Você está na página 1de 19

Mestranda: Priscila de Souza Maciel

Orientador: Dr. Augusto César da Silva Bezerra

1
Teor de umidade dos solos

 Definimos teor de umidade (w) de uma amostra de solo


como a razão entre o peso da água (Ww) contida em um
certo volume de solo e o peso da parte sólida (Ws)
existente nesse mesmo volume, expressa em
porcentagem.
Teores de umidade devem ser
expressos com aproximação de
0,1%, exceto quando definem
limites de consistência.

2
Teor de umidade dos solos

 PRINCIPAL MÉTODO PARA DETERMINAR O TEOR DE UMIDADE DE UMA


AMOSTRA

 a) Determinar a massa total (Wt) da amostra;


 b) Secar completamente a amostra;
 c) Determinar a massa da amostra seca (Ws);
 d) Por diferença, obter a massa da água na amostra original
 (Ww = Wt – Ws);
 e) Calcular o teor de umidade w = (Ww / Ws) x 100.

3
Teor de umidade dos solos

Exemplo

a) Massa total (solo úmido): 400g


b) Massa da amostra seca(solo seco): 350g

 Obter a massa da água na amostra


 Calcular o teor de umidade w = (Ww / Ws) x 100 (%)

4
Teor de umidade dos solos

Método do Álcool

REFERÊNCIA: ME 088/94 (DNIT-DNER)

Este procedimento pode ser usado no campo, quando autorizado


pela fiscalização.

Restrições são devidas à falta de controle da temperatura, que causa


queima de matéria orgânica. Como a queima de álcool comum deixa
água como resíduo, só deve ser usado álcool etílico não hidratado.

5
Teor de umidade dos solos

APARELHAGEM

a) Balança com capacidade 200 g e sensibilidade 0,01g;

b) cápsulas metálicas com tampa, marcadas de forma permanente;

c) espátula de aço de ponta arredondada

d) pinça com tamanho suficiente para manipular a cápsula utilizada

6
Teor de umidade dos solos

PROCEDIMENTO
1) Pesar cada cápsula (seca e limpa);

2) Colocar cada amostra (~1/3 da cápsula) na cápsula. Pesar e


anotar (M1);

3) Adicionar álcool etílico à amostra, revolvendo-a com a espátula;

4) Atear fogo à amostra, estando a cápsula presa com as pinças e


revolvendo continuamente a amostra para evitar grumos de solo,
até que toda a água se evapore.

5) Repetir os procedimentos (3) e (4) até observar constância de


massa. Geralmente isto ocorre a partir da terceira pesagem.
7
6) Pesar a cápsula com o solo seco e anotar (M2).
Teor de umidade dos solos

Exemplo
Tara da cápsula: 7,72g
Solo úmido + cápsula: 25,04g
Solo seco + tara: 22,84g

Ws = ?
Ww = ?
w(%) = ?

8
Teor de umidade dos solos

PROCEDIMENTO
1) Pesar cada cápsula (seca e limpa);

2) Colocar cada amostra (~1/3 da cápsula) na cápsula. Pesar e


anotar (M1);

3) Adicionar álcool etílico à amostra, revolvendo-a com a espátula;

4) Atear fogo à amostra, estando a cápsula presa com as pinças e


revolvendo continuamente a amostra para evitar grumos de solo,
até que toda a água se evapore.

5) Repetir os procedimentos (3) e (4) até observar constância de


massa. Geralmente isto ocorre a partir da terceira pesagem.
9
6) Pesar a cápsula com o solo seco e anotar (M2).
Teor de umidade dos solos

CÁLCULOS

1. Peso da água Ww = M1 – M2

2. Peso do solo seco Ws = M2 – M3

3. Teor de umidade

10
Teor de umidade dos solos

Método da Estufa

APARELHAGEM E MATERIAL

a) Balanças que permitam pesar 200 g, 1,5 kg e 5 kg, com resoluções


de 0,01g, 0,1g e 0,5g respectivamente, e sensibilidades
compatíveis;

b) Estufa capaz de manter temperatura entre 60-65oC e entre 105-


110ºC;

c) Cápsulas metálicas;

d) Pinças metálicas
11
Teor de umidade dos solos

Método da Estufa

EXECUÇÃO DO ENSAIO:

a) Separar recipientes ou cápsulas adequadas (geralmente


identificadas por números gravados no corpo e na tampa) e pesá-
las, anotando as respectivas massas.

b) Tomar uma quantidade do material, função da dimensão dos


grãos maiores contidos na amostra, como indicado na TABELA 1,
destorroá-lo, colocá-lo no estado fofo, em cápsulas metálicas
adequadas e fechar com a tampa. Pesar o conjunto com a
resolução correspondente, e anotar a massa do conjunto como
M1.
12
Teor de umidade dos solos

Método da Estufa
EXECUÇÃO DO ENSAIO

c) Tampar e transferir a cápsula da estufa para o dessecador, onde


deve permanecer até atingir a temperatura ambiente. Pesar o
conjunto, com a resolução correspondente, e anotar a massa do
conjunto como M2.

4) Efetuar, no mínimo, três determinações do teor de umidade por


amostra.

A possibilidade de controle da temperatura permite seu uso


com amostras de solos orgânicos outros materiais sensíveis à
altas temperaturas.

13
Teor de umidade dos solos

Método do Speedy
A determinação do teor de umidade de solos e agregados miúdos
com utilização do aparelho “Speedy” tem base na reação química da
água existente em uma amostra com o carbureto de cálcio, realizada
em ambiente confinado.
CaC2 + 2 H2O » C2 H2 + Ca (OH)2
(carbureto de cálcio + água » acetileno e hidróxido de cálcio)
O gás acetileno ao expandir-se gera pressão proporcional à
quantidade de água existente no ambiente. A leitura dessa pressão
em um manômetro permite a avaliação do teor de umidade de
amostras.
É um método menos confiável pois a calibração do Speedy deve ser
feita periodicamente pois o volume do recipiente pode sofrer
variações em função do agitamento do conjunto de esferas.
14
Teor de umidade dos solos

APARELHAGEM

a) Conjunto “Speedy” completo é composto por balança, garrafa +


tampa + manômetro, tabela ou curva de calibração do aparelho e
eventualmente duas ou três esferas de aço.

15
Teor de umidade dos solos

ENSAIO: Procedimento Alemão

1) Pesar a amostra e colocá-la na câmara do aparelho, LEMBRANDO


DE MEDIR A TEMPERATURA DO AMBIENTE;

2) Introduzir na câmara as esferas de aço, seguidas da ampola de


carbureto de cálcio, deixando-a deslizar com cuidado pelas
paredes da câmara, para que ampola não se quebre antes de
fechada a garrafa;

3) Fechar o aparelho, agitá-lo repetidas vezes para quebrar a


ampola, o que se verifica pelo surgimento de pressão assinalada
no manômetro; continuar agitando, para que toda a água
entre em contato com o carbureto.
16
Teor de umidade dos solos

ENSAIO: Procedimento Alemão

4) Ler a pressão manométrica quando esta se apresentar constante, o


que indica que toda a água presente na amostra reagiu com o
carbureto.

5) Consultar a tabela de aferição própria do aparelho com a leitura


manométrica e o massa da amostra utilizada no ensaio, obtendo a
percentagem de umidade em relação à amostra total úmida (h1).

17
Teor de umidade dos solos

Como a umidade é definida por w = 100 Pa/Ps é necessário fazer a conversão


deste FALSO VALOR (w1=100. Pa/Pt) para o real valor do teor de umidade
(w=100 Pa/Ps).

Correção do erro devido à temperatura: Como o Speedy é calibrado para 20º C,


outra correção é necessária, quando se opera em temperatura diferente desta

Onde:
w’20 ºC = leitura corrigida para a de 20 ºC;
w’T = leitura na temperatura T;
T = temperatura no local do ensaio (em ºC)
18
REFERÊNCIAS

CAPUTO, H.P. Mecânica dos Solos e suas Aplicações. 6 ed. Rio de Janeiro:
Livros Técnicos e Científicos Editora, 1988. 234 p.

SOUSA PINTO, C. Curso básico de mecânica dos solos com exercícios


resolvidos. 3 ed. São Paulo, Oficina de textos, 2006.

Notas de aula , Professor Eleonardo Lucas Pereira

Notas de aula , Professor Ilço Ribeiro Júnios

19

Você também pode gostar