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AULA DE

HISTÓRIA.

O que é História?

PROFESSOR
Seu Riba.

O homem não vive somente de pão; a História não tinha mesmo pão; ela
não se alimentava se não de esqueletos agitados, por uma dança
macabra de autômatos. Era necessário descobrir na História uma outra
parte. Essa outra coisa, essa outra parte, eram as mentalidades“
Jacques Le Goff
O QUÉ É HISTÓRIA?
A História é o estudo das ações tempo histórico que está
do ser humano no tempo (Bloch) relacionado às mudanças nas
e no espaço (Barros). sociedades humanas.

Espaço é um conceito histórico


que nos da uma representação
onde os fatos aconteceram.

Contrapôs a visão de História


como o estudo do passado do ser
humano (XIX). Praça do Pantheon
e Biblioteca Pública Benedito Leite
A História no tempo:

- Século XIX , a história passa a ser considerada


uma Ciência.

- Quando se diz que "a História é o estudo do


homem no tempo", rompesse com a ideia de que
a História deve examinar apenas e
necessariamente o Passado. O que ela estuda na
verdade são as ações e transformações humanas
(ou permanências) que se desenvolvem ou se
estabelecem em um determinado período de
tempo, mais longo ou mais curto.

- o principal objeto de estudo da História são os atos


do homem no decorrer do tempo.
- Construída dia a dia.
- Pelas as mais diferentes pessoas.
- Através da análise de vestígios.
- as fotografias, despertam sensações, servem como registro (fontes).
- outras fontes.

- Rua Grande. São Luís –MA . 2012.

1 – que são os sujeitos históricos fotografados e que historias os registros


escolhidos podem contar?

2 – Quais perguntas podemos fazer a essas fontes para que possamos


interpreta-las historicamente?

3 – Essas imagens representam a verdade histórica? Por quê?


Contexto histórico.

1 – operários da construção civil nos anos 1930, nos Estados Unidos.


2 – diversas são as perguntas.
- Que as produziu?
- Com qual intenção?
- Cena real ou montada?
- etc.

Fernand Braudel defendia que a História se define não só pela relação


entre diversos espaços como pelas características dos mesmos, que variam
consoante os homens que os estruturam e neles vivem.
A ESCRITA DA HISTÓRIA.

Agora, sabemos a lição na ponta da língua. Os "fatos


históricos" já são constituídos pela introdução de um
sentido na "objetividade". Eles enunciam, na
linguagem da análise, escolhas que lhes são
anteriores, que não resulta, pois, da observação – e
que não são nem mesmo "verificáveis", mas apenas
"falsificáveis" graças a um exame crítico. A - O lugar social
"relatividade histórica" compõe, assim, um quadro - Os interesses das
onde, sobre o fundo de uma totalidade da história, se instituições
destaca uma multiplicidade de filosofias individuais, - Os recortes
as dos pensadores que se vestem de historiadores. - Etc.
Michel de Certeau. A Operação Historiográfica. In:CERTEAU, Michel de. A
Escrita da História. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1982p 067
Quem construiu a Tebas das sete
portas?
Nos livros constam os nomes dos reis.
Os reis arrastaram os blocos de
pedra?

E a Babilônia tantas vezes destruída


Quem ergueu outras tantas?
Em que casas da Lima radiante de
ouro
Moravam os construtores?

Para onde foram os pedreiros


Na noite em que ficou pronta a
Muralha da China?
A grande Roma está cheia de arcos
do triunfo.
Quem os levantou?

Bertolt Brecht (1898-1956), grande


poeta e pensador alemão
História cientifica – escrita pelos historiadores.

História cotidiana – resultado das ações humanas. Pesquise algum


acontecimento
Os sujeitos históricos, resignificam e promovem a que impactou em
permanência de conceitos e costumes. sua vida.

Indígenas Munduruku protestam, em Brasília, pela


Manifestação nas ruas de Atenas por políticas
demarcação e proteção de seu território. 2016.
governamentais, 2010.
A História pelos olhos do ocidente.

- eurocêntrica – A Europa como centro dos acontecimentos históricos.

- os registros escritos eram a única fonte de conhecimento histórico.

- divisão: pré- História e História

- séc. XIX – novas abordagens e fontes.


TRAJETORIA.
GRÉCIA ANTIGA – Inicio dos estudos vinculados à mitologia. A narrativa tinha o
objetivo de enaltecer os feitos heroicos do povo grego diferenciando-os dos demais.

- HERÓDOTO – “PAI DA HISTÓRIA”


– sobre as Guerras Médicas.

CHINESA preocupação ritualista.


IDADE MÉDIA (séc. V – XV) – submetida à Igreja.
Séc. XI – os Nobres e Burgueses – encomendavam as árvores genealógicas, buscavam
enaltecer o seu passado.
Renascimento – caráter mais racional procurando garantir a fidedignidade dos
documentos. Privilegiava os feitos e heróis ate o século XIX.
A historia só poderia ser conhecida através dos seus registros históricos.
No século XX nova concepção passou a valorizar a CULTURA MATERIAL (objetos que
podem recriar o ambiente social).

Obs. Atualmente acrescenta-se a valorização da CULTURA IMATERIAL, como o bumba-


boi do Maranhão.
Humberto de Maracanã e Alcione Nazaré. Boi da Maioba
01. (UECE) Por muito tempo, os historiadores acreditavam que deveriam e poderiam reproduzir os
fatos “tal como haviam ocorrido”.
Dentre as características do conhecimento histórico que assim produziam, podemos assinalar
corretamente:
a) Ao privilegiarem a realidade dos fatos, os historiadores esperavam produzir um conhecimento
científico, que analisasse os processos e seus significados.
b) Era uma história linear, cronológica, de nomes, fatos e datas, que pretendia uma verdade
absoluta, expressão da neutralidade do historiador.
c) Como se percebeu ser impossível chegar à verdadeira face do que “realmente aconteceu”, todo
o conhecimento histórico ficou marcado pelo relativismo total.
d) Os fatos privilegiados seriam aqueles poucos que eram amplamente documentados, como as
festas populares e a cultura das pessoas comuns.

2. Qual das proposições melhor define a ideia de “documento” para o historiador?


a) Todo e qualquer material que sirva de base para a interpretação dos processos que levam às
transformações sociais, econômicas, políticas e culturais ocorridas nas sociedades ao longo do
tempo.
b) Somente o material escrito por representantes das diferentes instituições oficialmente
reconhecidas.
c) Toda e qualquer representação gráfica feita pelo homem, independente do tempo e do espaço.
d) Cartas, depoimentos, pinturas e outros materiais que possam fornecer verdadeiras informações
sobre uma civilização.
e) Qualquer manifestação humana, desde que retrate, fielmente, os acontecimentos do passado.
FELIZ 2019.

GOOGLE IMAGENS.

APOSTILA MATERIAL FTD


BLOCH, Marc. Apologia da História. Rio de Janeiro:
Jorge Zahar, 1997.
Michel de Certeau. A Operação Historiográfica.
In:CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. Rio de
Janeiro: Forense-Universitária, 1982
GOLGE IMAGENS.
http://www.sohistoria.com.br/ef2/tempo/
http://sacalao.blogspot.com.br/2012/09/relembrand
o-sao-luis-ma_19.html

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