Você está na página 1de 201

Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

PROFESSOR CÁSSIO LIMA


www.cassioblima.com.br

cassiolima.aulas@gmail.com
Contabilidade Fiscal Tributária

CURRICULO
FORMAÇÃO

Especialista em Gestão Empresarial

Docência para Educação Profissional

Bacharel em Ciências Contábeis

Capacitação nas áreas de Gestão Empresarial, Planejamento Tributário e Finanças.

EXPERIENCIA

Atuação em empresas multinacionais e nacionais de grande porte nos seguimentos automotivo e

eletrônico, nas áreas de contabilidade, fiscal e tributária.

Professor de Cursos de formação profissional de nível: técnico, superior e pós-graduação. (SENAC PA,

FAI SRS, ASMEC OF, ENDEX PA, IPEL PA e EUROPA PA)

ATUALMENTE

Proprietário da CLIMACONT Contabilidade e Assessoria Empresarial


Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

SISTEMA TRIBUTÁRIO
NACIONAL
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
Art. 3º CTN - TRIBUTO É TODA PRESTAÇÃO PECUNIÁRIA, COMPULSÓRIA,
EM MOEDA OU CUJO VALOR NELA SE POSSA EXPRIMIR, QUE NÃO CONSTITUA
SANÇÃO DE ATO ILÍCITO, INSTITUÍDA EM LEI E COBRADA MEDIANTE ATIVIDADE
ADMINISTRATIVA PLENAMENTE VINCULADA.
ASSIM SENDO, QUE O TRIBUTO É COBRADO UNICAMENTE PELO ESTADO, É
ALGO OBRIGATÓRIO, ONDE SE APLICA DA LEI PARA FAZER COM QUE ESTE SEJA
LEGITIMO E DEVIDO. A PRINCIPAL DESTINAÇÃO É RECEBER MEIOS PARA O
ATENDIMENTO DAS INSTANCIAS FINANCEIRAS DO ESTADO.
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
Art. 5º CTN - OS TRIBUTOS SÃO:

• IMPOSTOS;
• TAXAS;
• CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA;
• CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS;
• EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO;
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
IMPOSTOS
SOBRE O COMÉRCIO EXTERIOR
SOBRE O PATRIMÔNIO E A RENDA
SOBRE A PRODUÇÃO E A CIRCULAÇÃO

TAXAS
SOBRE O EXERCÍCIO DO PODER DE POLÍCIA
SOBRE SERVIÇOS
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
CONTRIBUIÇÕES DE MELHORIA
PARA OBRAS PUBLICAS

CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS
PARA O SEGURO SOCIAL

EMPRESTIMOS COMPULSÓRIOS
PARA SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
RELAÇÃO JURÍDICA:

SUJEITO ATIVO (FAZENDA PÚBLICA)

SUJEITO PASSIVO (PODENDO SER O


CONTRIBUINTE OU O RESPONSÁVEL)
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
SUJEITO PASSIVO
(arts. 121 a 138 do CTN)

CONTRIBUINTE (AQUELE QUE PRATICA O


FATO GERADOR)

RESPONSÁVEL TRIBUTÁRIO (EMBORA


NÃO PRATIQUE O FATO GERADOR ESTÁ A
ELE ECONOMICAMENTE VINCULADO)
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA
(art. 113 do CTN)

PRINCIPAL (PAGAR O TRIBUTO)

ACESSÓRIA (TODA E QUALQUER


PRESTAÇÃO POSITIVA OU NEGATIVA
EXIGIDA POR LEI E CONSTITUI
OBRIGAÇÃO DE FAZER OU NÃO FAZER)
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
PRINCIPIOS DO DIREITO TRIBUTÁRIO

• LEGALIDADE;
• ANUALIDADE;
• ISONOMIA;
• IRRETROATIVIDADE;
• NÃO CUMULATIVIDADE;
• SELETIVIDADE.
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS

LEGALIDADE:

“ SOMENTE A LEI PODE ESTABELECER A


INSTITUIÇÃO OU EXTINÇÃO DE TRIBUTOS”
(art. 97, inciso I, do CTN)
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
ANUALIDADE:

“ É PROIBIDA A COBRANÇA DO TRIBUTO


NO MESMO EXERCÍCIO FINANCEIRO EM
QUE HAJA SIDO PUBLICADA LEI QUE OS
INSTITUIU OU AUMENTOU” (art. 150,
inciso III, letra b, da CF)
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS

ISONOMIA:

“É VEDADO O TRATAMENTO DESIGUAL ENTRE


CONTRIBUINTES QUE SE ENCONTREM EM
SITUAÇÃO EQUIVALENTE...” (art. 150, inciso II,
da CF)
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS

IRRETROATIVIDADE:

“PROIBE COBRAR TRIBUTOS EM RELAÇÃO AO


FATO GERADOR OCORRIDO ANTES DA
VIGÊNCIA DA LEI QUE O HOUVER INSTITUIDO
OU AUMENTADO” (art. 150, inciso III, letra a,
da CF)
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS
NÃO CUMULATIVIDADE:

“SERÁ NÃO CUMULATIVO, COMPENSANDO-SE O


QUE FOR DEVIDO EM CADA OPERAÇÃO COM O
MONTANTE COBRADO NAS ANTERIORES”
(art.153, § 3º, inciso II e art. 155, § 2º, inciso I, da
CF)
OBS: Observância restrita ao IPI e ICMS, em
alguns casos aplicar-se-á ao PIS/ COFINS
Contabilidade Fiscal Tributária

TRIBUTOS

SELETIVIDADE:

“PODERÁ SER SELETIVO, EM FUNÇÃO DA


ESSENCIALIDADE DAS MERCADORIAS E DOS
SERVIÇOS” (art. 155, § 2º, inciso III, da CF)
OBS: Observância restrita ao IPI e ICMS.
Contabilidade Fiscal Tributária

FUNDAMENTOS DOS TRIBUTOS

• OBJETO

DEFINE COMO A OBRIGAÇÃO QUE O


CONTRIBUINTE DEVE CUMPRIR COM O FISCO.
Contabilidade Fiscal Tributária

FUNDAMENTOS DOS TRIBUTOS


• FATO GERADOR

DETERMINA O NASCIMENTO DA OBRIGAÇÃO


TRIBUTÁRIA.

EXEMPLO:

FATO GERADOR DO IPI => SAÍDA DE PRODUTO DE


ESTABELECIMENTO INDUSTRIAL.
Contabilidade Fiscal Tributária

FUNDAMENTOS DOS TRIBUTOS


• BASE DE CALCULO
O VALOR SOBRE O QUAL SE APLICA A
ALÍQUOTA COM O OBJETIVO DE VERIFICAR
O VALOR A SER RECOLHIDO.
EXEMPLO:
BC PIS => TOTAL DAS RECEITAS
Contabilidade Fiscal Tributária

FUNDAMENTOS DOS TRIBUTOS


• ALIQUOTA

PERCENTUAL, DEFINIDO EM LEI, A SER


APLICADO SOBRE A BASE DE CALCULO.

EXEMPLO;

ALÍQUOTA DA COFINS => 3%


Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

IMPOSTOS E CONTRIBUÇÕES
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTOS
ART. 16º CTN - IMPOSTO É O TRIBUTO
CUJA OBRIGAÇÃO TEM POR FATO GERADOR
UMA SITUAÇÃO INDEPENDENTE DE
QUALQUER ATIVIDADE ESTATAL ESPECÍFICA,
RELATIVA AO CONTRIBUINTE.
Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTOS

• FEDERAIS (art. 153, CF);

• ESTADUAIS (art. 155, CF);

• MUNICIPAIS (art. 156, CF);


Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTOS
IMPOSTOS FEDERAIS:

• IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO (IE)


• IMPOSTO SOBRE IMPORTAÇÃO (II)
• IMPOSTO SOBRE A RENDA (IR)
• IMPOSTO SOBRE PRODUTOS
INDUSTRIALIZADOS (IPI)
• IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES
FINANCEIRAS (IOF)
• IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE
TERRITORIA RUAL (ITR)
Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTOS
IMPOSTOS ESTADUAIS:

•IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE MERCADORIAS E


SERVIÇOS (ICMS)
•IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO CAUSA MORTIS E
DOAÇÃO (ITCM)
•IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE DE VEÍCULOS
AUTOMOTORES (IPVA)
Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTOS
IMPOSTOS MUNICIPAIS:

•IMPOSTO SOBRE PROPRIEDADE PREDIAL E


TERRITORIAL URBANA(IPTU)
•IMPOSTO SOBRE TRANSMISSÃO INTER VIVOS
(ITIV)
•IMPOSTO SOBRE SERVIÇOS (ISS)
Contabilidade Fiscal Tributária

CONTRIBUIÇÕES PARAFISCAIS
SÃO TRIBUTOS INSTITUÍDOS COM DESTINAÇÃO
ESPECÍFICA DOS PRODUTOS DA ARRECADAÇÃO.
PODEM SER DIVIDIDOS EM TRÊS TIPOS:
• CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS;
• CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO DE DOMÍNIO
ECONÔMICO;
• CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS
TEM POR FINALIDADE ARRECADAR MEIOS
PARA SEREM UTILIZADOS NA ÁREA SOCIAL DO
PAÍS, COMO SAÚDE E SEGURO-DESEMPREGO.

EXEMPLOS:

CSLL, PIS, COFINS, INSS, FGTS.


Contabilidade Fiscal Tributária

CONTRIBUIÇÃO DE INTERVENÇÃO DE
DOMÍNIO ECONÔMICO;

SUA FINALIDADE DE ARRECADAÇÃO É PARA


UM DETERMINADO SETOR DA ECONOMIA.

EXEMPLO:

CIDE SOBRE IMPORTAÇÃO E


COMERCIALIZAÇÃO DE PETRÓLEO
Contabilidade Fiscal Tributária

CONTRIBUIÇÕES CORPORATIVAS

SÃO CONTRIBUIÇÕES DE INTERESSE DAS


CATEGORIAS PROFISSIONAIS OU
ECONÔMICAS.

EXEMPLO;

CRC, CREA, OAB, ETC.


Contabilidade Fiscal Tributária

EMPRÉSTIMO COMPULSÓRIO
É UM TRIBUTO QUE PERMITE AO GOVERNO
ADQUIRIR UMA DETERMINADA QUANTIA DE
DINHEIRO EM FORMA DE EMPRÉSTIMO PARA
DEPOIS RESGATÁ-LO, CONFORME ESPECIFICADO
POR LEI. SERVE PARA ATENDER A SITUAÇÕES
EXCEPCIONAIS, E SÓ PODE SER INSTITUÍDO PELA
UNIÃO.
Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

IMPOSTOS FEDERAIS
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTO DE REDNDA DA PESSOA JURIDICA

www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS

• O IRPJ não incide sobre o lucro contábil das pessoas


jurídicas.

• Incide somente sobre um lucro legal, determinado


conforme as regras estabelecidas pela legislação
tributária.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS

Existem três sistemáticas para a determinação do lucro legal das


pessoas jurídicas:

 - Lucro Real
 - Lucro Presumido
 - Lucro Arbitrado
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS
Luco Real

• É o resultado líquido apurado na escrituração comercial,


ajustado pelas adições, exclusões e compensações
admitidas ou impostas pela legislação tributária.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS
Luco Presumido

• É o lucro determinado através da aplicação de um


percentual sobre os valores globais da receita auferida pela
pessoa jurídica.

• Este percentual ou coeficiente é expressamente previsto em


lei e varia em função da atividade da empresa.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS
Luco Arbitrado
• É o valor determinado, geralmente pela autoridade fiscal,
através da aplicação de percentual sobre a receita da
empresa no caso de descumprimento das normas da
legislação tributária de forma a impossibilitar a apuração
pelo método do lucro real ou do lucro presumido.
• Esta sistemática corresponde a um montante
aproximadamente 20% superior ao do lucro presumido.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS
Contribuintes do IRPJ

Pessoas Jurídicas
Pessoas jurídicas de direito privado, inclusive empresas
públicas e sociedade de economia mista
Filiais, sucursais, agências ou representações no país das PJ
com sede no exterior (“estabelecimento permanente”)
Comitentes domiciliados no exterior, quando os resultados das
operações realizadas por seus mandatários ou comissários no
País (“doing business in Brazil”)
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS
Contribuintes do IRPJ

Empresas individuais
As firmas individuais
Empresário pessoa física que efetua inscrição no
Registro Público de Empresas Mercantis
As pessoas físicas que promoverem a incorporação de
prédios em condomínio ou loteamento de terrenos.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS
Contribuintes do IRPJ
Empresas individuais (cont.)
As pessoas físicas que, em nome individual, explorem,
habitual e profissionalmente, qualquer atividade econômica
de natureza civil ou comercial, com o fim especulativo de
lucro, mediante venda a terceiros de bens ou serviços
=> equiparação não se aplica às pessoas físicas que
exerçam as profissões de, por exemplo, médico,
engenheiro, advogado, dentista, veterinário
Contabilidade Fiscal Tributária
AULA – Imposto de Renda das Pessoas
Jurídicas
CONCEITOS INICIAIS
Contribuintes do IRPJ

• Sociedades cooperativas

• Sociedades em conta de participação

• Sociedades em comum (sociedade de fato)


Contabilidade Fiscal Tributária

CONCEITOS INICIAIS
Entidades imunes

• Templos de qualquer culto


• Instituições de educação, sem fins lucrativos
• Entidades de assistência social, sem fins lucrativos

Entidades isentas

• Instituições de caráter filantrópico, recreativo, cultural e


científico e as associações civis, sem fins lucrativos.
Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

LUCRO PRESUMIDO
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
CONCEITOS GERAIS:

 FORMA DE TRIBUTAÇÃO ONDE OS TRIBUTOS FEDERAIS (PIS,


COFINS, IRPJ E CSLL) SÃO RECOLHIDOS COM BASE NO FATURAMENTO
DA EMPRESA;

 A OPÇÃO PELO REGIME DE LUCRO PRESUMIDO SERÁ MANIFESTADA


COM O PAGAMENTO DA PRIMEIRA COTA DEVIDA.
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
QUEM PODE OPTAR ?
A) PESSOAS JURÍDICAS QUE NÃO ESTEJAM OBRIGADAS A TRIBUTAÇÃO
PELO LUCRO REAL.
B) POR FORÇA DA LEI 12.814/2013, A PARTIR DE 01.01.2014, PESSOAS
JURÍDICAS COM FATURAMENTO ATÉ R$ 78 MILHÕES E R$ 6,5 MILHÕES,
RESPECTIVAMENTE.
"ART. 13. A PESSOA JURÍDICA CUJA RECEITA BRUTA TOTAL NO ANO CALENDÁRIO
ANTERIOR TENHA SIDO IGUAL OU INFERIOR A R$ 78.000.000,00 (SETENTA E OITO
MILHÕES DE REAIS) OU A R$ 6.500.000,00 (SEIS MILHÕES E QUINHENTOS MIL
REAIS) MULTIPLICADO PELO NÚMERO DE MESES DE ATIVIDADE DO ANO-
CALENDÁRIO ANTERIOR, QUANDO INFERIOR A 12 (DOZE) MESES, PODERÁ OPTAR
PELO REGIME DE TRIBUTAÇÃO COM BASE NO LUCRO PRESUMIDO.
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
CONSIDERA-SE RECEITA TOTAL O PRODUTO DA
VENDA DE BENS DE FABRICAÇÃO PRÓPRIA,
REVENDA, PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS,
RENDIMENTOS DE APLICAÇÃO FINANCEIRA,
LOCAÇÕES DE IMÓVEL E RECEITAS NÃO
OPERACIONAIS.
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
NÃO INTEGRAM A RECEITA TOTAL (Lei 8.541/1992, artigo
14, § 4°):
•VENDAS CANCELADAS
•DEVOLUÇÕES DE VENDAS, DESCONTOS INCONDICIONAIS
•IPI E ICMS ST.
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
O LUCRO PRESUMIDO É APURADO COM A
PRESUNÇÃO DE LUCRO, SEGUNDO A TABELA
DEFINIDA PELA LEGISLAÇÃO, APLICADA SOBRE A
TOTALIDADE DAS RECEITAS AUFERIDAS PARA
DETERMINAR A BASE DE CALCULO DO IRPJ E CSLL.
Contabilidade Fiscal Tributária

TABELA PARA APURAÇÃO DO IRPJ


Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
APLICAÇÃO DA BASE DE CALCULO DO IRPJ
A APURAÇÃO PELO LUCRO PRESUMIDO POSSUI DUAS
ETAPAS:

1. APURAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO;

2. APURAÇÃO DOS IMPOSTOS APLICANDO A


ALÍQUOTA SOBRE A BASE DE CALCULO;
Contabilidade Fiscal Tributária

TOMAREMOS COMO EXEMPLO UMA PRESTADORA DE SERVIÇOS EM GERAL


COM RECEITA TOTAL NO PRIMEIRO TRIMESTRE DO ANO DE R$ 923.141,25
1) BASE DE CÁLCULO DO IRPJ: RECEITA TOTAL X A ALÍQUOTA DO LUCRO
PRESUMIDO. (CONSTANTE NA TABELA)
923.141,25 X 32% = 295.405,20
2) CALCULO DO IRPJ: BASE DE CALCULO X ALÍQUOTA DO IRPJ (FIXA EM 15%
CONF. RIR/99)
295.405,20 X 15% = 44.310,78
3) ADICIONAL DE 10% SOBRE A DIFERENÇA DO IMPOSTO EXCEDENTE QUANDO

A BASE DE CALCULO FOR > 60.000,00 AO TRIMESTRE.


(295.405,20 – 60.000,00) X 10% = 23.540,52
TOTAL DO IRPJ = 44.310,78 + 23.540,52 = 67.851,30
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
Por força do artigo 22 da Lei 10.684/2003, a base de cálculo da CSLL, devida pelas pessoas
jurídicas optantes pelo lucro presumido corresponderá a:
12% da receita bruta nas atividades comerciais, industriais, serviços hospitalares e de
transporte;
32% para:
a) prestação de serviços em geral, exceto a de serviços hospitalares e de transporte;
b) intermediação de negócios;
c) administração, locação ou cessão de bens imóveis, móveis e direitos de qualquer
natureza.
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO PRESUMIDO
UTILIZANDO O MESMO EXEMPLO VAMOS CALCULAR A CSLL
1) BASE DE CÁLCULO DO CSLL: RECEITA TOTAL X A ALÍQUOTA DO LUCRO
PRESUMIDO
923.141,25 X 32% = 295.405,20
CALCULO DO CSLL: BASE DE CALCULO X ALÍQUOTA DO CSLL (FIXA EM
9% CONF. RIR/99)
295.405,20 X 9% = 26.586,46

*PARA EFEITO DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL NÃO HÁ INCIDÊNCIA DE ADICIONAL


Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO DE OUTRAS RECEITAS


Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

LUCRO REAL
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
CONCEITO:
LUCRO REAL SIGNIFICA O PRÓPRIO LUCRO
TRIBUTÁVEL, PARA FINS DA LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO
DE RENDA, OU SEJA, O RESULTADO CONTÁBIL
AJUSTADO PELAS ADIÇÕES, EXCLUSÕES OU
COMPENSAÇÕES PREVISTAS NA LEGISLAÇÃO PRONTO
PARA SER TRIBUTADO, DISTINTO DO LUCRO LÍQUIDO
APURADO CONTABILMENTE.
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
QUEM ESTÁ OBRIGADO?
• CUJA RECEITA BRUTA TOTAL, NO ANO-CALENDÁRIO ANTERIOR,
SEJA SUPERIOR A R$ 78.000.000,00, OU MULTIPLICADO PELO
NÚMERO DE MESES DE ATIVIDADE DO ANO-CALENDÁRIO ANTERIOR,
QUANDO INFERIOR A 12 MESES;
• QUE TIVEREM LUCROS, RENDIMENTOS OU GANHOS DE CAPITAL
ORIUNDOS DO EXTERIOR;
• QUE, AUTORIZADAS PELA LEGISLAÇÃO TRIBUTÁRIA, USUFRUAM DE
BENEFÍCIOS FISCAIS RELATIVOS À ISENÇÃO OU REDUÇÃO DO
IMPOSTO;
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
• CUJAS ATIVIDADES SEJAM DE BANCOS COMERCIAIS, BANCOS DE
INVESTIMENTOS, BANCOS DE DESENVOLVIMENTO, CAIXAS
ECONÔMICAS, SOCIEDADES DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E
INVESTIMENTO, SOCIEDADES DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO,
SOCIEDADES CORRETORAS DE TÍTULOS, VALORES MOBILIÁRIOS E
CÂMBIO, DISTRIBUIDORA DE TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS,
EMPRESAS DE ARRENDAMENTO MERCANTIL, COOPERATIVAS DE
CRÉDITO, EMPRESAS DE SEGUROS PRIVADOS E DE CAPITALIZAÇÃO
E ENTIDADES DE PREVIDÊNCIA PRIVADA ABERTA;
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
• QUE, NO DECORRER DO ANO-CALENDÁRIO, TENHAM EFETUADO
PAGAMENTO MENSAL PELO REGIME DE ESTIMATIVA (O REGIME
DE ESTIMATIVA É A OPÇÃO DE PAGAMENTO MENSAL, ESTIMADO,
DO IMPOSTO DE RENDA, PARA FINS DE APURAÇÃO DO LUCRO
REAL EM BALANÇO ANUAL).
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
• QUE EXPLOREM AS ATIVIDADES DE PRESTAÇÃO
CUMULATIVA E CONTÍNUA DE SERVIÇOS DE
ASSESSORIA CREDITÍCIA, MERCADOLÓGICA, GESTÃO
DE CRÉDITO, SELEÇÃO E RISCOS, ADMINISTRAÇÃO DE
CONTAS A PAGAR E A RECEBER, COMPRAS DE
DIREITOS CREDITÓRIOS RESULTANTES DE VENDAS
MERCANTIS A PRAZO OU DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS
(FACTORING)
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
AS PESSOAS JURÍDICAS, MESMO SE NÃO OBRIGADAS
PODERÃO APURAR SEUS RESULTADOS TRIBUTÁVEIS COM BASE
NO LUCRO REAL, ASSIM, CASO A EMPRESA APURE UM
PEQUENO LUCRO CONTÁBIL OU ATÉ MESMO UM PREJUÍZO, E
NÃO ESTANDO OBRIGADA A APURAR O LUCRO REAL, PODERÁ
FAZÊ-LO, VISANDO ECONOMIA TRIBUTÁRIA (PLANEJAMENTO
TRIBUTÁRIO).
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
FORMAS DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL
AS PESSOA JURÍDICAS TRIBUTADAS COM BASE NO LUCRO REAL
(POR OPÇÃO OU POR ESTAREM LEGALMENTE OBRIGADAS A
ESSE REGIME TRIBUTÁRIO) PODEM ADOTAR UMA DAS
SEGUINTES FORMAS DE PAGAMENTO DO IMPOSTO DE RENDA
E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL:

• TRIMESTRAL;
• ANUAL POR ESTIMATIVA MENSAL;
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
LUCRO REAL TRIMESTRAL
MEDIANTE APURAÇÃO DO LUCRO REAL TRIMESTRAL
DEFINITIVO, HIPÓTESE EM QUE ESTA APURAÇÃO DEVE
SER FEITA PARTINDO-SE DO RESULTADO CONTÁBIL, DE
CADA TRIMESTRE (LEVANTAMENTO DE BALANÇO
TRIMESTRAL, ENCERRADOS NOS DIAS 31 DE MARÇO, 30
DE JUNHO, 30 DE SETEMBRO E 31 DE DEZEMBRO DO
ANO-CALENDÁRIO).
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL TRIMESTRAL


CARACTERÍSTICAS:
A EMPRESA FAZ O BALANÇO DE TRÊS EM TRÊS
MESES, CONSIDERANDO AS RECEITAS E AS
DESPESAS QUE OBTENHA DURANTE O TRIMESTRE, E
RECOLHE A PARTIR DO MÊS SUBSEQÜENTE

JAN FEV MAR ABR DEZ


Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
LUCRO REAL POR ESTIMATIVA
• NESTA FORMA DE PAGAMENTO A BASE DE CÁLCULO DO IRPJ
DEVIDO MENSALMENTE SERÁ UM VALOR DETERMINADO POR MEIO
DE APLICAÇÃO DE PERCENTUAIS SOBRE A RECEITA BRUTA DA
EMPRESA (NOS MOLDES DO SISTEMA DO LUCRO PRESUMIDO).
• PAGA-SE UM IMPOSTO MENSALMENTE POR ESTIMATIVA E APURA-
SE O VALOR EFETIVAMENTE DEVIDO MEDIANTE O LEVANTAMENTO
DE BALANÇO ANUAL.
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL POR ESTIMATIVA


CARACTERÍSTICA:
A EMPRESA FAZ O BALANÇO MENSALMENTE, PAGANDO
TRIBUTOS SOBRE O LUCRO, CONSIDERANDO AS RECEITAS E AS
DESPESAS QUE OBTENHA DURANTE O MÊS.

Ano-calendário
Contabilidade Fiscal Tributária

APURAÇÃO DO LUCRO REAL


• AQUI É IMPORTANTE ENTENDER QUE EXISTE UMA
DIFERENÇA ENTRE O CONCEITO DE LUCRO PARA FINS
COMERCIAIS E EM TERMOS TRIBUTÁRIOS.
• PODE SE AFIRMAR QUE OS AJUSTES EFETUADOS NO
LUCRO LÍQUIDO PARA SE DETERMINAR O LUCRO REAL
TÊM COMO OBJETIVO EXATAMENTE RECONCILIAR A
ABORDAGEM COMERCIAL COM A TRIBUTÁRIA
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL
APURAÇÃO DO LUCRO REAL
O LUCRO CONTÁBIL SERÁ AJUSTADO COM ADIÇÕES OU
EXCLUSÕES, A FIM DE ENCONTRAR O LUCRO REAL,
ACEITÁVEL PELA LEGISLAÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA.
Contabilidade Fiscal Tributária

ADIÇÕES AO LUCRO REAL


• QUALQUER PROVISÃO, EXCETO FÉRIAS, 13º, RESERVAS DE CIAS DE
SEGURO, PREVIDÊNCIA PRIVADA E ASSISTÊNCIA A SAÚDE.
• ARRENDAMENTO MERCANTIL, ALUGUEL DE BENS MÓVEIS E IMÓVEIS
EXCETO INERENTES COM A OBTENÇÃO DE RECEITA
• DESPESAS QUE NÃO SÃO DA EMPRESA
• ALIMENTAÇÃO DOS SÓCIOS E ACIONAISTAS E ADMINISTRADORES
• CONTRIBUIÇÃO NÃO COMPULSÓRIO, EXCETO: SEGUROS, PLANOS DE
SAÚDE, PREVIDÊNCIA SOCIAL EM FAVOR DE SÓCIOS E DIRIGENTES.

• DEMAIS CASO VIDE: Lei 11.638 de 2007 e 11.941 de 2009


ART. 247 e SEGUINTES RIR/99
Contabilidade Fiscal Tributária

EXCLUSÕES AO LUCRO REAL


• DEPRECIAÇÃO ACELERADA
• DIVIDENDOS
• EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL POSITIVA

• DEMAIS CASO VIDE: Lei 11.638 de 2007 e 11.941 de 2009


ART. 247 e SEGUINTES RIR/99
Contabilidade Fiscal Tributária

LUCRO REAL INCENTIVOS FISCAIS


AS EMPRESAS TRIBUTADAS PELO LUCRO REAL PODERÃO DESTINAR
PARTE DO SEU IMPOSTO DE RENDA A INCENTIVOS FISCAIS.
• PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT)
• ATIVIDADES DE CARÁTER CULTURAL E ARTÍSTICO;
• DOAÇÕES AO FUNDO DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO
ADOLESCENTE
• ATIVIDADE AUDIOVISUAL.

* Observados os limites e prazos previstos na


legislação.
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO APLICAÇÃO DO INCENTIVO


PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR (PAT) – REDUÇÃO DO LIMITE INDIVIDUAL (Art.
5º)
O PAT foi criado pela Lei nº 6.321/76. O incentivo está concedido em seu art. 1º, que foi incorporado
pelos (arts. 581/582 do RIR). A empresa pode, também, inscrevendo-se no PAT, optar pelo
fornecimento de vale-refeição em vez de manter setor próprio de preparação e fornecimento de
refeições. O vale-refeição é a forma adotada pela maioria das empresas.
No caso do PAT, uma vez apurado o incentivo pelo método exposto, o limite de dedução do IRPJ é de
4%.
Exemplo: Despesa Com o PAT = 200.000 => Limitado: 4% do imposto devido
IRPJ = 750.000
4% de 750.000 = 30.000
IRPJ = 750.000 – 30.000 = 720.000
Contabilidade Fiscal Tributária

LALUR – LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL

O LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL, TAMBÉM CONHECIDO


PELA SIGLA LALUR, É UM LIVRO DE ESCRITURAÇÃO DE
NATUREZA EMINENTEMENTE FISCAL, CRIADO PELO DECRETO-LEI
NO 1.598, DE 1977, EM OBEDIÊNCIA AO § 2O DO ART. 177 DA
LEI NO 6.404, DE 1976, E DESTINADO À APURAÇÃO EXTRA
CONTÁBIL DO LUCRO REAL SUJEITO À TRIBUTAÇÃO PARA O
IMPOSTO DE RENDA EM CADA PERÍODO DE APURAÇÃO,
CONTENDO, AINDA, ELEMENTOS QUE PODERÃO AFETAR O
RESULTADO DE PERÍODOS DE APURAÇÃO FUTUROS (RIR/1999,
ART. 262).
Contabilidade Fiscal Tributária

LALUR – LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL


Parte A
DESTINADA AOS LANÇAMENTOS DE AJUSTE DO LUCRO
LÍQUIDO DO PERÍODO (ADIÇÕES, EXCLUSÕES E
COMPENSAÇÕES), TENDO COMO FECHO A TRANSCRIÇÃO
DA DEMONSTRAÇÃO DO LUCRO REAL;
Parte B
DESTINADA EXCLUSIVAMENTE AO CONTROLE DOS
VALORES QUE NÃO CONSTEM DA ESCRITURAÇÃO
COMERCIAL, MAS QUE DEVAM INFLUENCIAR A
DETERMINAÇÃO DO LUCRO REAL DE PERÍODOS FUTUROS.
Contabilidade Fiscal Tributária

LALUR – LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL


Contabilidade Fiscal Tributária

LALUR – LIVRO DE APURAÇÃO DO LUCRO REAL


Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS

www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

- Competência tributária: Artigo 153, I da CF/88

- Compete à União instituir impostos sobre:

- III - produtos industrializados – IPI

§ 1° - É facultado ao Poder Executivo, atendida as condições e

os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos

enumerados nos incisos I, II, IV e V.


Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados


§ 3° - O imposto previsto no inciso IV:

I – será seletivo em função da essencialidade do produto;

II – será não cumulativo, compensando-se o que for devido


em cada operação com o montante cobrado nas anteriores;

III – não incidirá sobre produtos industrializados destinados


ao exterior.”
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

Não está sujeito a anterioridade no que tange


a alíquota: a Tabela de Incidência do IPI (TIPI)
vigente é a do Decreto nº 4542 de 26 de
dezembro de 2002, podendo serem
modificadas as alíquotas a critério do Poder
Executivo ou Ministério da Fazenda,
obedecido o prazo de 90 dias
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

• PRINCÍPIO DA NÃO-CUMULATIVIDADE

• PRINCÍPIO DA SELETIVIDADE
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

• “O Princípio constitucional da não-cumulatividade é técnico e está


a serviço do valor adicionado pelos agentes econômicos na
cadeia de circulação de bens e serviços”.

• “Em razão disto, cada agente recolhe ou deveria recolher o


imposto sobre o valor que adicionou ao produto, pois o valor que
foi pago na operação anterior lhe dá um crédito a ser abatido do
débito do imposto.”
Contabilidade Fiscal Tributária
Soja in natura Soja beneficiada

Indústria de Indústria de
Matéria-prima transformação
beneficiamento
IPI = 150,00 – 100,00
IPI = 100,00
= 50,00
Óleo de soja

Consumidor Óleo de Soja Comércio

Valor total = 100,00 + 50,00


do IPI = 150,00
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados


• O IPI deve respeitar o princípio da seletividade das alíquotas em
razão da essencialidade dos produtos;

• Segundo este princípio, quanto mais supérfluo ou prejudicial à


saúde for o produto, maior deve ser a sua alíquota - temos aí uma
função extra fiscal do IPI - Ex. Cigarros, bebidas, perfumes e
cosméticos.

• Atualmente, a diversificação das alíquotas não tem respeitado o


princípio da seletividade, assumindo função meramente fiscal.
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados


• Art. 46 - O imposto, de competência da União, sobre produtos
industrializados tem como fato gerador:
• I - o seu desembaraço aduaneiro, quando de procedência
estrangeira;
• II - a sua saída dos estabelecimentos a que se refere o parágrafo
único do art. 51;
• III - a sua arrematação, quando apreendido ou abandonado e
levado a leilão
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

• O imposto incide sobre produtos industrializados, nacionais


e estrangeiros, obedecidas as especificações constantes da
Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos
Industrializados – TIPI:

• Produto industrializado é o resultante de qualquer operação


definida neste Regulamento como industrialização, mesmo
incompleta, parcial ou intermediária
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

• Caracteriza industrialização qualquer operação que


modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento,
a apresentação ou a finalidade do produto, ou o
aperfeiçoe para consumo, tal como:
• I - a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos
intermediários, importe na obtenção de espécie nova
(transformação);
• Ex: transformação do ferro em chapa metálica
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

• II - a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de


qualquer forma, alterar o funcionamento, a
utilização, o acabamento ou a aparência do produto
(beneficiamento);
• Ex: beneficiamento da soja

• III - a que consista na reunião de produtos, peças


ou partes e de que resulte um novo produto ou
unidade autônoma, ainda que sob a mesma
classificação fiscal (montagem);
• Ex: montagem de veículos
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados


• Não se considera industrialização:

• I - o preparo de produtos alimentares, não acondicionados em


embalagem de apresentação:

• II - o preparo de refrigerantes, à base de extrato concentrado, por


meio de máquinas, automáticas ou não, em restaurantes, bares e
estabelecimentos similares, para venda direta a consumidor

• III - a confecção ou preparo de produto de artesanato;

• IV - a confecção de vestuário, por encomenda direta do consumidor ou


usuário, em oficina ou na residência do confeccionador
Contabilidade Fiscal Tributária

• Observações:
– Estabelecimento industrial: o que dedica ao
processo industrial propriamente

– Estabelecimento equiparado ao industrial:


não dedica propriamente ao processo de
industrialização de bens, mas a lei o
equipara a tal – artigos 9 e 11 do RIPI
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

 O IPI, é um imposto de competência federal;

 É considerado um imposto por fora, pois seu cálculo é feito


sobre o valor dos produtos (mercadorias) e a ele é
adicionado.

 O IPI é calculado mediante a aplicação de uma alíquota sobre


o valor dos produtos. Essa alíquota varia em função do tipo
de produto.

OBS: o IPI é um imposto recuperável.


Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

• Crédito acumulado do IPI


• Ocorre quando o crédito supera o valor do
débito, nas seguintes situações:
– Alíquota de saída menor que alíquota de entrada
– Alíquota 0%, isenção ou imunidade nas saídas
• O Saldo Credor pode ser utilizado para
compensar com qualquer tributo federal (art. 74
da Lei 9430/96)
Contabilidade Fiscal Tributária

CRÉDITO DE IPI
Os créditos de IPI são apurados:
1) Destacando da 1ª via do documento fiscal valores
relativos a:
– matéria-prima,
– material secundário,
– material intermediário,
– material de embalagem produto adquirido de terceiros
cujas saídas estejam sujeitas ao IPI;
2) em decorrência de:
– créditos de incentivo fiscal
– créditos de devolução de mercadorias
– créditos de restituição do pagamento indevido
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

Requisitos para a obtenção dos


créditos de IPI:
–Que os produtos industrializados sejam
destinados à venda, cujas saídas sejam
tributadas
–O Contribuinte deve estar em situação
regular com o Fisco
Contabilidade Fiscal Tributária

IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados

Exemplo:

- Compra de mercadorias, à vista, no valor de R$ 10.000,00,


com a incidência de IPI (alíquota 10%).

- Venda de mercadorias, à vista, no valor de R$ 20.000,00,


representando o total do estoque, com a incidência de IPI
(alíquota 10%).
Contabilidade Fiscal Tributária

Programa de Integração Social


Contribuição para o Financiamento da
Seguridade Social
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

ASPECTOS GERAIS
O PIS e a COFINS são contribuições sociais de
competência federal destinadas,
respectivamente, ao custeio do seguro-
desemprego e do abono aos empregados
com média de até dois salários mínimos de
remuneração mensal e ao financiamento da
seguridade social em sentido amplo.
Contabilidade Fiscal Tributária

FATO GERADOR
O fato gerador do PIS e da COFINS é o
faturamento mensal, assim entendido o
total das receitas auferidas pela pessoa
jurídica, independentemente de sua
denominação ou classificação contábil.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONTRIBUINTES

São contribuintes do PIS e da COFINS


as pessoas jurídicas de direito
privado.
Contabilidade Fiscal Tributária

APURAÇÃO

Há duas sistemáticas de apuração destas


contribuições:

• CUMULATIVA

• NÃO CUMULATIVA
Contabilidade Fiscal Tributária

SISTEMATICA CUMULATIVA

• Sistemática Cumulativa: pela qual não é


permitido o aproveitamento de créditos
nas aquisições para abatimento do
débito gerado, apurado a partir da
aplicação sobre a base de cálculo.
Contabilidade Fiscal Tributária

SISTEMATICA NÃO CUMULATIVA

• Sistemática não-cumulativa, pela qual é


permitido o aproveitamento de créditos
nas aquisições para abatimento do
débito gerado, apurado a partir da
aplicação sobre a base de cálculo.
Contabilidade Fiscal Tributária

ALIQUOTAS
Sistemática cumulativa:

Para determinação do valor do PIS e da


COFINS devidos aplicar-se-ão sobre a base de
cálculo apurada, respectivamente, as
alíquotas de 0,65% para o PIS e 3,0% para a
COFINS.
Contabilidade Fiscal Tributária

ALIQUOTAS
Sistemática não cumulativa:

Para determinação do valor do PIS e da


COFINS devidos aplicar-se-ão sobre a base de
cálculo apurada, respectivamente, as
alíquotas de 1,65% para o PIS e 7,6% para a
COFINS.
Contabilidade Fiscal Tributária

APURAÇÃO
Regra geral, as pessoas jurídicas optantes
pelo Lucro Real (apuração do IRPJ e CSLL)
estão incluídas na sistemática não-
cumulativa de apuração do PIS e da
Cofins, enquanto as pessoas jurídicas
tributadas pelo Lucro Presumido ficam
sujeitas à cumulatividade.
Contabilidade Fiscal Tributária

BASE DE CALCULO
Para fins de determinação da base de
cálculo, podem ser excluídos do
faturamento, quando o tenham
integrado, os valores: (Lei nº 10.637, de
2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de
2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº 247, de
2002, art. 24):
Contabilidade Fiscal Tributária

BASE DE CALCULO
Alguns exemplos de exclusão da base de
calculo do PIS e da COFINS:
• IPI
• Descontos incondicionais
• Receita de vendas de ativo permanente
• Vendas para o exterior
• ICMS ST
Contabilidade Fiscal Tributária

REGIME DE NÃO CUMULATIVIDADE


Consiste em compensar do valor devido do imposto o valor
pago no processo anterior de aquisição de mercadorias e
serviços.
Apura-se o imposto a pagar, abatendo o imposto
recuperado na compra da mercadoria.
EX: Compra de Mercadoria para revenda: 1.000,00 PIS=
16,50
Venda de Mercadorias: 4.000,00 PIS= 66,00
Imposto a pagar = 66,00 – 16,50 = 49,50
Contabilidade Fiscal Tributária

É possível creditar-se do PIS/ COFINS nas seguintes


situações:

• Bens Adquiridos para Revenda;


• Bens e Serviços Utilizados Como Insumos;
• Energia Elétrica e Térmica;
• Créditos de Aluguéis e Arrendamentos;
• Depreciação de Bens do Ativo Imobilizado;
• Peças e Serviços de Manutenção;
Contabilidade Fiscal Tributária

Exemplo:
Empresa XXX Comercial Ltda, optante pelo lucro real, apura
PIS/ COFINS mensal com base nos seguintes dados:
1. Revenda de Mercadorias no valor de 20.000,00;
2. Compra de Mercadorias para revenda no valor de
8.000,00;
3. Energia Elétrica no valor de 1.200,00;
4. Aluguel no valor de 2.000,00;
5. Depreciação no valor de 400,00;
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

PIS/ COFINS MONOFÁSICOS


• Pela Lei 10.147/2000, o Governo Federal instituiu o regime
monofásico para produtos de higiene pessoal, medicamentos e
cosméticos, que tornou os importadores e industriais desses
produtos responsáveis pelo recolhimento do PIS e da COFINS
incidentes sobre a cadeia de produção e consumo mediante a
aplicação de uma alíquota global de 12,50% e reduziu a zero a
alíquota do PIS e da COFINS para revendedores e varejistas.
• Serão aplicadas alíquotas de 2,20% para o PIS e 10,30% para a
COFINS sobre as receitas com venda, pelo industrial ou
importador, de produtos classificados na TIPI nas posições 33.03 a
33.07 e nos códigos 3401.11.90, 3401.20.10 e 9603.21.00.
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLOS
• - Perfumes e águas-de-colônia;
• - Produtos de maquilagem para os lábios e olhos;
• - Cremes de beleza;
• - Xampus;
• - Cremes de barbear;
• - Desodorante;
• - Fio dental.
Contabilidade Fiscal Tributária

ISENÇÕES E NÃO-INCIDÊNCIA

1. TEMPLOS, PARTIDOS POLÍTICOS, ASSOCIAÇÕES,


ENTIDADES SEM FINS LUCRATIVOS (LEGISLAÇÃO
ESPECÍFICA)
2. VENDAS PARA ZONA FRANCA DE MANAUS
3. EXPORTAÇÕES
4. OUTRAS ESPECIFICAS
Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

IMPOSTOS ESTADUAIS
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

FORMAÇÃO DE ANALISTA FISCAL


E TRIBUTÁRIO

ICMS
www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

IMPOSTO SOBRE CIRCULAÇÃO DE


MERCADORIAS E SERVIÇOS DE
TRANSPORTE INTERMUNICIPAIS
E INTERESTADUAIS E DE
COMUNICAÇÃO

ICMS
Contabilidade Fiscal Tributária

BASE LEGAL
• Art. 155, CF
• Lei Complementar nº 87/96 e convênios
firmados entre diversos estados.
• ICMS-MG destaca-se o RICMS/2002 –
Regulamento do ICMS/2002 (Decreto 43.080
de 23/12/2002).
Contabilidade Fiscal Tributária

DEFINIÇÃO
O art. 155 da CF estabelece ser de competência dos
Estados e do Distrito Federal a instituição do ICMS
sobre:
II - operações relativas à circulação de mercadorias e
sobre prestações de serviços de transporte interestadual
e intermunicipal e de comunicação, ainda que as
operações e as prestações se iniciem no exterior
Contabilidade Fiscal Tributária

PRINCIPIOS

• Não-cumulatividade:
Art. 155, § 2º, Inciso I, CF;

• Principio da Seletividade:

Art. 155, § 2º, Inciso III, CF;


Contabilidade Fiscal Tributária

FATO GERADOR

O fato gerador do ICMS pode consistir:


a) Na circulação de mercadorias;
b)Na prestação de serviço de transporte
(interestadual e intermunicipal);
c) Na prestação de serviço de comunicação.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONTRIBUINTE
Contribuinte do imposto é qualquer pessoa,
física ou jurídica, que realize operação de
circulação de mercadoria ou prestação de
serviço descrita como fato gerador do imposto
Contabilidade Fiscal Tributária

DA INCIDENCIA
INCIDÊNCIA: ART. 1º A 4º - RICMS/2002.
http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/parte
geral2002_1.htm#art1

DA NÃO INCIDENCIA
NÃO INCIDÊNCIA: ART. 5º - RICMS/2002.
http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/partegeral2002_1.htm#art5
Contabilidade Fiscal Tributária

ALIQUOTAS
Alíquota é o percentual ou valor fixo que será
aplicado sobre a base de calculo para o cálculo
do valor de um tributo. As alíquotas de ICMS
são: interna ou estadual, externa ou
interestadual;
Contabilidade Fiscal Tributária

ALIQUOTA INTERNA
A alíquota varia de acordo com o produto;

• 7%
• 12%
• 18%
• 25%
• 30%

http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/partegera
l2002_2.htm#art42
Contabilidade Fiscal Tributária

ALIQUOTA INTERESTADUAL

http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/partegeral2002_2.htm#art4
2
Contabilidade Fiscal Tributária

ALIQUOTA INTERESTADUAL
Operações e prestações
interestaduais entre
“contribuintes” do ICMS
Resolução nº 22/89

Região Sudeste e Sul Regiões Norte,


↓ 7% ↓ Nordeste, Centro-
Regiões Norte, oeste e Espírito Santo
Nordeste, Centro- ↓ 12% ↓
oeste e Espírito Santo Região Sudeste e Sul

http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002_seco/partegeral200
2_2.htm#art42
Contabilidade Fiscal Tributária

EXONERAÇÕES
• IMUNIDADE: É UMA NÃO-INCIDÊNCIA
CONSTITUCIONAL;
• ISENÇÃO: É A DISPENSA DO PAGAMENTO DO TRIBUTO
POR DISPOSIÇÃO EXPRESSA EM LEI;
• DIFERIMENTO: SIGNIFICA ADIAR, POSTERGAR O
IMPOSTO PARA UMA ETAPA SEGUINTE OU POSTERIOR;
• SUSPENSÃO: É SUSPENDER O IMPOSTO POR PRAZO
DETERMINADO.
Contabilidade Fiscal Tributária

BASE DE CALCULO
•BC = Valor + IPI + frete + desp. Assess. –
(Descontos Incondicionais)
•BC = Valor + frete
•BC = Valor
•BC = Valor + II + IPI + PIS + COFINS + taxas +
desp. aduaneiras.
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO BASE DE CALCULO


Venda de Produção Própria do produto X, cujo
valor é = 1.000,00. A alíquota do ICMS É DE 18%.
Outros valores:
IPI = 100,00
Frete = 250,00
Solução
BC ICMS = 1.000,00 + 100,00 + 250,00  BC
ICMS = 1.350,00
ICMS = 1.350,00 x 18%  ICMS = 243,00
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO BASE DE CALCULO


Venda de Mercadorias diversas, no valor =
10.000,00. A alíquota do ICMS É DE 18%. Outros
valores:
Desconto incondicional = 450,00
Despesa acessória = 150,00
Solução
BC ICMS = 10.000,00 (-) 450,00 +150,00 BC
ICMS = 9.700,00
ICMS = 9.700,00 x 18%  ICMS = 1.746,00
Contabilidade Fiscal Tributária

CREDITOS
O crédito do ICMS advém do direito de abater das respectivas saídas o imposto pago na
aquisição de produtos e mercadorias e serviços.
O ICMS é não cumulativo. Desta forma, compensa-se o que for devido em cada operação ou
prestação com o anteriormente cobrado por esta ou por outra Unidade da Federação (UF),
relativamente à mercadoria entrada ou à prestação de serviço recebida, acompanhada de
documento fiscal hábil, emitido por contribuinte em situação regular perante o Fisco.
As microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo regime do Simples
Nacional, previsto na Lei Complementar federal nº 123/2006, via de regra, não geram direito
a crédito do ICMS. Porém, a legislação mineira permite o creditamento do imposto incidente
sobre essas aquisições desde que a mercadoria adquirida seja destinada à comercialização ou
à industrialização e que o imposto tenha sido corretamente informado no documento fiscal.
Contabilidade Fiscal Tributária

CREDITOS
É possível ao contribuinte se creditar de:
• Entrada de Energia Elétrica consumida no processo industrial;
• Mercadorias, inclusive material de embalagem, adquiridas ou
recebidas no período para comercialização;
• Matéria-prima, produto intermediário ou material de
embalagem, adquiridos no período, para emprego
diretamente no processo de produção, extração,
industrialização, geração ou comunicação;
Contabilidade Fiscal Tributária

CREDITO SIMPLES NACIONAL

As microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP) optantes pelo regime do Simples

Nacional, previsto na Lei Complementar federal nº 123/2006, via de regra, não geram direito

a crédito do ICMS. Porém, a legislação mineira permite o creditamento do imposto incidente

sobre essas aquisições desde que a mercadoria adquirida seja destinada à comercialização ou

à industrialização e que o imposto tenha sido corretamente informado no documento fiscal.


Contabilidade Fiscal Tributária

CREDITO SIMPLES NACIONAL


Para fins de cálculo deste valor, o contribuinte optante pelo Simples Nacional aplicará a alíquota prevista
nos Anexos I e II da Lei Complementar nº 123/2006 , para a faixa da receita bruta a que o remetente
estiver sujeito no mês anterior ao da operação, observando-se que:
a) na hipótese da operação ocorrer no mês de início da atividade do contribuinte enquadrado como ME
ou EPP, a alíquota a ser informada corresponderá ao menor percentual de ICMS previstos nos
respectivos anexos;
b) o documento fiscal que acobertar a operação deverá conter, no campo destinado às informações
complementares ou, na sua falta, no corpo do documento fiscal, por qualquer meio gráfico indelével, a
expressão: "Permitido o aproveitamento do crédito de ICMS no valor de R$ ....; correspondente à
alíquota de ....%, nos termos do art. 23 da Lei Complementar federal nº 123, de 2006".
Assim, o imposto corretamente informado no documento fiscal emitido pela ME e EPP poderá ser
apropriado pelo destinatário, sob forma de crédito, desde que as aquisições sejam destinadas à
comercialização ou à industrialização.
( RICMS-MG/2002 , Parte Geral, art. 42 , § 26, arts. 68-A e 70, XV)
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO CREDITO ICMS


1) Um distribuidor de peças compra do seu fornecedor um Bomba Hidráulica pelo valor de
R$ 200,00 e na nota fiscal vem destacado ICMS de 18% = R$ 36,00 Crédito ICMS.
Preço pago ao fornecedor = R$ 200,00
(-) Crédito de ICMS 18% = R$ 36,00 => Valor a recuperar
(=) Custo de aquisição = R$ 164,00
2) O distribuidor precisa acrescentar Ex: R$ 100,00 para cobrir despesas da loja e ainda
garantir um lucro para manter o seu negócio. Veja abaixo
(=) Custo de aquisição R$ 164,00
(+) Despesas e lucros R$ 100,00
(=) Base de cálculo R$ 264,00
3) A base para a formação de preço de venda será de R$ 264,00. Levando em consideração
que a alíquota do ICMS incidente na venda é de 18% para formar o preço é preciso apenas
dividir a base por (1 – 0,18% ICMS)
(=) Base de cálculo R$ 264,00
( / ) ICMS (1 – 0,18)
(=) Preço de venda R$ 264,00 / 0.82
(=) Preço de venda RS 321,95
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO CREDITO ICMS


4) A distribuidora vendeu a peça pelo preço final de 321,95.
Preço de Venda = 321,95
Débito ICMS Venda 18% = R$ 57,95
( – ) Crédito ICMS Compra = (R$ 36,00) => Recuperando o valor.
(=) ICMS a Pagar = R$ 21,95

Na venda da Bomba Hidráulica ocorreu um débito de ICMS R$ 57,95 (R$ 321,95 x


18% do preço).
Na compra da Bomba você se creditou de R$ 36,00 (R$ 200,00 x 18%)

Concluímos então que depois de adquirir o produto, incluir as despesas e margem de


lucro e recuperar o ICMS pago na compra, o valor do imposto a pagar ao fisco será de
R$ 21,95.
Contabilidade Fiscal Tributária

CREDITO ATIVO PERMANENTE


Para ser possível o aproveitamento de crédito de ICMS em virtude da aquisição de Ativo
Permanente, o contribuinte terá que observar regras específicas, dentre as quais
destacamos:
a) a apropriação será feita à razão de 1/48 por mês, devendo a 1ª fração ser apropriada no
mês em que ocorrer a entrada do bem no estabelecimento, independentemente do início
de sua utilização na atividade operacional do contribuinte;
b) em cada período de apuração do imposto, não será admitida a apropriação prevista na
letra "a", em relação à proporção das operações de saídas ou prestações isentas ou não
tributadas sobre o total das operações de saídas ou prestações efetuadas no mesmo
período;
c) o quociente de 1/48 será proporcionalmente aumentado ou diminuído, pro rata die, caso
o período de apuração seja superior ou inferior a 1 mês;
Contabilidade Fiscal Tributária

art. 99 cobrança do ICMS incidente sobre as operações e prestações que


destinem bens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não do
imposto, localizado em outro Estado

EMENDA CONSTITUCIONAL
87/2015
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015


O objetivo da EC 87/15 foi corrigir distorções na
arrecadação do ICMS sobre mercadorias e serviços
vendidos a distância – internet, telefone ou catálogos.
Antes da EC 87/15, cabia ao Estado de origem da
mercadoria recolher integralmente o ICMS nas vendas a
consumidores finais não contribuintes do imposto.
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015

Com as recentes alterações, o imposto


correspondente à diferença entre a alíquota
interna e a interestadual será partilhado entre
os Estados de origem e de destino, na
seguinte proporção:
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015

I. para o ano de 2015* (a partir de 16.07.2015): 20% (vinte por


cento) para o Estado de destino e 80% (oitenta por cento)
para o Estado de origem;
II. para o ano de 2016: 40% (quarenta por cento) para o
Estado de destino e 60% (sessenta por cento) para o Estado
de origem;

*A aplicação destes percentuais, em 2015, é inócua, já que o art. 3º da referida Emenda estipula que a mesma
produzirá efeitos no ano subsequente e após 90 (noventa) dias desta, portanto, somente a partir de 2016.
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015

III. para o ano de 2017: 60% (sessenta por cento) para o


Estado de destino e 40% (quarenta por cento) para o Estado
de origem;
IV. para o ano de 2018: 80% (oitenta por cento) para o Estado
de destino e 20% (vinte por cento) para o Estado de origem;
V. a partir do ano de 2019: 100% (cem por cento) para o
Estado de destino.
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015

A responsabilidade pelo recolhimento do imposto


correspondente à diferença entre a alíquota interna
e a interestadual será atribuída ao destinatário
quando este for contribuinte do imposto. Já o
remetente deverá recolher o ICMS quando o
destinatário não for contribuinte do imposto.
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015

No cálculo do valor do ICMS correspondente à


diferença entre as alíquotas interestadual e interna
será considerado o benefício fiscal concedido na
operação ou prestação interna, sem prejuízo da
aplicação da alíquota interna prevista na legislação
da unidade federada de destino.
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015

É devido à unidade federada de destino o ICMS


correspondente à diferença entre a alíquota interna da
unidade federada de destino e a alíquota interestadual
estabelecida pelo Senado Federal para a respectiva
operação ou prestação, ainda que a unidade federada de
origem tenha concedido redução da base de cálculo do
imposto ou isenção na operação interestadual.
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015

Venda a Consumidor Final não Contribuinte Antes da EC 87/15:


1) Venda de Mercadoria a consumidor final não contribuinte no
valor de R$ 1.000,00, alíquota interna 18%. Empresa em MG e
cliente em SP.
Calculo do imposto: 1.000,00 x 18% = 180,00.
OBS: a) Alíquota interna UF de origem;
b) Responsável pelo recolhimento: Empresa remetente;
c) Beneficiário do imposto: Estado de MG.
Contabilidade Fiscal Tributária

EMENDA CONSTITUCIONAL 87/2015


Venda a Consumidor Final não Contribuinte após a EC 87/15:
2) Venda de Mercadoria a consumidor final não contribuinte no valor de R$ 1.000,00, alíquota interna 17%
da UF de destino. Empresa em MG e cliente em GO.
Calculo do imposto: 1.000,00 x 17%= 170,00 => Alíquota interna UF destino
Calculo do imposto: 1.000,00 x 7%= 70,00 => Alíquota interestadual UF de origem
Calculo do imposto: 1.000,00 x 10%= 100,00 => Diferencial de alíquota apurado
Calculo da divisão diferencial de alíquota: 100,00 x 60% = 60,00 => UF de destino
Calculo da divisão diferencial de alíquota: 100,00 x 40% = 40,00 => UF de origem
OBS: a) Alíquota interna UF de destino;
b) Alíquota interestadual UF de origem;
c) Responsável pelo recolhimento: Empresa remetente;
d) Beneficiário do imposto: Estado de GO e MG.
Para MG o calculo deverá seguir a “Orientação Tributária DOLT/SUTRI nº 002/2016”
http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/orientacao/orientacao_002_2016.pdf
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

DIFERENCIAL DE ALIQUOTA
§ 1º Fica o contribuinte mineiro, inclusive a microempresa e a empresa de
pequeno porte, obrigado a recolher o imposto resultante da aplicação do
percentual relativo à diferença entre a alíquota interna e a interestadual,
observado o disposto no inciso XII do caput do art. 43 e no art. 84 deste
Regulamento, na hipótese de:

I - entrada, em estabelecimento de contribuinte no Estado, em decorrência


de operação interestadual, de mercadoria destinada a uso, consumo ou
ativo permanente e de utilização do respectivo serviço de transporte;
Contabilidade Fiscal Tributária

DIFERENCIAL DE ALIQUOTA
§ 14. Ficam a microempresa e a empresa de pequeno porte
obrigadas a recolher, a título de antecipação do imposto, o valor
resultante da aplicação do percentual relativo à diferença entre a
alíquota interna e a interestadual e devido na entrada de
mercadoria destinada a industrialização ou comercialização ou na
utilização de serviço, em operação ou prestação oriunda de outra
unidade da Federação, observado o disposto no inciso XXII do caput
do art. 43 deste Regulamento.
Contabilidade Fiscal Tributária

DIFERENCIAL DE ALIQUOTA
Art. 43, I, § 8º Para cálculo da parcela do imposto correspondente à diferença
entre a alíquota interna e a alíquota interestadual, devida a este Estado, será
observado o seguinte:
a.1) do valor da operação será excluído o valor do imposto correspondente à
operação interestadual;
a.2) ao valor obtido na forma da subalínea “a.1” será incluído o valor do
imposto considerando a alíquota interna a consumidor final estabelecida
neste Estado para a mercadoria;
Contabilidade Fiscal Tributária

DIFERENCIAL DE ALIQUOTA

b) sobre o valor obtido na forma da subalínea “a.2” será


aplicada a alíquota interna a consumidor final estabelecida
neste Estado para a mercadoria;
c) o imposto devido corresponderá à diferença positiva entre o
valor obtido na forma da alínea “b” e o valor do imposto
relativo à operação interestadual, assim considerado o valor
resultante da aplicação da alíquota interestadual sobre o valor
da operação de que trata a subalínea “a.1” antes da exclusão
do imposto;
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

ICMS
SUBSTITUIÇÃO
TRIBUTÁRIA
Contabilidade Fiscal Tributária

O QUE É ?
É uma forma prática de pagar o ICMS.
 Ocorre quando o imposto devido pela saída de determinado produto dos
estabelecimentos comerciais é calculado e pago pelo industrial,
fornecedor, ou ainda por quem a lei atribuir responsabilidade.
Exemplo:
O industrial, ao vender bebidas para o atacadista, além de arcar com o
ICMS relativo à sua própria operação, recolhe também o ICMS devido pelas
operações a serem realizadas pelo atacadista e pelo varejista.
Como o industrial passou a recolher o imposto por substituição tributária,
este valor deverá ser cobrado do estabelecimento comercial na nota fiscal
de fornecimento.
Contabilidade Fiscal Tributária

• ICMS – regime normal


Circulação Circulação
Indústria Comércio Consumo

ICMS ICMS

• ICMS – substituição tributária


Circulação Circulação Consumo
Indústria Comércio

ICMS
ICMS
Contabilidade Fiscal Tributária

SUBSTITUTO
É o contribuinte (fabricante ou fornecedor, por
exemplo) que fica encarregado de calcular e pagar o
ICMS relativo a todas as operações que provavelmente
acontecerão até o produto chegar ao consumidor final.
Deve:
 Recolher o ICMS devido pelas próprias operações que
promove;
 Reter e recolher o ICMS que será devido nas
operações subseqüentes, a serem realizadas pelos
atacadistas e varejistas adquirentes
Contabilidade Fiscal Tributária

SUBSTITUIDO

• São os comerciantes pelos quais o substituto


tributário pagou o ICMS relativo à mercadoria a
ser por eles revendida.
Contabilidade Fiscal Tributária

OCORRÊNCIA

A substituição tributária ocorre, exclusivamente, nos casos


previstos na legislação.

 As hipóteses e os responsáveis pelo pagamento do ICMS/ST


estão previstos no Anexo XV do Regulamento do ICMS.
Contabilidade Fiscal Tributária

A substituição Tributária não se Aplica:

As operações que destinem mercadorias a


estabelecimento industrial para emprego em
processo de industrialização como matéria-
prima, produto intermediário ou material de
embalagem;
Contabilidade Fiscal Tributária

MVA – MARGEM DE VALOR AGREGADO


Esse índice nada mais é do que a porcentagem
determinada pelas Secretarias da Fazenda dos Governos
Estaduais para os produtos, ou grupo de produtos, a fim de
calcular o ICMS que deve ser pago por substituição.
A principal intenção de ajustar o MVA é para impedir a
diferença nos preços e também a concorrência entre as
empresas de estados diferentes geradas por uma questão
de diferencial nas alíquotas.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONVÊNIOS E PROTOCOLOS
Os Convênios e Protocolos de substituição tributária dependem de
ratificação; em regra, entram em vigor na data da publicação no Diário
Oficial da União – DOU. Sua validade é após a ratificação nacional e não
necessitam da implementação por decreto, pois são auto aplicativos. E a
outra opção para consultar NCM´s e suas aplicações com relação à
incidência do ICMS-ST são as consultorias especializadas que reúnem, em
apenas um local, todas essas informações.
http://www.fazenda.mg.gov.br/empresas/legislacao_tributaria/ricms_2002
_seco/anexoxv2002seco.pdf
Contabilidade Fiscal Tributária

Recolhimento do ICMS/ST na entrada


em Minas Gerais

Na aquisição interestadual de produto sujeito à


substituição tributária cujo imposto não tenha
sido retido, ou tenha sido retido a menor pelo
remetente, ou quando a responsabilidade pela
retenção e recolhimento não for a ele atribuída, o
destinatário mineiro deverá efetuar o
recolhimento do ICMS/ST até o momento de
entrada no Estado, utilizando DAE emitido via
internet ou GNRE.
Contabilidade Fiscal Tributária

Exemplo de operação com a mercadoria e os mesmos valores


na ST

A) Valor global de aquisição da mercadoria ...................R$ 1.000,00

B) Crédito de ICMS pela entrada (12%) ...........................R$ 120,00

C) Apuração da Base de Cálculo da (ST)

Valor de aquisição + MVA de 30%

(R$ 1.000,00 + R$ 300,00) .................................................R$ 1.300,00

D) Cálculo do ICMS/ST

(R$ 1.300,00 X 18%) - (R$ 120,00) = .................................R$ 114,00

ICMS a reter, obtido após a dedução do ICMS normal

R$ 234,00 - R$ 120,00 ......................................................R$ 114,00 (*)

E) Valor total da NF do fornecedor

A + D, ou seja, R$ 1.000,00 + R$ 114,00 .........................R$ 1.114,00


Contabilidade Fiscal Tributária

PRODUTOS ALCANÇADOS
Vários produtos estão alcançados pela substituição tributária, tais
como:

Bebidas
Combustíveis
Cigarros
Medicamentos
Materiais de Construção
Materiais Elétricos
Materiais de limpeza
Contabilidade Fiscal Tributária

PRODUTOS ALCANÇADOS
Vários produtos estão alcançados pela substituição tributária, tais
como:

Veículos
Autopeças
Pneus
Tintas
Artigos de Uso Doméstico
Bicicletas
Brinquedos
Contabilidade Fiscal Tributária

PRODUTOS ALCANÇADOS
Vários produtos estão alcançados pela substituição tributária, tais
como:

Colchoaria
Instrumentos Musicais
Ferramentas
Papelaria
Alimentos
Cosméticos
Eletrodomésticos
Contabilidade Fiscal Tributária

NOTA FISCAL ELETRONICA


www.cassioblima.com.br
Contabilidade Fiscal Tributária

NOTA FISCAL ELETRONICA


É um documento emitido e armazenado
eletronicamente, de existência apenas digital,
com o intuito de documentar uma operação de
circulação de mercadorias ou prestação de
serviços ocorrida entre as partes, cuja validade
jurídica é garantida pela assinatura digital do
emitente e recepção, pelo fisco, antes da
ocorrência do Fato Gerador.
Contabilidade Fiscal Tributária

O QUE É NECESSÁRIO PARA


EMITIR
1. Micro computador;

2. Software (sistema) capaz de gerar o arquivo


eletrônico, assinar o arquivo, transmitir esse arquivo
e por último, receber o protocolo retornado pela
respectiva SEFAZ imprimindo o DANFE;

3. Um certificado digital do emissor para assinar a NF-e;

4. Acesso a internet
Contabilidade Fiscal Tributária

FUNCIONAMENTO
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

DANFE
Documento Auxiliar da Nota Fiscal eletrônica
 É a impressão em papel comum (A4) que
acompanha a mercadoria;
 Não é a Nota Fiscal é apenas uma representação
gráfica;
 Possui o código de barras para consulta da nota
fiscal eletrônica no site da Fazenda;
 A verdadeira nota está armazenada no banco de
dados da Fazenda e no Ambiente Nacional;
 Auxilia a escrituração da NFe no destinatário
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

NOTA FISCAL ELETRONICA


Cancelamento de NF-e
Prazo de cancelamento das NF-e geradas
(desde que não tenha ocorrido a circulação da
mercadoria ou a prestação de serviço):
24 horas após a emissão da NF-e – regra válida à partir de
01/01/2012 (Ato COTEP 33/2008 e 35/2010 ).
Contabilidade Fiscal Tributária

PORTAL DA NFe
O portal da Nota Fiscal Eletrônica é o site do governo
criado com o objetivo de interagir o contribuinte com o
projeto Nfe. No portal podemos encontrar a legislação, as
etapas do projeto, consultar Nfe emitidas, cartas de
correção, etc.
http://www.nfe.fazenda.gov.br/portal/principal.as
px
Contabilidade Fiscal Tributária

CUPOM FISCAL ELETRONICO


É um documento fiscal eletrônico, emitido, transmitido e armazenado pelo
equipamento SAT, de existência unicamente digital, que serve para documentar uma
operação de circulação de mercadorias em empresa do varejo.
Sua validade jurídica é garantida pela assinatura digital (através de certificado
digital) feita pelo equipamento SAT. Como o Cupom Fiscal Eletrônico só existe na
forma digital, o consumidor receberá como comprovante um extrato chamado
Extrato do CF-e-SAT.
Com o CF-e, se estabelece um novo padrão para os varejistas: documento fiscal
válido é o Documento Fiscal Eletrônico existente na base de dados da Receita ou
Secretaria da Fazenda.
Contabilidade Fiscal Tributária

SAT - CFe
O SAT-CF-e nada mais é do que um equipamento homologado pelo fisco
capaz de transmitir a informação de venda da loja para a Secretaria da
Fazenda sem a necessidade de o lojista intervir ou formatar arquivos, como
acontece com o aparelho utilizado hoje pelos comerciantes.
Com o novo sistema, é só o lojista emitir a nota para o consumidor e,
periodicamente, de preferência, diariamente, como deseja a Secretaria da
Fazenda, conectar o equipamento à internet para que seja feita,
automaticamente, a transmissão para o fisco das notas já emitidas para os
consumidores.
Contabilidade Fiscal Tributária

CFe – MINAS GERAIS


De acordo com a SPED/MG, desde de dezembro de
2018, o ambiente de produção da NFC-e foi
disponibilizado para quem participou do projeto piloto.
Novos contribuintes poderão se credenciar no sistema
a partir de 02 de janeiro de 2019. Outros
empreendedores devem esperar até 04 de março de
2019 para ingressar no projeto da NFC-e em MG.
O Decreto 47.562/18 já foi publicado e regulamenta a
nota fiscal de consumidor no estado mineiro.
Contabilidade Fiscal Tributária

CONTABILIDADE FISCAL E TRIBUTÁRIA

“SIMPLES NACIONAL”
Fundamentação legal
O que é o Simples Nacional?
Contabilidade Fiscal Tributária

- O Simples Nacional é um Regime Especial Unificado de arrecadação


de impostos e contribuições devidos pelas Microempresas (ME) e
Empresas de Pequeno Porte (EPP) criado pela Lei Complementar 123
com vigência a partir de 01/07/2007.

- Esse regime unifica a legislação tributária aplicável às ME e EPP nos


diversos âmbitos de governo de modo que os regimes especiais de
tributação próprios de cada ente federativo cessaram a partir da
entrada em vigor da LC 123
Gestão do Simples Nacional
Quais os tributosContabilidade
do Simples FiscalNacional
Tributária

- Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ)


- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL)
- Contribuição para o Financiamento da Seg. Social (Cofins)
- Contribuição para o PIS/PASEP
- Contribuição Previdenciária Patronal
- Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de
Mercadorias e sobre Prestações de Serviço de Transporte
Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS)
- Imposto sobre Serviços (ISS)
EMPRESAS ENQUADRADAS NO SIMPLES
Contabilidade Fiscal Tributária

• MICROEMPRESAS ( ME)

• EMPRESAS DE PEQUENO PORTE ( EPP)

• EMPREENDEDOR INDIVIDUAL ( MEI)


Contabilidade Fiscal Tributária

NOVOS LIMITES
No período de 01/01/2012 até 31/12/2017 o limite para a empresa de pequeno
porte era de receita bruta até R$ 3.600.000,00 – sendo alterado para R$
4.800.000,00 a partir de 1º/01/2018 pela Lei Complementar nº 155/2016.
Ficando assim os limites a partir de 01/01/2018:
Microempresa – ME Considera-se Microempresa (ME), o empresário, a
pessoa jurídica, ou a ela equiparada, que aufira, em cada ano-calendário,
receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil
reais). Empresa de Pequeno Porte – EPP Considera-se Empresa de
Pequeno Porte (EPP) o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada,
que aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00
(trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 4.800.000,00 (quatro
milhões e oitocentos mil reais).
Contabilidade Fiscal Tributária

SUBLIMITES
A partir de 01/01/2018 serão 02 (dois) sublimites (R$ 1.800.000,00 e R$ 3.600.000,00)
para Estados e o Distrito Federal, divididos da seguinte forma: a) Os Estados com
participação no PIB brasileiro de até 1% poderão optar pela aplicação, em seus
respectivos territórios, das faixas de receita bruta anual até R$ 1.800.000,00; b) Os
Estados com participação no PIB brasileiro superior a 1% ficam obrigados a adotar as
faixas de receita bruta anual do Simples Nacional de R$ 3.600.000,00.
Os Estados que terão limites diferenciados de R$ 1.800.000,00 no ano-calendário
de 2018: Acre, Amapá, Roraima, e os seus respectivos municípios

Estados que terão limites máximos de R$ 3.600.000,00 no ano-calendário de 2018:


Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão,
Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná,
Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte,
Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins e os seus respectivos
municípios.
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária
Contabilidade Fiscal Tributária

CALCULO

Nova Fórmula:
(RBA12 x ALIQ) – PD / RBA12
Em que:
RBA12: receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores
ALIQ: alíquota indicada no anexo correspondente
PD: parcela a deduzir indicada no anexo correspondente
Como é possível ver, a receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores é
multiplicada pela alíquota e subtraída da parcela a deduzir. O resultado é
dividido pela receita bruta acumulada dos 12 meses anteriores.
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO
Imagine uma empresa de agência de viagens (inserida no Anexo III – Serviços),
cujo faturamento em janeiro de 2018 tenha sido de R$ 58.000,00 e que a receita
bruta acumulada nos 12 meses anteriores (RBA12) tenha sido de R$ 320.000,00.
A alíquota que a empresa pagará sobre o faturamento de janeiro de 2018 será
calculada seguindo a fórmula anterior:
(R$ 320.000,00 x 11,2%) – 9.360,00 / R$ 320.000,00) = 8,275%
Nesse exemplo, a alíquota efetiva é de 8,275%, conforme o Anexo III, para
empresas que faturam anualmente entre R$ 180.000,01 e R$ 360.000,00.
Assim, o valor do Simples Nacional que a empresa terá que pagar em fevereiro
será o faturamento mensal multiplicado pela alíquota efetiva. Conforme:
R$ 58.000,00 X 8,275% = R$ 4.799,50
Contabilidade Fiscal Tributária

FATOR “R”

Empresas enquadradas no Simples Nacional serão tributadas por anexos


diferentes, a depender da proporção de mão de obra de pessoa física
empregada em relação ao faturamento.
Negócios cuja folha de pessoal (apenas pessoa física) ultrapassem 28% do
faturamento ficam atrelados ao anexo III da lei complementar 123/2006. Por
sua vez, empresas cuja proporção desse gasto com pessoal seja inferior a
28% serão tributadas pelo anexo V.
Fator R >28% = Anexo III
Fator R < 28% = Anexo V
Contabilidade Fiscal Tributária

EXEMPLO – 2 FATOR “R”


No caso de empresas que estão inseridas nos anexos III é possível migrar de anexo, a
depender do faturamento dos últimos 12 meses. Ou seja, se o negócio está no Anexo III, no
próximo ano ele pode passar para o Anexo V.
Tal migração ocorrerá aplicando o Fator “R”, que é uma relação entre a folha de pagamento
e o faturamento dos últimos 12 meses. Porém, a migração só poderá ocorrer se o Fator
R for maior que 28%.
Para entender, a fórmula é a seguinte:
Fator R = Folha de pagamento (últimos 12 meses)/Receita bruta (últimos 12 meses)
Caso o Fator R seja inferior a 28%, as atividades de prestação de serviços sujeitas ao Anexo
III serão tributadas de acordo com o Anexo V, o que aumenta as alíquotas aplicadas.
Fator R >28% = Anexo III
Fator R < 28% = Anexo V
Contabilidade Fiscal Tributária

OBRIGADO A TODOS

www.cassioblima.com.br
Contatos:

E-mail: cassiolima.aulas@gmail.com
Face: https://www.facebook.com/cassioblima

Você também pode gostar