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CONCEITO EFEITOS
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PRÓXIMOS
ESPÉCIES REVOGAÇÃO
PASSOS
Doação, segundo o art. 538, CC, é o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu
patrimônio bens ou vantagens para o de outra. É, portanto ato inter vivos.
Partes:
Doador: quem realiza o ato de liberalidade, transferindo bens de seu patrimônio;
Donatário: quem recebe a doação.
A doação é contrato:
Consensual;
Em regra gratuito, mas excepcionalmente admite a onerosidade;
Unilateral;
Formal (exige forma escrita, art. 541, CC; exceto as doações de bens móveis de pequeno valor que
podem ser verbais)
Inter vivos.
Podem ser objeto do contrato de doação: bens móveis ou imóveis; fungíveis ou infungíveis; corpóreos
ou incorpóreos.
Regras gerais:
I. O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem está sujeito às consequências da evicção
ou dos vícios redibitórios (art. 552, CC);
II. Sendo doação remuneratória o doador responderá pela evicção na parte equivalente ao valor do
serviço prestado;
IV. Sendo doação para casamento futuro com certa e determinada pessoa, o doador responde pela
evicção, salvo disposição expressa em contrário (art. 552, CC);
V. Sendo pura e simples poderá ser feita ao nascituro, aos incapazes e à prole eventual (arts. 542,
543, 546, CC).
Doação remuneratória
Ocorre quando a liberalidade é realizada em retribuição de serviços prestados e cujo pagamento
não pode ser exigido pelo donatário (art. 540, CC).
Doação mista
Decorre de liberalidade inserida em alguma modalidade diversa de contrato.
Doação conjuntiva
Ocorre quando a doação é feita em comum a várias pessoas (art. 551, CC).
Não havendo disposição em contrário, presumem-se as quotas proporcionais.
Pode o doador estabelecer que, no caso de morte de um dos donatários, a sua cota seja
acrescentada a dos demais. Se os donatários forem casados entre si a regra é o direito de acrescer à
cota do sobrevivo, salvo disposição expressa em contrário.
Doação manual
É a doação de bens móveis de pequeno valor (art. 541, parágrafo único, CC).
Pode ser realizada verbalmente, desde que lhe siga imediatamente a entrega do bem.
Doação inoficiosa
Excede o limite que o doador, no momento em que realizou a liberalidade, podia dispor em
testamento (art. 549, CC). Fundamento: proteção da legítima dos herdeiros necessários (art. 1846,
CC). A parte que ultrapassar o limite será considerada nula (ação de redução).
Limitações à doação:
I. São vedadas as doações pelo devedor já insolvente ou por ela reduzido à insolvência (art. 158,
CC – fraude contra credores);
III. São nulas as doações de todos os bens sem reserva do necessário à própria subsistência
(doação universa, art. 548, CC);
IV. São anuláveis as doações do cônjuge adúltero ao cúmplice de adultério (art. 550, CC);
V. O menor de idade (não emancipado) não pode doar, mas se autorizado a casar poderá fazer
doações ao nubente no pacto antenupcial (com aprovação do representante legal).
Revogação da doação
A revogação da doação é direito potestativo do doador, mas só pode ser realizada se verificadas as
causas expressas em lei.
Ingratidão do donatário
Quanto o ofendido for cônjuge, ascendente, descendente ou irmão do doador este também poderá
revogar a doação (art. 558, CC).
A revogação é direito potestativo doador, por isso, não pode ser previamente renunciada
(art. 556, CC).
O pedido de revogação deve ser proposto no prazo de 1 ano a contar do conhecimento do fato pelo
doador, e de ter sido o donatário o autor do fato (art. 559, CC).
No caso de homicídio do doador, terão legitimidade para propor a ação os seus herdeiros (art. 561,
CC).