AS CONSEQUÊNCIAS DA MODERNIDADE Teoria da estruturação
a reflexividade deve ser entendida não meramente como auto-
consciência, mas com o caráter monitorado do fluxo contínuo da vida social A estrutura constrange mas também possibilita o agente. A estrutura é condição e resultado da ação
A rotina da ação reflexiva é formadora de uma ação cognitiva
As descontinuidades da história e suas rupturas Período moderno é representado como uma ruptura com a ordem tradicional. No nível espacial do globo e no nível das relações mais intimas e pessoais. Perspectiva pós-moderna de Lyotard- fim das grandes narrativas generalizantes. Giddens- desconstruir o evolucionismo e a ideia de história como progresso continuo e unitário As descontinuidades - O ritmo da mudança.
A orientação - mundo torna-se conectado
Natureza intrínseca da mudança – surgimento de instituições
políticas como a nação, o Estado, dependência de fontes de energias inanimadas, trabalho assalariado e a mercadoria. Risco e segurança na sociologia clássica Clássicos viam a modernidade como progresso Lado obscuro da modernidade- crescimento do poder político, indústria cultural, militarismo e as questões ecológicas.
Marx- desenvolvimento das forças produtivas e contradição entre
classes Durkheim- industrialização e divisão social do trabalho Weber – capitalismo como forma racional de organização A sociologia é uma ciência da modernidade, ela surge como uma autorreflexão da modernidade sobre si mesma. “O conhecimento sociológico espirala dentro e fora do universo da vida social, reconstituindo tanto este universo como a si mesmo como uma parte integral deste processo” O tempo vazio e homogêneo
Tempo desvinculado do espaço, a invenção do relógio uniformizou o
tempo e o deslocou de outras referências sócio espaciais. Padronização do calendário mundial. Padronização dos mapas.
Um sistema de datação padronizado, agora universalmente
reconhecido, possibilita uma apropriação de um passado unitário, mas muito de tal "história" pode estar sujeito a interpretações contrastantes. Em acréscimo, dado o mapeamento geral do globo que é hoje tomado como certo, o passado unitário é um passado mundial; tempo e espaço são recombinados para formar uma estrutura histórico- mundial genuína de ação e experiência” Sistemas de desencaixe
Por desencaixe me refiro ao "deslocamento" das relações sociais
de contextos locais de interação e sua reestruturação através de extensões indefinidas de tempo-espaço. Sistemas de desencaixe são criados por fichas simbólicas e sistemas peritos Fichas simbólicas (dinheiro)
Fichas simbólicas- Por fichas simbólicas quero significar meios de
intercâmbio que podem ser "circulados" sem ter em vista as características específicas dos indivíduos ou grupos que lidam com eles em qualquer conjuntura particular. O dinheiro permite um distanciamento no espaço tempo como demonstrou Simmel “o papel do dinheiro está associado à distância espacial entre o indivíduo e sua posse... Apenas se o lucro de um empreendimento assumir uma forma que possa ser facilmente transferida para outro lugar, ele garante à propriedade e ao proprietário, através de sua separação espacial, um alto grau de independência ou, em outras palavras, automobilidade... O poder do dinheiro de cobrir distâncias possibilita ao proprietário e à sua posse existirem tão afastados um do outro a ponto de cada um poder seguir seus próprios preceitos numa medida maior do que no período em que o proprietário e suas posses ainda permaneciam num relacionamento mútuo direto, quando todo engajamento econômico era também um engajamento pessoal.” Sistemas perito e confiança
Para a pessoa leiga, repetindo, a confiança em sistemas peritos não
depende nem de uma plena iniciação nestes processos nem do domínio do conhecimento que eles produzem. A confiança e inevitavelmente, em parte, um artigo de "fé". Esta proposição não deve ser muito simplificada. Um elemento do "conhecimento indutivo fraco" de Simmel está sem dúvida, com muita frequência, presente na confiança que protagonistas leigos mantêm em sistemas peritos. Há um elemento pragmático na "fé", baseado na experiência de que tais sistemas geralmente funcionam como se espera que eles o façam. Em acréscimo, há frequentemente forças reguladoras além e acima das associações pró fissionais com o intuito de proteger os consumidores de sistemas peritos — organismos que licenciam máquinas, mantêm vigilância sobre os padrões dos fabricantes de aeronaves, e assim por diante. Nada disto, entretanto, altera a observação de que todos os mecanismos de desencaixe implicam uma atitude de confiança A sociedade reflexiva e pós- tradicional Nas civilizações pré-modernas, contudo, a reflexividade está ainda em grande parte limitada à reinterpretação e esclarecimento da tradição, de modo que nas balanças do tempo o lado do "passado" está muito mais abaixo, pelo peso, do que o do "futuro". Além disso, na medida em que a capacidade de ler e escrever é monopólio de poucos, a rotinização da vida cotidiana permanece presa à tradição no antigo sentido. Nas sociedades modernas a tradição exerce um papel menor, porque ela não é um hábito, mas também uma justificativa ela mesma é reflexiva. Sociologia e modernidade O discurso da sociologia e os conceitos, teorias e descobertas das outras ciências sociais continuamente "circulam dentro e fora" daquilo de que tratam. Assim fazendo, eles reestruturam reflexivamente seu objeto, ele próprio tendo aprendido a pensar sociologicamente. A modernidade é ela mesma profunda e intrinsecamente sociológica Os limites da reflexividade
Entretanto essa reflexividade não é a mesma que os iluministas
acreditavam, ela não orienta necessariamente para um progresso 1 o conhecimento está vinculado ao poder daqueles que podem o adquirir. 2 os conhecimentos não se desvinculam dos valores 3 há as consequências inesperadas, a própria reflexividade contribui para essa instabilidade do mundo Pós modernidade?
Radicalização da modernidade. Declínio da hegemonia europeia sobre o globo. Novas instituições e formas de organização social divergentes das instituições modernas.