Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Taxonomia
• Reino: Protozoa
• Filo: Sarcomastigophora
• Classe: Zoomastigophorea
• Ordem: Kinetoplastida
• Família: Trypanosomatidae
• Gênero: Leishmania
• Subgênero: Viannia e Leishmania
• Espécie: Leishmania (Viannia) braziliensis , Leishmania
(Leishmania) amazonensis, entre outras
Leishmania visceral - calazar
• Doença infecciosa sistêmica de curso lento
• Sinais e sintomas: febre irregular, anemia,
hepatoesplenomegalia, edema, emagrecimento,
caqueixa e hemorragias podendo levar a morte.
• Parasitos adaptados para viver em temperatura
37°
• Formação de pápula com base dura no local de
inoculação do parasito (L. donavani)
Leishmania visceral - calazar
• Tropismo visceral – macrófagos do baço,
medula óssea, gânglios linfáticos e fígado
(cels de Kupffer). Podem parasitar
pulmão, rins, intestinos e pele.
• Os monócitos podem transportar os
parasitos para todos os pontos do
organismo
Distribuição geral no mundo
88 países são endêmicos – apenas 32 fazem notificação compulsória
cutânea
visceral
mucosa
difusa
(WHO/CID/Leish/98.9 Add.1)
Distribuição da leishmaniose visceral no
Brasil
Distribuição Geográfica
• Expansão da doença no país
• Número estável de casos no nordeste
com aumento em outras regiões: norte,
sudeste e centro-oeste
• Urbanização da doença atingindo grandes
centros urbanos
LEISHMANIOSE VISCERAL
Agente etiológico
Leishmania L. chagasi
Parasita intracelular obrigatório de células do sistema fagocítico-mononuclear
Formas Evolutivas
Lutzomyia longipalpis
Vetor
Inseto hematófago, pequeno,
cor de palha, com grandes asas
pilosas para trás e para cima,
cabeça fletida para baixo.
Flebótomo: gênero Lutzomya
Mosquito palha, cangalha, cangalhinha
Fêmeas antropofílicas sangue desenvolvimento dos
ovos.
O inseto, se infectado, introduz através de sua saliva, as
formas promastigotas que infectam o homem.
Vetor
• A digestão do sangue dura em torno de 72 horas em
média, dependendo da espécie.
• Após o sangue ser digerido e os ovos estarem
amadurecidos, a grande maioria das fêmeas morrem
após a postura dos ovos.
• As poucas fêmeas sobreviventes necessitam realizar
uma segunda alimentação sanguínea, para da mesma
forma maturarem seus ovos: é neste momento que elas
transmitem a leishmaniose, pois no ato da picada
injetam as formas flageladas (os protozoários) na
corrente sanguínea de sua vítima.
LEISHMANIOSE VISCERAL
RESERVATÓRIOS
Raposa
Cães
Marsupial
Etapas para Infecção - Doença
• Internalização da Leishmania pelos
macrófagos teciduais
• Multiplicação por divisão binária
• Ruptura de macrófagos com liberação de
amastigotas
• Fagocitose das amastigotas por outros
macrófagos
• Baço
• Medula Óssea
• Fígado
• Linfonodos
• Intestino
• Outros
A função esplênica na LV
• Parasitismo intenso
• Hiperplasia
• Sequestro
• Hiperesplenismo
A medula óssea
• Parasitismo intenso
• Recrutamento de
células inflamatórias
• Diminuição da
produção
Macrófago rompido
Macrófago parasitado
O fígado
• Parasitismo menos
intenso
• Hiperplasia de células de
Küppfer
• Infiltrado inflamatório
• Diminuição da produção
de albumina
LV- Outros Órgãos
Parasitismo • Proteinúria
–macrófagos • Cilindrúria
pulmonares: pneumonite
(tosse) • Hematúria
–das placas de Payer do
intestino diarréia
Síndrome Clínica
• Esplenomegalia
• Hepatomegalia
• Febre
• Pancitopenia
Leishmaniose visceral
QUADRO CLÍNICO
Infecção sempre evolução para doença?
Leishmaniose Visceral
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO PARASITOLÓGICO
Padrão-ouro: visualização de
amastigotas
• Estruturas
– Núcleo
– Cinetoplasto
– Membrana
• Localização
– Intracelular
– Extracelular
Padrão-ouro: cultura de promastigotas
• Formas móveis
– Núcleo
– Cinetoplasto
– Membrana
– Flagelo
Material para diagnóstico
• medula óssea
• baço
• fígado
• linfonodos
• locais menos frequentes (pele, sangue, trato
gastrointestinal, líquido pleural, etc)
Crista ilíaca
Esfregaço de aspirado de medula
Exames que complementam o
diagnóstico
• Hemograma completo
• VHS
• Proteínas totais (albumina/globulina)
• Coagulograma
• Provas de funcionamento hepático e renal
• EAS
IRM - Aplicação do Antígeno
- Face anterior do
antebraço direito
- Leitura em 72 horas
- Mede-se a enduração
LEISHMANIOSES
Tratamento
• Via oral
• Dose única diária
• Baixa toxicidade
• Baixo custo
• Que não estimule o desenvolvimento de
resistência
• Que possua boa correlação entre os testes de
sensibilidade in vitro e a resposta in vivo
Problemas
-Parasitismo
intracelular
-Indução de
imunodepressão
-Infecção pelo HIV
Problemas
• Conhecimento parcial
sobre o metabolismo do
parasito
• Conhecimento parcial
sobre os mecanismos de
ação das drogas
disponíveis
• Toxicidade elevada /
vias de administração
parenteral / custo
elevado
Drogas Recomendadas
• Primeira escolha
– Antimoniais pentavalentes
• Alternativas
– Anfotericina B
– Pentamidina
Antimoniais pentavalentes
81 mg/ml-Glucantime
Toxicidade
• Cardíaca
– Dose dependente
– Duração do tratamento
– Similar à toxicidade dos trivalentes
• ECG
– QTc prolongado e achatamento ou inversão
da onda T
– Arritmias ventriculares
Toxicidade
• Antibiótico poliênico
• Mecanismo de ação - união aos esteróis
neutros da membrana
• A mais potente das drogas de primeira
linha
• Não depende da resposta imune
• Administração I.V
Anfotericina B - toxicidade
• 3, 6, e 12 meses
• Avaliação clínica laboratorial
• Restabelecimento das funções
• Controle dos exames
• Periodicidade individual
CRITÉRIOS DE CURA DO CALAZAR
Regressão dos sinais clínicos:
- febre: geralmente desaparece em torno do 5º dia do
tratamento
– regressão da hepatoesplenomegalia: pelo menos 40%
(exceto nas formas extensas onde o baço pode
permanecer palpável)
– melhora do estado geral: apetite, disposição, ganho de
peso
Melhora dos parâmetros hematológicos a partir da
2ª semana
- alterações na eletroforese de proteínas podem levar meses
- surgimento de eosinofilia ao final do tratamento é sinal de
bom prognóstico
- provas sorológicas negativam-se tardiamente
- seguimento deve ser feito ao 3, 6 e 12 meses
- IRM: positiva-se tardiamente (geralmente depois de 1 ano)
67