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Curso de Engenharia Eléctrica

1o Grupo
Autores: Docente:
Armando Jacinto Vilar Devete Engº. Nuno Nhantumbo
Dércio Alberto Mucale
Edson Leandro Elias Chibequete

Songo, Março de 2018


Protocolo Fieldbus
Medidas Eléctrias II

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1. Introdução

Durante a última década as redes de comunicação são as que tiveram maior


evolução na área de controlo industrial, à semelhança de outros ramos de actividade
como as telecomunicações móveis, internet, a comunicação sem fios entre outras.
A utilização das redes permite uma comunicação rápida entre equipamentos que é
hoje em dia, um factor fundamental na productividade industrial. Sendo Fiedbus e
Ethernet industrial as redes usadas na comunicação industrial.
Assim, os protocolos industriais específicos para estas aplicações tornam-se
fundamentais para a operação e produção nas indústrias.

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1.1. Objectivos

1.1.1. Objectivo Geral


Fazer um estudo em torno do protocolo Fieldbus.

1.1.2. Objectivos Específicos


Definir o protocolo Fieldbus;
Listar as características de um sitema Fieldbus;
Apresentar o seu princípio de funcionamento; e,
Apresentar os dispositivos usados num sistema Fieldbus.

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2.1. Historial
Década de 40: os processos de instrumentação utilizavam sinais de pressão da
ordem de 3 a 15 psi para o monitoramento de dispositivos de controlo.
Década de 60: foi introduzida a utilização de um padrão com sinal de 4 a 20 mA
para instrumentação.
Década de 70: O desenvolvimento de processadores digitais que deu início ao uso
de computadores para monitorar e controlar uma série de instrumentos a partir de
um ponto central.
Década de 80: os sensores inteligentes começaram a ser desenvolvidos e utilizados
em sistemas microcontrolados, que aliavam confiabilidade e rapidez, ao baixo custo.
Ano 1992: dois grandes grupos lideravam o mercado para soluções de interligação
de instrumentos de campo, nomeadamente: ISP e WorldFIP.
Setembro de 1994: WorldFIP e ISP, juntaram-se criando a Fieldbus Foundation,
com o objectivo de acelerar o processo de normalização das redes fieldbus.

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2.2. Visão geral da tecnologia Fieldbus

A missão do Foundation Fieldbus é promover um padrão internacional para a


tecnologia Fieldbus.
A especificação do Foundation Fieldbus cumpre esta meta, e a participação, de mais
de 200 indústrias e usuários finais garante que o ideal de padrão internacional seja
satisfeito.
O espalhamento de dispositivos em um barramento comúm é um método de redução
de custos que permite a redução nos gastos com a fiação e consequentemente, com
os custos de instalação da rede.

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2.3. Conceitos Fundamentais

 Protocolo: organização necessária em uma transferência de dados seriais que


possibilita a transmissão desses dados com garantias de sua integridade.

 Protocolo de Comunicação: maneira pela qual os equipamentos comunicam-se


entre si. Portanto, PLC’s só conseguem comunicar-se entre si quando estão usando
o mesmo protocolo de comunicação.

 Fieldbus: rede de comunicação digital que une instrumentos de campo (sensores e


actuadores).

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2.3. Conceitos Fundamentais (Cont.)

Fig 1: Redução de hardware e distribuição da inteligência com a tecnologia Fieldbus

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2.4. Partes que compõem o Sistema Fieldbus

A tecnologia Fieldbus consiste em três partes básicas, a saber:


1. Camada Física (physical layer);
2. Pilha de Comunicação (communication stac);
3. Aplicativo do Usuário (user application).

Fig 2: Comparação de modelos das camadas de comunicação


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2.5. Elementos que fazem parte do protocolo Fieldbus

2.5.1. Terminadores de barramento (“bus terminators”)

Fig 5: BT-302 Terminal de barramento

Um elemento passivo


Uma associação em série de um resistor e um capacitor
Localizado em ambas as extremidades da rede
Impedância característica média dos cabos
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2.5. Elementos que fazem parte do protocolo Fieldbus

2.5.2. Dispositivos de campo (“field devices”)

Fig 6: TT-302 (transmissor de temperatura). Fig 7: FP-302 (Conversor de sinal de "Fieldbus" em pressão)

Alguns exemplos desses dispositivos podem ser os transmissores de temperatura,


detectores de radiação entre outros.

Alimentados pelo barramento ou alimentação independente


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2.5. Elementos que fazem parte do protocolo Fieldbus

2.5.3. Fonte de alimentação (“power supply”)

Fig 8: PS-302 (Fonte de alimentação)

Deve ter um nível de ruído bem abaixo daquele encontrado nas fontes de
alimentação convencionais usadas em instrumentação.
Sinal de entrada: de 90 a 260V (CA) com 47 e 440Hz; ou de 127 a 367V (CC);
Sinal saída em tensão continua: de 24V e 1% de precisão, tem potência de 45W e
seu ruído é de 20mV
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2.5. Elementos que fazem parte do protocolo Fieldbus

2.5.4. Impedância para fonte de alimentação (“power supply


impedance”)
A função deste circuito:
Implementar uma impedância de saída maior que 3kΩ que, em paralelo com os
terminadores (100Ω), resultará em uma impedância de aproximadamente 50Ω
para que sejam evitadas ou minimizadas as reflexões electromagnéticas na linha
da rede.

Este dispositivo admite entradas entre 24 e 32V com precisão de 10%, em corrente
contínua, com saída de corrente de 340mA.

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2.5. Elementos que fazem parte do protocolo Fieldbus

2.5.5. Interface para controlo de processo (“process control interface”)

Fig 9: PCI (Interface de controlo do processo)

Esta placa de controle é o elo de ligação entre os elementos de campo e o computador.


Toda comunicação e controlo de processo é executada internamente por essa placa,
deixando o computador livre para executar a interface homem-máquina (IHM).

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2.6. Princípio de funcionamento dos sistemas Fieldbus

Protocolo de comunicação do tipo LAN (Local Area Network), do nível mais baixo da
hierarquia da automação industrial.

os instrumentos de campo comunicam-se entre si e com um computador central de


controlo.

A rede é independente do computador central. Esse computador tem basicamente a


função supervisória, já que os instrumentos são inteligentes e “comunicam-se” entre si.

A estratégia de controle está distribuída ao longo dos dispositivos de campo, sendo isto
possível pois, além de possuir blocos de funções em seus microprocessadores, eles têm
a disponibilidade para comunicação rápida e confiável entre si através do barramento.
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2.6. Princípio de funcionamento dos sistemas Fieldbus (Cont.)

Fig 10: Esquema detalhado da rede Fieldbus

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2.7. Modos de operação dos sistemas Fieldbus

H1 (31,25kb/s) - interligação de instrumentos de campo.


Podendo ainda ser usado em áreas onde é necessária a segurança intrínseca como no
caso de ambientes explosivos.

H2 (1-2,5Mb/s) - integrar controladores e equipamentos mais complexos.


Substituído por HSE que usa ethernet a 100Mb, que é utilizado para integração de
outras redes e para a ligação de CLP’s ou outros dispositivos de alta velocidade.

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2.8. Sistemas de aplicação da rede Fieldbus

Sistema em anel
A ruptura na rede não prejudica o trânsito de dados.

Sistema em U
Apresenta a vantagem de não ter susceptibilidade a interferências eletromagnéticas
no caso de ruptura da rede.

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2.8.1. Sistema em anel

Fig 11: Sistema em anel (topologia em árvore).

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2.8.2. Sistema em u

Fig 12: Sistema em U (topologia em árvore)

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2.9. Topologias de implementação da rede Fieldbus

Topologia em barramento
tem como característica a distribuição dos instrumentos de campo diluídas através
do barramento propriamente dito.

Fig 13: Topologia em barramento

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2.9. Topologias de implementação da rede Fieldbus (Cont.)

 Topologia em árvore
tem os dispositvos conectados à rede apartir de um único ponto, neste caso, o
terminador em árvore.

Fig 14: Topologia em árvore 22


2.10. Vantagens do fieldbus

Redução do Hardware
 Facil instalação
Quantidade e Qualidade dos Dados
Manutenção

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2.11. Desvantagens das redes de campo fieldbus

Falta de consistência de dados e de senso de tempo entre os dispositivos de uma


rede;

Vulnerabilidade a falha nos barramentos;

Possui um único canal de comunicação e este é compartilhado por todos


dispositivos e deve ser utilizado tanto para transmissão de variáveis críticas de

processo como de informações de baixas prioridades e de monitoramento.

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3. Conclusão

Com o grande avanço tecnológico, o sistema de automação e controlo tem-se apoiado cada vez mais
em redes de automação industriais, seja pela crescente complexidade dos processos industriais ou
pela distribuição geográfica que se tem acentuado nas novas instalações industriais e, a Foundation
Fieldbus é uma das redes industriais disponíveis no mercado actualmente.
Contudo, conclui-se que embora existam algumas desvantagens na utilização das redes Fieldbus,
também existem vantagens que as superam, por isso é recomendável o seu uso.

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FIM!!!
Obrigado Pela Atenção Dispensada!!!

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