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Cognitiva na Formação de
Educadores.
Estela Mari Santos Simões
Arnaldo Nogaro
Idanir Ecco
Qualifica para a vida cidadã
Desenvolve as potencialidade e
capacidades pessoais
Desafios a serem enfrentados pela escola e
educadores no século 21
Preocupa-se Estuda os
com as processos da
Neurociências
estruturas e o x aprendizagem
funcionamento Educação e forma de
neurais ensino
• As neurociências podem informar a
educação, mas não explicá-la ou fornecer
prescrições, receitas que garantam
resultados. Teorias psicológicas baseadas
nos mecanismos cerebrais envolvidos na
aprendizagem podem inspirar objetivos e
estratégias educacionais. O trabalho do
educador pode ser mais significativo e
eficiente se ele conhece o funcionamento
cerebral, o que lhe possibilita
desenvolvimento de estratégias pedagógicas
mais adequadas. (GUERRA, 2011, p.4).
• Os exames de imagem subsidiam os estudos
da neurociência.
• [...] a neurociência é a área de conhecimento
que permite uma aproximação ao
conhecimento de como se hão construído e
que circuitos neurais estão involucrados e
participam na elaboração das decisões que
toma o ser humano, a memória, a emoção e
o sentimento, e até mesmo os juízos e os
pensamentos envolvidos nas condutas
éticas. (FERNANDEZ e FERNANDEZ, 2008,
P. 32).
Conhecimentos que podem tornar o trabalho do
educador mais significativo e eficiente
(Cosenza e Guerra, 2011, p.143)
Neurociências
• Neuroplasticidade é a propriedade de ‘fazer
e desfazer’ conexões entre neurônios. Ela
possibilita a reorganização da estrutura do
SN e do cérebro e constitui a base biológica
da aprendizagem e do esquecimento”
(GUERRA, 2011, p. 06).
• Compreender a existência de plasticidade
cerebral é essencial ao professor, pois é a
partir da consciência deste mecanismo, que
ele vai entender como as estruturas
cerebrais se reorganizam a cada novo
aprendizado.
Condições desfavoráveis para a aprendizagem
(Guerra, 2011)
1º Registro da informação
no cérebro (entrada por 3º Armazenamento
meio dos sentidos) (memória)
4º A informação percorre o
2º Organização e
cérebro e é traduzida em
entendimento dessa
ação no meio (saída-ato
informação (integração)
motor)
• A aprendizagem não pode ser entendida
como um processo de aquisição de
conhecimentos, nem a mente como um
contêiner onde eles são armazenados. Em
vez disso, a aprendizagem humana tem de
ser entendida como um processo complexo
de construção e reconstrução permanente de
significados, como consequência da
participação ativa do sujeito em contextos
sociais, nos quais se desenvolvem as
práticas culturais, que condicionam e
moldam a sua vida profissional, social e
pessoal. (GÓMEZ, 2015, p. 48).
• A neurociência, procura compreender
comportamentos do ser humano, incluindo o
processo de aprendizagem, legitimando os
saberes que os educadores já possuem e
praticam. Permite entender que para
aprender é preciso reorganizar as relações
cerebrais, ou seja, as conexões neurais
(sinapses). Isto se dá através de reações
químicas, que ocorrem pela exposição e
reexposição a estímulos, a contextos, a
habilidades e a conhecimentos.
Outro desafio para a educação é a motivação.
• Oportunizar aos professores a compreensão
de como o cérebro trabalha dá condições
mais adequadas para que ele estimule a
motivação em sala de aula e, de certa forma,
assegura a possibilidade de sintonizar com
os diversos tipos de alunos, os quais terão
suas capacidades mais profundamente
exploradas. (CARVALHO, 2011, p. 545).
• Um dos grandes desafios postos aos
educadores, usar da criatividade para
preparar aulas que mostrem para o aluno a
real utilidade daquilo que se está
aprendendo, transformar o que se ensina em
algo palatável, entendível e significativo para
o aluno.
• A neurociência cognitiva permite o acesso a
conhecimentos novos, que podem
proporcionar ferramentas uteis no trabalho
pedagógico.
• Esta ciência vem descobrindo mecanismos
cerebrais que despertam a curiosidade e
atenção. Busca-se criar recursos capazes de
evocar a curiosidade por aquilo que está
sendo explicado. Sabe-se que a curiosidade
está ligada à emoção, à recompensa e ao
prazer, o que se apresentaria em condutas
que levam a experimentar tudo aquilo que
lhe parece curioso.
As emoções são
a base do
processo de
aprendizagem e
memória
• Izquierdo (1989), diz: a memória dos
homens e dos animais é o armazenamento e
evocação de informação adquirida através
de experiências; a aquisição de memórias
denomina-se aprendizado. As experiências
são aqueles pontos intangíveis que
chamamos presente.
• Uma das tarefas da neurociência relacionada
à sala de aula é entender como as memórias
registram informações e as armazenam.
É preciso considerar também a relevância do sono
nesse processo de consolidação de memórias.
Todas as fases do sono são fundamentais para
aperfeiçoar memórias. Durante o sono o sistema
nervoso parece ensaiar a realização de etapas
mais complicadas de tarefas, até torná-las
automáticas.
• O prazer é o mecanismo pelo qual se
alcança determinados objetivos,
impulsionados pelo desejo. Para tornar o
aprendizado efetivo é preciso o processo de
repetição constante do que se aprendeu.
• Todos estes processos e conhecimentos
podem ser aproveitados na prática escolar
respeitando os tempos cerebrais de cada
período de vida, adaptando os tempos de
atenção reais durante a aprendizagem em
sala de aula.
• É preciso considerar a diversidade humana
no ambiente escolar e não dissociar emoção
e cognição para, assim, potencializar a
criatividade e a aprendizagem.
• A neurociência vem auxiliar também nos
casos de dificuldades de aprendizagem,
parte dessas estão relacionadas ao
ambiente, ao sono, a práticas pedagógicas e
outra parte tem relação com as diferenças
cerebrais.
• Segundo Santana (2001) as dificuldades de
aprendizagem são um conjunto de desordem
sistêmicas e parciais da aprendizagem
escolar, que surgem de insuficiências
funcionais de sistemas cerebrais.
• Na ausência de informações de como nosso
cérebro faz o que faz, muitas vezes os
professores atribuem o insucesso no
aprender à incapacidade de os alunos
realizarem determinados tipos de
aprendizagem. Com isso, os professores se
esquivam de sua responsabilidade como
mediadores da construção do conhecimento.
(CAVALHO, 2011, p. 545).
• O papel da neurociência ligada à educação,
vindo a somar e possibilitar um ensino mais
diversificado que objetiva atender o maior
número de singularidades possíveis.
• Todos os seres humanos possuem
potencialidade para aprender, crianças
disléxicas podem sim aprender a ler.
• Professores podem neste sentido também,
dentre outras atividades, proporcionar um
enriquecimento linguístico com a prática de
habilidades fonológicas e metafonológicas
(pensar e associar fonemas, tomando
consciência deste processo).
• As crianças tem um senso numérico inato e
o cérebro é responsável por esta
capacidade, recrutando diferentes regiões
para resolver tarefas deste cunho. No
entanto o raciocínio matemático é quase
sempre difícil no início da vida escolar, já que
o pensamento simbólico ainda não está
consolidado e necessita viver experiências
para se desenvolver.
• Embora a neurociência venha a fundamentar
muitas práticas que docentes já utilizam, ela
também traz consigo a necessidade de que
estes profissionais repensem a sua ação
pedagógica, refletindo sobre o porquê de
algumas práticas funcionarem com
determinados sujeitos e não com outros.
• Os conteúdos neurocientíficos podem vir a
colaborar substancialmente no melhor
desempenho docente.
A aprendizagem é um processo humano que possui raízes
biológicas e condicionantes socioculturais do conhecimento