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VINHOS DOC DÃO

VALORIZAÇÃO DA QUALIDADE
Identificação dos diversos tipos de vinho quanto à
certificação de origem

• DOP denominação de origem protegida


Área geográfica mais restrita
Conjunto de castas mais reduzido
Menores rendimentos por hectare

• IGP Indicação Geográfica Protegida


Área geográfica mais alargada
Conjunto de castas mais alto
Maiores rendimentos por hectare

• Vinho sem Denominação de Origem (DOP) ou Indicação Geográfica Protegida (IGP)


Produzido em Portugal
Mistura de vinhos da União Europeia

• Vinhos com indicação de ano de colheita e/ou variedades de uva

• Vinhos biológicos
PROCESSO DE CERTIFICAÇÃO

• CADASTRO DAS VINHAS

• RENDIMENTOS POR HECTARE

• ANÁLISES DO VINHO

• PROVA ORGANOLÉPTICA

• SELO DE GARANTIA
Indicações geográficas e denominações de origem
Região vitivinícola
DO Dão - Sub-regiões
DO Dão – Sub-regiões

Em função de um conjunto de factores – clima, tipo de solos, altitude, etc. – a região está
dividida em várias sub-regiões:

Sub-Região Alva
– concelhos de Oliveira do Hospital e Tábua

Sub-Região Besteiros
– concelhos de Mortágua, Santa Comba Dão e Tondela

Sub-Região Castendo
– concelhos de Penalva do Castelo e Sátão

Sub-Região Serra da Estrela


– concelhos de Gouveia e Seia

Sub-Região Silgueiros
– concelho de Viseu

Sub-Região Terras de Azurara


– concelho de Mangualde

Sub-Região Terras de Senhorim


– concelhos de Carregal do Sal e Nelas
Evolução da Produção Total por Região Vitivinícola

Volume (hl)
Região
2017/18 %
Vitivinícola
Algarve
Minho 967 067 14
Alentejo
T. Montes 85 430 1
P. Setúbal
Douro 1 448 874 22
Beira Atlântico 260 668 4 Lisboa

Terras do Dão 312 462 5 Tejo

Terras da Beira 190 394 3 Terras de Cister

Terras de Cister 54 052 1 Terras da Beira


Tejo 648 441 10 Terras do Dão
Lisboa 1 225 840 18 Beira Atlântico
P. Setúbal 525 049 8 Douro
Alentejo 954 910 14 T. Montes
Algarve 15 777 0,2
Minho
Sub-total
6 661 245 99 0 200000 400000 600000 800000 1000000 1200000 1400000 1600000
continente
Categorias vínicas em (hl)

Terras do Dão

254 789
Vinho com DOP

11 956
2% 12%
Vinho com IGP 4%

Vinho com DOP


Vinho c/ 7 215
indicação de Vinho com IGP
casta Vinho c/ indicação de casta
Vinho sem certificação DO/IG
Vinho sem 38 502 82%
certificação
DO/IG
Total 312 462
superfície cultivada e sua proporção na superfície total das
explorações agrícolas

Superfície das Superfície das


Superfície Superfície agrícola
Municípios explorações culturas Vinha
territorial total utilizada
agrícolas permanentes

Arganil 33300 3596 1396 372 25 As


Oliveira do Hospital 23500 4947 2973 986 150 superfícies
Tábua 20000 3644 2135 554 106
das
Aguiar da Beira 20700 5686 2999 486 82
Carregal do Sal 11700 2761 1409 586 290
explorações
Mangualde 21900 5847 3757 1303 723 agrícolas
Mortágua 25100 3353 855 155 92 representam
Nelas 12600 4388 2769 1764 1140 23% de toda
Penalva do Castelo 13400 3767 2580 1392 916
a superfície
Santa Comba Dão 11200 2047 1232 251 119
Sátão 20200 6639 2761 763 439
territorial
Tondela 37100 9053 4191 1700 1172 dos
Viseu 50700 11229 5827 2590 1412 municípios.
Fornos de Algodres 13100 4186 2833 622 88
Gouveia 30100 8716 6648 2054 841
Seia 43600 9348 5434 2133 527

Total 388200 89207 49799 17711 8122


superfície cultivada e sua proporção na superfície total das
explorações agrícolas

Superfície das
explorações
agrícolas

56%
Superfície agrícola
utilizada

20%
Superfície das
culturas
permanentes

9%
Vinha
superfície cultivada e sua proporção na superfície total das
explorações agrícolas
25000

20000

15000

Vinha
Superfície das culturas permanentes
10000
Superfície agrícola utilizada
Superfície das explorações agrícolas

5000

0
% de vinha inserida nas culturas permanentes
80.00
% de
Superfíci vinha
e das inserida 70.00
Municípios culturas Vinha nas
permane culturas 60.00
ntes perman
entes
50.00
Arganil 372 25
6,72
Oliveira do 986 150 40.00
Hospital 15,21
Tábua 554 106 30.00
19,13 Municípios
Aguiar da 486 82
Beira 16,87 20.00
Carregal do 586 290
Sal 49,49 10.00
Mangualde 1303 723
55,49
Mortágua 155 92 0.00
59,35
Nelas 1764 1140
64,63
Penalva do 1392 916
Castelo 65,80
Santa 251 119
Comba Dão 47,41
Sátão 763 439
57,54
Tondela 1700 1172
68,94
Viseu 2590 1412
54,52
Fornos de 622 88
Algodres 14,15
Gouveia 2054 841
40,94
Seia 2133 527
24,71
Evolução da Produção: TERRAS DO DÃO

Evolução da produção
300,000

250,000

200,000
Volume (hl)

150,000
Terras do Dão

100,000

50,000

0
2015 2016 2017 2018

Campanha 2017/2018 Campanha 2016/2017 Campanha 2015/2016 Campanha 2014/2015


Produto
T/R B Total T/R B Total T/R B Total T/R B Total
Apto Vinho com DOP Dão 208 107 34 827 242 933 166 700 24 738 191 437 207 943 34 477 242 419 142 430 21 586 164 016
Relação entre produção total e região do Dão

90

80

70

60

50
Total Continente
40 Terras Dão

30

20

10

0
DOP IGP ano/casta sem DO/IG

2017/18 Total % DOP % IPG % Ano/casta % Sem DO/IG %

Terras do Dão 312 462 100 254 789 82 11 956 4 7 215 2 38 502 12

Total continente 6 661 245 100 3 595 365 54 1 895 750 28 70 435 1 1 127 415 17
Rendimento bruto por unidade de superfície (ha) para
2017

Municípios Vinha (ha) DOP (hl)

Arganil 25 140
Oliveira do Hospital 150 842
Tábua 106 277
Aguiar da Beira 82 0
Carregal do Sal 290
São produzidos 3135 litros de
19 042
Mangualde 723 40 165
Mortágua 92 4 811 vinho DOP por cada hectare de
Nelas 1140 27 494 vinha!
Penalva do Castelo 916 58 742
Santa Comba Dão 119 355
Sátão 439 1 280
Tondela 1172 17 077
Viseu 1412 53 152
Fornos de Algodres 88 95
Gouveia 841 26 736
Seia 527 4 426

Total 8122 254 634


Valor agrícola

Os vinhos DOP Dão apresentam uma rentabilidade de 9656


Euros por hectare.

Os vinhos DOP Dão representam um rendimento bruto anual


de 78 milhões de Euros.
EXPORTAÇÕES E IMPORTAÇÕES - NACIONAL
Total nacional uvas de mesa

Uva de mesa Uva para vinho (Po)

Superfície Produção Superfície Produção

Culturas
ha t ha t
NUTS II

Norte 136 496 82 850 315 731

Centro 623 5 515 50 529 266 798

Área Metropolitana de Lisboa 130 873 8 024 69 005

Alentejo 821 11 085 32 368 214 998

Algarve 310 3 688 1 205 2 104

Continente 2 021 21 657 174 976 868 635

A produção de uva de mesa é praticamente imensurável em relação à


produção de uva para vinho.
Comercialização Vinhos DOP DÃO 2005-2015
REGIÃO DO DÃO

A Região Demarcada dos vinhos do Dão ocupa, quase totalmente, a


metade sul da província da Beira Alta, estendendo-se por uma área de
3760 Km2, dos quais cerca de 5% são ocupados pela vinha, com uma área
de 20 000 h. A área da região com Denominação de Origem Dão,
compreende dezasseis concelhos do distrito de Viseu, Guarda e Coimbra:
Do distrito de Viseu: Concelhos de Sátão, Penalva do Castelo,Viseu (com
excepção das freguesias de Bodiosa, Calde, Campo, Lordosa e Ribafeita),
Mangualde, Nelas, Carregal do Sal, Tondela, Mortágua e Santa Comba Dão.
Do distrito de Coimbra: Concelhos de Oliveira do Hospital, Tábua e
Arganil. Do distrito da Guarda: Concelhos de Aguiar da Beira, Fornos de
Algodres, Gouveia e Seia.
SOLOS E FERTILIDADE

Cerca de 90% das vinhas do Dão, encontram-se implantadas em terrenos graníticos


geralmente da fraca fertilidade, estando a restante em manchas xistosas. O granito
porfiróide, também chamado dente de cavalo, é constituído por quartzo leitoso (grandes
cristais de felspato rosado ou cinzento e mica geralmente negra) constituindo o
substrato dos solos onde estão implantadas cerca de 97% das vinhas da região. A
fertilidade química destes solos é muito baixa, mas não cremos que seja este o factor
limitativo do vinho, salvo em condições de extrema pobreza em nutrientes ou de
desequilíbrios acentuados e de difícil correcção através do recurso a fertilizantes
químicos e/ou orgânicos. A influência dos factores, como o clima e solo, na maior ou
menor qualidade das massas vínicas, deverá ser atribuída sobretudo à hidrografia dos
solos. A agricultura praticada na região, baseia-se pois em sistemas policulturais, que se
associam a uma estrutura minifundiária acentuada.

GEOLOGIA

A maior parte da região pertence ao maciço ibérico, formado por rochas eruptivas e
metamórficas, anteriores a era secundária. Os granitos aparecem em cerca de 70% da
região e os xistos que pertencem ao complexo Xisto-Grauváquio (Paleozóico), ocupam
cerca de 20 a 25% da superfície da região. Têm ainda alguma representação, as formações
de xisto do complexo Cristalofílico (Paleozóico).
Estágios e outras exigências

– Os vinhos tintos e brancos com a denominação “Dão” associada à menção


“Nobre” terão de possuir qualidade destacada e obedecer às seguintes exigências,
sem prejuízo das constantes da regulamentação comunitária:
a) Serem inscritos em registos específicos e indicarem na rotulagem o ano de
colheita;
b) Terem um estágio mínimo de 36 meses para os vinhos tintos e de 12 meses para
os vinhos brancos;
c) Serem acondicionados de acordo com normas constantes do regulamento
interno;
d) Poderem ainda ser comercializados com a utilização das menções tradicionais
“Garrafeira” ou “Reserva”, em associação com o ano de colheita, no caso de o
título alcoométrico volúmico ser, no mínimo, de 12,5% vol. para os vinhos tintos e
de 12%
alcoométrico volúmico ser, no mínimo, de 12,5% vol. para os vinhos tintos e de 12%
vol. para os vinhos brancos, devendo o estágio ser, no mínimo, o seguinte:
i) Garrafeira:
Vinhos tintos: 48 meses, dos quais 18 meses em garrafa;
Vinhos brancos: 18 meses, dos quais 9 meses em garrafa;
ii) Reserva:
Vinhos tintos: 42 meses;
Vinhos brancos: 12 meses.
Título alcoométrico volúmico mínimo

Os mostos destinados aos vinhos com direito à denominação de origem controlada Dão devem
possuir o seguinte título alcoométrico volúmico mínimo natural em potência:

a) Vinhos em que a denominação “Dão” é associada à menção “Nobre” – 12% vol. para os tintos
e 11,5% vol. para os brancos;
b) Vinhos em que a denominação “Dão” é associada à especificação “Novo” – 10,5% vol.;
c) Outros vinhos com direito à denominação “Dão” – 11% vol. Artigo

Práticas culturais

1 – As vinhas destinadas á elaboração de vinhos com direito à denominação de origem “Dão”


devem ser conduzidas em forma baixa e cordão, não podendo a densidade de plantação ser
inferior a 3000 plantas por hectare.
2 – As práticas culturais devem ser as de uso tradicional na região ou recomendadas pela
CVRD – FVD e pelas direcções regionais de agricultura.
3 – A rega da vinha só pode ser efectuada em condições excepcionais reconhecidas pelo
Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e sob autorização, caso a caso, da CVRD – FVD, a quem
incumbe velar pelo cumprimento das normas que vierem a ser definidas
Vinificação
1 – Os vinhos DOC Dão devem provir de vinhas com, pelo menos, quatro
anos de enxertia e a sua elaboração deve decorrer, conforme os casos,
dentro da região ou da respectiva sub-região, em adegas inscritas e
aprovadas para o efeito, que ficam sob o controlo da CVRD – FVD.
2 – Na elaboração dos vinhos serão seguidos os métodos de vinificação
tradicionais e as práticas e tratamentos enológicos legalmente autorizados,
com as particularidades definidas no regulamento interno da CVRD – FVD.
3 – O elemento de precisão clarete pode ser utilizado na rotulagem dos
vinhos tintos DOC Dão, desde que estes resultem da curtimenta parcial de
uvas tintas ou da curtimenta conjunta de uvas tintas e brancas em que
estas últimas não ultrapassem 15% do total.
4 – Quando tal se justifique e particularmente no caso de na mesma adega
serem também elaborados vinhos sem direito à denominação de origem
“Dão”, a CVRD – FVD estabelecerá no seu regulamento interno as
condições em que decorrerá a vinificação, devendo os diferentes vinhos ser
conservados em secções separadas, em vasilhas com a devida identificação
e onde constem, nomeadamente, as indicações relativas ao volume da
vasilha, ao tipo, à espécie e à denominação do vinho contido, bem como ao
ano da colheita. Artigo
BIBLIOGRAFIA
WWW.INE.PT
WWW.IVV.PT
WWW.ROTAVINHOSDAO.PT
WWW.CVRDAO.PT
WWW.INFOVINI.COM
WWW.TURISMODOCENTRO.PT
WWW.WIKIPEDIA.ORG
WWW.CIDADEVISEU.COM
WWW.PANORAMIO.COM
WWW.SYMINTON.COM
WWW.PANORAMIO.COM
WWW.RURALITY.PT
WWW.ADEGASILGUEIROS.PT
WWW.VINHA.PT
WWW.QUINTADORIODAO.PT
WWW.PORDATA.PT
INSTITUTO POLITÉCNICO
DE BRAGANÇA
Escola Superior Agrária
Curso: Viticultura e Enologia
Polo:Torre de Moncorvo
2018/2019
Luís Castro
Daniel Almeida
Helder Ferreira

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