GAE118 – Administração da Produção e

Operações
Prof. M. Sc. Layon Carlos Cezar

Semana 1
Ementa
PLANO DE ENSINO

Disciplina: Administração da Produção e Operações I – GAE 118

Carga Horária Total: 68 h/a Carga teórica: 34 h/a
Carga Prática: 34h/a
Período: 2º semestre de 2014 Professor: Layon Carlos Cezar
(layoncezar@gmail.com)

OBJETIVOS: Apresentar, a partir de uma evolução da teoria, as principais

abordagens sobre os sistemas de produção. e relacionar cada um deles a
aplicação dos métodos da Administração da Produção, enfocando o setor
de produção. Enfatizar a importância de conhecer as estratégias de
produção, projeto do produto, a demanda (Ambiente Externo), e a
capacidade da empresa (ambiente interno), ressaltando a necessidade da
interação da função produção com as demais áreas, em busca da
excelência, através das práticas de gestão adequadas, pertinentes ao
produto e ao processo.
Sistema de Avaliação
Avaliação 1 – 25% (Data:03/10/2014)
Avaliação 2 – 25% (Data: 21/11/2014)
Atividades e estudos de caso - 10%
Trabalho Final– 40% (trabalho escrito 60% e
apresentação 40%)
Recuperação Final* (Data: a combinar)
*A prova de recuperação final ocorrerá se
no mínimo 30% do número de alunos não
alcançarem a média final
Conteúdo
1. Introdução à Administração da Produção e Métodos causais
Operações Séries temporais
O que é Administração da Produção: conceitos Medida e controle do erro nas previsões
básicos
Horizonte da Previsão
Administração da Produção: Passado e Presente
A Função Produção na Organização
Modelo de Transformação 4. Planejamento da capacidade
Planejamento da Capacidade
Tipologia das Operações de Produção
Atividades da Administração da Produção Ferramentas para o Planejamento da Capacidade
Gerenciamento da Capacidade
Sistemas de Produção
Restrições da Capacidade
2. Estratégia de Produção e Operações Políticas Alternativas de Capacidade
Papel Estratégico da Função Produção
Os Objetivos de Desempenho da Produção 5. Localização das Instalações
Importância das Decisões sobre localização
Hierarquia Estratégica
Opções Básicas para empresas em operação
Conteúdo da Estratégia de Produção
Fatores determinantes nas decisões de localização
 Avaliação de alternativas de localização
3. Previsão da demanda
Métodos de previsão
Classificação dos métodos de previsão
Métodos qualitativos
Conteúdo
6. Projeto do Produto e do
Processo
Aspectos Básicos de um Projeto
Vantagem Competitiva do bom
Projeto
Etapas do Projeto
Avaliação e Melhoria do Projeto
Prototipagem e projeto Final
O que é Gerenciamento de Processos
Decisões que envolvem os Processos
Projetando Processo
7. Arranjo físico e fluxo
Tipos Básicos de Arranjo
Arranjo Físico de Processo
Arranjo Físico de Produto
8. Projeto e medida do trabalho
Projeto do Trabalho: objetivos e
elementos
Divisão do Trabalho: estudo e medida
Projeto Ergonômico: local e ambiente
Abordagens Práticas para o Projeto
do trabalho
9. Avaliação do desempenho,
acompanhamento e controle
da produção
Filosofia de Controle Just in Time
Administração da qualidade total
 Bibliografia
Bibliografia Básica

CORRÊA,H.L;CORRÊA,A.C; Administração da Produção e Operações: manufatura e serviços, uma abordagem Estratégica. São
Paulo: Atlas, 2012

MOREIRA, D.A. Administração da produção e operações. São Paulo: Cengage Learning,2008.

SLACK, N. CHAMBERS, S; HARLAND, C.; HARRISON, A. e JOHNSTON, R. Administração da produção. São Paulo: Atlas.2009
.
KRAJEWSKI, L.; RITZMAN, L.. P.; MALHOTRA, M. Administração da Produção e Operações. São Paulo:Pearson. 2009

Bibliografia Complementar

BENJAMIN, C. Pensar pelo avesso. Rio de Janeiro: Revan, 1994.

CORRÊA, H. L., GIANESE, I,G,N. Just in time, MRP II e OPT. São Paulo: Atlas, 1996.

MARTINS, P. G. Administração da produção. São Paulo: Saraiva, 2001.

1. Introdução à administração da
Produção
O que é Administração da Produção
e Operações ?
 Trata da maneira pela qual as organizações produzem bens e serviços

 Ocupa-se da atividade de gerenciamento estratégico dos recursos escassos

(financeiros, tecnológicos, informacionais, humanos e outros), de sua
interação e dos processos que produzem e entregam bens e serviços,
visando atender a necessidades e/ou desejos de qualidade, tempo e custo
de seus clientes.
O que é Administração da Produção
e Operações ?
 Toda organização possui a função de produção e operações, embora em alguns
casos não esteja denominada em seu organograma.

 Geralmente a palavra produção refere-se mais as atividades industriais e operações

as atividades desenvolvidas em empresas de serviços.
Distinção entre Produtos e Serviços
Atividade Industrial Prestação de Serviços

• Implica a fabricação de um
produto físico tangível
• Implica em uma ação

Para que produtos e serviços sejam,

oferecidos ao público, as atividades
devem ser planejadas, organizadas e
controladas

Administração da
Produção e Operações
 Distinção entre Produtos e Serviços

Função Provedor de Cadeia de Instituição de Fabricante de

serviços de fast food caridade móveis
internet
Produção/ •Manter •Fazer •Prover serviços •Fazer peças
Operações equipamentos, hambúrgueres, para os •Montar os
programas e pizzas, etc. beneficiários da móveis
informação •Servir os clientes caridade
•Fazer a limpeza
•Implantar •Manter
novos links e equipamento
serviços
Distinção entre Produtos e Serviços

Característica Indústrias Empresas de serviços

Produto Físico Intangível
Contato com os clientes Menor Maior
Estoque Comum Impossível
Programação das tarefas Mais previsível Menos previsível
Padronização dos insumos Comum Disponível
Possibilidade de mecanização Maior Menor
Influência da mão-de-obra Média/pequena Grande
Padronização dos produtos Comum Difícil
 Evolução da Administração da
Produção e Operações
 Grandes projetos são desenvolvidos desde a Antiguidade;

220 a.C - 8 mil Km Ano 2700 a.C

 Era de Produção Artesanal (até
1850)
O sistema de aprendizagem
 um artesão supervisionava de perto o trabalho de
vários aprendizes durante um longo período de
treinamento
 O produto era feito, do início ao fim, pela mesma
pessoa
 O Sistema Industrial “fundo de
quintal”
 Os produtos eram fabricados por famílias rurais nas
próprias casas num sistema de industrial de “cabana”
 mercadores abasteciam as famílias em pequenas cidades
com matéria prima e posteriormente com produtos
acabados
 Programação era tarefa difícil neste ambiente, assim
como controle da qualidade
O Nascimento do Sistema Fabril
 1765 – James Watt (Escocês)– máquinas a vapor
 O desenvolvimento da força a vapor e a introdução de máquinas no início
do séc. XVIII, levou ao desenvolvimento do sistema fabril na Inglaterra
 As primeiras fábricas eram pequenas e empregavam uma série de
operações artesanais, equipamentos inflexíveis que originavam uma linha
limitada de produtos
 Coordenação e controle eram relativamente simples e delegados à
capatazes que detinham completo controle da força de trabalho
 Este sistema rapidamente se espalhou por toda Europa e Estados Unidos
A era da Produção em Massa
 As fábricas aumentaram em tamanho
e produzem grandes volumes de um
mesmo produto para atender aos
mercados em crescimento
 A produção de grande quantidade de
um mesmo
 produto e a utilização de diversos
processos produtivos levou a
problemas com a coordenação e o
controle
 Surge então Frederick Wislow Taylor,
com a introdução de um sistemático
método para gestão de operações, na
virada do século(Administração
Científica)
Taylor e o movimento da
“Administração Científica”
 A intenção era aumentar a produtividade e eliminar gasto,
especialmente esforço físico visando minimizar os custos totais de
produção
 O uso de “método padronizado de trabalho”
 Escolha de trabalhadores com base nas suas habilidades, treiná-los
e supervisionar seu trabalho
 Pagamento por produtividade
 O movimento da linha de
montagem
 Henry Ford combinou os ensinamentos de Taylor para projetar a
linha de montagem, em 1913
 A produtividade aumentou e os custos reduziram
consideravelmente
 Alta produtividade, baixos custos de produção e mão de obra com
pouca habilidade ocasionou a estratégia de “produção em massa”.
O surgimento da gerência
 Com o sucesso das linhas de montagens os capatazes
já não conseguiam administrar o fluxo de informações
que chegava a eles o que levou ao surgimento da função
de staff
 almoxarifes, inspetores de controle da qualidade,
engenheiros, programadores, entre outros com o
crescimento da gerência intermediária, o poder dos
diretores diretamente envolvidos com as operações de
produção diminuiu.
 O Movimento das relações
Humanas
 Uma série de estudos foram desenvolvidos e os
resultados demonstraram que fatores psicológicos eram
tão importantes na determinação do ritmo de trabalho
Era da Produção Flexível ou enxuta
(a partir de 1950)
 Pós 2ª guerra mundial, no Japão e boa parte dos países
europeus, não era propício ao sistema de produção em
massa
 Recursos escassos e baixa demanda
 Flexibilidade e baixos custos
 Surge o modelo just-in-time no Japão;
 Os norte-americanos lançam o processo da
“reengenharia” – modernização de processos,
eliminação de atividades que não acrescentam valor.
 Principais Mudanças nas últimas
décadas
 1º - tornou-se mais estratégica, devido ao grande
potencial de contribuição para o desempenho
competitivo das organizações.
 2º - Ampliou seu escopo de atuação, de exclusivamente
fabril, para um escopo que inclui a gestão de serviços.
 3º - Mais recentemente, estendeu seu horizonte de
preocupações, da gestão apenas de unidades
operacionais para gestão de redes de unidades
operacionais interativas, as chamadas “redes de
suprimentos”.
 Evolução da Administração da
Produção e Operações
 Just in Time e Movimento da qualidade no Japão

 Cadeia de suprimentos

 Novas questões : responsabilidade ambiental e social

 Enfoque: Produção Serviços

Micro Macro
Gestão coordenada
Produção/Operação na
Organização

Função
Técnica
Contabilidade e Função de
Finanças Desenvolvimento
de produto/serviço
Administração da
Produção/Operações

Recursos
Humanos
Marketing

Sistemas de
Informação
 Produção/Operação nas
Organizações
 Qualquer operação para produção de bens ou serviços, ou um misto dos dois, faz
isso por meio de um sistema formado por um processo de transformação, que em
resumo pode ser compreendido com um conjunto de recursos de input (entradas)
que serão transformados em outputs (saídas) de bens e serviços.

Influências e Restrições

Processo de Produtos e/ou

Insumos Input Output
Transformação Serviços

Subsistema de Controle
 Produção/Operação nas
Organizações
 Os inputs são os recursos a serem transformados diretamente em produtos.
Podem ser recursos transformadores (mão-de-obra, capital, máquinas e
equipamentos, instalações, o conhecimento técnico, etc.) ou recursos a serem
transformados (matérias-primas, componentes, informações, consumidores, etc).

 O processo de transformação na indústria consiste na mudança do formato, e

composição das matérias-primas. Em serviços não há propriamente a transformação
e sim a criação do serviço

 O sistema de controle consistes nas atividades que visam assegurar que

programações sejam cumpridas, que padrões sejam obedecidos, que os recursos
sejam utilizados de forma eficaz e qualidade seja atendida.

 Influências e restrições do ambiente externo e interno as organizações.

 Os outputs são produtos e serviços

 Produção/Operação nas
Organizações
Organização Inputs Processo de Outputs
transformação
Linha aérea •Avião •Realizar o check-in dos •Passageiros e
•Pilotos e equipe de bordo passageiros cargas
•Passageiros e carga •Transportar passageiros e cargas transportados
pelo mundo
•Cuidar dos passageiros
Loja de •Produtos à venda •Comprar e estocar os bens •Consumidores
departamento •Equipe de vendas •Dispor os bens e bens juntos
•Sistemas de informação •Fornecer conselhos de compras
•Clientes •Vender os vens
Polícia •Oficiais de polícia •Prevenção dos crimes •Sociedade justa
•Sistemas de computador •Solução de crimes •Público com
•Sistemas de informação •Coleta de informações sentimento de
•Público (defensores da •Prisão de criminosos segurança
justiça e criminosos)
Fabricante de •Comida fresca •Compra de insumos •Comida
comida congelada •Operadores •Preparação da comida congelada
•Tecnologia de •Congelamento da comida
processamento de alimento •Empacotamento
•Ambientes congelados para
estoque de alimentos
 Produção/Operação nas
Organizações
Embora os processos de transformação sejam similares entre si na forma
de transformar recursos de input em output, eles diferem em alguns
aspectos (4 Vs) :

 Volume de output

 Variedade de output

 Variação da demanda do output

 Grau de visibilidade que os consumidores possuem da produção do output

 Volume de output
Volume Baixo Volume Alto
•Baixa repetição •Alta repetividade
•Cada funcionário participa mais do •Especialização
trabalho •Sistematização
•Menor sistematização •Capital intensivo
•Alto custo unitário •Baixo custo unitário

Exemplo: Restaurante a la carte Exemplo: McDonald´s

 Variedade do output
Variedade Alta Variedade Baixa
•Flexível •Bem definida
•Completo •Rotineira
•Atende às necessidade dos •Padronizada
consumidores •Regular
•Alto custo unitário •Baixo custo unitário

Exemplo: serviço de táxi Exemplo: transporte público (ônibus,

metrô)
 Variação da demanda do output
Alta variação da demanda Baixa variação da demanda
•Capacidade mutante •Estável
•Antecipação •Rotineira
•Flexibilidade •Previsível
•Ajustado com a demanda •Alta utilização
•Alto custo unitário •Baixo custo unitário

Exemplo: resort na praia Exemplo: Hotel IBIS em São Paulo

 Visibilidade que os consumidores
possuem da produção do output
Alta Visibilidade Baixa Visibilidade
•Tolerância de espera limitada •Tempo entre a produção e o
•Satisfação definida pela percepção do consumo
consumidor •Padronização
•Necessidade de habilidade de •Pouca habilidade de contato
contato com o consumidor •Alta utilização de funcionários
•A variedade recebida é alta •Centralização
•Alto custo unitário •Baixo custo unitário

Exemplo: loja física Exemplo: loja virtual

 Implicações dos 4 Vs
 Custo de processamento

 Sistemas de produção
 Implicações dos 4 Vs

Volume Variedade Variação Visibilidade

Custo de
processamento Alto Baixo Baixa Baixa
baixo
Custo de
processamento Baixo Alta Alta Alta
alto
Atividade Próxima Aula
 Em formato de resenha, elabore um texto de uma lauda,
argumentando as seguintes questões.
1) Quais as principais dificuldades de H. Ford ao propor
sua ideia aos investidores e apoiadores?
2) Quais contribuições culminaram no sucesso do
empreendimento?
H. Ford Produção em Massa
https://www.youtube.com/watch?v=ErgG39
vJBb0