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ADMINISTRAÇÃO

Principais Atividades
e
Documentações
INTRODUÇÃO

O desenvolvimento da indústria e a crescente separação entre propriedade e


administração levaram ao aparecimento do administrador.
Antes da industrialização as organizações humanas eram
fundamentalmente a família, a tribo, a igreja, o exército e o Estado.
Desde o princípio o homem sentiu necessidade de organizar-se para as
campanhas militares, para os problemas familiares, para a administração
governamental e para a operação de sua religião, decorrendo da as
primeiras noções de organização.

Vários indícios na história antiga, mostram-nos que devem ter existido planos formais,
organizações de trabalho, liderança e sistemas de avaliação, ou seja, as grandes
construções épicas, como as pirâmides, por exemplo, indicam uma prática eficiente das
funções administrativas.

Esses administradores profissionais passaram a discutir as suas funções, as


suas responsabilidades, começando a elaborar vários pensamentos
administrativos.

Porém, antes do surgimento do administrador-pensador, encontramos nos economistas clássicos do


início do século XIX as origens do Pensamento Administrativo :
PENSAMENTOS ADMINISTRATIVOS – Economistras Clássicos
Adam Smith considerava que o bom administrador devia cultivar a “ordem, a economia e
a atenção”.

John Stuart Mill acrescentou mais duas qualidades importantes : a fidelidade e o zelo.

Alfred Marshall sugeriu a autoconfiança e prontidão.

Um economista clássico , Samuel P. Newman, escreveu em 1835 que um bom


empreendedor devia ter uma combinação de qualidades raramente encontradas num só
indivíduo: “Ele deve possuir uma incomum quantidade de previsão e cálculo, para que
seus planos sejam bem fundados. Ele deve mostrar perseverança e constância de
propósitos ao levar seu planos para a execução ....”

Turgot (1770) concebia como funções administrativas a direção e o controle.

Say (1817) falou sobre o Planejamento.

Bowker (1886) mencionou organização e direção .

O conceito de CONTROLE estava no início confundido com o de “controle de furtos”.

Mais tarde, os economistas passaram a pensar mais em termos de controle do


desperdício.

Para a maioria desses economistas , o Planejamento foi considerado a função mais importante.
CONTRIBUIÇÕES DOS ECONOMISTAS
• Sobre incentivos e remuneração também os economistas clássicos
tiveram o que falar.

• A contribuição dos economistas para o Pensamento Administrativo não


foi certamente muito técnica, específica e duradoura, tendo em vista o
que viria a ser descoberto durante o século XIX. De qualquer forma,
eles certamente contribuíram para valorizar a administração, seja
porque a mencionaram dando-lhe o status de um novo campo de
conhecimentos e estimularam os pensadores e autores que vieram logo
depois.

• Juntamente com esses economistas clássicos, diversos autores,


mesmo de fora do campo da vida econômica, deram a sua contribuição:
ajudaram a reforçar a importância da administração sistemática para a
direção dos negócios e encorajaram outros a levar adiante o estudo.
HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

Como todas as outras áreas do conhecimento, a


gestão vem evoluído ao longo do tempo,
assistindo-se nos últimos anos a um conjunto de
desenvolvimento que muito enriqueceram e
contribuíram para o estudo das organizações :

Para entender melhor a situação atual em termos


de desenvolvimento da gestão e fazer uma análise
da evolução dos principais pontos de vista, filosofias
e escolas de pensamento, que foram dominantes
ao longo do século XX, foi efetuada a sua
classificação em grupos:
CLASSIFICAÇÃO DAS TEORIAS

1. Teorias Clássicas (Taylor, Fayol e Max Weber)


Dominantes até final dos anos 30
O homem seria somente motivado por motivos econômicos, recompensa e salariais e
materiais – emergência da concepção do Homem-Económico
Consideram a divisão do trabalho, a hierarquia e a centralização como requisito
da “organização perfeita”.

2. Teorias Comportamentalista (Maslow e Douglas McGregor, Mayo, )


Conhecida por “teoria das relações humanas”, surgem nos anos 30 como contraponto às
abordagens clássicas.

3. Teorias Pragmáticas
Englobam essencialmente o esforço analítico e normativo , surgindo a partir de meados dos anos
50 por pessoas ligadas à gestão de empresas.
O denominador comum de todos esses autores é a definição de “regras práticas de gestão”
(ação que produz efeitos práticos, objetivos, eficientes, diretos)

4. Teoria Neoclássica
Esta abordagem foi buscar a sua inspiração às teorias clássicas de Fayol, readaptando alguns
dos principais conceitos à época em que surge. A grande inovação é o acentuar da função
Inovação que passa a ser apresentada como preponderante. Esta idéia decorre da alteração
fundamental introduzida pelos neoclássicos, que consiste na necessidade de conceituar a
empresa já não totalmente como um sistema fechado, mas como um sistema que tem de adaptar-
se à evolução dos mercados onde coloca os seus produtos.
Produzir já não é essencial, mas sim produzir o que o mercado quer, de forma que a atividade
da empresa possa ser rentável.
HISTÓRIA DA ADMINISTRAÇÃO

A Administração nasceu através de dois engenheiros. Um era americano,


Frederick Taylor,que desenvolveu a Escola da Administração Científica, cuja
preocupação básica era o aumento da produtividade e da eficiência a
nível operacional através da racionalização do trabalho operário.

O outro era europeu, Henri Fayol, que desenvolveu a Teoria Clássica, e sua
preocupação era melhorar a eficiência da empresa através da sua organização
e da adoção de princípios gerais de Administração. A Escola da Administração
Científica foi iniciada no início do século passado por Taylor, e sua ênfase
era as tarefas.

Taylor além de fazer a análise completa de tempos e movimentos, estabeleceu


padrões precisos de execução, especializou o operário e o treinou para que
desempenhasse de forma metódica seu trabalho.
PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA – TAYLOR

1. Princípio do preparo: selecionar cientificamente os trabalhadores


de acordo com suas aptidões , prepará-los e treiná-los para
produzirem mais e melhor, de acordo com o método planejado.
Além do preparo da mão-de-obra, preparar também as máquinas e
equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a
disposição racional das ferramentas e materiais.

2. Princípio do Controle : controlar o trabalho para se certificar de


que o mesmo está sendo executado de acordo com as normas
estabelecidas e segundo o plano previsto. A gerência deve cooperar
com os trabalhadores, para que a execução seja a melhor possível.

3. Princípio da Execução: distribuir distintamente as atribuições e as


responsabilidades, para que a execução do trabalho seja bem mais
disciplinada.
CRÍTICAS
No início a preocupação de Taylor era tentar eliminar o desperdício e as perdas
sofridas pelas indústrias americanas e elevar os níveis de produtividade através
de métodos e técnicas de engenharia. Ele utilizava técnicas que eram centradas do
operário para a direção, através do estudo de tempos e movimentos, da fragmentação
das tarefas e na especialização do trabalhador reestruturava a fabricação e com
os conceitos de gratificações por produção incentivava o Operário aproduzir mais.

O trabalho de Taylor, contudo, provocou várias críticas, o que gerou o nome


de “Teoria da Máquina”. Entre as críticas principais podemos citar:

• pouca atenção dada ao ser humano e sua robotização (bem explorada no filme "Tempos
Modernos", de Charles Chaplin);

• abordagem envolvendo somente a organização formal;

• ausência científica por pouca pesquisa e experimentação;

• limitação do campo de aplicação da teoria só na produção.

• Além destas críticas, outras atribuídas ao trabalho de Taylor foram:

• Mecanicismo: Taylor tentou imprimir às pessoas a mesma precisão e regularidade das


máquinas
INFLUÊNCIAS ADMINISTRATIVAS
Henri Fayol (1841 – 1925) – Executivo Francês
Engenheiro e depois diretor de uma indústria de mineração(carvão e aço).

Definiu as funções da administração nos seguintes termos : POCCC


planejar, organizar, comandar , coordenar e controlar.

Defendeu o princípio de unidade de comando , segundo o qual uma pessoa deve


ter apenas um chefe diante do qual ela é responsável pelo seu trabalho,
contrariamente aos princípios de Taylor, que achava que um operário deveria
ser controlado por diversos supervisores, cada um especializado num aspecto
da tarefa do operário.

“ A capacidade técnica é a principal capacidade dos chefes inferiores da grande


empresa e dos chefes da pequena empresa industrial; a capacidade
administrativa é a principal capacidade dos grandes chefes. A capacidade
técnica domina a base da escala hierárquica, a capacidade administrativa,
o topo.”
14 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO – FAYOL
1. Divisão de trabalho (Especialização do Trabalho)
“Adivisão do trabalho tem por finalidade produzir mais e melhor, com o mesmo esforço. O operário
que faz todos os dias a mesma peça e o chefe que trata constantemente dos mesmos negócios
adquirem mais habilidade, mais segurança e mais precisão e, conseqüentemente, aumentam de
rendimento.” (FAYOL,1990, p.44).”

A maioria das empresas hoje em dia prezam pela especialização e aumentam a qualidade do
trabalho através do conhecimento e renovação nas novas atividades produtivas , aumentando a
satisfação dos produtores ( empresas e funcionários ) e dos seus consumidores pela rapidez e
qualidade de seus produtos.

2. Autoridade e Responsabilidade
“ A autoridade consiste no direito de mandar e no poder de se fazer obedecer Não se concebe
autoridade sem responsabilidade, isto é, a recompensa acompanha o exercício do
poder.”(FAYOL,1990, p.45).
Fayol com sua teoria de autoridade com responsabilidade veio mudar essa visão de gerência
centralizada, que tenha estrutura hierárquica, mostrando que se pode exercer autoridade com
responsabilidade com todo o corpo estrutural da empresa ( funcionários ) , em consequência
disso aumenta a satisfação e qualidade de seu trabalho.

Hoje em vitude dessa teoria existe as leis trabalhistas.


14 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO – FAYOL
3. Disciplina
A disciplina consiste basicamente no funcionário direcionar seu
comportamento de acordo com as regras da organização, sendo ela realmente
indispensável ao alcance das metas e objetivos organizacionais.

Antigamente a disciplina deveria ser incorporada pelo funcionário sem


contestação, era controlada de forma rígida, e mesmo para Fayol, punições
deveriam ser aplicadas caso não fosse obedecida.
Atualmente, contamos com algumas mudanças sob a visão deste aspecto.

4. Unidade de Comando
“Paraa execução de um ato qualquer, um agente deve receber ordens somente de
um chefe.”(FAYOL,1990, p.48).

Fayol opinava que em qualquer organização, a dualidade de comando era fonte


perpétua de conflito, às vezes muito grave. Um empregado deve receber ordens de
apenas um Superior.
14 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO – FAYOL

5. Unidade de Direção : Deve haver “uma cabeça e um plano, para um grupo de


atividades que cumpre o mesmo objetivo”. Um só chefe e um só programa, para um
conjunto de operações que visam ao mesmo objetivo.

6. A subordinação do interesse particular ao interesse geral : o


interesse geral deve predominar.
Fayol propõe alguns meios para garantir que os membros da empresa não priorizem
seus interesses particulares : firmeza e bom exemplo dos chefes, regras justas e
vigilância sempreatenta.

7. Remuneração : salários justos do ponto de vista da empresa e do trabalhador.


A remuneração justa ao trabalho executado é um dos princípios que com certeza
jamais se tornará obsoleto, pois envolve não só remuneração financeira, mas também
recompensas não financeiras. Fayol, bem avançado ao seu tempo, já citava prêmios
de incentivo e participação nos
lucros.

8. Centralização
Fayol defendia a tese de uma liderança natural , utilizando o exemplo de
que como no organismo, as sensações convergiam na direção do cérebro que
emite as ordens para
as demais partes do corpo.
14 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO – FAYOL
9 . Hierarquia : manter as comunicações dentro da cadeia de comando.
A importância deste princípio é destacada pois as ordens, estratégias,
convenções e comunicados em geral partem da autoridade superior com destino
aos níveis gerenciais e, como destinatário final, ao nível operacional, através da
via hierárquica, visando satisfazer à exigência de uma transmissão segura e da
Unidade de comando.

10. Ordem : ordenar as tarefas e os materiais para que possam auxiliar a


organização. “Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar “.

11. Equidade : garante a conciliação mais justa entre os interesses empresariais


e trabalhistas. O que Fayol quer dizer é que a justiça deve sempre
implantada, pois trabalhar em um meio injusto , onde o seu companheiro de
trabalho possui mais facilidades, maior salário para exercer a mesma função
sua faz com que haja divisão de grupos,pois os inferiorizados se juntam e ficam
contra osprivilegiados.
14 PRINCÍPIOS DE ADMINISTRAÇÃO – FAYOL

12. Estabilidade e manutenção do pessoal: romover a lealdade e a


longevidade do empregado ;
“Um agente precisa de tempo para iniciar-se em uma nova função e chegar a
desempenhá-la bem.”

13. Iniciativa : encorajar os empregados a agirem por


eles mesmos no auxílio à direção da organização;

14. Cooperação : promover o espírito de equipe e a conjugação de esforços para a


meta final .

“A harmonia e a união do pessoal de uma empresa são grande fonte de vitalidade para ela.
É necessário, realizar esforços para estabelecê-la.” (FAYOL, 1990, p.62 ).
Este, o último princípio, era defendido por ele e queria dizer que um bom ambiente e uma
união da equipe traz uma maior satisfação para os empregados e traz uma enorme
satisfação para os empregadores pois em um bom ambiente a eficácia do trabalho é muito
maior.
INFLUÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

MAX WEBER
Ao contrário de Taylor e Fayol, Max Weber não é um gestor profissional, mas sim um
acadêmico alemão – sociólogo.
Weber vai aplicar às organizações, o seu método de análise que consiste na definição de um
tipo ideal de organização. A organização “weberiana”, apelidada de burocracia , é do tipo
racionalizada em que existe pré-determinação total a todos os níveis.

Uma vez definidos os objetivos e atividades da organização é possível formular um sistema


de regras e de papéis a serem desempenhados por todos os membros da organização.

O indivíduo tem apenas de seguir comportamentos pré-fixados, geralmente por escrito.


Tudo está definido e todas as situações estão previstas – para todas as perguntas há uma
resposta.
Apesar da carga negativa que existe hoje associada à palavra burocracia, a Burocracia de
Weber assentava num conjunto de características que são cruciais para a sua
sustentabilidade e funcionalidade que ainda hoje estão presentes nas organizações.
INFLUÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

• Uma organização adaptada aos princípios de Weber tem um grande


perigo : a passagem das regras de funcionamento a objetivos da
organização, sendo os verdadeiros objetivos esquecidos pelos
colaboradores, e apresenta ainda várias disfunções como o
excesso de formalismo, a resistência a mudanças, a
despersonalização do relacionamento, a super-conformidade com
rotinas e procedimentos e a grande dificuldade no atendimento a
cliente e conflitos com o público.

Os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como : PODC


PLANEJAR, ORGANIZAR, DIRIGIR e CONTROLAR

Destas funções, as que sofreram transformações na forma de


Abordar foram “comandar e coordenar” que chamamos hoje de
Dirigir (Liderança)
TEORIA DAS RELAÇÕES HUMANAS (1930-60)
Mayo, Douglas Mc Gregor, Maslow, Herzberg

Movimento humanizador da teoria das organizações. Oposição às teorias


clássicas a partir da década de 30.

Deu ênfase ao papel das estruturas informais, das relações de poder, dos
fatores de motivação pessoal, enquanto condições determinantes da
produtividade e eficácia das organizações. Conceito fundamental – O indivíduo
na organização é o ponto de partida e chegada.

Apesar de todas as criticas à teoria clássica , considera a empresa como


um sistema fechado, já que a sua abordagem era totalmente voltada para o
interior da organização, e onde as situações de equilíbrio são explicadas
apenas pelo jogo das variáveis internas.

Abordagem introvertida e introspectiva, cuja preocupação maior era o


comportamento humano e o relacionamento informal e social dos
participantes em grupos sociais que moldavam e determinavam o
comportamento individual.
TEORIA DE MASLOW

As necessidades dos seres humanos obedecem a uma


hierarquia, ou seja, uma escala de valores a serem
transpostos. Isto significa que no momento em que o
indivíduo realiza uma necessidade, surge outra em seu
lugar, exigindo sempre que as pessoas busquem
meios para satisfazê-las.

As necessidades menos importantes precisam ser


satisfeitas antes que as próximas mais importantes
possam ser usadas como motivadoras.
HIERARQUIA DAS NECESSIDADES DE MASLOW

Necessidades
de
auto-realização
(Realização do potencial de cada,
utilização do talento)

Necessidades de Estima
(Reputação, reconhecimento auto-respeito, admiração)

Necessidades Sociais
(Aceitação, afeição, aprovação pelos outros)

Necessidades de Segurança
(Protecção contra o perigo … doença, pobreza, guerra, etc.)

Necessidades Fisiológicas
(Alimentação, abrigo, repouso, etc.
TEORIA X e Y (Douglas Mc Gregor)

Filosofia do gestor sobre a natureza humana

Os gestores tendem a desenvolver um conjunto de crenças e idéias sobre os


empregados, que se podem dividir em 2 grupos diferentes e antagónicos –
Teoria X e Teoria Y.

PRESSUPOSTOS TEORIA X

1. As pessoas são preguiçosas e indolentes (insensíveis, desleixadas)


2. As pessoas evitam o trabalho.
3. As pessoas evitam a responsabilidade, com o objetivo de
se sentirem mais seguras.
4. As pessoas precisam de ser controladas e dirigidas.
5. As pessoas são ingénuas e sem iniciativa.
TEORIA X e Y (Douglas Mc Gregor)

PRESSUPOSTOS TEORIA Y

1. As pessoas são esforçadas e gostam de ter o que fazer.


2 . O trabalho é uma atividade tão natural como brincar ou
descansar.
3. As pessoas procuram e aceitam responsabilidades e
desafios
4. As pessoas podem ser auto-motivadas e auto-dirigidas
5. As pessoas são criativas e competentes.
ADMINISTRAÇÃO
O QUE É ?
Ação ou efeito de administrar (dirigir, governar,
ministrar).
Conjunto de princípios, normas e funções que
têm como objetivo ordenar a estrutura e o
funcionamento de uma organização
(empresa, órgão público,etc).

Princípios : expressões verbais de uma ciência.


ADMINISTRAÇÃO
• Todas as tarefas desenvolvidas pelos seres humanos
são frutos de esforços conjuntos, porque vivem em
grupos sociais (empresa, igreja, família, partidos
políticos, instituições de caridade) e esta formação dos
grupos são importantes para a execução das tarefas.

• Cada grupo organizado, qualquer que seja a sua


finalidade , combina especializações técnicas de modo a
obter maior número de realizações do que poderiam ser
conseguidos por indivíduos agindo, independentemente.

• As atividades conjuntas se propõem a atingir objetivos


da melhor maneira possível e com o mínimo de tempo,
trabalho e dinheiro.
QUEM SÃO OS ADMINISTRADORES ?
A coordenação é conhecida sob muitos nomes :

• No campo político : Presidente, Governador ou Prefeito


• No campo religioso : Cardeal, Bispo ou Papa
• Atividades Recreativas : Treinador, Gerentes ou Diretor
• Nos negócios : Executivo, Superintendente, Supervisor.

O serviço de cada um é obter resultados de seu grupo.


ADMINISTRAÇÃO
• Para atingir estes objetivos é necessário que a atividade
seja DIRIGIDA e COORDENADA de modo que o esforço
e a ação de cada elemento resulte num final homogêneo,
permitindo que os objetivos propostos sejam atingidos.
• O ato de coordenar e dirigir corresponde à Administração.

• A profissão de Administrador foi regulamentada no Brasil


em 09 de setembro de 1965, data em que se comemora o
Dia do Administrador.
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Um administrador tem 3 grandes áreas de funções ou atividades :

1º - Conhecimento das técnicas do campo em que ele é


o líder .

Ex.: Um chefe de vendas, deve ser especializado nos princípios e


práticas de vendas. Um gerente de escritório deve conhecer as
técnicas dos procedimentos em escritório e das máquinas nele
compreendidas.

(“E se um administrador não tivesse conhecimento de sua


área, do que quer que ele administre, o caso não seria
muito diferente do de “um cego a conduzir outro cego”).
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

2º - Conhecimento e habilidades relativas


a pessoal e relações humanas :

Cada administrador deve trabalhar com e através de pessoas, de


forma que cada um tenha conhecimento e habilidades pertinentes
a pessoal e a relações humanas. Deve saber como procurar,
aperfeiçoar, manter e utilizar uma equipe eficiente e deve ter
conhecimento das dimensões do comportamento humano nos
campos da psicologia, sociologia, política e ética, geralmente
chamadas ciências do comportamento.
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

Uma vez de posse das especializações


técnicas e humanas, em 3º lugar :

3º - O administrador deve reunir os técnicos para o


trabalho de modo eficiente.

Tal coordenação é obtida através do PLANEJAMENTO,


ORGANIZAÇÃO, COORDENAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE DO
TRABALHO DOS OUTROS

(O ADMINISTRADOR não faz o trabalho dos outros. Ele planeja,


organiza , orienta e controla o trabalho dos outros)
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

Em termos mais amplos, estas são as funções


(atividades) de um líder quando ele age como
Administrador.

Ele desempenha estas funções em relação


às pessoas que devem fazer o trabalho ,
através do qual os objetivos em vista devem
ser atingidos.
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
Previsão : (estudo feito com antecedência) , para fixação de metas, objetivos e
prazos gerais. Implica uma avaliação do futuro da empresa no sentido de se
atingirem os objetivos.

Planejar : consiste na prática e execução da previsão,transformando em planos e


programas.

Organizar : corresponde à criação e disposição dentro da empresa de diversos


setores e a atribuição das funções que cada um desempenhará.
Vai mobilizar os recursos, materiais e humanos necessários a execução dos
planos da empresa. É necessário organizar matérias-primas, mão-de-obra, capitais.

Dirigir : Coordenar dando orientação ; realização dos planos através das


pessoas . Tem o objetivo de dirigir os trabalhadores.

Controlar : assegurar que os objetivos sejam atingidos, bem como corrigir


eventuais desvios de orientação e fazer os ajustes necessários.
PRINCIPAIS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS
ATUALMENTE

• Fixar objetivos (planejar)


• Analisar : conhecer problemas
• Solucionar problemas
• Organizar e alocar recursos (recursos
financeiros e tecnológicos e as pessoas)
• Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar)
• Negociar
• Tomar decisões
• Mensurar e avaliar (controlar)
PERSPECTIVAS FUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO

Adalberto Chiavenato - 2007

Neste texto, o autor faz uma previsão, para um futuro próximo (que corresponde à época
atual), sobre como surgirão os novos sistemas organizacionais mais adequados às
exigências da pós-industrialização em substituição à antiga organização burocrática, já
que cada época desenvolve uma forma organizacional apropriada às suas
características.

Afirma que o novo sistema se desenvolverá a partir das dificuldades do antigo em se


adaptar à três mudanças principais:

desenvolvimento científico e crescimento populacional acelerados; crescimento e


globalização das empresas; exigências de maior qualificação profissional. O autor
também analisa as causas e conseqüências destas mudanças dividindo-as em nove
principais revolucionárias megatendências, capazes de contemplar os novos e maiores
desafios, exigências e expectativas da empresa moderna.

1. da sociedade industrial para a sociedade de informação. Com o desenvolvimento


explosivo das comunicações e informática e a com a globalização, a informação
passa a substituir o capital,
ao invés dos serviços, como se previa. A era industrial chega ao seu fim irreversível
nos países desenvolvidos, transferindo-se para os países em desenvolvimento, que
passam a servir de suporte aos mais avançados.
PERSPECTIVAS FUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO
Idalberto Chiavenato - 2007

2. da tecnologia simples para a alta tecnologia As empresas sempre foram muito


sensíveis às novas
tecnologias. Com o acesso cada vez mais facilitado e o surgimento de tecnologias
completamente novas e não simples desdobramentos das tecnologias antigas, as
novas empresas terão de repensar seus conceitos. Surgirão empresas
extremamente automatizadas, mais avançadas, eficientes e precisas. Caberá ao
homem cuidar das tarefas mais complexas e o avanço tecnológico será
contrabalançado por uma resposta humana em proporção direta.

3. da economia nacional para a economia mundialAcontece a mundialização da


economia, acabam as
fronteiras para o mercado. Quanto mais cresce o mercado e os negócios, maior a
concorrência, a exigência do consumidor e os riscos na atividade empresarial.
Somente as empresas mais ágeis, mais versáteis e mais arrojadas terão melhores
chances de sobreviver. Isso causará uma corrida pelo novo e pelo mais desejado,
que influenciará na aceleração cada vez maior da pesquisa tecnológica.

4. do curto prazo para o longo prazo. As empresas devem partir para a administração
estratégica a longo prazo, em contraste com o usual imediatismo das empresas
americanas, que perderam espaço para as multinacionais japonesas que possuem
uma visão muito mais abrangente de mercado. No mercado financeiro, a proliferação
dos cartões de crédito vem confirmar a tendência em se considerar dinheiro como
informação em circulação. O problema está nos países em desenvolvimento, onde
as graves crises econômicas exigem soluções a curto prazo.
PERSPECTIVAS FUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO
Idalberto Chiavenato - 2007

5. da democracia representativa para a democracia participativa. As pessoas que têm


as suas vidas influenciadas por certas decisões devem participar na formulação
destas decisões. Devem ao menos ser consultadas sobre suas opiniões, pontos de
vista, convicções e expectativas. Isto é a essência do pluralismo, onde todas as
decisões importantes são confiadas a uma grande instituição organizada para durar
para sempre e ser dirigida por administradores.

6. das hierarquias para a comunicação lateral intensiva.Com o advento da democracia


participativa, para se conviver com a maior influência dos membros das empresas
em todos os níveis, estas deverão adotar uma nova estrutura de equalização do
poder que substitua a atrasada e frustrante hierarquia piramidal, centralizadora e
autoritária. Com a complexidade e incerteza da economia moderna, as empresas
devem estar preparadas para rever e redefinir constantemente seus cargos e
departamentos.
Isto motivará uma maior interação humana entre as pessoas, o que é positivo no
processo produtivo. Esta comunicação lateral intensiva, garante o suprimento do
recurso mais importante: a informação, que aumenta a visibilidade e transparência
das empresas.
7. da opção dual para a opção múltipla. Constata-se que o dualismo é extremamente
simplista e limitador. Busca-se hoje a proliferação da variedade, das opções e meios-
termos, que sirvam de resposta às múltiplas variáveis possíveis na sociedade
moderna.
PERSPECTIVAS FUTURAS DA ADMINISTRAÇÃO
Idalberto Chiavenato - 2007

8. da centralização para a descentralização . Os centros das cidades industriais há


muito estão
congestionados e superpovoados. A saída é deslocar-se para a periferia. O mesmo
ocorre com a agricultura, que busca novos espaços. Este espalhamento geográfico
de empresas, mercados e negócios aumenta as incertezas com relação ao
ambiente externo.

9. da ajuda institucional para a auto-ajuda A partir da década de 70, as pessoas


passaram a se
desprender de instituições que os haviam desiludido, e passaram a resolver, por
conta própria os seus problemas. O serviço público já não supre as novas e
crescentes necessidades da população e estas expectativas transferem-se para as
empresas privadas. Os serviços privados de segurança, educação, assistência
médico-hospitalar, transporte, previdência, seguros, lazer, etc. são uma alternativa às
deficiências dos serviços públicos e constituem os novos serviços e atividades que
passam a
fazer parte da vida das empresas.

Bibliografia
• Teoria Geral da Administração - A administração e suas perspectivas por
• IDALBERTO CHIAVENATO 2007
PRINCÍPIOS DE UM BOM ADMINISTRADOR
• Saber utilizar princípios, técnicas e ferramentas
administrativas;

• Saber decidir e solucionar problemas;

• Saber lidar com pessoas: comunicar eficientemente,


negociar, conduzir mudanças, obter cooperação e
solucionar conflitos;

• Ter uma visão sistêmica e global da estrutura


organização ;

• Ser proativo, ousado e criativo;

• Ser um bom líder.


“ A EMPRESA É UM SER VIVO, DINÂMICO E
MUTÁVEL, QUE NECESSITA SE INTERAGIR,
SE INTEGRAR E SE COMUNICAR, PARA
ALCANÇAR O TRIPÉ DA EXCELÊNCIA
COMPOSTO POR QUALIDADE,
COMPETITIVIDADE E LUCRO”
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

• As empresas em geral possuem setores de vendas,


compras, contar a pagar, contar a receber,
departamento pessoal, contabilidade, entre outros.

• Estes departamentos se inter-relacionam, pois há a


necessidade de troca de informações e documentos
entre eles para que haja um trabalho contínuo e
integrado.

Vamos observar um exemplo que demonstra a forma


que se integram os diversos setores de uma empresa :
Ex. apostila..... Estória em quadrinho...

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