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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE – FURG

ESCOLA DE QUÍMICA E ALIMENTOS – EQA


OPERAÇÕES UNITÁRIAS I - 02421

CARACTERIZAÇÃO FÍSICA DE
PARTÍCULA ISOLADA
AULA 1 e 2

- POROSIDADE DA PARTÍCULA

- MASSA ESPECÍFICA DA PARTÍCULA

- ÁREA ESPECÍFICA SUPERFICIAL

- MORFOLOGIA DAS PARTÍCULAS

- ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

- DIÂMETRO MÉDIO DE PARTICULA

- MODELO PARA DISTRIBUIIÇÃO GRANULOMÉTRICA

Profa. Christiane Saraiva Ogrodowski


JUSTIFICATIVA

 O projeto dos equipamentos de processo que envolvem


sólidos nas correntes requer o conhecimento de suas
propriedades físicas, principalmente, diâmetro,
esfericidade, porosidade, área e massa específica.

 As operações unitárias que se relacionam com os sólidos


são: redução de tamanho (fragmentação), separação
e classificação (peneiramento), filtração, sedimentação,
centrifugação, ciclonagem e hidrociclonagem,
fluidização, permeabilidade em leitos fixos…
POROSIDADE

 É a medida da fração de espaços vazios de uma


partícula ou de um aglomerado de partículas.

Fig. 1: Classificação dos poros


(Cremasco 2012) Fig. 2: Representação da porosidade de um pó
(Cremasco 2012)
Porosidade da partícula (εp)

 É a propriedade da partícula que mais influencia as


propriedades do leito

EQ. 1
Porosidade do pó (εp)

 É a propriedade da partícula que mais influencia as


propriedades do leito

EQ. 2
MASSA ESPECÍFICA DA PARTÍCULA

 É definida como a massa do material dividido pelo


volume ocupado por ele

EQ. 3
Massa específica (ρp)

 Massa específica real


EQ. 4

 Massa específica aparente

EQ. 5

Sendo:

Para particulas de baixa porosidade


Porosidade pela relação das ρp (εp)

 Da relação das massas especificas aparente e real da


partícula obten-se a porosidade

EQ. 6
ÁREA ESPECíFICA SUPERFÍCIAL

 É definida como á área supeficial da partícula na


unidade de massa (AM), ou na unidade de volume (AV)

 É fundamental nos estudos de fenômenos e operações


que envolvem transferência de massa e de calor, pois
estão associados à área disponível para troca de
energia e/ou matéria
Área específica superfícial (ApM)

 A área específica por unidade de massa (ApM) pode ser


calculada conhecendo o diâmetro da partícula ou o
seu diâmetro equivalente.

EQ. 7

Φ= esfericidade da partícula

deq = diâmetro equivalentre da partícula


MORFOLOGIA – ESFERICIDADE (Φ)

 ESFERICIDADE DA PARTÍCULA (Φ) EXPRESSA O QUANTO A


PARTÍCULA SE AFASTA OU SE APROXIMA DA FORMA
ESFÉRICA

EQ. 8

Ou:
Φ = 1 para partículas esféricas
EQ. 9
Φ < 1 para qualquer outra forma
MORFOLOGIA – ESFERICIDADE (Φ)

 Superfície externa da partícula (S’)

'
S  a.D 2

a é uma constante e depende da forma

Para: esferas a = π
cubos a = 6
MORFOLOGIA – ESFERICIDADE (Φ)

 Volume da partícula (VP)

V  b. D 3

b é uma constante e depende da forma

Para: esferas b = π/6


cubos b = 1
MORFOLOGIA – ESFERICIDADE (Φ)

 Para uma partícula de volume Vp e área Ap

Como:
ESFERICIDADE (Φ)
Como por definição:

Substituindo deq em Φ

EQ. 9
ESFERICIDADE (Φ)

 EX.:
1cm

deq = 1,24 cm
Relação porosidade do leito com a
esfericidade (Φ)

* Quanto
maior a
esfericidade
da partícula
menor a
porosidade
do leito
DIÂMETRO DA PARTÍCULA (DP)

 O tamanho da partícula de materiais homogênio e


heterogênio pode ser obtido, por:

1. Peneiramento (mais prático);


2. Decantação ou sedimentação;
3. Elutriação;
4. Centrifugação.
Diâmetro da partícula (DP)

 PENEIRAMENTO

Consiste em passar o material através de uma


série de peneiras com malhas
progressivamente menores, cada uma das
quais retém uma parte da amostra.
METODOLOGIA DO PENEIRAMENTO

* agitar em ensaio
padronizado o
conjunto de
peneiras colocadas
umas sobre as
outras na ordem
decrescente da
abertura das
malhas.
Séries de Peneiras mais Importantes

* British Standard (BS)


* Institute of Mining and Metallurgy
(IMM)
* National Bureau of Standards -
Washington
* Tyler (Série Tyler) – A mais usada no
Brasil
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

 A análise granulométrica é realizada com peneiras padronizadas


quanto à abertura das malhas e à espessura dos fios de que são
feitas.

 Após o peneiramento as quantidades retidas nas peneiras são


pesadas e as frações de cada tamanho calculada dividindo a massa
retida pela massa total de amostra.

EQ. 10
Análise granulométrica

Fração retida em cada peneira:

EQ. 10
Análise granulométrica
Esta fração poderá ser caracterizada de dois modos:
1) Como a fração que passou pela peneira i-1 e ficou retida na peneira i.
Se estas forem as peneiras 14 e 20, respectivamente,
será a fração 14/20 ou –14+20.
2) A fração será representada pelas partículas de diâmetro igual a média
aritmética das aberturas das malhas das peneiras i e i-1.
No caso que estamos exemplificando, será a fração com partículas de
tamanho:
Diâmetro da partícula (DP)

 Diâmetro de SAUTER
Diâmetro da partícula (DP)
 Diâmetro médio volumétrico

É o diâmetro da partícula de volume médio, ou seja o


diâmetro da partícula, cujo volume é igual ao volume
médio de todas as partículas. Admite-se uma densidade
igual para todas as partículas.
Diâmetro da partícula (DP)
 Diâmetro médio pela área

É o diâmetro da partícula de volume médio, ou seja o


diâmetro da partícula, cujo volume é igual ao volume
médio de todas as partículas

_
Diâmetro médio de partícula (DP)
- MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO (RRB) -

 Rosin-Ramler-Bennetn (RRB)
Diâmetro médio de partícula (DP)
- MODELOS DE DISTRIBUIÇÃO (GGS) -

 Gates-Gaudin-Schumann (GGS)

Xp = fração das partículas com diâmetro menor de Di


m =1 (distribuição uniforme)
m ≠ 1 (casos usuais)

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