz;
• Os rins deixam de funcionar e a urina se mistura com o sangue;
• O baço incha e endurece;
• A pessoa vomita pedaços do intestino com sangue;
• O vírus destrói o cérebro; e
• A vítima tem convulsões epilépticas no estágio final da doença.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

GRIPE AVIÁRIA
Causada por uma variante do vírus da influenza, o H5N1,
que usa as aves como hospedeiro, mas que infecta diversos
mamíferos, entre eles, o homem. Os Casos de gripe aviária
em humanos sao tratados com antivirais que têm ação
contra o vírus da gripe Em 2005 houve um surto no sudeste
asiático.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

VARÍOLA
Pouco depois da erradicação da varíola, a Assembléia da Organização Mundial
da Saúde (OMS) determinou a destruição dos estoques existentes de vírus.
Todos os países teriam concordado e destruído seus estoques, com exceção dos
Estados Unidos e da então União Soviética. A varíola é uma doença altamente
contagiosa e a letalidade é de cerca de 30%. O controle da varíola é feito
através da vacinação, cujo custo não é elevado e não há tratamento eficaz. Essa
vacina oferece uma boa proteção, mas não podemos esquecer que a varíola
anteriormente existente no Brasil, era a varíola minor, ou alastrim, com
letalidade baixa, de 1%, comparada com 30% na varíola major. O uso da varíola
como arma biológica sem dúvida deve ser com a varíola major.
CORPO DE BOMBEIROS

DOENÇAS

Você também pode gostar