Você está na página 1de 37

SOLDAGEM

Disciplina : Processos de Fabricação Mêcanica


Engenharia de Produção
6° semestre
2012.2
COMISSÃO DE PESQUISA

Cesar Pereira
INTRODUÇÃO A SOLDAGEM

DEFINIÇOES:

•SOLDAGEM: É a operação que visa obter a união de duas ou


mais peças, assegurando na junta a continuidade das
propriedades físicas e químicas necessárias ao seu desempenho.

•SOLDA: É a junta resultante da operação de soldagem.


ONDE É USADO A SOLDAGEM

A sua aplicação atinge desde pequenos componentes eletrônicos


até grandes estruturas e equipamentos (pontes, navios, vasos de
pressão, etc.). Atualmente a soldagem é utilizada também em
plásticos e vidros. É muito usada em diversas áreas: construção
naval, civil, ferroviária, indústria aeronáutica, automobilística e
indústria metalúrgica.
PROCESSO DE SOLDAGEM

Processos de Soldagem por Fusão

• É um processo de união de metais no qual a coalescência


destes é conseguida por fusão. Processos de soldagem por fusão
diferem-se dos processos de soldagem no estado sólido pelo
fato de nestes últimos não haver fusão.

Processos de Soldagem por Pressão (ou por Deformação)

•A energia é aplicada para provocar uma tensão no material


de base, capaz de produzir a solubilização na fase sólida,
caracterizando a soldagem por pressão.
PROCESSOS DE SOLDAGEM POR FUSÃO

•Soldagem a Arco
•Soldagem com Eletrodos Revestidos
•Soldagem GTAW (TIG)
•Soldagem a Plasma
•Soldagem GMAW (MIG/MAG)
•Soldagem ao Arco Submerso
•Soldagem com Arame Tubular
•Soldagem de Pinos
•Soldagem por Eletroescória
•Soldagem Oxi-Gás
•Soldagem com Feixe de Elétrons
•Soldagem a Laser
SOLDAGEM A ARCO
•A soldagem a arco engloba um grande número de processos que
incluem os de maior utilização industrial. Todos estes processos
utilizam, como fonte de calor para a fusão localizada, o arco que é
uma descarga elétrica em um meio gasoso parcialmente ionizado.

Fonte de corrente Constante


•Soldagem com eletrodo revestido (SMAW)
•Soldagem com eletrodo de tungstênio (GTAW)
•Soldagem a plasma (PAW)

Fonte de tensão Constante


•Soldagem com proteção gasosa (GMAW)
•Soldagem com arco submerso (SAW)
SOLDAGEM COM ELETRODO REVESTIDO (SMAW)

A Soldagem a Arco com Eletrodos Revestidos (Shielded Metal


Arc Welding - SMAW) é um processo no qual a coalescência
(união) dos metais é obtida pelo aquecimento destes com um
arco estabelecido entre um eletrodo especial revestido e a
peça.
SOLDAGEM COM ELETRODO DE TUNGSTÊNIO (GTAW)

A Soldagem a Arco Gás-Tungstênio (Gas Tungsten Arc Welding -


GTAW) ou, como é mais conhecida no Brasil, TIG (Tungsten Inert
Gas) é um processo no qual a união é obtida pelo aquecimento
dos materiais por um arco estabelecido entre um eletrodo não
consumível de tungstênio e a peça.
SOLDAGEM A PLASMA (PAW)

A soldagem a plasma (PAW - Plasma Arc Welding) é um


processo que utiliza o arco operando em condições especiais
que atua como uma fonte extremamente estável de calor que
permite a soldagem da maioria dos metais com espessuras de
0,02 a 6 mm ou mais.
SOLDAGEM GMAW (MIG/MAG)
•MIG (Metal Inert Gas) é a denominação que se dá ao processo que
utiliza um arco em atmosfera de gás inerte que arde visível entre a
peça e um eletrodo nu consumível. No caso de ser usado gás ativo,
denomina-se o processo de MAG (do inglês, Metal Active Gas). Nos
Estados Unidos, o processo é conhecido como GMAW (Gas Metal
Arc Welding). Esses dois processos se diferenciam pelo tipo de gás
usado.
A soldagem MIG é comumente usada em materiais não-ferrosos
(ex.: alumínio).
A soldagem MAG é usada em materiais ferrosos como o aço.
SOLDAGEM COM ARCO SUBMERSO (SAW)

No processo, um arame nu é alimentado continuamente e funde-se


no arco voltaico sob a proteção de um fluxo de pó.
SOLDAGEM COM ARAME TUBULAR
A Soldagem a Arco com Eletrodo Tubular (Flux Cored Arc
Welding - FCAW) é um processo no qual a coalescência dos
metais é obtida pelo aquecimento destes por um arco entre um
eletrodo tubular contínuo e a peça. O eletrodo tubular
apresenta internamente um fluxo que desempenha funções
similares ao revestimento do eletrodo em SMAW, isto é,
estabilização do arco, ajuste de composição da solda, proteção,
etc.
SOLDAGEM DE PINOS

Pinos metálicos, ou componentes similares podem ser soldados a


uma peça metálica de diversas maneiras, incluindo por arco
elétrico, resistência, fricção e percussão (descarga de
capacitores). O presente item apresenta o processo de soldagem
a arco de pinos (Stud Welding, SW) que trabalha com
equipamentos desenvolvidos especificamente para este tipo de
aplicação. Assim, na soldagem de pinos, este é unido a uma peça
pelo seu aquecimento e da peça por um arco estabelecido entre
ambos.
SOLDAGEM POR ELETROESCÓRIA

A soldagem por eletroescória (Eletroslag Welding, ESW) é um


processo de soldagem por fusão que utiliza a passagem de uma
corrente elétrica através de uma escória condutora fundida para
gerar o calor necessário à fusão localizada da junta e do metal de
adição. Esta escória também protege a poça de fusão e o metal
de adição da contaminação pelo ambiente.
SOLDAGEM OXI-GÁS
Envolve a fusão do metal de base e normalmente de um metal de
enchimento, usando uma chama produzida na ponta de um
maçarico. O gás combustível e o oxigênio são combinados em
proporções adequadas dentro de uma câmara de mistura. O metal
fundido e o metal de enchimento, se usado, se misturam numa
poça comum e se solidificam ao se resfriar.
SOLDAGEM COM FEIXE DE ELÉTRONS

A soldagem com feixe de elétrons (Electron Beam Welding, EBW)


é um processo de união baseado na fusão localizada da junta
através de seu bombardeamento por um feixe de elétrons de alta
velocidade. O feixe de elétrons é emitido por um canhão
eletrônico e focalizado, através de lentes eletromagnéticas, em
uma região muito pequena da junta (diâmetro da ordem de 10-1
m) o que permite uma elevada concentração de energia.
SOLDAGEM A LASER
A soldagem a laser (Laser Beam Welding, LBW) é um processo
de união baseado na fusão localizada da junta através de seu
bombardeamento por um feixe de luz concentrada coerente e
monocromática de alta intensidade. De forma similar à
soldagem EBW, este feixe de alta intensidade é suficiente para
fundir e vaporizar parte do material da junta no ponto de
entrada do feixe no material, causando um furo (keyhole) que
penetra profundamente no metal de base.
PROCESSOS DE SOLDAGEM POR
PRESSÃO(OU POR DEFORMAÇÃO)
•Soldagem por Resistência
•Soldagem por Centelhamento
•Soldagem por Alta Frequência
•Soldagem por Fricção
•Soldagem por Difusão
•Soldagem por Explosão
•Soldagem por Laminação
•Soldagem a Frio
•Soldagem por Ultra-Som
SOLDAGEM POR RESISTÊNCIA

A soldagem por resistência (Resistance Welding, RW) engloba


um grupo de processos de soldagem no qual o calor necessário à
formação da junta soldada é obtido pela resistência a passagem
da corrente elétrica através das peças que estão sendo soldadas.

Existem quatro tipos de processos de soldagem por resistência:


1. Soldagem por ponto (Resistance Spot Welding RSW);
2. Soldagem de Projeção (Resistance Projection Welding –
RPW);
3.Soldagem por costura (Resistance Seam Welding – RSEW);
4.Soldagem de topo por resistência (Upset Welding – UW).
SOLDAGEM POR CENTELHAMENTO

A soldagem por centelhamento (Flash Welding – FW) é


comumente classificada como um processo por resistência, pois
apresenta diversas características e aplicações similares à
soldagem de topo por resistência (UW). As peças a serem
soldadas são aproximadas sem, contudo, as suas superfícies
entrarem em contato. A energia elétrica é ligada e, então, as
peças são aproximadas uma da outra com velocidade constante.
SOLDAGEM POR ALTA FREQUÊNCIA
Na soldagem por alta frequência (High Frequency Induction
Welding, HFIW), são utilizadas bobinas por onde passa uma
corrente de alta frequência que causa o aparecimento de correntes
induzidas na região da junta das peças que estão sendo soldadas.
Estas corrente aquecem a junta por efeito Joule o que facilita a
deformação localizada e a formação da solda com a aplicação de
pressão.
SOLDAGEM POR FRICÇÃO
A soldagem por fricção (Friction Welding - FW) é um processo
que utiliza energia mecânica, em geral associada cm a rotação de
uma peça, para a geração de calor na região da junta a ser
soldada. Após o aquecimento adequado da junta, as peças são
pressionadas para a formação da junta. Esse processo é
geralmente usado para a soldagem de peças de simetria
cilíndrica (tubos e barras).
SOLDAGEM POR DIFUSÃO
A soldagem por difusão (Diffusion Welding, DFW) é um processo
de união no estado sólido que produz a solda pela aplicação de
pressão a elevada temperatura sem a deformação macroscópica
das peças. Um metal de adição pode ser colocado entre as
superfícies da junta.
A figura ilustra o princípio deste processo.
SOLDAGEM POR EXPLOSÃO

A soldagem por explosão (Explosive Welding, EXW) é um


processo que utiliza a energia de detonação de um explosivo
para promover a união de peças metálicas. Uma das peças é
lançada ao encontro da outra pela explosão e, durante a colisão,
desenvolve-se uma intensa deformação plástica superficial
capaz de remover as contaminações superficiais e promover a
união das peças.
SOLDAGEM POR LAMINAÇÃO

Este é um processo de união usado para a produção de chapas bi-


metálicas através da laminação conjunta (co-laminação) de
chapas de metais diferentes, em geral, à temperatura ambiente
ou a temperaturas próximas desta. Este processo pode ser usado,
por exemplo, para a fabricação de chapas de alumínio e aço para
a produção de bronzinas.
SOLDAGEM A FRIO

A soldagem a frio (Cold Welding – CW) consiste na aplicação de


uma forte deformação localizada, à temperatura ambiente, nas
peças a serem unidas. É utilizada em metais de alta ductilidade,
como o alumínio e o cobre, tendo como aplicação típica a união
de condutores de eletricidade.
SOLDAGEM POR ULTRA-SOM

A soldagem por ultra-som (Ultrasonic Welding – USW) produz a


união das peças pela aplicação localizada de energia vibracional
de alta frequência (ultra-som), enquanto as peças são mantidas
sob pressão. A união ocorre por aquecimento e deformação
plástica localizada das superfícies em contato. O processo é
comumente utilizado na soldagem de juntas sobrepostas de
metais dúcteis, similares ou não, de pequena espessura e para a
união de plásticos (por exemplo, na indústria eletrônica e na
fabricação de embalagens).
BRASAGEM
Engloba um grupo de processos de união que utiliza um metal de
adição de ponto de fusão inferior ao do metal de base. Como
consequência, o processo é realizado a uma temperatura na qual
as peças sendo unidas não sofrem nenhuma fusão. Nestes
processos, em geral, a penetração e espalhamento do metal de
adição na junta são conseguidos por efeito de capilaridade.
Frequentemente, a brasagem é considerada como um processo
de união relacionado mas diferente da soldagem, contudo,a
brasagem pode ser, alternativamente, considerada como um
processo especial de soldagem por fusão no qual apenas o metal
de adição é fundido.
ENSAIOS DESTRUTIVOS

São aqueles que deixam algum sinal na peça ou corpo de prova


submetido ao ensaio, mesmo que estes não fiquem inutilizados.
Exemplos: tração, compressão,cisalhamento, dobramento, flexão,
embutimento, torção, dureza, fluência, fadiga e impacto.
 TIPOS MAS COMUM DE ENSAIOS DESTRUTIVOS

Ensaio de Tração
Consiste na aplicação de uma carga de tração crescente, em uma única direção,em
um dado corpo de prova, previamente preparado e normatizado, até a ruptura do
mesmo. Neste ensaio deseja-se medir a variação no comprimento em função da
carga aplicada.

Ensaio de Compressão
Consiste na aplicação de uma carga compressiva, em uma única direção, em um
dado corpo de prova, previamente preparado e normatizado. Deseja-se determinar a
deformação linear obtida. Quando um material é submetido ao ensaio de
compressão, a relação entre tensão e deformação são semelhantes as obtidas no
ensaio de tração.
TIPOS MAS COMUM DE ENSAIOS DESTRUTIVOS
Ensaio de Dureza
Consiste na impressão de uma pequena marca feita na superfície do
material,com a ajuda de uma ponte de penetração, que pode ser uma esfera de
aço e/ou uma ponta de diamante. A dureza do material (metal) é diretamente
relacionada a marca deixada nesta superfície, com a característica da marca e da
carga aplicada.

Ensaio de Torção
Consiste na aplicação de carga rotativa em um corpo de prova, normalmente
cilíndrico. Mede-se o ângulo de deformação em função do momento torçor
aplicado.

Ensaio de Flexão
Consiste na aplicação de carga em uma parte de uma determinada barra de
geometria padronizada.
ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
Os Ensaios Não Destrutivos (END) são definidos como testes para o controle da qualidade,
realizados sobre peças acabadas ou semi-acabadas, para a detecção de falta de
homogeneidade ou defeitos, através de princípios físicos definidos,sem prejudicar a posterior
utilização dos produtos inspecionados.

Quais são os Ensaios Não Destrutivos?


O método a ser utilizado depende das propriedades físicas do material. Um conhecimento
geral dos métodos de END disponíveis é necessário para a seleção do método adequado.
Aplicação
Algumas situações típicas em que os ensaios não destrutivos são aplicados:
:• Prevenção de acidentes
• Redução de custos
• Melhorar a confiabilidade de produtos ser aceito por uma determinada norma
• Dar informações para reparo
Para obter resultados válidos, os seguintes tópicos devem ser observados
• Pessoal treinado e qualificado
• Um procedimento para conduzir o ensaio
• Um sistema para anotar os resultados
• Uma norma para interpretar os resultados.
TIPOS DE ENSAIOS NÃO DESTRUTIVOS
Os END mais utilizados são
• Inspeção Visual
• Partículas Magnéticas• Líquidos Penetrantes
• Ultra-Som
• Radiografia
• Emissão Acústica
• Correntes Parasitas
Exemplo - Líquido Penetrante
É um método de ensaio não destrutivo(END) para a detecção de descontinuidades
abertas na superfície de materiais sólidos e não porosos.
GAMAGRAFIA
O QUE É ?
A gamagrafia é uma radiografia obtida através de raios gama. Por meio deste
processo, pode-se detectar defeitos ou rachaduras no corpo das peças.

A UTILIZAÇÃO DA GAMAGRAFIA.
A gamagrafia utiliza-se fontes radioativas, emissoras de radiação gama,
conjuntamente com detentores com a propriedade de coletar imagens
radiográficas de peças e tubulações a serem ensaiadas, com o objetivo de
identificar a presença de falhas em soldas, estado de corrosão, bolhas,
contrações internas, erosão e etc.
As imagens são coletada num filme radiográfico, que tem características
semelhantes aos utilizados em radiologia médica
REFERÊNCIAS
http://pt.scribd.com/doc/45142871/Processos-de-Soldagem-por-Fusao

http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAg-4AC/processos-soldagem

http://www.demet.ufmg.br/grad/disciplinas/emt019/processo.pdf

http://pt.scribd.com/doc/46079912/Ensaios-Destrutivos-e-Nao-Destrutivos

http://www.aaende.org.ar/sitio/biblioteca/material/PDF/COTE216.PDF
OBRIGADO !

Você também pode gostar