conta de si mesmo a Deus.” Paulo. (ROMANOS, 14:12.) • É razoável que o homem se consagre à solução de todos os problemas alusivos à esfera que o rodeia no mundo; entretanto, é necessário saiba a espécie de contas que prestará ao Supremo Senhor, ao termo das obrigações que lhe foram cometidas. • Inquieta-se a maioria das criaturas com o destino dos outros, descuidadas de si mesmas. Homens existem que se desesperam pela impossibilidade de operar a melhoria de companheiros ou de determinadas instituições. • Todavia, a quem pertencerão, de fato, os acervos patrimoniais do mundo? A resposta é clara, porque os senhores mais poderosos desprender-se-ão da economia planetária, entregando-a a novos operários de Deus para o serviço da evolução infinita. • O argumento, contudo, suscitará certas perguntas dos cérebros menos avisados. Se a conta reclamada refere-se ao círculo pessoal, que tem o homem a ver pelas contas de sua família, de sua casa, de sua oficina? Cumpre-nos, então, esclarecer que os companheiros da intimidade doméstica, a posse do lar, as finalidades do agrupamento em que se trabalha, pertencem ao Supremo Senhor, mas o homem, na conta que lhe é própria, é obrigado a revelar sua linha de conduta para com a família, com a casa em que se asila, com a fonte de suas atividades comuns. Naturalmente, ninguém responderá pelos outros; todavia, cada espírito, em relacionando o esforço que lhe compete, será compelido a esclarecer a sua qualidade de ação nos menores departamentos da realização terrestre, onde foi chamado a viver. Reconhece-se o verdadeiro Espírita pela sua transformação moral, e pelos esforços que faz para domar suas más inclinações. (Allan Kardec,ESE.,XVII,4) • Tenho que comer o pão • Se Eu Quiser Falar Com Deus Que o diabo amassou Tenho que virar um cão Gilberto Gil Tenho que lamber o chão • Se eu quiser falar com Deus Dos palácios, dos castelos Tenho que ficar a sós Suntuosos do eu sonho Tenho que me ver tristonho Tenho que apagar a luz Tenho que me achar medonho Tenho que calar a voz E apesar de um mal tamanho Tenho que encontrar a paz Alegrar meu coração Tenho que folgar os nós Se eu quiser falar com Deus Tenho que me aventurar Dos sapatos, da gravata Tenho que subir aos céus Dos desejos, dos receios Sem cordas pra segurar Tenho que esquecer a data Tenho que dizer adeus Tenho que perder a conta Dar as costas, caminhar Decidido, pela estrada Tenho que ter mãos vazias Que ao findar vai dar em nada Ter a alma e o corpo nus Nada, nada, nada, nada Se eu quiser falar com Deus Nada, nada, nada, nada Tenho que aceitar a dor Nada, nada, nada, nada Do que eu pensava encontrar Conta de Si “De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.” Paulo. (ROMANOS, 14:12.)