últimos anos do Antigo Regime LADURIE, Emmanuel Le Roy Introdução • A criminalidade como chave da compreensão das mentalidades; • As fontes usadas; • Espacialização dessa criminalidade. Leões e raposas • Queda da violência no campo francês entre os séculos XVI e XVIII; • O perfil dos violentos (pg. 292); • Nem todos os crimes chegavam a justiça (pg. 293); • Aumento de outros tipos de crimes (roubos e crimes sexuais). • A educação e a integração como fatores decisivos na queda de crimes violentos. Recuo da violência • Não pode ser“Parece, entendido comosegundo portanto, um recuodiversos universal na que a indícios, França; diminuição da violência delinquente seja principalmente consequência de uma realidade de camponeses mais educados, mais desenvolvidos, que podem ser encontrados, por essa época, a nordeste da linha Saint Malo/Genebra, e , por exemplo, na Normandia” (LADURIE, p. 295). • Ligação entre a queda da violência com a dos movimentos de contestação. Recuo da violência • Causas da queda de criminalidade: 1: Ideologia difundida pela Igreja e seu poder de integração; 2: O impacto das escolas paroquiais; • No fim das contas, as revoltas não sumiram de verdade. O enfraquecimento das revoltas de tipo tradicional • Uma “evolução” nos motivos de levantes “O ciclo das revoltas recorrentes de 1625-1675 camponeses;anuncia a contestação anti-senhorial, que vai surgir, depois definir-se, no século XVIII, para afinal explodir de maneira avassaladora a partir de 1788-1789” (LADURIE, p. 299) • Depois de 1675 o campo católico francês está quase apaziguado (pg.300). O enfraquecimento das revoltas de tipo tradicional • As contestações “Numnão acabaram, período mudaram que vai maios de de 1680 a ou menos estratégias; 1720, na grande província do Centro-Leste, quase já não se vê, em matéria de agitação, mais do que a moedinha sem valor de uma contestação latente contra o senhor.” (LADURIE, p. 303) Uma contestação de tipo novo, anti-senhorial: o exemplo borgonhês • As revoltas contra o senhor são sinais da defasagem cultural da senhoria; • O caso da mão-morta (pg. 307); • Um anti-capitalismo campesino? • A reivindicação de um poder camponês; • A justiça como gatilho das revoltas; • Transformações entre os camponeses e os senhores. Uma contestação de tipo novo, anti-senhorial: o exemplo borgonhês • A Igreja Católica e sua função conciliadora até a metade do século XVIII; • Os camponeses saem da Igreja e vão para a taverna; • A Literatura Azul e a criação da ideia de dignidade na vida camponesa; • O êxodo rural e o contraste entre frustração e esperança dos camponeses que vão para a cidade (a vida antiga parece agora mais insuportável); Uma contestação de tipo novo, anti-senhorial: o exemplo borgonhês • O camponês na cidade: a politização citadina como modelo para a criação de um espírito público nas aldeias de onde saíram; • A politização e o letramento dos camponeses pobres como fator de desordem no campo; • Um ambiente externo tranquilo e um ambiente interno polvoroso; • A explosão das revoltas em 1788-89; • Campesinato e senhorio passam por transformações Uma contestação de tipo novo, anti-senhorial: o exemplo borgonhês • Análise de personagem: o caso de Varenne de Lonvoy. • A figura do arrendatário antes e depois de 1789 a partir de sua relação com o senhor que lhe arrenda a terra (pg.315). “Só são energicamente contestados os aspectos • A questão da reforma agrária; periféricos da senhoria (justiça, rendimentos, etc), ou suas manifestações de voluntarismo e veleidades ofensivas (triagem, enclosures).” (LADURIE, p. 318) “Só são energicamente contestados os aspectos periféricos da senhoria (justiça, rendimentos, etc), ou suas manifestações de voluntarismo e veleidades ofensivas (triagem, enclosures). A fome de terras, tornada mais aguda pela expansão demográfica, sem ´dúvida existe no fim do século XVIII. Mas não se exprime, como o fará no século XX, pela exigência de leis agrárias e de reforma agrária” (LADURIE, p. 318).