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Estrutura e funcionamento

do ensino Básico
A constituição de 1988
Educação
Quem é você?
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não
fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não
sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da
farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem
de decisões políticas. O analfabeto político é tão burro
que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia
política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância
política nasce a prostituta, o menor abandonado, o
assaltante e o pior de todos os bandidos, que é o político
vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio das empresas
nacionais e internacionais.

Bertolt Brecht (10 de fevereiro de 1898 – 14 de agosto de 1956)


Bertolt Friedrich Brecht foi um influente dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX.
• CAPÍTULO II
• DOS DIREITOS SOCIAIS

• Art. 6o São direitos sociais a educação, a saúde,


o trabalho, a moradia, o lazer, a segurança, a
previdência social, a proteção à maternidade e à
infância, a assistência aos desamparados, na
forma desta Constituição. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 26, de 14.02.2000)
• TÍTULO VIII
• DA ORDEM SOCIAL

• CAPÍTULO III
• DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO
DESPORTO
Seção I
• Da Educação

• Art. 205. A educação, direito de todos e dever do


Estado e da família, será promovida e incentivada com
a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o
exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.
• Art. 206. O ensino será ministrado com base nos seguintes princípios:

• I - igualdade de condições para o acesso e permanência na escola;

• II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento,


a arte e o saber;

• III - pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas, e coexistência


de instituições públicas e privadas de ensino;

• IV - gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais;


• V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos, na forma da
lei, planos de carreira para o magistério público, com piso salarial
profissional e ingresso exclusivamente por concurso público de provas
e títulos; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
04.06.1998)
• VI - gestão democrática do ensino público, na forma da lei;

• VII - garantia de padrão de qualidade.


• Art. 207. As universidades gozam de autonomia
didático-científica, administrativa e de gestão
financeira e patrimonial, e obedecerão ao
princípio de indissociabilidade entre ensino,
pesquisa e extensão.
• § 1º É facultado às universidades admitir
professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na
forma da lei. (Acrescentado pela Emenda
Constitucional nº 11, de 30.04.1996)
• § 2º O disposto neste artigo aplica-se às
instituições de pesquisa científica e tecnológica.
(Acrescentado pela Emenda Constitucional
nº 11, de 30.04.1996)
• Art. 208. O dever do Estado com a educação será efetivado
mediante a garantia de:
• I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, assegurada,
inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram
acesso na idade própria; (Redação dada pela Emenda
Constitucional nº 14, de 13.09.1996)
• II - progressiva universalização do ensino médio gratuito;
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de
13.09.1996)
• III - atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino;
• IV - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a
seis anos de idade;

• V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da


criação artística, segundo a capacidade de cada um;
• VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às
condições do educando;
• VII - atendimento ao educando, no ensino
fundamental, através de programas suplementares de
material didático-escolar, transporte, alimentação e
assistência à saúde.
• § 1º - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é
direito público subjetivo.
• § 2º - O não-oferecimento do ensino obrigatório pelo
Poder Público, ou sua oferta irregular, importa
responsabilidade da autoridade competente.

• § 3º - Compete ao Poder Público recensear os


educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a
chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela
freqüência à escola.
• Art. 209. O ensino é livre à iniciativa privada,
atendidas as seguintes condições:

• I - cumprimento das normas gerais da educação
nacional;

• II - autorização e avaliação de qualidade pelo
Poder Público.
• Art. 210. Serão fixados conteúdos mínimos para o
ensino fundamental, de maneira a assegurar formação
básica comum e respeito aos valores culturais e
artísticos, nacionais e regionais.

• § 1º - O ensino religioso, de matrícula facultativa,


constituirá disciplina dos horários normais das escolas
públicas de ensino fundamental.

• § 2º - O ensino fundamental regular será ministrado em


língua portuguesa, assegurada às comunidades
indígenas também a utilização de suas línguas maternas
e processos próprios de aprendizagem.
• Art. 211. A União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas
de ensino.
• § 1º A União organizará o sistema federal de ensino e o dos
Territórios, financiará as instituições de ensino públicas federais e
exercerá, em matéria educacional, função redistributiva e
supletiva, de forma a garantir equalização de oportunidades
educacionais e padrão mínimo de qualidade do ensino mediante
assistência técnica e financeira aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios; (Redação dada pela Emenda constitucional
nº 14, de 13.09.1996)
• § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino
fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela
Emenda constitucional nº 14, de 13.09.1996)
• § 3º Os Estados e o Distrito Federal atuarão prioritariamente no
ensino fundamental e médio. (Parágrafo incluído pela
Emenda constitucional nº 14, de 13.09.1996)
• § 4º Na organização de seus sistemas de ensino, os Estados e os
Municípios definirão formas de colaboração, de modo a
assegurar a universalização do ensino obrigatório. (Parágrafo
incluído pela Emenda constitucional nº 14, de 13.09.1996)
• Art. 212. A União aplicará, anualmente, nunca menos
de dezoito, e os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios vinte e cinco por cento, no mínimo, da
receita resultante de impostos, compreendida a
proveniente de transferências, na manutenção e
desenvolvimento do ensino.
• Art. 213. Os recursos públicos serão destinados às
escolas públicas, podendo ser dirigidos a escolas
comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas
em lei, que:
• I - comprovem finalidade não-lucrativa e apliquem seus
excedentes financeiros em educação;

• II - assegurem a destinação de seu patrimônio a outra escola


comunitária, filantrópica ou confessional, ou ao Poder Público,
no caso de encerramento de suas atividades.

• § 1º - Os recursos de que trata este artigo poderão ser destinados


a bolsas de estudo para o ensino fundamental e médio, na forma
da lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos,
quando houver falta de vagas e cursos regulares da rede pública
na localidade da residência do educando, ficando o Poder
Público obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua
rede na localidade.

• § 2º - As atividades universitárias de pesquisa e extensão poderão


receber apoio financeiro do Poder Público.
• Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de
educação, de duração plurianual, visando à articulação e
ao desenvolvimento do ensino em seus diversos níveis e
à integração das ações do Poder Público que conduzam
à:

• I - erradicação do analfabetismo;

• II - universalização do atendimento escolar;

• III - melhoria da qualidade do ensino;

• IV - formação para o trabalho;

• V - promoção humanística, científica e tecnológica do
País.
• Seção II
• Da Cultura

• Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício


dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura
nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a
difusão das manifestações culturais.

• § 1º - O Estado protegerá as manifestações das culturas


populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros
grupos participantes do processo civilizatório nacional.

• § 2º - A lei disporá sobre a fixação de datas


comemorativas de alta significação para os diferentes
segmentos étnicos nacionais.
• Art. 216. Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de
natureza material e imaterial, tomados individualmente ou em
conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à
memória dos diferentes grupos formadores da sociedade
brasileira, nos quais se incluem:
• I - as formas de expressão;

• II - os modos de criar, fazer e viver;

• III - as criações científicas, artísticas e tecnológicas;

• IV - as obras, objetos, documentos, edificações e demais espaços


destinados às manifestações artístico-culturais;

• V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico,


artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.
• CAPÍTULO IV
• DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA

• Art. 218. O Estado promoverá e incentivará o desenvolvimento


científico, a pesquisa e a capacitação tecnológicas.

• § 1º - A pesquisa científica básica receberá tratamento prioritário


do Estado, tendo em vista o bem público e o progresso das
ciências.
• § 2º - A pesquisa tecnológica voltar-se-á preponderantemente
para a solução dos problemas brasileiros e para o
desenvolvimento do sistema produtivo nacional e regional.
• § 3º - O Estado apoiará a formação de recursos humanos nas
áreas de ciência, pesquisa e tecnologia, e concederá aos que delas
se ocupem meios e condições especiais de trabalho.
• § 4º - A lei apoiará e estimulará as empresas que
invistam em pesquisa, criação de tecnologia adequada
ao País, formação e aperfeiçoamento de seus recursos
humanos e que pratiquem sistemas de remuneração que
assegurem ao empregado, desvinculada do salário,
participação nos ganhos econômicos resultantes da
produtividade de seu trabalho.
• § 5º - É facultado aos Estados e ao Distrito Federal
vincular parcela de sua receita orçamentária a entidades
públicas de fomento ao ensino e à pesquisa científica e
tecnológica.
• Art. 219. O mercado interno integra o patrimônio
nacional e será incentivado de modo a viabilizar o
desenvolvimento cultural e sócio-econômico, o bem-
estar da população e a autonomia tecnológica do País,
nos termos de lei federal.

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