V - Etiqueta e Cerimonial COMPORTAMENTO E MENTALIDADE DOS HOMENS COMO FUNÇÕES DA ESTRUTURA DE PODER DE SUA SOCIEDADE AUTOR: NORBERT ELIAS Estruturação da Corte • O “monde” dos séculos XVII e XVIII era rígido e coerente; • A corte de Luís XIV – O Rei Sol; • A vida social se concentrava na própria corte; • Hierarquia das casas: Versailles – a residência do rei. • O tamanho, a arquitetura, e decoração – expressão do prestígio da casa. • O rei tinha o maior prestígio e portanto a maior e melhor habitação. • Versailles: Residência autêntica da sociedade de corte. Palácio de Versailles, Paris. França. Etiqueta e Cerimonial • A cerimônia do “lever” (despertar) real; Cerimônia organizada e cada função tem seu prestígio; Um Fetiche de Prestígio; • A etiqueta tinha função simbólica de grande importância na sociedade cortesã; Etiqueta Hierarquia de Privilégios Competição dos indivíduos Preservação do poder • A etiqueta e cerimonial – Perpetuum Mobile espectral Autônomo do seus valores práticos por conta da competição social; • Deixar de lado a etiqueta e cerimonial = Romper com sua condição social; • Etiqueta e Cerimonial – Ferramentas para manutenção e equilíbrio social; • O rei Luís XIV utilizou dos da sua posição para consolidar sua posição de prestígio usando os mecanismos cerimoniais e a etiqueta; • Exemplo de Saint-Simon Reflexo da estrutura e disputas entre a elite cortês; • Cerimoniais - forma de diferenciação e matização dos níveis sociais na corte; • Status – Nível Oficial (título e família) + Posição Vigente (reputação); • Ordem social oscila é importante estar a par das noticias para não tratar erroneamente alguém; • Semelhança a bolsa de valores – a opinião sobre o valor dos indivíduos, valor exposto pela etiqueta; • FIGURAÇÃO SOCIAL • Relações de interdependências – coerções externas e internas; • Condiz com o comportamento dos indivíduos; • “Racionalidade da Corte” > Equilíbrio entre o controle das emoções e a realidade social; • Controle das emoções em função das chances de ganhos; • A racionalidade da corte visa estratégias e planejamentos de comportamento diante das disputas por prestígio no convívio social; • A figuração social, auxilia no entendimentos dos indivíduos da época; • Cortesãos são escravos da formalidade • Na sociedade burguesa e capitalista, as condições financeira e as funções profissionais se fundamentam a existência social; Respeito é necessário no ambiente profissional; • Em toda “Boa Sociedade”, pertencer a ela faz parte da sua identidade individual e existência social; • Quanto mais intensa essa “boa sociedade” maior é sua coesão social; - Maior na sociedade de corte Coesão social baseada na opinião social Funda a existência na sociedade - Menor na sociedade burguesa, • “Honra” – Expressão da opinião social Perder a “honra” era perder seu lugar social, sem identidade pessoal; • Comportamento – Expressão da opinião social Instrumento de controle e formação social; A Society Inglesa; • Importância do comportamento; • Os núcleos: Parlamento, Nobreza, Gentry (Burgueses muito ricos). • Disputas Políticas e parlamentares constituíam sua “boa sociedade”; • Parlamento – Instituição integradora da sociedade.
A “boa sociedade” Alemã;
• Poder descentralizado, do Kaiser para as nobrezas regionais; • Organizava-se em cortes regionais Exerciam forte influência, tinha sentimento de pertencimento e de honra; • Falta de uma elite central; • Alta nobreza restrita as famílias naturalmente nobres; • Valorizavam o histórico familiar; • Status = Histórico familiar + Posição social+ Prestígio+ Opinião Pública Regional; • Exclui a burguesia do convívio social; • Várias “boas sociedades” alemãs Cada uma com aspectos próprios • Objetivo das comparações: • Tornar compreensível a inevitabilidade da dependência da opinião pública; • Na Ancient Régime era impossível escapar dessas formulas de alcançar prestígio pela falta de alternativas que não arriscasse seu status social; • Dependiam da vida social cortês; • O valor do prestígio alcançado é o peso exercido pelo individuo na figuração da corte; • Tudo se converte a chances de prestígio; • Um juízo de valor – Importância do significado para a corte e não da coisa em si. • Personalizar as coisas; Ex.: “lever” – Sem objetivo prático, somente simbólico; • Sem confirmação social pelo comportamento do prestígio = sem prestígio • Prestígio = Identidade do cortesão • Em cada cerimonial, cada gesto é etiqueta e tem seu peso; • COERSÃO PRIMORDIAL – Necessidade de afirmação social Separar a nobreza provincial da administrativa e do povo; • Regra Sociológica: - Pertencer a uma classe de elite é um valor autônomo e um fim em si; - Formas de distanciamento das outras classes = Marca de toda elite; • Não se questiona sua posição social; • Existencialismo Refletido - Salvaguardar sua existência distinta; • Surgem tendencias exclusisvistas e elitistas na classe burguesa – formas de expressão simbolicas de prestígio e destaque; • A VIDA NA CORTE É UM JOGO E NADA PACÍFICA • Pessoas presas ao seu circulo social; • Constantes escândalos e intrigas, ex.: Maria Antonieta e Madame Dubarry • Associar-se a alta nobreza poderosa para sobreviver; • ASPECTOS DOS MEMBROS DA CORTE: I. A ARTE DE OBSERVAR PESSOAS; • A arte de descrever as pessoas; • Levar em consideração nos outros: constituição, habilidades, motivos e limitações; • Fingir e perceber o fingimentos dos outros; • Auto-observação, para a disciplina no convívio social; II. A ARTE DE LIDAR COM PESSOAS; • A maneira de se lidar provinha dos objetivos de quem “lida”; • Cada fala e gesto calculados Conduzir o interlocutor; III. RACIONALIDADE DE CORTE; • Controle das emoções em função de determinados objetivos vitais; • Tornar calculável a vida/convívio Organização deixava os comportamentos previsíveis;. • Relação entre estrutura da sociedade e personalidade; • Arte chamada de “classicismo” – Expressão de uma sociedade de corte; • Teatro Clássico Francês; • Rousseau – Iluminismo; Maior autonomia do sentimento; • Heranças das sociedades de corte: Artísticas Culturais – A maioria perdeu seus sentidos originais; • Comparação com a sociedade capitalista e burguesa. Luís XIV Luís XV Luís XVI