Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Universidade Pedagógica
Tete
2017
O movimento dos corpos celestes intrigou o Homem
desde os primórdios da civilização. Talvez um dos
processos mais interessantes da história da ciência
tenha sido a evolução do nosso conhecimento do
movimento planetário.
Os gregos pensavam que a Terra era o centro do
universo. Supunham que a terra era o centro
geométrico e que todos os corpos celestes se moviam
em torno dela. Os corpos conhecidos naquela época
eram colocados de acordo com a sua distância média
com a terra. A ordem era: Lua, Mercúrio, Vênus, Sol,
Marte, Júpiter e Saturno; as estrelas eram fixas e
dispersas numa esfera exterior.
Cont.
Na primeira hipótese sobre o movimento planetário supunha-
se que estes planetas descreviam círculos concêntricos em volta
da terra. Esta suposição, no entanto, não descrevia bem o
movimento observado dos planetas, em relação á terra. Em
consequência, a descrição geométrica para explicar as
observações astronómicas do movimento planetário tornou-se
cada vez mais complexa. No seculo II d.C., o astrónomo
Ptolomeu de Alexandria desenvolveu a sua teoria dos epiciclos
para explicar este movimento geocêntrico. No caso mais
simples, supunha-se que o planta se movia uniformemente num
ciclo conhecido como epiciclo. O centro do epiciclo, por sua
vez, movia-se sobre um círculo maior, conhecido como
deferente.
Cont.
Fig1. Modelo dos epiciclos para o movimento planetário
referido á terra (fonte: Alonso & Finn)
.
Esta descrição foi aceita como correcta ate o seculo
XVI quando Nicolau Copérnico (1473-1543)
desenvolveu um modelo diferente. Copérnico
procurava uma explicação mais simples e, deste modo,
propôs um modelo em que todos os planetas,
incluindo a terra, se moviam em relação ao sol, que
estaria no centro. Esta descrição foi aceita como
correcta ate o seculo XVI quando Nicolau Copérnico
(1473-1543) desenvolveu um modelo diferente.
Copérnico procurava uma explicação mais simples e,
deste modo, propôs um modelo em que todos os
planetas, incluindo a terra, se moviam em relação ao
sol, que estaria no centro.
.
Este modelo heliocêntrico, não era novo, já tinha sido
proposto pelo astrónomo Aristarco, no seculo III a.C.
segundo Copérnico, as orbitas dos planetas estariam
situadas pela seguinte ordem em relação ao Sol: Mercúrio,
Vénus, Terra, Marte, Júpiter e Saturno, enquanto a Lua
girava em torno da terra. O que Copérnico propôs foi
essencialmente um sistema de referência, com a origem
colocada no sol. No referido sistema, o movimento dos
planetas teria uma descrição mais simples.
O sol, o corpo maior do nosso sistema planetário,
praticamente coincide com o centro de massa do sistema.
Isso justifica a sua escolha como centro de referencia, uma
vez que é praticamente um sistema inercial, Excepto no seu
movimento em relação ao centro da galáxia. A proposta do
Copérnico ajudou o astrónomo Johannes Kepler (1571-1630)
a estabelecer as leis do movimento planetário. Que são:
1ª. Os planetas descrevem órbitas elípticas, com o Sol num foco.
2ª. O vector de posição de qualquer planeta em relação ao Sol
varre áreas iguais de uma elipse em intervalos de tempos
iguais.
3ª. Os quadrados dos períodos de revolução dos planetas são
proporcionais aos cubos das suas distâncias médias do sol.