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Curso Avançado de Governança Corporativa

para Membros do Conselho de Administração

Controle e Comitê de Auditoria

Palestrante: João Verner Juenemann


corporate@juenemann.com.br

Maputo, 10 de junho de 2010

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O sistema de Governança Corporativa

Governança
Sócios

Auditoria Conselho
Cons. de Administração
Externa Fiscal

Auditoria C. Auditoria Comitês


Interna

Administradores

CEO

Diretores

Gestão

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Controles internos

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Conceituação

É composto pelo plano de organização e pelos


métodos e procedimentos adotados internamente na
empresa para proteger seus ativos, controlar a
validade dos dados disponibilizados pela
contabilidade, e assegurar a existência de
instrumentos úteis e eficazes à disposição da
administração.

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Princípios

Os controles internos obedecem aos seguintes


princípios:

 Existência de um plano de organização com uma


distribuição adequada de responsabilidades
 Existência de um regime de autorizações e de
registros capazes de assegurar um controle
contábil sobre o conjunto de operações realizadas
 Zelo das pessoas no desempenho das funções a
elas atribuídas
 Quantidade de pessoal em nível e
responsabilidades adequadas

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Finalidade

 Oferecer proteção aos bens da sociedade

 Verificar se os recursos disponibilizados atendem


integralmente os fins da empresa.

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Tipos

 Os controles podem ser denominados de contábeis e


administrativos/gerenciais.
 Os contábeis são aqueles relacionados aos registros
contábeis e ao patrimônio da empresa.
 Os administrativos/gerenciais relacionam-se com a
eficiência operacional da empresa e a vigilância
gerencial.

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Avaliação

É a base final do processo para medir o nível de


controles internos da empresa.
A avaliação envolve os seguintes passos:
 levantamentos iniciais
 princípios aplicados aos controles internos
 levantamentos de dados para a aferição das
rotinas
 análise e controle
 avaliação final
 análise dos erros que fogem do controle interno
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Avaliação (2)

Para a avaliação dos controles internos é necessário


a existência de:
 organograma analítico da empresa
 manual de procedimentos administrativos, com
descrição de cargos e funções
 contrato social/estatuto e regimentos internos
 plano de contas, compreendendo rol, função e
funcionamento das contas contábeis
 orçamento da empresa

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Avaliação (3)

 fluxo de caixa
 programa de investimentos
 limites de alçada e assinaturas autorizadas
 plano diretor de informática – PDI
 procedimentos e programas de tecnologia da
informação

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Julgamento

Do resultado da avaliação dos controles internos


surgem os eventuais pontos fracos que merecem
tratamento, determinando revisão do foco do
trabalho, dentre eles:

 as áreas que merecem mais atenção


 a extensão e a profundidade dos exames
 avaliação de probabilidade de falhas no sistema
de controles internos

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Limitações

 A existência de controles internos oferecem


razoável nível de garantia, mas não são garantia
absoluta

 Os controles podem ser ineficazes frente a


conluios e fraudes

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Revisão

Os controles internos devem ser revisados


periodicamente, considerando a expansão da
empresa, mudança de objeto e outras situações, de
modo a assegurar a eficácia dos mesmos.

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Benefícios

 Redução de custos/despesas com


aperfeiçoamento dos controles internos

 Redução do volume de erros

 Prevenção de fraudes

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Fraudes

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Comitê de Auditoria

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Competências

O Comitê de Auditoria é órgão de assessoria do Conselho


de Administração, que tem a responsabilidade de:

 Supervisionar a efetividade
do sistema de controles internos
dos auditores independentes
da auditoria interna, se houver

 Revisar, antes da divulgação, fato relevante


disponibilizado pela área de relações com
investidores quando companhia aberta.

 Revisar, antes da publicação, os relatórios da


administração e o conjunto das demonstrações
contábeis
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Competências (2)

Para atender a essa missão, o Comitê de Auditoria deve:

 Assegurar que a Diretoria desenvolva e mantenha


controles internos confiáveis, revisando-os
permanentemente

 Avaliar o sistema de gestão de riscos da empresa

 Assegurar a existência de uma auditoria interna eficaz


 Garantir que os auditores independentes avaliem as
práticas da Diretoria e a atuação da auditoria interna

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Competências (3)

 Supervisionar o cumprimento das leis, normas e


regulamentações em vigor
 Recomendar a contratação, destituição e
retenção dos auditores independentes
 Zelar pelo cumprimento do código de conduta
da empresa
 Criar o canal de denúncias e acompanhar a
solução

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Atribuições

 Manter foco na criação de um processo de


supervisão efetiva
 Separar processos de supervisão dos de gestão
 Garantir que os processos estejam em linha com
as normas e os regulamentos pertinentes
 Garantir que as questões relevantes sejam
abordadas com profundidade
 Assegurar o entendimento adequado do negócio da
empresa e suas modificações

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Atribuições (2)

 Monitorar os principais riscos do negócio


 Monitorar contingências e riscos de toda a ordem
 Verificar situações de contratação não eqüitativa
 Avaliar contratos relevantes mantidos com terceiros
 Monitorar transações com partes relacionadas
 Articular-se com órgãos externos de controle
 Assegurar atuação crítica construtiva em favor da
empresa

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Exemplo de Regimento interno do Comitê de
Auditoria
Regimento do Comitê de Auditoria do
Banco Bradesco S.A.
Capítulo I - Do Comitê e seus Objetivos
Art. 1o) O Comitê de Auditoria, doravante denominado “Comitê”, órgão estatutário de caráter permanente, rege-se por este
Regimento, pelo Estatuto Social do Banco Bradesco S.A. e pela legislação aplicável.
Art. 2o) Compete ao Comitê assessorar o Conselho de Administração no desempenho de suas atribuições relacionadas ao
acompanhamento das práticas contábeis adotadas na elaboração das demonstrações financeiras da Sociedade e de suas
controladas e na indicação e avaliação da efetividade da auditoria independente.
Capítulo II - Do Reporte
Art. 3o) O Comitê reportar-se-á diretamente ao Conselho de Administração, atuando com independência em relação à Diretoria.
Capítulo III - Da Composição
Art. 4o) O Comitê será composto de 3 (três ) a 5 (cinco) membros, com mandato de 1 (um) ano, nomeados e destituídos pelo
Conselho de Administração, devendo um deles ser designado Coordenador.
Parágrafo Primeiro – O mandato poderá ser renovado, em eleições sucessivas, até o limite de 5 (cinco) anos, contados da data da
posse relativa à 1a (primeira) nomeação.
Parágrafo Segundo - O membro do Comitê somente pode voltar a integrar tal órgão após decorridos, no mínimo, 3 (três) anos do
final do seu último mandato, observado o parágrafo anterior.
Parágrafo Terceiro - Os membros do Comitê devem possuir capacitação técnica para o exercício do cargo e pelo menos um deles
deve possuir comprovados conhecimentos nas áreas de contabilidade e auditoria de instituições financeiras que o qualifiquem para a
função.
Parágrafo Quarto - No caso de vacância de qualquer cargo de membro do Comitê, o Conselho de Administração nomeará substituto.
Parágrafo Quinto - A função de membro do Comitê é indelegável, devendo ser exercida respeitando os deveres de lealdade e
diligência, bem como evitando quaisquer situações de conflito que possam afetar os interesses da Sociedade e de seus acionistas.
Capítulo IV - Das Atribuições do Comitê
Art. 5o) O Comitê terá as seguintes atribuições:

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Exemplo de Regimento interno do Comitê de
Auditoria (2)
a) recomendar ao Conselho de Administração a entidade a ser contratada para prestação dos serviços de auditoria independente e a
respectiva remuneração, bem como a sua substituição;
b) revisar, previamente à divulgação ao Mercado, as demonstrações contábeis, inclusive notas explicativas, relatórios da
administração e parecer do auditor independente;
c) avaliar a efetividade das auditorias independente e interna, inclusive quanto à verificação do cumprimento de dispositivos legais e
normativos aplicáveis à Sociedade, além de regulamentos e códigos internos;
d) verificar, por ocasião das reuniões previstas no Artigo 9o, o cumprimento de suas recomendações e/ou esclarecimentos às suas
indagações, inclusive no que se refere ao planejamento dos respectivos trabalhos de auditoria, formalizando em Atas os conteúdos
de tais encontros;
e) avaliar o cumprimento, pela Diretoria da Sociedade, das recomendações feitas pelos auditores independentes ou internos, bem
como recomendar ao Conselho de Administração a resolução de eventuais conflitos entre os auditores externos e a Diretoria;
f) estabelecer e divulgar procedimentos para recepção e tratamento de informações acerca do descumprimento de dispositivos legais
e normativos aplicáveis à Sociedade, além de regulamentos e códigos internos, inclusive com previsão de procedimentos específicos
para proteção do prestador da informação e da sua confidencialidade;
g) recomendar à Diretoria da Sociedade correção ou aprimoramento de políticas, práticas e procedimentos identificados no âmbito de
suas atribuições;
h) estabelecer as regras operacionais para seu funcionamento;
i) reunir-se com o Conselho Fiscal e Conselho de Administração, por solicitação dos mesmos, para discutir acerca de políticas,
práticas e procedimentos identificados no âmbito das suas respectivas competências.
Parágrafo Primeiro - O Comitê pode, no âmbito de suas atribuições, contratar serviços profissionais especializados.
Parágrafo Segundo - De forma a assegurar o bom desempenho de suas funções, o Comitê terá um orçamento anual próprio,
aprovado pelo Conselho de Administração.
Art. 6o) Compete ao Coordenador do Comitê:
a) convocar e presidir as reuniões do Comitê;
b) avaliar e definir os assuntos a serem discutidos nas reuniões, incluindo na pauta aqueles a serem apreciados;
c) cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno do Comitê;
d) autorizar a apreciação de matérias não incluídas na pauta de reunião;

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Exemplo de Regimento interno do Comitê de
Auditoria (3)
e) solicitar a emissão de parecer por qualquer consultor especializado ou empresa de consultoria;
f) nomear o Secretário da Mesa, que será o responsável pela elaboração das Atas das Reuniões do Comitê.
Capítulo V - Dos Requisitos
Art. 7o) São requisitos à nomeação de membro para compor o Comitê:
I- não ser, ou ter sido, nos últimos doze meses:
a) diretor da Sociedade ou de suas ligadas;
b) funcionário da Sociedade ou de suas ligadas;
c) responsável técnico, diretor, gerente, supervisor ou qualquer outro membro, com função de gerência, da equipe envolvida nos
trabalhos de auditoria da Sociedade;
d) membro do Conselho Fiscal da Sociedade ou de suas ligadas;
II- não ser cônjuge ou parente em linha reta, em linha colateral e por afinidade até o segundo grau, das pessoas referidas nas alíneas
“a” e “c” do inciso I;
III- não receber qualquer outro tipo de remuneração da Sociedade ou de suas ligadas que não seja aquela relativa à sua função de
membro do Comitê de Auditoria.
Parágrafo Único - Caso o integrante do Comitê de Auditoria seja também membro do Conselho de Administração da instituição ou
de suas ligadas, fica facultada a opção pela remuneração relativa a um dos cargos;
IV- ter reputação ilibada;
V- não estar impedido por lei especial, nem condenado por crime falimentar, de sonegação fiscal, de prevaricação, de corrupção ativa
ou passiva, de concussão, de peculato, contra a economia popular, a fé pública, a propriedade ou o Sistema Financeiro Nacional, ou
condenado a pena criminal que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos;
VI- não estar declarado falido ou insolvente, nem ter participado da administração ou ter controlado firma ou sociedade concordatária
ou insolvente.
Parágrafo Único - Os requisitos para o preenchimento dos cargos do Comitê serão declarados no respectivo “Livro de Atas”, quando
da posse de seus membros.
Capítulo VI - Das Vedações
Art. 8o) É vedado aos membros do Comitê participar direta ou indiretamente de negociação de Valores Mobiliários de emissão da
.
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Exemplo de Regimento interno do Comitê de
Auditoria (4)
Sociedade ou a eles referenciados:
a) antes da divulgação ao mercado de ato ou fato relevante ocorrido nos negócios da Sociedade;
b) no período de 15 (quinze) dias anterior à divulgação das informações trimestrais (ITR) e anuais (DFP e IAN) da Sociedade;
c) se existir a intenção de promover incorporação, cisão total ou parcial, fusão, transformação ou reorganização societária;
d) durante o processo de aquisição ou alienação de ações de emissão da Sociedade, exclusivamente nas datas em que a Sociedade
estiver negociando.
Parágrafo Único - É vedado, ainda, aos membros do Comitê, contrair empréstimos ou adiantamentos da Sociedade ou de qualquer
uma de suas Instituições Financeiras Controladas, sendo extensiva a proibição ao seu cônjuge e parentes até segundo grau.
Capítulo VII - Da Freqüência e Quórum das Reuniões
Art. 9o) Para o cumprimento de suas atribuições, o Comitê reunir-se-á, no mínimo, trimestralmente, com a Diretoria da Sociedade e
auditorias independente e interna.
Parágrafo Primeiro - O Comitê poderá ser convocado a reunir-se extraordinariamente pelo Conselho de Administração ou por
qualquer um de seus membros.
Parágrafo Segundo - As convocações ocorrerão com o simultâneo encaminhamento da pauta de assuntos, com antecedência
mínima de 5 (cinco) dias úteis, com exceção de assunto que exija apreciação urgente.
Parágrafo Terceiro - Nas suas ausências ou impedimentos temporários, o Coordenador do Comitê será substituído por membro
indicado pelo Conselho de Administração.
Parágrafo Quarto - Os assuntos serão registrados em Atas, lavradas em livro próprio e assinadas pelos membros e representantes
da Administração quando presentes. Das Atas deverão constar os pontos mais relevantes das discussões, relação dos presentes,
justificativas de ausências, possíveis irregularidades e providências solicitadas.
Parágrafo Quinto - As reuniões do Comitê serão realizadas na sede da Sociedade ou, se julgarem conveniente todos os seus
membros, em outro local, observando-se a presença da maioria de seus membros.
Parágrafo Sexto - O Comitê poderá convidar para participar de suas reuniões membros da Administração e colaboradores internos e
externos que detenham informações relevantes ou cujos assuntos constem da pauta de discussão e sejam pertinentes à sua área de
atuação.
Parágrafo Sétimo - É permitida a participação de membros às reuniões ordinárias e extraordinárias por meio do sistema de
conferência telefônica ou videoconferência, com posterior assinatura da Ata.

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Exemplo de Regimento interno do Comitê de
Auditoria (5)
Capítulo VIII - Das Obrigações de Reporte
Art. 10) O Comitê deve elaborar, ao final de cada semestre findo em 30 de junho e 31 de dezembro, documento denominado
Relatório do Comitê de Auditoria contendo, no mínimo, as seguintes informações:
a) atividades exercidas no âmbito de suas atribuições no período;
b) avaliação da efetividade do Sistema de Controles Internos da Sociedade e das auditorias independente e interna, com ênfase no
cumprimento do disposto nas normas dos órgãos reguladores, especialmente do Banco Central do Brasil, além de regulamentos e
códigos internos com evidenciação das deficiências detectadas;
c) descrição das recomendações apresentadas à Diretoria, com evidenciação daquelas não acatadas e respectivas justificativas;
d) avaliação da qualidade das demonstrações contábeis relativas aos respectivos períodos, com ênfase na aplicação das práticas
contábeis adotadas no Brasil e no cumprimento de normas editadas pelo Banco Central do Brasil, com evidenciação das deficiências
detectadas.
Parágrafo Primeiro - O Comitê deve manter seus relatórios à disposição do Banco Central do Brasil e do Conselho de Administração
da Sociedade, pelo prazo mínimo de 5 (cinco) anos de sua elaboração.
Parágrafo Segundo - O Comitê deve divulgar, em conjunto com as demonstrações contábeis semestral e anual, resumo do seu
Relatório, evidenciando as principais informações contidas naquele documento.
Capítulo IX - Do Reporte ao Banco Central do Brasil
Art. 11) O Comitê deve comunicar formalmente ao Banco Central do Brasil, no prazo máximo de 3 (três) dias úteis da identificação, a
existência ou as evidências de erro ou fraude representadas por:
a) inobservância de normas legais e regulamentares, que coloquem em risco a continuidade da Sociedade auditada;
b) fraudes de qualquer valor perpetradas pela administração da Sociedade;
c) fraudes relevantes perpetradas por funcionários da Sociedade ou terceiros;
d) erros que resultem em incorreções relevantes nas demonstrações contábeis da Sociedade, tomando-se como base os conceitos
de erro e fraude estabelecidos em normas e regulamentos do Conselho Federal de Contabilidade, do Instituto Brasileiro de
Contabilidade ou de outros órgãos reguladores.
Capítulo X - Das Outras Funções e Responsabilidades
Art. 12) O Comitê, além das responsabilidades já previstas neste Regimento, deve:

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Exemplo de Regimento interno do Comitê de
Auditoria (6)
a) zelar pelos interesses da Sociedade, no âmbito de suas atribuições;
b) assegurar que o Conselho de Administração esteja ciente dos assuntos que possam causar impacto significativo nas condições
financeiras e nos negócios da Sociedade;
c) quando entender necessário, submeter ao Conselho de Administração proposta de alteração dos termos deste Regimento;
d) apreciar os relatórios emitidos por órgãos reguladores.

********************

Declaramos que a presente é cópia fiel do Regimento do Comitê de Auditoria da Sociedade, aprovado na RECA no 1.003, de
30.4.2004, e revisado na RECA no 1.035, de 6.9.2004, na RECA no 1.123, de 21.12.2005 e na RECA no 1.400, de 23.1.2009.

Banco Bradesco S.A.

Milton Almicar Silva Vargas Domingos Figueiredo de Abreu

Fonte: www.bradesco.com.br

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Programa de trabalho

É indispensável que o Comitê de Auditoria possua um


programa de trabalho para todo o exercício.

Nesse programa estarão detalhadas as áreas de


interesse de exames pelo Comitê, bem como quais os
participantes e as respectivas áreas a serem
apreciadas.

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Programação anual de trabalho

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Programação anual de trabalho (2)

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Programação anual de trabalho (3)

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Exemplo de acompanhamento do programa

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Exemplo de acompanhamento do programa (2)

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Exemplo de acompanhamento do programa (3)

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Condições para o funcionamento

Antes da investidura
 avaliação do preparo para o exercício da função
 dedicação de tempo adequada à função

Na primeira reunião
 estabelecimento do regimento interno
 recebimento de relatórios básicos da empresa
 pauta com assuntos a serem debatidos
 determinação de orçamento próprio
 estabelecimento da figura de relatores
 indicação de secretário – executivo

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Condições para o funcionamento (2)

 Seleção adequada de membros qualificados

 Independência percebida

 Definição de papéis dos membros de cada órgão

 Existência de especialistas em contabilidade,


finanças e outras áreas

 Agendamento de reuniões

 Disponibilização de recursos e pessoas para


atender o órgão

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Atas

O Comitê de Auditoria comprova a sua atuação através


da emissão de Atas, disponibilizadas ao Conselho de
Administração e Diretoria.
A ata deve retratar com fidelidade o material recebido,
as pessoas presentes, as solicitações efetuadas ou
reiteradas, as recomendações apresentadas e o
resultado de eventuais denúncias.

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Exemplo de Ata do Comitê de Auditoria

1. Data, hora e local: reunião ordinária do Comitê de Auditoria do Banco do Estado do Rio Grande do sul S/A (CNPJ nº
92.702.067/0001-96 – NIRE nº 43300001083) realizada dia 11 de novembro de 2008, às 10 horas, no Edifício-Sede do
Banrisul, na rua Capitão Montanha, 177, 4º andar, Porto Alegre – RS
2. Verificação de presençãs: João Verner Juenemann – Integrante do Comitê; Carlos Augusto Grazziotin – Chefe da
Auditoria Interna; Cláudio Monroe Massetti – Superintendente Executivo da Assessoria Jurídica e Jorge Fernando Krug
Santos – Superintendente Executivo da Unidade de Segurança da Tecnologia da Informação.
3. Expedientes: os integrantes do Comitê de Auditoria receberam: 3.1) da Auditoria Interna: o relatório das atividades
realizadas no mês de outubro/2008. O Comitê de Auditoria solicitou os seguintes relatórios: Auditorias em Agências:
2007/0396, 0390; Relatórios de Verificações Especiais: 2008/0093, 0099 e 0101; Relatórios de Trabalhos/Atividades:
2008/1164, 1175, 1184, 1225, 1227, 1232, 1231, 1262 e 1277 e Relatórios de Auditorias: 2008/0336; 3.2) da Unidade
de Recuperação de Crédito: os créditos em liquidação: tranferência para CL, amortizações/liquidações, posição do
estoque e outras informações, de outubro/2008; 3.3) da Controladoria: o relatório dos limites operacionais de
setembro/2008; 3.4) da Secretaria-Geral: as demonstrações contábeis e os pareceres do Conselho Fiscal e dos
Auditores Independentes do balancete de setembro/2008, da Banrisul S/A Administradora de Consórcios e da Banrisul
S/A Corretora de Valores Mobiliários e Câmbio e 3.5) da Assessoria Jurídica: resposta dos procedimentos adotados
com relação à distribuição dos escritórios terceirizados.
4. Outros assuntos: 4.1) o Sr. João Verner Juenemann analisou os relatórios de Auditoria Interna de nºs 2007/0078,
0180 e 1768, 2008/0047, 0054, 0217 e 0306: 4.2) indagado a respeito das regras que regulamentam o uso de veículos
a serviço do Banco e das subsidiárias, o Sr Cláudio Massetti disponibilizou cópia do Decreto nº 34.832, de 11 de agosto
de 1993, que dispões sobre contenção de despesas na atividade de transporte oficial, disciplinando o uso de veículos
pertencentes ao Poder Executivo Estadual. O Comitê de Auditoria solicitou encaminhar o assunto à Auditoria .

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Exemplo de Ata do Comitê de Auditoria (2)

- (continuação...)
Interna, para averiguações e posterior retorno; 4.3) o Sr. Carlos Grazziotin informou que já iniciaram as verificações nas
operações de crédito cedidas ao Banrisul pelos bancos Matone e Cruzeiro do Sul. Comentou, também, que o resultado
da habilitação da licitação nº 0000690/2008 foi publicado em 11-11-2008, tendo sido habilitadas as empresas Ernst &
Young Auditores Independentes, KPMG Auditores Independentes e a PricewaterhouseCoopers Auditores
Independentes. O Comitê pediu para se manter informado do andamento do processo e recomendou à Unidade de
Gestão de Pessoas que avalie a situação funcional dos auditores que foram selecionados para atuar na Auditoria
Interna; 4.4) baseado no despacho da ata de reunião da Diretoria nº 6121, de 16-09-2008, relativo à Auditoria a
Distância nº 0063/2008, o Comitê solicitou à Unidade de Gestão de Pessoas e a Auditoria Interna a posição das
pendências dos adiantamentos de viagens – BMP, de 30-10-2008 e 4.5) o Sr. Jorge Krug Santos apresentou o
andamento do Plano de Continuidade de Negócios, esclarecendo os seguintes tópicos: a) Identidade Digital: na
Direção-Geral, foi totalmente implantada, e, na Rede de Agências, deve estar concluída até 15-12-2008. b) Projeto
PCN: o 2º ciclo foi concluído, em 05-11-2008, - 92% dos planos foram verificados, revisados e validados, por meio de
testes. c) Projeto Módulo: foram realizadas atividades, nas áreas de controladoria e de segurança, e em curso. d) Pen
drive: foram comentadas as ações realizadas e as futuras. O Sr. Krug disponibilizou, na oportunidade, cópia das
instruções para uso de pen drive encriptado – ambiente de agências; do plano de continuidade de negócios – relatório
de resultados – testes e validações, de novembro/2008, e do termo de responsabilidade e uso de equipamentos
portáteis do Banrisul. e) Auditoria: participação do Plano de Auditoria para 2009 – Consultoria Módulo – avaliação dos
trabalhos que estão sendo efetivados, devendo subsidiar com pontos concernentes aos projetos de segurança e de
risco que devam servir de base para o plano de auditoria interna. f) Fraudes em Outubro/2008 – Internet: o Comitê de
Auditoria recomendou à Auditoria Interna e à Unidade de Segurança da Tecnologia da Informação a realização de
trabalho de prevenção de fraudes
5. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, lavrada esta ata, lida, aprovada e
assinada pelos integrantes do comitê presentes. Secretariou a reunião o Sr. Jorge Irani da Silva, Analista da Secretaria-
Geral.
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Exemplo de Ata do Comitê de Auditoria (3)

1. Data, hora e local: reunião ordinária do Comitê de Auditoria do Banco do Estado do Rio Grande do sul S/A (CNPJ
nº 92.702.067/0001-96 – NIRE nº 43300001083) realizada dia 18 de novembro de 2008, às 11 horas, no Edifício-
Sede do Banrisul, na rua Capitão Montanha, 177, 4º andar, Porto Alegre – RS
2. Verificação de presenças: João Verner Juenemann; João Zani e André da Rocha – Integrantes do Comitê; Carlos
Tadeu Agrifoglio Vianna – Diretor de Distribuição; Carlos Augusto Grazziotin – Chefe da Auditoria Interna; Carlos
Roberto Wuppel – Superintendente Executivo, presidindo a Comissão de Licitações; Ênio Lúcio do Couto Araújo –
Superintendente Executivo da Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco; Ivo Rosin – Superintendente
Executivo da Unidade de Recuperação de Créditos; Jorge Fernando Krug Santos – Superintendente Executivo da
Unidade de Segurança da Tecnologia da Informação, e Vitos Hugo Tipo – Gerente da Unidade de Desenvolvimento
de Sistemas. Estiveram presentes, também, os representantes da Deloitte Touche Tohmatsu Auditores
Indepedentes, Sr. Fernando Carrasco e Sra. Juliana Sleutjes.
3. Expedientes: os integrantes do Comitê de Auditoria receberam da Unidade de Recuperação de Crédito o relatório
estoque dos 300 maiores devedores da Rede.
4. Outros assuntos: 4.1) o Sr. João Verner Juenemann analisou e comentou os relatórios da Auditoria Interna de nºs
2007/0390 e 0396, 2008/ 0336, 1164, 1175, 1184, 1225, 1227, 1232, 1241, 1262 e 1277; 4.2) o Diretor Carlos Tadeu
Vianna tratou de assuntos da sua área; 4.3) o Comitê de Auditoria foi cientificado dos dois e-mails, de 12-11-2008,
recebidos por meio do Canal de Comunicação de Erros e Fraudes. Solicitou encaminhar à Ouvidoria-Geral do Banco
o relacionado à reclamação de cliente da agência Nova Petrópolis, e o outro, requisitaram mais informações ao
correntista para que se possa verificar o ocorrido; 4.4) os Srs. Carlos Wuppel e Carlos Grazziotin explicaram o
andamento do processo licitatório nº 0000690/2008, relativo a contratação de empresa para prestar os serviços de
assessoramento técnico, com vistas à concessão das demonstrações contábeis e financeiras consolidadas do
.
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Exemplo de Ata do Comitê de Auditoria (4)

- (continuação...)

Banco, dos exercício de 2009, 2010 e 2011, adotando o padrão contábil internacional (IFRS) 4.5) o Comitê de
Auditoria recomendou a contratação, por meio de carta-convite, de empresa especializada para realizar a sua auto-
avaliação; 4.6) o Sr. João Verner Juenemann relatou a sua participação na conference call, realizada dia 14-11-2008,
às 9h30min, referente às informações trimestrais do 3º trimestre/2008; 4.7) o Comitê de Auditoria examinou a minuta
do manual de procedimentos e encaminhou à Unidade Financeira, para esclarecimentos; 4.8) o Sr. Ivo Rosin tratou
de assuntos da sua área, disponibilizando, na ocasião, cópia da estatística dos valores transferidos para créditos em
liquidação e recuperados, no período de janeiro a outubro/2008; 4.9) o Sr. Ênio Araújo apresentou o cálculo de risco
automático do sistema BRM, que trata das regras e políticas de modelo de risco pessoa física. Ficou acordado que
das 150 (cento e cinqüenta) visitas possíveis, fossem realizadas, 100 (cem) no mínimo, ainda em 2008; 4.10) o Sr.
Vitor Tipa apresentou proposta que trata da definição do novo sistema de suporte para modernização da Auditoria
Interna; 4.11) o Sr. Fernando Carrasco e a Sra. Julia Sleutjes comentaram o andamento dos trabalhos com vistas ao
encerramento do exercício de 2008. Ficaram de elaborar, com a Unidade de Contabilidade e a Gerência de Relação
com Investidores, o cronograma de trabalho relativo ao balanço de dezembro/2008, incluindo as subsidiárias.
5. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, lavrada esta ata, lida, aprovada e
assinada pelos integrantes do comitê presentes. Secretariou a reunião o Sr. Jorge Irani da Silva, Analista da
Secretaria-Geral.

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Exemplo de Ata do Comitê de Auditoria (5)

1. Data, hora e local: reunião ordinária do Comitê de Auditoria do Banco do Estado do Rio Grande do sul S/A (CNPJ nº
92.702.067/0001-96 – NIRE nº 43300001083) realizada dia 27 de janeiro de 2009, às 9h30min, no Edifício-Sede do
Banrisul, na rua Capitão Montanha, 177, 4º andar, Porto Alegre – RS
2. Verificação de presenças: João Verner Juenemann e João Zani – Integrantes do Comitê; Luiz Gonzaga Veras Mota
– Diretor de Administração de Recursos de Terceiros; Vicente Joaquim Bogo – Diretor-Presidente da Banrisul
Armazéns Gerais Ltda., Emílio Keidann Júnior – Diretor-Presidente da Fundação Banrisul de Seguridade Social; Paulo
Ricardo Fernandes Gomes – Diretor-Presidente da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banrisul – CABERGS;
Antônio Miguel Cavaleto – Gerente Executivo da Banrisul Serviços Ltda., Ênio Lúcio do Couto Araújo –
Superintendente Executivo da Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco e Ivo Rosin – Superintendente
Executivo da Unidade de Recuperação de Crédito.
3. Expedientes: os integrantes do Comitê de Auditoria receberam: 3.1) da Assessoria Jurídica: a relação dos
pagamentos dos honorários dos advogados credenciados, em 2008; 3.2) da Unidade de Contabilidade: a justificativa
que caracteriza a revogação da Concorrência nº 0000690/2008, que trata da implantação do IFRS, e 3.3) da Deloitte
Touche Tohmatsu Auditores Independentes: e-mail, de 28-01-2009, informando que estão realizando esforços para
concluir os trabalhos de campo da Banrisul Serviços Ltda. Até o dia 20-02-2009.
4. Outros assuntos: 4.1) o Sr. Antônio Cavaleto apresentou o desempenho da Banrisul Serviços Ltda., de janeiro a
dezembro/2008; 4.2) o Sr. Vicente Bogo falou do fechamento das demonstrações contábeis de 31-12-2008,
destacando o resultado operacional líquido positivo; 4.3) o Sr. Emílio Keidann Júnior comentou a situação econômico-
financeira atual da Fundação Banrisul de Seguridade Social; 4.4) o Diretor-Presidente da Caixa de Assistência dos
Empregados do Banrisul relatou a situação econômico-financeira da CABERGS, disponibilizando, na ocasião, cópia
da Análise Econômica e Financeira Gerencial do exercício de 2008; 4.5) o Diretor Luiz Gonzaga Veras Mota falou da
.
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Exemplo de Ata do Comitê de Auditoria (6)

- (continuação...)

política de gestão da administração de recursos de terceiros, fornecendo, na oportunidade, o Desempenho dos


Fundos de Investimento de dezembro/2008; Fundos de Investimento em Revista – Informativo Mensal – janeiro/2009
e a Composição da Carteira de Fundos de Investimento, por segmento, de dezembro/2008; 4.6) o Sr. Ênio Araújo
comentou o desempenho da carteira de risco da Unidade de Política de Crédito e Análise de Risco, destacando a
implantação da automatização do crédito para pequenas e médias empresas que deverá ocorrer em março/2009; 4.7)
O Sr. Ivo Rosin falou sobre as negociações de créditos realizadas no mês de dezembro/2008, entregando a estatística
dos valores transferidos e recuperados no período de janeiro a dezembro/2008; 4.8) o Comitê de Auditoria solicitou
fosse disponibilizada a estrutura organizacional da Secretaria-Geral, da Fundação Banrisul de Seguridade Social e da
Caixa de Assistência dos Funcionários do Banrisul
5. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos, lavrada esta ata, lida, aprovada e
assinada pelos integrantes do comitê Presentes. Secretariou a reunião o Sr. Jorge Irani a Silva, Analista da Secretaria-
Geral.

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Relatórios

É conveniente que o Comitê de Auditoria retrate a sua


atuação perante o Conselho de Administração /
Diretoria, através de um relatório anual sumariado,
por ocasião da deliberação sobre as demonstrações
contábeis.

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Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria

I. Disposições Institucionais e Regimentais - O Comitê de Auditoria, como órgão estatutário do Banco do Estado do Rio
Grande do Sul S.A., criado pela Assembleia Geral Extraordinária realizada em 29 de abril de 2004, é composto pelos Srs. João
Verner Juenemann, João Zani e Manoel André da Rocha, todos Conselheiros de Administração, o primeiro e o terceiro
independentes, eleitos pelo Conselho de Administração, em 24 de junho de 2004 e reeleitos em 03 de abril de 2008, com
mandato até a primeira reunião do Conselho de Administração, que se realizará após a Assembleia Geral Ordinária de 2009,
estando seu Regimento Interno disponível no site http://www.banrisul.com.br/bob/data/RegimentoInterno.pdf.

II. Funções e Responsabilidades - O Comitê de Auditoria tem a competência de zelar pelo cumprimento das exigências
legais e regulamentares, pela integridade e qualidade das demonstrações contábeis da instituição e de suas controladas,
eficácia e efetividade da atuação das auditorias independente e interna, e pelo acompanhamento permanente da qualidade
dos controles internos e da gestão de riscos.
A administração é responsável pela elaboração das demonstrações contábeis das empresas que compõem o Grupo Banrisul,
observada a diretriz de assegurar a qualidade dos processos relacionados às informações financeiras e às atividades de
controle e de gestão de riscos.
À Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes, auditor externo, cabe assegurar que as demonstrações contábeis,
representem adequadamente a posição patrimonial e financeira do conglomerado, de acordo com os princípios fundamentais
de contabilidade, com a legislação societária brasileira e com as normas da Comissão de Valores Mobiliários – CVM, do
Conselho Monetário Nacional e do Banco Central do Brasil.

III. Programação de Trabalho para o Exercício de 2009 - Atendendo ao que dispõe o Regimento Interno, o Comitê
elaborou sua programação de trabalho para o 1º semestre de 2009, na reunião de 10-02-2009 (Ata nº 204). Para o
atendimento da programação, ficou estabelecido o seguinte cronograma: reuniões mensais com o Conselho de Administração,
com a presidência e diretores do Banco, com a Assessoria Jurídica, Auditoria Interna, Controladoria, Núcleo Operacional e com
as Unidades de Contabilidade, de Recuperação de Créditos, de Gestão de Pessoas, Financeira, de Crédito e de Risco; reuniões
trimestrais com o Conselho Fiscal, com a empresa de auditoria independente, com as controladas Banrisul S.A. Corretora de
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Valores Mobiliários e Câmbio, Banrisul S.A. Administradora de Consórcios, Banrisul Armazéns Gerais S.A. e Banrisul Serviços
Ltda., e, ainda, com a Fundação Banrisul de Seguridade Social e a Caixa de Assistência dos Empregados do Banrisul –
CABERGS.

IV. Cronograma de Atividades – No 1º semestre/2009, que compreende o período de 10-02-2009 a 30-06-2009, o Comitê
realizou dezessete (17) reuniões, mais três (03) até o mês de agosto/2009, conforme excerto do próprio Relatório do Comitê
de Auditoria, onde abordou, dentro de sua competência, os mais diversos assuntos, como detalhado nas atas de reuniões,
valendo-se, para tanto, da análise de dados contábeis, dos relatórios gerenciais, de informações e indagações
complementares e de reuniões mantidas com a presidência e diretores da instituição, com os executivos de vários níveis da
organização e com os diretores das controladas. Com os superintendentes executivos das diferentes unidades do Banco,
obteve relatórios, documentos, informações e esclarecimentos. Igualmente, solicitou a presença, quando necessária, de
profissionais específicos, ou do responsável pela área de atuação, assim como dos auditores independentes. Com vistas a seu
esclarecimento continuado, o Comitê estabeleceu rotinas para recebimento de relatórios contendo informações geradas com
periodicidade, das mais diversas áreas do Banco e da auditoria independente, tais como, exemplificativamente, relatórios dos
maiores devedores da Rede de Agências; sobre a movimentação de processos judiciais e trabalhistas; da transferência para
créditos em liquidação; das atividades realizadas; dos limites operacionais, e da carta-comentário.

V. Auditoria Interna: A Auditoria Interna, vinculada à Presidência, tem como objetivos, salvaguardar os ativos, assegurar a
observância das políticas, planos, procedimentos e leis, respondendo pelo atendimento ao Comitê de Auditoria e aos auditores
independentes. Nesse aspecto, buscou atender ao planejamento aprovado para o ano de 2009, visando contemplar as
implementações sistêmicas e melhorias de processos recomendados. Como disposto nas atas deste Comitê, as equipes
encarregadas da execução dos trabalhos, nas áreas operacional, de sistemas e administrativa, debateram, periodicamente, as
conclusões reportadas.
Considerando os relatórios apresentados pela Auditoria Interna e o atendimento das questões pelas respectivas áreas,
entende o Comitê de Auditoria obter conhecimento razoável sobre cada um dos temas discutidos, e o desenvolvimento
satisfatório dos trabalhos de campo e de escritório.
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VI. Auditoria Independente: O planejamento dos trabalhos do exercício de 2009 foi examinado e aprovado pelo Comitê de
Auditoria em 05-02-2009.
O relatório sobre a avaliação dos sistemas contábeis e de controles internos, relativo a 2008, apresentado pela empresa de
auditoria independente, seguido das recomendações efetuadas, foi debatido com o Comitê, que acompanhou com a Auditoria
Interna a implementação dos pontos levantados em cada unidade, ao longo do semestre. Em função do acompanhamento
permanente das diversas ações, o Comitê entende que os trabalhos desenvolvidos foram adequados às necessidades do
Banrisul.
No entender do Comitê, os auditores independentes realizaram, no decorrer do exercício, as tarefas que lhe foram atribuídas,
de acordo com o contratado.
O trabalho dos auditores independentes foi acompanhado, ao longo do exercício, quanto ao ITR relativo a março de 2009 e ao
balanço semestral de 30-06-2009, certificada a condição de irrestrito acesso aos dados da Instituição, de modo a assegurar
total liberdade na execução do contrato, não havendo evidências de quaisquer fatos ou circunstâncias que pudessem
prejudicar a adoção de postura independente, nem tampouco sua atuação.

VII. Controle Externo – Os membros do Comitê de Auditoria tomaram conhecimento das requisições dos órgãos de controle
externo no período, do seu atendimento e das eventuais recomendações decorrentes.

VIII. Gerenciamento de Risco – Como nos exercícios anteriores, o Comitê acompanhou os riscos de Mercado, de Crédito e
Operacional. Em relação ao Risco Operacional, acompanhou a execução do Plano de Continuidade de Negócios – PCN, sempre
recomendando à Presidência do Banco a segregação das atividades de gestão de risco das respectivas atividades operacionais.
Também seguiu acompanhando a prática adequada do dimensionamento das contingências cíveis e trabalhistas, com vistas
ao estabelecimento das provisões necessárias a sua cobertura. Paralelamente, prosseguiu na análise dos processos de
controles internos, relativamente aos depósitos judiciais correspondentes. Neste semestre, o Comitê de Auditoria continuou
acompanhando o desenvolvimento dos trabalhos relacionados à Tecnologia da Informação, que envolveu o processo de
seleção de profissionais para suprir a necessidade da área. Especial ênfase foi dada ao desenvolvimento de programas de
segurança de tecnologia da informação, buscando obstar as práticas de fraudes eletrônicas aos clientes e ao próprio Banco e o
resguardo do sigilo das operações realizadas pela Instituição.
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No que diz respeito a Risco de Crédito, reuniu-se, em diversas ocasiões, com a diretoria de crédito e as suas unidades, avaliou
a evolução e a qualidade do crédito e a adequação do sistema de credit score. Com relação ao Risco de Mercado, igualmente,
reuniu-se várias vezes com a diretoria financeira e as unidades, quando foi examinada a conveniência dos riscos de mercado.

IX. Canal de Comunicação de Erros e Fraudes - As denúncias recebidas pelo Comitê de Auditoria não contemplaram a
existência ou evidência de erro ou fraude para os efeitos do artigo 8º do Regimento Interno. As demais denúncias foram
encaminhadas às áreas competentes para as providências necessárias, não cabendo mais observações, já que são pontuais e
de pequena expressão em seu todo.

X. Mercado de Capitais – O Comitê de Auditoria acompanhou, no semestre, a atuação da área de Relações com
Investidores, examinando, previamente à sua divulgação, os dados a serem tornados públicos ao mercado, efetivando as
recomendações consideradas apropriadas no tocante ao seu desenvolvimento.

XI. Educação Continuada - Os membros do Comitê participaram, no semestre, de eventos envolvendo vários temas, nas
áreas de governança corporativa, gestão de riscos e melhores práticas para comitês de auditoria, buscando, assim,
aperfeiçoar a abrangência, a qualidade e a profundidade de suas análises.

XII. Conclusão - Considerando os sistemas de controles internos existentes, a abrangência, a profundidade, a qualidade e a
amplitude dos trabalhos realizados pelas auditorias, interna e independente, assim como a emissão do parecer dos auditores
independentes, sem ressalvas, emitido em 03-08-2009, aliado ao conjunto de recomendações do Comitê de Auditoria,
exaradas nas respectivas atas, recomenda ao Conselho de Administração a aprovação das demonstrações contábeis
auditadas, relativas ao semestre findo em 30 de junho de 2009.

Porto Alegre, 03 de agosto de 2009.

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Resumo do Relatório do Comitê de Auditoria

O Conselho de Administração do Bradesco optou por um Comitê de Auditoria único para todas as empresas integrantes do
Conglomerado Financeiro, inclusive para as do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência (Grupo Segurador).
São de responsabilidade da Administração a definição e implementação de sistemas de informações gerenciais que produzam
as demonstrações financeiras das empresas que compõem a Organização Bradesco, em observância à legislação societária, às
práticas contábeis adotadas no Brasil e às normas do Conselho Monetário Nacional, do Banco Central do Brasil, da Comissão
de Valores Mobiliários – CVM, do Conselho Nacional de Seguros Privados – CNSP, da Superintendência e Seguros Privados –
Susep e da Agência Nacional de Saúde Suplementar – ANS.
A Administração é também responsável por processos, políticas e procedimentos de controles internos que assegurem a
salvaguarda dos ativos, o tempestivo reconhecimento de passivos e a eliminação ou a redução a níveis aceitáveis dos fatores
de risco da Organização Bradesco.
A Auditoria Independente é responsável por examinar as demonstrações financeiras e emitir parecer sobre sua aderência aos
princípios contábeis. Adicionalmente, como resultado dos trabalhos para fins de emissão do parecer mencionado, produz
relatório de recomendações sobre procedimentos contábeis e controles internos, sem prejuízo de outros relatórios que
também deva preparar, como os das revisões limitadas trimestrais.
A Auditoria Interna (Departamento de Inspetoria Geral) tem como atribuições aferir a qualidade dos sistemas de controle da
Organização Bradesco e a regularidade das políticas e dos procedimentos definidos pela Administração, inclusive daqueles
adotados na elaboração dos relatórios financeiros.
Compete ao Comitê de Auditoria avaliar a qualidade e a efetividade das Auditorias Interna e Independente, a efetividade e a
suficiência dos sistemas de controle da Organização Bradesco e analisar as demonstrações financeiras, efetivando, quando
aplicável, as recomendações pertinentes.
Dentre as atribuições do Comitê de Auditoria estão, também, aquelas requeridas pela Lei Americana Sarbanes-Oxley para as
Companhias registradas na U.S. Securities and Exchange Commission e com ações cotadas na Bolsa de Valores de Nova York.
O Comitê de Auditoria tem o seu Regimento disponível no site www.bradesco.com.br, página de Governança Corporativa.
Atividades exercidas no ano de 2009
O Comitê participou de 153 reuniões com áreas de negócio, de controle e de gestão de riscos e com os auditores internos e
independentes, conferindo, por meio de diferentes fontes, as informações sobre os pontos considerados relevantes ou críticos.
Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 49
O programa de trabalho do Comitê de Auditoria, para o exercício de 2009, teve como foco os principais processos e produtos
inerentes aos negócios da Organização Bradesco. Dentre os aspectos considerados mais relevantes, destacamos a avaliação:
· dos sistemas de gerenciamento e controle de riscos de mercado, crédito e operacional, preparação para a
utilização de modelos internos em linha com as condições estabelecidas pelo Novo Acordo de Capital (Basileia II)
e a regulamentação do Banco Central do Brasil sobre o assunto;
· da estrutura e funcionamento das áreas responsáveis pelo acompanhamento do cumprimento da legislação, da
regulamentação e das normas internas da Organização Bradesco para defesa do consumidor; e
· dos aperfeiçoamentos nos sistemas de controles internos decorrentes dos projetos nas áreas de Tecnologia e de
Gestão de Riscos.
Sistemas de Controles Internos
Com base no programa de trabalho e na agenda definidos para o exercício de 2009, o Comitê de Auditoria informou-se sobre
os principais processos dentro da Organização, avaliando a qualidade e o comprometimento dos dirigentes com o seu
aperfeiçoamento contínuo.
Como resultado das reuniões com as áreas da Organização Bradesco, o Comitê de Auditoria teve a oportunidade de oferecer
ao Conselho de Administração sugestões de melhoria nos processos, bem como acompanhar as correções de “gaps”
identificados no decorrer dos trabalhos das auditorias.
Com base nas informações e observações colhidas, o Comitê de Auditoria julga que o sistema de controles internos da
Organização Bradesco é adequado ao porte e complexidade de seus negócios e foi estruturado de modo a garantir a eficiência
das suas operações, dos sistemas que geram os relatórios financeiros, bem como a observância às normas internas e
externas a que se sujeitam as transações.
Auditoria Independente
O planejamento dos trabalhos de auditoria independente para o exercício de 2009 foi discutido com a PricewaterhouseCoopers
Auditores Independentes e, no decorrer do ano, as equipes de auditoria encarregadas dos serviços apresentaram os
resultados e principais conclusões ao Comitê de Auditoria.
Os pontos relevantes apontados no relatório sobre o estudo e a avaliação dos sistemas contábil e de controles internos,
elaborado em conexão com o exame das demonstrações financeiras e respectivas recomendações para aprimoramento desses
sistemas, foram discutidos com o Comitê, que solicitou acompanhamento das implementações das melhorias nas áreas
Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC.
responsáveis. 50
Com base no planejamento apresentado pelos auditores e nas discussões subsequentes sobre os resultados, o Comitê julgou
que os trabalhos desenvolvidos pelas equipes foram adequados aos negócios da Organização.
Auditoria Interna
O Comitê solicitou à Auditoria Interna que considerasse no seu planejamento, para o ano de 2009, diversos trabalhos em
linha com os temas abrangidos na agenda do Comitê.
No decorrer do ano de 2009, as equipes encarregadas da execução dos trabalhos planejados reportaram e discutiram com o
Comitê de Auditoria as principais conclusões na visão de processo e riscos inerentes.
Com base nas discussões sobre o planejamento dos trabalhos da Auditoria Interna, com foco nos riscos, processos e nas
apresentações dos seus resultados, o Comitê de Auditoria julga que aquela Dependência tem respondido adequadamente às
demandas para que os membros do Comitê possam formar opinião sobre os assuntos discutidos.
Demonstrações Financeiras Consolidadas
No ano de 2009, o Comitê reuniu-se com as áreas de Contadoria Geral, Planejamento, Orçamento e Controle e Auditoria
Interna para acompanhamento da elaboração das demonstrações financeiras mensais, trimestrais, semestrais e anual. Nessas
reuniões, foram analisados e avaliados os aspectos de preparação dos balancetes e balanços, individuais e consolidados, as
notas explicativas e os relatórios financeiros publicados em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas.
Foram também consideradas as políticas contábeis adotadas pelo Bradesco na elaboração das demonstrações financeiras e a
observância as práticas contábeis adotadas no Brasil, bem como o cumprimento da legislação aplicável.
Antes das divulgações das Informações Financeiras Trimestrais (IFTs) e do balanço semestral, o Comitê reuniu-se
reservadamente com a PricewaterhouseCoopers para avaliar os aspectos de independência e do ambiente de controle na
geração dos números a serem divulgados.
Com base nas revisões e discussões acima mencionadas, o Comitê de Auditoria recomenda, ao Conselho de Administração, a
aprovação das demonstrações financeiras auditadas relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2009.
Cidade de Deus, Osasco, SP, 27 de janeiro de 2010

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Exemplo de relatório – Empresa industrial
XYZ
COMITÊ DE AUDITORIA
RELATÓRIO DE ATIVIDADES – 2009
O Comitê de Auditoria da Sierra Equipamentos S.A., órgão assessor não estatutário do Conselho de
Administração, indicado para atuar no exercício social de 2009, no exercício de suas atividades de supervisão,
monitoramento e avaliação dos controles internos e de suas demonstrações financeiras, identificação e avaliação da
gestão de riscos, acompanhamento da auditoria independente e supervisão da auditoria interna, apresenta ao Conselho
de Administração, o resultado de suas atividades nesse período.
Essas atividades compreenderam a realização de 11 (onze) reuniões, entre ordinárias e extraordinárias, entre o início das
atividades em 3 de julho de 2009 até a data de 15 de março de 2010, baseado em programa de trabalho e cronograma
de reuniões, com a presença de seus membros xxxxx, indicado como coordenador, xxxxx e xxxxx.
Essas reuniões tiveram por escopo acompanhar as atividades da empresa nas áreas consideradas de maior relevância,
com a participação de funcionários de vários escalões, esclarecendo questões pontuais apresentadas ou requeridas pelo
Comitê de Auditoria, de modo a poderem se certificar da existência de processos internos confiáveis e atualizados,
avaliando periodicamente a atuação dos auditores independentes e tomando inicialmente conhecimento da estrutura e
trabalhos realizados no exercício anterior pela Auditoria Interna da empresa, afim de identificar a existência de relatórios
de recomendações de melhorias nos processos.
Identificada a inexistência da chefia nessa área, nossa primeira atividade foi a de recomendar a contratação
imediata de profissional experiente em empresa do porte da Sierra, participando inclusive do processo de seleção e na
sequência, avaliando os trabalhos realizados até então e a qualidade da equipe, solicitando a apresentação de um
programa de trabalho emergencial, considerando o período de tempo já decorrido do exercício, quando do início de
nossas atividades.
De maneira a buscar um melhor entendimento das expectativas do Conselho de Administração, o Comitê de
Auditoria propos e foi aceita a participação do seu coordenador nas reuniões periódicas, tendo assim este participado
como ouvinte em quatro delas, com o entendimento de que de tempos em tempos o Comitê faria um relato sumário de
suas atividades e uma prestação de contas ao final do exercício, objeto deste documento.
Nessa mesma linha, coordenou-se com o Conselho Fiscal, de maneira a poder participar em reuniões conjuntas em datas
em que fossem examinadas as demonstrações trimestrais e a do final do exercício, tendo resultado na participação de
duas reuniões relativamente aos segundo e terceiro trimestres de 2009 e programada ainda a participação na reunião
que venha a opinar sobre as contas de 2009.
Particípes constantes em nossas reuniões foram o Sr. xxxxx, da Controladoria e da Sra. xxxxx, da Auditoria Interna e
circunstancialmente com outras pessoas, tais como o Presidente, Sr. xxxxx, o Gerente Jurídico, Sr. xxxxx, o Sr. xxxxx e
Sra. xxxxx, da Auditoria Interna e o Sr. xxxxx, Gerente de Núcleo, da xxxxx.´

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Exemplo de relatório – Empresa industrial
XYZ (2)
Não menos importante foi a nossa participação quando da presença dos auditores independentes, no
exame das demonstrações financeiras de 2009, quando tivemos oportunidade, de examinar detidamente não só as
peças contábeis, como esmiuçar o conjunto das notas explicativas, propondo algumas alterações de forma e conteúdo,
as quais foram aceitas e incorporadas ao texto.
Complementarmente, tivemos oportunidade de examinar também a minuta do relatório da administração, submetendo
nossas considerações ao Presidente do Conselho de Administração, para o devido exame com o Presidente da empresa.
Como regra, as atas passaram a ser produzidas no mesmo dia da reunião , disponibilizadas à Sra. xxxxx, para
circularização ao Conselho de Administração e Diretoria, para conhecimento das recomendações efetuadas, bem como
acompanhamento do atendimento ou não das mesmas ao longo do tempo.
Destacam-se as recomendações abaixo listadas:
• Alteração do Regimento Interno do Comitê de Auditoria e conseqüente alteração dos artigos 4 e 5 do
Regimento Interno do Conselho de Administração (concluído)
• Exame do contrato de compra e venda de ações da xxxxx, para avaliação do impacto das taxas de juros
sobre o passivo da Companhia e negociação do valor a pagar (em avaliação pela empresa quanto ao
momento de o assunto ser tratado com a xxxxx e o correspondente reflexo financeiro para a xxxxx)
• Verificação da existência de controles de EPI e armazenamento de materiais inflamáveis e
perigosos (concluído–controle manual de EPI`s e segregação física de cada tipo de material)
• Acompanhamento da contagem do estoque de produtos acabados, em processo, almoxarifado e
obsoletos pela Auditoria Interna e seu acompanhamento ao final do exercício (+concluído com
apuração de divergências já reportado ao Conselho de Administração em outubro de 2009 –
acompanhamento da contagem de almoxarifado em andamento e pendentes a de estoques sem giro –
obsoletos e a de gestão de sucatas)
• Avaliação do controle de acesso ao sistema xxxxx – ERP , face à identificação da falta de
determinação do nível de alçadas ( plano de ação em andamento)
• Contratação de auditor de TI para a Auditoria Interna (concluído)
• Aquisição de hardware e software para atendimento às necessidades da Auditoria Interna, visando
racionalização e aumento da eficiência nas atividades ( hardware – adquiridos 2 PCs e o último em
aquisição – os softwares selecionados continuam sendo avaliados, com expectativa de solução em abril
2010)
• Instituição de sistema de atualização e acompanhamento permanente do atendimento dos planos de ação
apresentados nos cinco relatórios produzidos pela Auditoria Interna às várias áreas (concluído)

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Exemplo de relatório – Empresa industrial
XYZ (3)
• Transferência da gestão do contrato dos auditores independentes, da Controladoria para passar a ser
a responsabilidade atribuída à Auditoria Interna (não atendido)
• Revisão do Plano de Auditoria Interna para 2010, a partir das deficiências identificadas em 2009, com
ampliação do escopo de trabalho e revisão do plano em julho de 2010 (revisão 2010 concluída)
• Aquisição de sistema informatizado para atualização permanente dos processos judiciais de
qualquer natureza, sejam ativos ou passivos, permitindo suporte aos valores provisionados
(Software contratado para operacionalização em abril 2010)
• Programa de imersão dos componentes dos órgãos da administração para o entendimento
das determinações emanadas da aplicação do IFRS às demonstrações contábeis,para imediata
aplicação em 2010, visando incorporar alterações para os ITR 2010 , com eliminação de retrabalho ( não
atendido ainda por dificuldades de agendamento com xxxxx e órgãos da empresa – estimado para
abril/maio de 2010)
• Criação de uma área distinta para a estruturação de controles internos e seu acompanhamento,
distinta da Controladoria (não atendido)
• Contratação de consultoria externa para estruturar e colocar em prática a área de gestão de riscos (não
atendido)
• Trânsito prévio pelo Comitê de Auditoria de quaisquer informações ao mercado (atendido)
• Estruturação de agenda anual, visando a conclusão e divulgação das demonstrações financeiras
do exercício 2010 , bem como realização da AGO em menor espaço de tempo em relação a 2009
(identificada a necessidade, mas ainda não encaminhado pelo Comitê de Auditoria)
• Revisão do estudo técnico de viabilidade 2010 ,como elemento para justificar a existência de
registro adicional de créditos fiscais diferidos, tornando os dados mais consistentes (concluído)
• Estruturação de processo para atendimento das exigências dispostas no Formulário de Referência, a partir
de maio de 2010 ( identificada a necessidade, mas ainda não encaminhado pelo Comitê de
Auditoria)
• Estruturar área específica de relações com investidores para oferecer suporte ao Diretor de
Relações com Investidores (identificada a necessidade, mas ainda não encaminhado pelo Comitê de
Auditoria).
Entendemos que houve algum avanço no ano de 2009 no que se refere aos controles internos, mas há certamente muito
o que fazer, o que reclama mudança de cultura da Companhia.

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Exemplo de relatório – empresa industrial
ABC (4)
Pelo trabalho que desenvolvemos neste exercício, entendemos que as atividades a serem desenvolvidas pelo Comitê de
Auditoria no próximo exercício deverão oferecer melhores resultados, sendo para tanto necessário que a Companhia,
através de seus órgãos da administração tomem as providências que se fizerem necessárias.

CONCLUSÃO
Considerando a abrangência dos trabalhos realizados, baseados na análise do Relatório da Administração, no exame das
demonstrações financeiras do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2009, na análise e entendimento quanto à
clareza e conteúdo das notas explicativas, suportado ainda pelos esclarecimentos obtidos em reuniões junto aos
auditores independentes, quando foram debatidos vários dos critérios contábeis adotados e seus reflexos patrimoniais e
de resultados, apoiado ainda nos relatórios da Auditoria Interna, e não tendo identificado nenhuma ocorrência capaz
de comprometer significativamente a qualidade e a integridade das informações a serem divulgadas, o Comitê de
Auditoria recomenda ao Conselho de Administração a aprovação e a publicação das demonstrações financeiras do
exercício de 2009.

xxxxx, 23 de março de 2010.

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Acompanhamento de pendências

É recomendável que o Comitê de Auditoria institua


um sistema permanente de acompanhamento das
pendências em relação as recomendações efetuadas,
que pode ser delegado à Auditoria Interna, para
apresentação a cada reunião, preferencialmente
mensal.

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Seguro D&O

Considerando a responsabilidade inerente à função,


deve o Comitê de Auditoria certificar-se da existência
de um seguro de responsabilidade civil.

Inexistente o mesmo, é recomendável solicitar à


Administração a contratação de um seguro específico
que cubra as responsabilidades dos administradores,
cujo valor deve ser adequado ao de administradores
segurados.

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Auto-avaliação

Recomenda-se que o Comitê de Auditoria emita


regularmente sua auto-avaliação.

Esse documento, a ser disponibilizado ao Conselho de


Administração, deve ser capaz de:

 demonstrar a abrangência das atividades


exercidas
 determinar a eficácia do cumprimento de suas
responsabilidades
 indicar a necessidade de eventual
aperfeiçoamento das práticas adotadas

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Ferramenta de Auto-avaliação de Comitês de
Auditoria
A eficiência dos comitês de auditoria com base nas melhores práticas.
Auto-avaliação
1a5 Plano de ação

OBTER ENTENDIMENTO DAS FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES


Revê anualmente o seu regulamento para verificar se as funções e responsabilidades estão
descritas adequadamente.
Discute a forma de comunicação e o desempenho do comitê de auditoria com a diretoria
executiva, os auditores internos e os auditores independentes.
Incentiva a comunicação franca entre a diretoria executiva, os auditores e o comitê de auditoria.
Utiliza os recursos internos e externos necessários para permitir que o comitê de auditoria
desempenhe adequadamente as suas funções.
Assegura a comunicação direta com os auditores independentes.
Tem um processo que permite a investigação de descumprimentos de leis do mercado de
capitais comunicados pelos advogados da companhia.
OBTER ENTENDIMENTO DO NEGÓCIO
Entende a estrutura corporativa, seus controles internos e os tipos de transações relacionados às
atividades.
Entende os tipos de riscos significativos a que a companhia está exposta no atual ambiente de
negócios, considerando também:
- Atuação da concorrência
- Atitude dos principais clientes e fornecedores
- Exigências normativas
Entende o trabalho desempenhado pelos auditores internos e externos e faz indagações sobre a
qualidade do ambiente de controles internos da companhia.

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 59


Ferramenta de Auto-avaliação de Comitês de
Auditoria
Avalia se a diretoria executiva demonstra e incentiva uma cultura organizacional e mantém o
ambiente que permita a elaboração de demonstrações financeiras de alta qualidade, incluindo
adequada abordagem de controles internos.
Entende a monitora a forma pela qual a diretoria executiva avalia a adequação e eficácia dos
controles internos.
Discute com os auditores internos e externos quaisquer recomendações de melhoria dos
controles internos e se a diretoria executiva as considerou adequadamente.
Avalia se a companhia tem um plano de contingências e, se em caso afirmativo, se foi
devidamente testado.
Verifica se existe o risco de fraudes nas demonstrações financeiras.
Verifica se a diretoria executiva ou os auditores têm conhecimento da ocorrência de fraudes
cometidas pelos funcionários, pagamentos suspeitos ou ilegais ou descumprimento de leis e
regulamentos.
Obtém entendimento do sistema de remuneração adotado pela administração (por exemplo,
pagamento de bônus ou plano de opções de ações) e se o referido sistema pode incentivar atos
inadequados para maximização da remuneração.
Obtém entendimento e avalia a adequação dos processos de aprovação e monitoramento de
transações especiais ou complexas, o uso de entidades com fins específicos (SPF) e a
contratação de derivativos.
Investiga a atitude da diretoria executiva e dos auditores externos em relação a mudanças no
ambiente de negócios da companhia.
Obtém entendimento da forma pela qual a companhia divulga, aplica e monitora o cumprimento
de códigos de conduta.
Obtém informações da diretoria executiva sobre relatórios recebidos das autoridades (por
exemplo, CVM, BACEN, Receita Federal, SEC) e a resposta a esses relatórios.
Obtém informações, em tempo hábil, dos consultores jurídicos sobre assuntos legais e de
regulamentação que possam ter efeito significativo sobre as demonstrações financeiras.

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 60


Ferramenta de Auto-avaliação de Comitês de
Auditoria
Obtém informações, em tempo hábil, dos consultores jurídicos sobre assuntos legais e de
regulamentação que possam ter efeito significativo sobre as demonstrações financeiras.
Discute orientações e políticas que disciplinam o processo pelo qual a companhia analisa e
administra a sua exposição de risco.
SUPERVISÃO DO PROCESSO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS
Obtém entendimento dos resultados operacionais da companhia e a consistência entre os
resultados apresentados e os previstos.
Avalia a adequação da análise administração (MD&A) para explicar os resultados das operações
da companhia e as expectativas de resultados futuros.
Avalia a consistência das informações apresentadas nas demonstrações financeiras com as
correspondentes informações e análises extra-contábeis antes da aprovação das demonstrações
financeiras.
Obtém entendimento de variações significativas de saldos patrimoniais, e de tendências ou
correlações importantes entre elementos apresentados nas demonstrações financeiras.
Discute com a diretoria executiva e os auditores externos as principais práticas contábeis
adotadas pela companhia.
Obtém entendimento de tratamentos contábeis alternativos, adotados pela administração, do
motivo pelo qual foram adotados e a opinião dos auditores externos sobre as alternativas
adotadas.
Faz indagações à administração e aos auditores externos para identificar as áreas que
envolveram avaliações e estimativas significativas e entender como essas avaliações foram
feitas.
Obtém entendimento de novas transações significativas, complexas ou incomuns, e seu efeito
sobre as demonstrações financeiras.
Obtém entendimento da necessidade de transações significativas com partes relacionadas e
verifica se foram adequadamente divulgadas.
Obtém entendimento do processo adotado pela administração para identificar transações com
partes relacionadas.
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Ferramenta de Auto-avaliação de Comitês de
Auditoria
Faz indagações à administração e aos auditores externos sobre a forma pela qual avaliam o risco
de distorções significativas nas demonstrações financeiras, sobre quais são os riscos
significativos e que medidas tomaram em relação a esses riscos.
Faz indagações abrangentes à administração e aos auditores externos ao examinar as
demonstrações financeiras, com ênfase na qualidade das receitas, das demonstrações
financeiras em seu conjunto e da transparência das informações.
Faz considerações sobre evidências de gestão inadequada de receita.
Obtém entendimento da razão pela qual a administração não designou determinados ajustes de
auditoria identificados e do efeito sobre as demonstrações financeiras se tivessem sido feitos
oportunamente.
Obtém entendimento de que forma a administração prepara as informações financeiras
trimestrais -ITRs e sobre a diferença entre o processo de fechamento das informações
financeiras trimestrais e as demonstrações financeiras anuais.
Discute com a administração e os auditores externos sobre a revisão das informações interinas e
as questões significativas que possam afetar a confiabilidade das demonstrações financeiras
anuais antes da divulgação formal dos resultados das operações.
Examina as certificações dos executivos em relatórios trimestrais e anuais.
Antes da data para a entrega do relatório sobre a certificação de controles internos, prevista pelo
Artigo 404 da Sarbanes-Oxley Act, solicita informações da administração sobre a situação da
companhia em relação às exigências envolvendo a certificação dos controles internos.
Quando de tornar necessária a apresentação da certificação dos relatórios sobre controles
internos, examina as declarações da administração sobre controles internos e o parecer dos
auditores independentes sobre controles internos.
SUPERVISÃO DA FUNÇÃO DE AUDITORIA
Estabelece processos para a seleção, remuneração, contratação e supervisão dos auditores
independentes, inclusive a entrega de relatórios pelo auditores independentes ao comitê de
auditoria.
Analisa a equipe dos auditores independentes e verifica se apresenta a experiência e qualificação
necessárias para um exame de auditoria de alta qualidade.
Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 62
Ferramenta de Auto-avaliação de Comitês de
Auditoria
Faz indagações sobre procedimentos de controle de qualidade e sobre os resultados do último
exame pelos auditores independentes dos papéis de trabalho (peer review), bem como sobre a
situação de processos contenciosos ou disciplinares perante a SEC ou outras autoridades.
Inter-relaciona-se com os auditores independentes de forma franca, concreta, pro-ativa e direta.
Avalia periodicamente os processos e procedimentos adotados para pré-aprovação dos serviços
de auditoria e outros que não de auditoria a serem prestados pelos auditores independentes.
Obtém entendimento do plano do auditor independente sobre rotação de sócio de auditoria para
garantir a continuidade dos serviços e transição sem problemas.
Examina políticas relativas à contratação de funcionário que tenha atuado anteriormente como
auditor independente da Companhia.
Estabelece processos para examinar a nomeação, a substituição, a re-nomeação ou o
desligamento do diretor de auditoria interna.
Revê o regulamento de auditoria interna, os relatórios funcionais e a adequação da equipe de
auditoria interna.
Faz indagações sobre os resultados das revisões periódicas feitos pelos auditores independentes
da função de auditoria interna, se aplicável, e correspondente plano de ação, e determina a
eficácia e independência da revisão.
Examina o escopo planejado dos auditores internos e externos, os resultados do seu trabalho, as
mudanças no escopo planejado, a extensão dos testes de controles internos a serem aplicados e
a extensão e adequação da coordenação das suas atividades.
COMUNICAÇÕES DO COMITÊ DE AUDITORIA
Fornece informações significativas e específicas ao conselho de administração após cada reunião
do comitê de auditoria.
Dá oportunidade para que os auditores independentes se reúnam com todo o conselho de
administração, pelo menos uma vez por ano, para examinar os resultados da auditoria.
Realiza reunião sem a participação dos administradores, pelo menos uma vez por ano, para
avaliar a eficácia da administração e informa os resultados dessa avaliação à alto administração
e ao conselho de administração.
Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 63
Ferramenta de Auto-avaliação de Comitês de
Auditoria

Realiza reuniões periódicas com a administração, os auditores internos e os auditores


independentes
Faz indagações aos auditores externos sobre pressões por parte da administração para que as
demonstrações financeiras de qualidade inferior sejam aceitas.
Faz indagações sobre controle de qualidade e independência dos auditores independentes.
OUTRAS CARACTERÍSTICAS DO COMITÊ DE AUDITORIA
É composto de três a seis membros eleitos com formações técnicas distintas e complementares.
Distribui descrição formal das expectativas dos membros do comitê de auditoria aos potenciais
futuros membros para informar o comprometimento exigido.
Mantém procedimentos para ajudar o comitê a garantir a independência dos seus membros.
Exige que o presidente do comitê tenha experiência em liderança, bem como sólida formação em
finanças, contabilidade e negócios.
Toma medidas para que o presidente do comitê presida as reuniões, priorize tópicos e faça com
que todos os tópicos relevantes sejam analisados.
Analisa a freqüencia e duração das reuniões para que haja tempo necessário para analisar todos
os assuntos importantes.
Toma medidas para que o presidente do comitê de auditoria se reúna com a administração e os
auditores externos antes das reuniões do comitê de auditoria para definir a agenda e os
materiais que deverão ser previamente enviados aos membros do comitê de auditoria.
Estabelece um plano de sucessão de presidente do comitê e do "especialista financeiro do comitê
de auditoria".
Avalia o desempenho dos seus membros de forma periódica, verificando se estão se dedicando
às suas funções no comitê, e toma as medidas necessárias a esse respeito.
Define um calendário de reuniões para garantir que o comitê cumpra as responsabilidades
definidas no seu regulamento.

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 64


Ferramenta de Auto-avaliação de Comitês de
Auditoria

Solicita que a administração responsável pelas diversas áreas (por exemplo, informática, fiscal,
jurídica, gestão de riscos) apresente os assuntos importantes das suas áreas nas reuniões do
comitê.
Prepara atas de todas as reuniões e distribui minutas a todos os membros antes da emissão da
sua versão final.
Fornece treinamento aos novos membros do comitê
Fornece cursos de atualização aos membros do comitê sobre contabilidade, auditoria e
demonstrações financeiras, e informações sobre questões atuais de negócios e do setor.
Analisa reclamações e denúncias recebidas diretamente por meio de hotline ou dos diretores da
companhia sobre assuntos de auditoria ou contabilidade.
Dá exemplo de integridade ética e de conformidade legal e demonstra compromisso com
demonstrações financeiras de qualidade e controles internos eficazes.
Conduz auto-avaliação do desempenho do comitê de auditoria para identificar oportunidades de
aprimoramento.

* Fonte: Os Comitês de Auditoria no Centro das Atenções; Ernst & Young, 2004

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 65


Remuneração

A remuneração dos membros do Comitê de Auditoria


devem ser adequadas ao volume de trabalho exigido
pela função, ao negócio da empresa e sua situação
específica no momento da contratação.

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 66


Relacionamentos com os órgãos de controle

O Comitê de Auditoria, como guardião do Conselho de


Administração, deve manter relacionamento próximo
com os mais diversos órgãos existentes na empresa,
particularmente:

 com a auditoria interna


 com os auditores independentes
 com a controladoria, quando existente
 com o Conselho Fiscal, quando existente

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 67


Benefícios da adoção dessa estrutura

Inobstante ser recente a implantação de Comitês de


Auditoria fora dos Estados Unidos, a adoção desse
sistema, como integrante (ou não) do Conselho de
Administração, tem sido benéfico para as empresas,
considerando:
 a percepção dos investidores quanto à qualidade
e profissionalismo dos seus integrantes
 a percepção da administração e dos funcionários
da empresa quanto aos benefícios advindos
dessa supervisão
 a percepção do mercado quanto à qualidade e
integridade demonstradas no relatório da
administração e das demonstrações contábeis
Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 68
Auditoria Interna

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 69


Conceito

A auditoria interna é uma atividade independente e


objetiva que presta serviços de avaliação e de consultoria e
tem como objetivo adicionar valor e melhorar as operações
de uma organização. A auditoria auxilia a organização a
alcançar seus objetivos, adotando uma abordagem
sistemática e disciplinada para a avaliação e melhoria da
eficácia dos processos de gerenciamento de riscos, de
controle e governança corporativa.

Fonte: The Institute of Internal Auditors (IIA).

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 70


Papel da auditoria interna

A auditoria interna tem a responsabilidade de monitorar e


avaliar a adequação do ambiente de controles internos e
das normas e procedimentos estabelecidos pela gestão.
Cabe a esses auditores atuar proativamente na
recomendação do aperfeiçoamento dos controles, das
normas e dos procedimentos, em consonância com as
melhores práticas de mercado.

Fonte: Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC).

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 71


Papel da auditoria interna (2)

 Confiabilidade e integridade das informações


financeiras e operacionais
 Eficácia e eficiência das operações
 Proteção de ativos
 Conformidade com as leis, regulamentações,
contratos e normas internas

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Papel da auditoria interna (3)

 O que irá refletir melhor as metas da organização?


 O que indicará melhor quando estas metas não são
cumpridas?
 O que medirá melhor os desvios críticos, isto é,
aqueles com maior impacto no cumprimento das
metas?
 Que padrões terão menor custo?

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Avaliação dos controles internos

 Identificar os riscos e o nível de exposição a estes


 Avaliar os processos de controle que amenizam e
gerenciam esses riscos
 Desenvolver planos de ação para reduzir os riscos
para níveis aceitáveis
 Avaliar a probabilidade de cumprir os objetivos do
negócio

Material elaborado para utilização exclusiva nos cursos do IBGC. 74

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