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”
LÍNGUA E ESTADO (NACIONAIS)
HOBSBAWN; Eric. Nações e nacionalismos (1990)
CONTEXTO LITERÁRIO:
”
“ A literatura de um povo é o desenvolvimento do que ele
tem de mais sublime nas idéias, de mais filosóficos no
pensamento, de mais heróico na moral, e de mais belo
natureza; é o quadro animado de suas virtudes e de suas
paixões, o despertador de sua glória, e o reflexo
progressivo de sua inteligência; e quando esse povo, ou
essa geração, desaparece da superfície da terra com toda
as suas instituições, crenças e costumes, escapa a
literatura aos rigores do tempo para anunciar às gerações
futuras qual o fora o caráter e a importância do povo, do
qual é ela o único representando na posteridade
(MAGALHÃES, 1836, IN: COUTINHO, 1964,
p.12)
”
O PROBLEMA DA LÍNGUA EM TRÊS POETAS
”
“ E isso assim foi, e é, e há de ser por séculos e séculos,
porque a língua é a parte material, mas
indispensável das concepções do espírito. E assim
como o operário não fará nem uma obra perfeito, se
não tem os seus instrumental ou se mal sabe
manejar os que possui, o escritor não atingirá nunca
o belo da forma, se se não tiver preparado de
antemão com o estudo e com o exercício do mais
rebelde, do mais intratável de todos os instrumentos
– a língua (idem, ibidem).
”
“ Em primeiro lugar a nossa língua é riquíssima, mas
até a sua idade de ouro; mas daí por diante não
acompanhou os progressos do século, nem mesmo os
desta nação, de modo que há dificuldade suma, se
temos a mania de parecer clássicos (no sentido luso
da palavra) há muitas vezes impossibilidade absoluta
em se exprimir coisas, que aliás são vulgares. Para
dizer o que hoje se passa, para explicar as idéias do
século, os sentimentos desta civilização, será preciso
dar novo jeito à frase antiga e é esse o grande
merecimento de Garret (IDEM, p.64)
”
“ Bom ou mau grado, a língua tupi lançou
profundíssima raízes no português que falamos e nós
não podemos, nem devemos atirá-los para um canto
a pretexto de que a outros parecer bárbaros e mal
soantes. (...) Clássico ou não clássico – Pernambuco é
Pernambuco, cajá, paca e outros semelhantes, não
tem outro nome. Se isso desagrada a Portugal, é
grande pena, mas não tem remédio (idem, p.65)
”
“ A causa é que o nosso povo tem outro fraseado, os
seus termos vulgares são diferentes, donde pode
acontecer que a palavra portuguesa, aqui muito
vulgar e baixa, lá pode entrar em discurso sem
produzir má impressão, porque o desuso a
enobrece (idem, p.86)
”
“ Independente da Botânica, Geografia e Zoologia (...)
temos uma imensa quantidade de termos indígenas
ou sejam africanos, que até nos dicionários se
introduziram, mas que na maior parte só aparecem
na conversação – nomes de comidas, termos de
pesca, de lavoura, etc., que não são clássicos, mas
indispensáveis (idem, p.65)
”
“ Pronomes? Escrevo brasileiro. Si uso ortografia
Portuguesa é porque, não alterando o resultado
dá-me uma ortografia” (p.2)
“A língua brasileira é das mais ricas e sonoras.
E possui o admirabilíssimo “ao” (idem, p.22)
”
O PROBLEMA DA LÍNGUA EM TRÊS POETAS
CONCLUSÃO
ASPECTOS DISSONANTES: LÍNGUA
*Língua: aspecto dissonante da Literatura Brasileira
LEÃO, Ricardo. Os atenienses e a invenção do cânone nacional. São Luís: Instituto Geia,
LEMINSKI, Paulo. Toda poesia. 1ª. Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
____. Ensaios e Anseios crípticos. Curitiba: Polo editorial do Paraná, 1997.
PAES, José Paulo. Cinco livros do Modernismo Brasileiro. Estudos Avançados, volume