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Rumo ao Abismo

Econômico

Eric Hobsbawm- A Era dos Extremos


Fotografias de Dorothea Lange
• Dorothea Lange (1895 – 1965) foi uma
influente fotógrafa documental e
fotojornalista norte-americana conhecida por
seus retratos da Grande Depressão para a
Farm Security Administration (FSA). Suas
imagens ajudaram a humanizar as
consequências da Crise de 1929 e
influenciaram o desenvolvimento da fotografia
documental.
CONCEITOS ECONÔMICOS
• Liberalismo econômico: a ideologia de que o
estado não deve intervir nas relações
econômicas que existem entre indivíduos,
classes ou nações. A liberdade econômica foi
sintetizada na frase de “laissez faire, laissez
passer”, que em francês significa “deixe fazer,
deixe passar”.
• Ciclos Econômicos: a economia mundial é
formada por ciclos que são caracterizados pela
contração ou expansão da economia de um país.
Eles são: 1) Bonança 2) Recessão 3) Depressão 4)
Recuperação.

• Especulação Financeira: o processo ou ato de


negociar um ativo, seja uma ação, commodities
ou cotas de fundos de investimento, por
exemplo, pensando em lucrar com a variação a
curto prazo dos preços desses ativos.
Parte I
• O colapso econômico entre as guerras
mundiais e seu impacto no século XX.
• Os ciclos econômicos da passagem do XIX ao
XX: em 1929 as flutuações apresentaram-se
um perigo ao sistema e interrupção.
• A estagnação da economia no entreguerras:
Estados Unidos e países beligerantes.
• O crash da Bolsa de Nova York em outubro de
1929 e seu efeito mundial.
• O desemprego em massa: ferida ao corpo
político.
• A falta (ou parca) da previdência pública e
seguridade social no período.
• A ausência de solução liberal para a situação.
• Países criando barreiras de mercado
protecionistas.
• John Maynard Keynes (1883-1946) e o pleno
emprego.
• A industrialização da URSS e crescimento do
capital estatal.
Parte II
• Por que a economia capitalista não funcionou entre as
guerras? Os EUA é parte da resposta.
• A ascensão econômica dos EUA na Primeira Guerra
(industrialização, consumo e credores aos países
beligerantes).
• Raízes do problema na Europa: sanções políticas do
pós-guerra.
• Severidade do colapso econômico entre guerras: 1)
Crescente e desequilíbrio na economia internacional,
entre EUA e o restante do mundo 2) a não-geração de
demanda suficiente para a expansão da economia
mundial.
Parte III
• A Grande Depressão e o impacto na crença de
intelectuais, ativistas e cidadãos sobre nosso
modo de vida.
• A economia de mercado real: as corporações e
a concentração de capital.
• O avanço da extrema direita e o afastamento
do movimento comunista no mundo.
• Na América Latina ergue-se governos
populistas-nacionalistas e socialdemocratas.
• Nos países colonizados da Ásia e África a
Depressão assinalou o início dos
movimentos políticos nacionalistas de
independência pós segunda guerra.
• As três opções que disputavam pela
hegemonia intelectual-política pelo
impacto da Grande Depressão: 1) O
comunismo marxista de Estado 2) A
Social Democracia (capitalismo
reformado) 3) Fascismo.
Livro “As Vinhas da Ira” de John Steinbeck, 1939.

• Relata a história de uma família pobre do estado de Oklahoma, que durante


a Grande Depressão de 1929 se vê obrigada a abandonar as terras que
ocupava havia décadas, em regime de meeiros, devido à chegada do
progresso, traduzido pela compra de tratores e máquinas pelos donos
dessas, e de um novo regime de propriedade. Este fator tornou obsoleto o
trabalho manual de aragem e plantio da terra, e forçou-os a rumar em
direção à Califórnia. Este clássico americano, trata dos efeitos da grande
depressão de pequenas famílias de fazendeiros do Oeste americano. A
personagem principal, Tom Joad, regressa a casa saído da prisão e reencontra
a sua família, já preparada para abandonar a sua terra, Oklahoma, no
seguimento de um ano de colheitas ruinoso e também da premente
ocupação da terra pelos donos originais e seu maquinário. Concluindo a
impossibilidade de manter de pé a propriedade, não tiveram outra opção
que não fosse abandoná-la e partir em busca de uma nova vida. Com o
pouco dinheiro que lhes resta, adquirem um velho caminhão e encetam uma
viagem para oeste, até à Califórnia. Durante o percurso, a família cruza-se
com outras que caminham na mesma direção e com a mesma intenção,
seduzidos por promessas de trabalho e de bons salários. No entanto, tais
expectativas saem frustradas, pois à chegada apercebem-se que o trabalho
que há é pouco e mal remunerado, o que obriga a maioria dos emigrantes a
viver em acampamentos temporários ao longo da estrada, sempre sujeita à
exploração da mão de obra barata.
“Eu estarei em qualquer sítio, na escuridão. Estarei
em toda a parte, em qualquer sítio para onde a
senhora se puser a olhar. Onde quer que se lute
para que a gente com fome possa comer... eu
estarei presente. Onde quer que a polícia esteja a
bater num tipo, eu estarei presente. Imagine se o
Casy soubesse disto! Estarei onde quer que se
vejam criaturas a gritar de raiva... e estarei onde as
crianças sorriam porque têm fome mas saibam que
a ceia não tarda. E quando a nossa gente comer
aquilo que plantar e morar nas casas que
construir... então também eu estarei presente. Está
a ver? Olhe que já vou falando como o Casy. Isto é
de pensar nele tantas vezes. Há ocasiões em que
até me parece que o estou a ver.”

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