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Universidade Federal do Espirito Santo

Elementos de Máquina I

Engrenagem coroa
parafuso sem-fim
LUCAS BETINI
RENATA SOBRADO

Prof. Osmar
Sumário
1. Introdução;
2. Características do par;
3. Lubrificação;
4. Nomenclatura;
5. Relações;
6. Forças no engrenamento;
7. Aplicações;
8. Referências.
Introdução
• Um redutor sem-fim é composto basicamente de uma grande engrenagem com dentes
helicoidais (coroa) e uma engrenagem que mais se parece a um parafuso (pinhão). Este
acoplamento é bastante utilizado em redutores compactos;
Introdução
• Quando o parafuso é rotacionado, a coroa se movimenta tendo seus dentes
empurrados pelo movimento dos filetes do parafuso;
• O tamanho da caixa onde se monta o conjunto é basicamente dimensionado a
partir da distância entre os centros das duas engrenagens, 𝐶;
• A razão de transmissão teórica é de 1:1 até 360:1, e, em catálogos são
encontradas de 3:1 até 100:1;
• Rendimento situa-se entre 45% até 95% (dependendo da razão de transmissão 𝑖
do conjunto).
Introdução

a) exemplos de um conjunto sem-fim


Características do par
• A relação entre os corpos não se dá por rolamento, mas por deslizamento. O contato
direto continua sendo o fator de transmissão do conjunto;
• A transmissão e sua eficiência são fortemente afetada pelo coeficiente de atrito;
• Existe grande geração de calor devido ao atrito, isto limita sua utilização para grandes
potências;
• Vantagens:
1. É mais silencioso e apresenta menos vibrações que os demais engrenamentos;
2. Menores e mais fáceis de se fabricar;
3. Para grandes valores de 𝑖, este conjunto é o mais barato;
Características do par
• Os eixos se situam em planos diferentes, geralmente estes planos fazem 90° entre si;

• A carga nominal transmitida é elevada, devido ao contato não pontual entre os


flancos dos dentes (geralmente dois a quatro pares de dentes estão em contato
simultâneamente);

• O movimento da engrenagem sem fim é constante e, na maioria dessas


engrenagens, o parafuso consegue girar a engrenagem, porém a engrenagem não
pode girar o parafuso.
Características do par
• O contato é definido pela tangência dos diâmetros primitivos;

• Engrenamento se dá com mão de hélice direita/direita ou esquerda/esquerda


(possuem a mesma mão de hélice);

• Diferentes ângulos de hélice;


Lubrificação
• A lubrificação deve ser excessiva e a sua ausência acarretará em problemas futuros
ao engrenamento;

• Tem função de redução de atrito, desgaste e temperatura;

• São exemplos: óleos, graxas sintéticas, etc.


Nomenclatura

a) Simples parafuso b) Coroa envolvente c) Coroa e parafuso envolvente


Relações
• O ângulo de hélice do parafuso 𝜓𝑊 é normalmente
muito maior que o ângulo de hélice da coroa 𝜓𝐺 , por
isso tem-se a necessidade de se especificar o ângulo
de avanço λ;

• Para ângulos entre eixos iguais a 90°, o valor de 𝜓𝐺 e λ


são iguais e 𝑝𝑡 = 𝑝𝑥 .
𝑝𝑡
• 𝐷𝐺 = 𝑁𝐺 ∙ , cálculo do diâmetro primitivo da coroa;
𝜋
Relações
• Como não existe uma relação direta entre o número de dentes e o diâmetro
primitivo do parafuso sem-fim, este pode ter qualquer diâmetro de passo ou
primitivo, porém este diâmetro deverá ser o mesmo diâmetro do passo da fresa
utilizada para usinar os dentes da coroa sem-fim. Então, o diâmetro de passo do
parafuso sem fim deverá estar entre os seguintes valores

𝐶 0,875 𝐶 0,875
≤ 𝑑𝑤 ≤
3.0 1.7
Relações
• O avanço e o ângulo de avanço do parafuso sem-fim obedecem as seguintes
relações:
𝐿 = 𝑝𝑥 ∙ 𝑁𝑤

𝐿
𝑡𝑎𝑛λ =
𝑑𝑤 ∙ 𝜋
Relações
• O número de entradas do parafuso tem influência no sistema de transmissão. Se um
parafuso com rosca sem-fim tem apenas uma entrada e uma entrada está acoplado a
uma coroa de 60 dentes, em cada volta dada no parafuso a coroa vai girar apenas um
dente. Assim, a rpm da coroa é 60 vezes menor que a do parafuso.

• O rpm da coroa é diretamente proporcional a quantidade de entradas que o parafuso


possui
Relações
• A rpm da coroa pode ser
expressa pela fórmula:

𝑁𝑃 ∙𝑛𝐸
• 𝑁𝐶 = ;
𝑍𝑐

• Para calcular as dimensões do


parafuso, é preciso calcular o
módulo 𝑀:
𝑑𝐸 ∙ 𝐷𝐸 − 2𝐶
𝑀=
4
Relações
𝐷𝑝 = diâmetro primitivo;
𝐷𝐸 = diâmetro externo;
𝐷2 = diâmetro maior da
coroa;
𝑙 = largura da roda;
R = raio; C
𝛿 = ângulo dos chanfros da
coroa;
𝑎 = altura da cabeça do
dente;
𝑏 = altura do pé do dente;
ℎ = altura total do dente;
C
𝑏 = ângulo da hélice.
Forças no engrenamento
• Terceira Lei de Newton:
𝑊𝑊𝑡 = −𝑊𝐺𝑎 = 𝑊 𝑥
𝑊𝑊𝑟 = −𝑊𝐺𝑟 = 𝑊 𝑦
𝑊𝑊𝑎 = −𝑊𝐺𝑡 = 𝑊 𝑧
• Como o atrito é o principal fator na
transmissão, este deverá ser
adicionado:
𝑊 𝑥 = 𝑊𝑐𝑜𝑠ϕ𝑛 ∙ 𝑠𝑒𝑛λ + 𝑓cosλ
𝑊 𝑦 = 𝑊𝑠𝑒𝑛ϕ𝑛
𝑊 𝑧 = 𝑊𝑐𝑜𝑠ϕ𝑛 ∙ cosλ − 𝑓cosλ
𝑊 𝑥 = 𝑊𝑐𝑜𝑠ϕ𝑛 ∙ 𝑠𝑒𝑛λ
𝑊 𝑦 = 𝑊𝑠𝑒𝑛ϕ𝑛
Forças no engrenamento 𝑊 𝑧 = 𝑊𝑐𝑜𝑠ϕ𝑛 ∙ cosλ

𝑐𝑜𝑠ϕ𝑛 ∙ senλ + 𝑓cosλ


𝑊𝑊𝑡 = 𝑊𝐺𝑡
𝑓senλ − cosϕ𝑛 ∙ cosλ

𝑊𝑊𝑡 (𝑠𝑒𝑚 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜)


𝑛=
𝑊𝑊𝑡 (𝑐𝑜𝑚 𝑎𝑡𝑟𝑖𝑡𝑜)

• O coeficiente de atrito é
dependente da velocidade relativa:
𝑉𝑊 = 𝑉𝐺 + 𝑉𝑆
Forças no engrenamento
Exercício
Aplicações
• Usado em sistemas onde se pretende precisão e torque, por exemplo:
• Instrumentos de corda
Aplicações
• Relógios
Aplicações
• Caixas de redução
Referências
• BUDYNAS, Richard G.; NISBETT, J. KEITH, Elementos de Máquinas de Shigley, 8ª edição.
• BARBOSA, Professor João Paulo. Apostila Elementos de Máquina. Produzido em Aracruz, em
março de 2011;
• CRUZ, Antonio José de Souza. Apostila de Elementos de Máquinas. Produzido em 2 de março
de 2008;
• Trabalho apresentado no semestre anterior com mesmo tema;
• http://www.telmac.com.br/redutores-de-velocidade.html

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