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Movimento de Partículas
em Fluidos
- Velocidade terminal
- Balanço de forças em uma partícula
- Coeficiente de arraste (Cd)
- Reynolds da Partícula
- Lei de Stokes
MOVIMENTO DE PARTÍCULAS EM FLUIDOS
• Fluidização (elutriação)
• Transporte de sólidos em leito de fluido
• Sedimentação simples
• Centrifugação
• etc.
Velocidade Terminal: definição
As partículas ao cair no seio de um
fluido, sob ação de uma força constante,
por exemplo a força da gravidade,
sofrem aceleração durante um período
de tempo muito curto e depois disso se
movem à uma velocidade constante.
Fe m f deslocadoa f V f deslocado g f V p g
Força de arraste (atrito):
1
Fa f Ac Cd (vR ) 2 (v f v p ) vR
2
Força resultante Fr m p aresultante Fc Fa Fe
m p aresultante Fc Fa Fe
mp aresult. ( p Vp g ) 1 2 f Ac Cd (vR ) ( f Vp g )
2
[1]
m p massa da partícula
a aceleração
g aceleração gravitacio nal
f densidade do fluido
Ac área " caracterís tica" da partícula
Cd coeficient e de arraste
vR velocidade relativa da partícula
p densidade da partícula
V p volume da partícula
Abaixo, encontram-se possibilidades para a velocidade
relativa de uma partícula em uma corrente de fluido sob
ação de um campo gravitacional:
Velocidade da partícula (+)
g p f
Velocidade do fluido (+)
vf = 0
vp = 0
vf = 0
vp = 0
(a) (b) (c) (d) (e)
(a) v R v f v p ( v p ) v p
(b) vR v f v p v f ( v p ) v f v p
(c) vR v f v p v f ( v p ) v f v p
(d) vR v f v p v f v p
vf = velocidade do fluido + -
(e) vR v f v p v f
vp = velocidade partícula + -
Consideremos uma partícula isolada, sob ação de força
gravitacional e em movimento uniforme (sem aceleração). Do
balanço de forças [1], tem-se:
mp aresult. ( p Vp g ) 1 2 f Ac Cd (vR ) ( f Vp g )
2
[1]
Rearranjando tem-se:
2 ( p f )Vp g
vR [2]
f AcCd
Como calcular Vp, Ac e Cd?
Calculo de Vp e Ac:
Área projetada Vp (d p ) 3
[4]
6
Fluxo de fluido
Volume de uma esfera
Para partículas não esféricas, usar o diâmetro equivalente (deq)
definido na “aula de sólidos particulados”.
6 *V partículanão esférica deq.2
deq. 3
Área partícula não esférica
Substituindo [3] e [4] em [2] tem-se:
4d p g ( p f )
vR [5]
3Cd f
E o valor de Cd?
O coeficiente de arraste (Cd) é função do número de
Reynolds da Partícula:
d p vR f
Cd f (Re) , onde Re p [6]
f
Regime Turbulento
500 Re p 2 x 105 Cd 0,44
(Eq. Newton)
Regime Alta
Re p 2 x 105 Cd 0,2
Turbulência
Gráfico do Coeficiente de Atrito
2 ( p f )Vp g 24
Cd Regime laminar Cd
Ac f vR2 Re p
Lei de Stokes
1000
Região camada Região camada Região alta
quase laminar turbulenta turbulência
100
Cd
10 Cd 0,44 Cd 0,2
Re
10
0.1
0.1 1 10 102 103 104 105 106 107
Reynolds da Partícula
Quando o Re atinge valores altos ocorre
uma separação de camada de fluido, no
início laminar depois turbulenta
vR
p
Lei de Stokes
18 f
Equação fundamental do movimento de partículas em fluidos.
De forma análoga para os outros regimes tem-se:
Re p 0,4
p g ( p f )
Regime laminar 2
1 d
24 vR .
Cd 18 f
Re p
0,4 Re p 500 1
Regime de transição 4 ( p f ) 2
2 3
10 vR g dp
Cd 225 f f
Re p
1
Regime turbulento ( p f )
2
500 Re p 2,5 x 10
5
Método Método
1 2
As equações [5] e [6] podem ser utilizadas Método
para calcular vR por tentativa e erro. 1
Início d p vR f
Se propõe um valor de vR Re p
[6] f
3 2f
p substitui-se em [5].
Gráfico
Cd Rep2 versus Rep
d p vR f
Re p vr
f
Cd Re 2p Cd Re 2p
d p vR f
Re p
f
Exemplo:
(1) Para o sistema onde um fluido tem um fluxo ascendente e
uma partícula sólida descende, utilize os dois métodos
estudados para calcular a velocidade relativa. Trata-se de
um grão de soja cujas características são:
dp = 0,006m; p = 0,98; p = 1190 kg/m3
O fluido é ar a 20ºC: = 1,2 kg/m3
f
μf = 1,7.10-5 kg/m.s
Método d p vR f
1 Re p
f
4 d p g ( p f )
vR
3Cd f
vr (m/s) Cd (gráfico) dp= 0,006 m
Chute inicial 2,00 838,55 0,50 12,40 pf = 1,2 kg/m3
12,40 5199,24 0,40 13,86 uf = 1,70E-05 kg/m.s
13,86 5812,93 0,40 13,86 g= 9,8 m/s2
pp= 1190 kg/m3
1
0.5
0.1
0.1 1 10 102 103 104 105 106 107
Reynolds da Partícula
Método
2
4 gd 3p f ( p f )
Cd Re
2
3 2f
p
1,35.10^7
2 Cd Re 2p
Cd Re p
d p vR f 6,00.103
vr=14,3m/s Re p
f
(2) Calcule a velocidade relativa de partículas de pó com 60 m e 10 m de
diâmetro, em ar a 21oC e 100 kPa de pressão. Se assume que as
partículas são esféricas, com densidade de 1280kg/m3, que o ar tem
uma viscosidade de 1,8.10-5 N.s/m2 e uma densidade de 1,2 kg/m3.
Assuma regime laminar para iniciar os cálculos.
1 d g ( p f )
2 1
4 ( p f ) 2
2 3
vR .
p
vR g dp
18 f 225 f f
Para a partícula de 60 m: d p vR f
-6 2
vR = (60 10 ) 9,8 (1280 – 1,2) = 0,139 m s -1 Re p
f
18 (1,8 10-5)
Verificando o Re para a partícula de 60 m:
Re = (60 10-6) 0,14 (1,2) / (1,8 10-5) = 0,556 (Transição)