Você está na página 1de 145

Turismo

Definição de turismo
A Organização Mundial de Turismo (OMT) define Turismo como:
Um fenómeno que ocorre quando um ou mais indivíduos se
transladam a um ou mais locais diferentes de sua residência habitual
por um período maior que 24h horas e menos que 180 dias, sem
participar dos mercados de trabalho e capital dos locais visitados.
Definição de visitante
A Organização Mundial de Turismo (OMT) define visitante como:
É toda a pessoa que se desloca temporariamente para fora de sua
residência habitual, por um período inferior a um ano, quer seja no seu
próprio país ou no estrangeiro, por uma razão que não seja a de
exercer uma actividade remunerada.
Definição de turista
A Organização Mundial de Turista (OMT) define Turista como:

Visitantes temporários que permanecem pelo menos 24 horas no país


visitado e cuja finalidade da viagem pode ser classificada sob um dos
seguintes tópicos:
• lazer (recreação, férias, saúde, estudo, religião e desporto);
• Negócios;
• Família;
• Conferências.
Definição de excursionista
A Organização Mundial de Turismo (OMT) define excursionista
como:
Visitantes temporários que permaneçam menos de 24 horas no país
visitado (incluindo viajantes de cruzeiros marítimos).
Definições
Definição de alojamento turístico
Instalações que regularmente ou ocasionalmente dispõe
de vagas para que o turista possa pernoitar.

Exemplos:
• Hoteis;
• Pensões;
• Hosteis;
• Apartamentos;
• Parques de campismo.
História do turismo
• A palavra “turismo” surgiu no século XIX, embora a atividade
estenda as suas raízes pela história da Humanidade.
• Certas formas de turismo existem desde as mais antigas
civilizações, mas foi a partir do século XX.
• Após a Segunda Guerra Mundial, evoluiu como consequência
dos aspectos relacionados com o aumento da produtividade
empresarial, associado ao maior poder de compra das
pessoas e ao bem-estar resultante da restauração da paz no
mundo, assim como do estabelecimeto dos direitos dos
trabalhadores.
Romanos e Gregos
• Contruíram a maior rede de estradas (100.000 km),sendo
algumas ainda hoje são utilizadas;
• Possibilidade de viajar mais de 100 km por dia utilizando mudas
de cavalos;
• Pausanias (geógrafo e viajante grego) escreveu “Descrição da
Grécia”, que pode ser considerado como o primeiro guia
turístico, indicando os diversos caminhos, as estátuas, os
túmulos, as ruas, os templos, os estádios, os teatros, etc.;
• Junto aos templos gregos existiam facilidades para pernoitar e
diversões como teatros e estádios para eventos atléticos.
Romanos e Gregos
• Desenvolveu-se o espírito de hospitalidade, que passou a ser um
acto honroso, e institui-se a obrigação de receber com
benevolência os estrangeiros que chegassem a uma cidade;
• Com os romanos desenvolveram-se os Hospes (estalagens), os
Hospitium (Hotéis) e os Hospitalia (Estalagens Públicas);
• Heródoto, o pai da História e o primeiro grande escritor de
viagens percorreu toda a Grécia, norte de África, Sicília, Éfeso na
Turquia, Babilónia, Egipto, Líbia e Síria. Os seus livros
descrevem os países que visitou e os seus costumes.
Cristãos
• A hospitalidade continuou a ser um dever e um direito sagrado
que devia ser concedida gratuitamente;

• No século IV foram abertas as primeiras casas de refúgio para


os viajantes e asilos, as Xenodochia;

• Uma das exigências do concílio de Niceia foi que toda a cidade


deveria possuir as suas Xenodochias e os seus Hospitia, dos
quais o mais célebre foi o Hospice du Grand-Saint-Bernard,
estabelecido em 962, nos Alpes;
Cristãos
• As viagens tinham como principal razão as peregrinações sendo
célebres as que se dirigiam a Santiago de Compostela, em
Espanha, Canterbury, em Inglaterra, à Terra Santa, na Palestina
e a Meca, na Arábia;
• No século XIV, existiam já guias de viagem que forneciam aos
peregrinos informações detalhadas sobre as regiões que tinham
de atravessar e os tipos de alojamento que poderiam utilizar;
• Para apoiar as peregrinações à Terra Santa foram criadas
diversas Ordens que construíram centros de assistência aos
viajantes;
O período Clássico
• Com as Descobertas iniciadas pelos portugueses e continuadas
pelos espanhóis, franceses, ingleses e holandeses chegou uma
nova era para o mundo das viagens.

• A idade clássica do turismo, que se prolonga até ao século XVIII,


caracteriza-se pelo facto das viagens serem individuais e se
realizarem, predominantemente, por necessidades fundamentais
como o comércio, as peregrinações religiosas, a saúde ou por
razões políticas e de estudo.
Atrações turísticas da idade clássica
• Romanos e gregos viajavam para visitar templos e as sete
maravilhas do mundo (Pirâmides de Gize, Jardins Suspensos da
Babilónia, Estátua de Zeus em Olímpia, Mausoléu de
Halicarnasso, Templo de Artémis em Éfeso, Colosso de Rodes e
o Farol de Alexandria);
• Jogos Olímpicos, assim como um grande número de atracções
(produções teatrais, banhos termais, competições atléticas e
festivais);
• Há mais de 500 anos eram organizadas viagens pelo Nilo para
visitar vários templos.
A idade moderna
• A partir do século XVIII produzem-se grandes mudanças, tanto do
ponto de vista tecnológico, como do ponto de vista económico,
social e cultural, que introduzem alterações significativas nas
viagens.

• Popularizam-se as viagens de recreio, entre as camadas sociais


mais abastadas, como forma de aumentar os conhecimentos,
procurar novos encontros e experiências culturais.
A idade moderna
• Em França desenvolve-se a construção de estradas e de redes de
comunicação necessárias à circulação de toda a espécie de
carruagens puxadas a cavalo: diligências, coches, carroças, etc.

• Os diplomatas, estudantes e membros de famílias ricas inglesas


faziam a Grand Tour (viagem de três anos, pela Europa, com
paragens obrigatórias em Paris, Florença, Roma ou Veneza).

• Pela primeira vez passam a designar-se as pessoas que viajam


como turistas.
A idade moderna
• Muitos dos grandes escritores da época dedicam alguns dos seus
livros às viagens (Montesquieu “Lettres Persanes, Goethe “Viagem
em Itália”, Stendhal “Mémoires d’un Touriste”, Victor Hugo “Le
Rhin”);

• Multiplicam-se os guias turísticos que fornecem informações e


conselhos úteis (Ebel “Manuel dés Voyageurs en Suisse”, Hans
Ottokar Reichard “ Guide des Voyageurs en Europe”, “Conseils aux
Touristes”, “Le Guide d’Espagne et Portugal”.
A idade moderna
• O movimento dos ingleses para o continente europeu influencia o
desenvolvimento dos transportes, da hotelaria e da restauração;

• No século XIX, o progresso da ciência, a revolução industrial, a


multiplicação das trocas comerciais, o desenvolvimento dos
transportes (em particular do comboio) e a transmissão de ideias
com a generalização da publicação de jornais, dão um novo
impulso às viagens que começam a encontrar a sua verdadeira
identidade:
Um meio das pessoas se interessarem pelas particularidades de
cada povo, pelas tradições, pelo exotismo e por outros modos de
vida e novas culturas.
A idade moderna
• Surgem os primeiros hotéis alguns de cadeias ainda hoje existentes
como a Pullman e a Ritz;

• Thomas Cook inventou o turismo organizado. A primeira viagem


organizada foi num comboio alugado por Thomas Cook, entre
Leicester e Loughborough, destinada aos participantes de um
congresso de médicos.

• As viagens organizadas de Thomas Cook, o lançamento de uma


nota circular, antecessora dos travellers cheques, marcaram uma
das mais importantes etapas na história do turismo e estão na
origem do turismo dos nossos dias;
A idade moderna
• Em 1840 nasce a Agência Abreu, a primeira organização de
viagens em Portugal;

• A primeira década do século XX caracterizou-se por transformações


e inovações que alteraram profundamente os modos de vida.

• A descoberta do telégrafo e do telefone, o alargamento da rede de


caminhos de ferro, a extensão das redes de estradas, o grande
desenvolvimento industrial, que todos conduzem a uma maior
democratização das sociedades e a novos conceitos de vida;
A idade moderna
• O tempo de trabalho diminui e alcança-se o direito ao repouso semanal
pelo que o conceito de lazer surge como uma nova noção;
• O turismo transforma-se num fenómeno da sociedade, influencia o
comportamento das pessoas e começa a alcançar uma dimensão
económica sem precedentes;
• O reconhecimento da importância do turismo leva a que quase todos os
países da Europa criem instituições governamentais com o fim de o
promover e organizar, sendo a Áustria o primeiro país a fazê-lo;
• Em Portugal surge, em 1911, a Repartição de Turismo de Portugal;
• Os grandes destinos turísticos são as estâncias termais, as estações
climáticas da montanha, as estâncias balneares (Biarritz, Deauville, Miami,
Riviera francesa e italiana).
A idade moderna
• A Organização Internacional de Trabalho estabelece o princípio das
férias pagas;
• Após a I Guerra Mundial com as evoluções aeronáuticas, surgem as
primeiras companhias aéreas comerciais (1918 Deutsche
Lufthansa);
• Estão criadas as condições para o arranque do turismo enquanto
actividade económica, porém a eclosão da II Guerra Mundial faz
atrasar o seu avanço.
• Neste período o turismo inicia a sua expansão mundial,
caracterizando-se pela procura de diversão e descanso e pelas
viagens culturais.
A idade moderna
• O desenvolvimento dos transportes, o reconhecimento do direito às férias
pagas, a criação de organizações nacionais e internacionais destinadas a
promover o turismo e as novas ideias levaram a que, a partir do inicio do
século XX, o turismo passasse a ser considerado como uma actividade
económica relevante.

• Até ao início da II Guerra Mundial, o turismo alcançou dimensões


significativas para, a partir daí, ter praticamente desaparecido. Só a partir
dos anos 50 e aliado à fase de progresso económico e social é que o
turismo se desenvolveu e consolidou.

• A análise das alterações produzidas, deixam perceber não só a natureza


do turismo, mas também as influências que nele exercem as alterações
que se produzem nos vários domínios do saber e do conhecimento.
A idade moderna
De 1945 a 1973

• Independência de um grande número de países;


• Produção mundial aumentou à média anual de 5%;
• Crescimento de rendimento real por habitante de 3%;
• Trocas internacionais multiplicaram-se por seis;
• Os créditos internacionais, o capital, a tecnologia e a mão-de-obra
registaram uma enorme mobilidade;
• Emergência de grandes multinacionais;
• Constituição de grupos económicos (CEE);
• Aumento dos dias de férias pagas dos trabalhadores;
A idade moderna
• A nível da procura registou-se um aumento do tempo livre, um aumento do
rendimento, uma transformação nas motivações (necessidade de
diversificação e diferenciação – necessidade de compensar os
desequilíbrios psicológicos ligados à vida profissional pela evasão ao
meio);
• A nível da oferta as viagens aéreas, conheceram um desenvolvimento
rápido e as viaturas individuais tornaram-se mais correntes. Os
organizadores de viagens iniciaram a produção em série de produtos de
massa, tendo por base os transportes de avião fretados e as cadeias de
hotéis do litoral. Foi a célebre época dos 3 S: Sun, Sea and Sand.
• Neste período, o turismo interno era ainda um subproduto do turismo
internacional nas orientações das políticas turísticas, estando todas as
preocupações concentradas no desenvolvimento do turismo internacional.
A idade moderna
De 1973 a 1990

• Acentua-se a diferença entre o nível de vida dos países em vias de


desenvolvimento e dos países industrializados;
• A crise petrolífera ocorrida em 1973 pôs fim à era da energia a baixo preço;
• As tensões políticas e o rápido aumento das despesas militares
intensificaram os problemas internacionais;
• As variações rápidas das taxas de câmbio e crise de confiança no sistema
monetário mundial;
A idade moderna
Efeitos produzidos a nível do turismo

• O turismo mundial não diminuiu mas sofreu uma alteração estrutural ao


mesmo tempo que reduziu o ritmo de crescimento;

• A distância e a duração das viagens encurtaram-se e as fórmulas de


alojamento a baixo preço passaram a ser as mais procuradas;

• Do lado da oferta multiplicaram-se os equipamentos desportivos e de


animação e surgiram novas fórmulas para a utilização dos meios de
alojamento turístico em regime de compropriedade e de utilização periódica
com carácter de permanência;
A idade moderna
Efeitos produzidos a nível do turismo

• O turismo interno passou a adquirir uma importância cada vez maior com o
consequente desenvolvimento de equipamentos e promoção suscetíveis de
enquadrarem o turismo dos nacionais no interior do seu próprio país;

• Passou a enfatizar-se menos o papel económico do turismo para atribuir


importância ao seu papel social, político, ecológico, cultural e educativo.
Passou a ser encarado como uma das componentes essenciais da vida do
homem (identidade, valorização);
A idade moderna
Efeitos produzidos a nível do turismo

• Relativamente à procura, houve uma redução ainda maior da duração do


trabalho diário e semanal, os rendimentos reais diminuíram, porém sem
renúncia às viagens, que passaram a ser encaradas como um bem de
primeira necessidade (em contrapartida, férias mais económicas e destinos
mais próximos).

• No domínio das motivações destaca-se a procura de programas de férias


com a inclusão de actividades culturais e desportivas
Tipos de turismo

A identificação dos tipos de turismo resulta das motivações


e das intenções dos viajantes, podendo selecionar-se uma
enorme variedade, dada a grande diversidade dos motivos
que levam as pessoas a viajar.
Turismo de Turismo
Recreio TIPOS DE Étnico
TURISMO

Turismo
Turismo de Religioso
Repouso

Turismo
de Saúde

Turismo
Cultural

Turismo
Político
Turismo Turismo de
Desportivo Negócios
Turismo de recreio
• Este tipo de turismo é praticado pelas pessoas que viajam para
«mudar de ares», por curiosidade, ver coisas novas, desfrutar de
belas paisagens, das distracções que oferecem as grandes cidades
ou os grandes centros turísticos.

• Algumas pessoas encontram prazer em viajar pelo simples prazer


de mudar de lugar, outras por espírito de imitação e de se imporem
socialmente.

• Este tipo de turismo é particularmente heterogéneo porque a


simples noção de prazer muda conforme os gostos, o carácter, o
temperamento ou o meio em que cada um vive.
Turismo de repouso
• A deslocação dos viajantes incluídos neste grupo é originada pelo
facto de pretenderem obter um relaxamento físico e mental, de
obterem um benefício para a saúde ou de recuperarem fisicamente
dos desgastes provocados pelo «stress», ou pelos desequilíbrios
psicofisiológicos provocados pela agitação da vida moderna, ou
pela intensidade do trabalho.

• Para eles, o turismo surge como um factor de recuperação física e


mental e procuram, por via de regra, os locais calmos, o contacto
com a natureza, as estâncias termais ou os locais onde tenham
acesso à prestação de cuidados físicos.

• Constituem um importante segmento de mercado, principalmente


originário dos grandes centros urbanos, que não desdenha a
animação, os desportos e a recreação
Turismo cultural
• As viagens das pessoas incluídas neste grupo são provocadas pelo
desejo de ver coisas novas, de aumentar os conhecimentos, de
conhecer as particularidades e os hábitos doutras populações, de
conhecer civilizações e culturas diferentes, de participar em
manifestações artísticas ou, ainda, por motivos religiosos.

• Os centros culturais, os grandes museus, os locais onde se


desenvolveram no passado as grandes civilização do mundo, os
monumentos, os grandes centros de peregrinação ou os fenómenos
naturais ou geográficos constituem a preferência destes turistas.

• Incluem-se neste grupo as viagens de estudo, bem como as


realizadas para aprender línguas.
Turismo desportivo
• Hoje as motivações desportivas respeitam a camadas cada vez mais
vastas das populações de todas as idades e de todos os estratos sociais,
quer se trate de assumir perante as actividades desportivas uma atitude
passiva, quer activa.
• No primeiro caso, o objectivo da viagem é o de assistir às manifestações
desportivas como os jogos olímpicos, os campeonatos de futebol, os jogos
de inverno;
• No segundo, o objectivo centra-se nas práticas de actividades desportivas
como a caça, a pesca, os desportos náuticos, o alpinismo, o ski, o ténis, o
golfe, etc.
• As modernas tendências da procura, em que a preferência pelas férias
activas assume uma importância cada vez maior, obrigam a que o
desenvolvimento de qualquer centro turístico deva ser equipado com os
meios mais apropriados à prática dos desportos tendo em consideração as
possibilidades de cada local.
Turismo de negócios
• As profissões e os negócios têm como consequência movimentos turísticos
importantes e de grande significado económico, hoje extraordinariamente
desenvolvido pelo crescente grau de internacionalização das economias e
das empresas, pelo aumento das reuniões científicas e pela proliferação de
manifestações de divulgação de produtos, como as feiras e as exposições.

• Do mesmo modo, constituem frequentemente ocasiões para viajar as


visitas aos grandes complexos industriais ou técnicos e às explorações
agrícolas ou pecuárias bem como a participação em congressos.

• Incluem-se neste grupo as deslocações organizadas pelas empresas para


os seus colaboradores, quer como prémio, quer para participarem em
reuniões de contacto com outros que trabalham em locais ou países
diferentes: as chamadas «viagens de incentivo».
Turismo de negócios
• Este tipo de turismo assume um elevado significado para os locais
ou países visitados na medida em que, regra geral, as viagens são
organizadas fora das épocas de férias e pagas pela empresa, ou
pela instituição a que os viajantes pertencem.

• Implica, contudo, a existência de equipamentos e serviços


adequados, tais como salas de reuniões, centros de congressos,
espaços para exposições e facilidades de contactos internacionais.
Turismo político
• A participação em acontecimentos ou reuniões políticas provocam
uma movimentação significativa de pessoas, quer se trate de
ocasiões esporádicas, quer de reuniões ou acontecimentos
regulares.

• São exemplos as comemorações do duplo centenário da Revolução


Francesa, em Paris, os funerais do Imperador do Japão, ou, mais
distante, a coroação da Rainha de Inglaterra; são exemplos das
segundas as reuniões originadas pelos trabalhos da União Europeia
em Bruxelas, ou pelo Parlamento Europeu em Estrasburgo.
Turismo político
• São, porém, casos específicos que não traduzem a realidade dos
movimentos das pessoas por razões políticas já que, diariamente,
eles se verificam com maior ou menor intensidade, quer interna,
quer internacionalmente.

• Tem características e efeitos semelhantes ao turismo de negócios e


exige ainda condições idênticas, necessariamente acrescidas de
uma organização mais cuidada por razões diplomáticas e de
segurança
Turismo de saúde
Termalismo

• O termalismo é praticado desde, pelo menos, os tempos da


ocupação romana. As qualidades terapêuticas das águas foram
desde então utilizadas, tendo atingido, a nível europeu o seu maior
desenvolvimento, nos séculos XVIII e XIX.

• A permanência, durante um certo período de tempo, nas termas,


oferece a imagem tranquilizadora de cuidados sérios com a saúde,
fazendo, actualmente, as termas um esforço para se adaptarem às
novas exigências científicas e tecnológicas da nossa época.
Turismo de saúde
Talassoterapia
• Os centros de talassoterapia atraem cada vez mais clientes, quer
por motivos de saúde (curativos ou preventivos), quer para
consumo de produtos “manter a forma”.

• Quais as razões dos seu sucesso? A água do mar, acima de tudo,


mas também a imagem de luxo, a tecnicidade das instalações, a
duração e os conteúdos dos produtos propostos, os cuidados, a
necessidade de recuperar do stress do dia a dia, sem esquecer os
meios de comunicação social que lhe imprime um carácter idílico,
acentuando este aspecto do sonho.
Turismo religioso
Turismo religioso tem normalmente três tipos de abordagem:
A abordagem espiritual – o turismo é um meio do indivíduo se aproximar
de Deus. O participante encara a peregrinação como parte integrante da
sua prática religiosa. Aquele que realiza esta viagem pode, a qualquer
instante, tocado pela emoção do lugar ou pelo espírito que o habita,
converter-se a esta fé.

A abordagem sociológica – o turismo religioso é um meio para o crente


conhecer melhor a história do grupo a que pertence.

A abordagem cultural – a visita a lugares de culto e a santuários é um


modo do indivíduo, crente ou não, compreender as religiões, que
influenciam as nossas sociedades, no plano histórico, sociológico e
simbólico.
Turismo étnico e de carácter social
• Incluem-se neste grupo as viagens realizadas para visitar amigos, parentes
e organizações, para participar na vida em comum com as populações
locais, ou por razões de prestígio social.

• Uma parte significativa de pessoas que integra este grupo é formada por
jovens que pretendem aumentar os seus conhecimentos ou,
temporariamente, se integrarem em organizações ou manifestações
juvenis.

• Incluímos neste grupo as viagens realizadas ao país de origem, pelos


nacionais de um país, seus descendentes e afins residentes no
estrangeiros e que, em muitos casos, constitui um mercado de grande
dimensão.
• Os portugueses e seus descendentes, residentes em França ou nos EUA,
constituem vastos mercados potenciais para Portugal com uma
disponibilidade para serem motivados, incomparavelmente superior à dos
nacionais desses países.
Outras categorias de turismo
• Agroturismo: muito difundido na Europa, o turista vive no campo
semeando, ordenhando, colhendo,alojando-se na casa do camponês.
Convive com ele e trabalha para ele. É o turista participante.
• Rural :o turista estabelece contato com a natureza, hospeda-se na sede da
fazenda ou na casa de colonos, muito comum na Europa.
• Aventura : realizado por mochileiros, praticam trekking, percorrem trilhos.
• Científico: viagem com objetivo de estudo científico por cientistas
(professores e estudantes).
• Compras: viagens aos grandes centros comerciais e zonas francas.
• Ecológico: viagens feitas por ambientalistas, ecologistas, e pessoas que
se interessam pela preservação ambiental
Outras categorias de turismo
• Eventos: Congresso, Feiras, Exposições, Salões, Mostras, Bienais
• GLS: Viagens para o público GLS.
• Incentivo: Viagens de incentivo aos funcionários que se saíram melhor na
empresa.
• Lazer: Prática de qualquer atividade de lazer em finais de semana, feriados
e férias.
• Marítimo: Cruzeiros, navegações.
• Melhor Idade: Viagens para reformados
• Montanha: Climas frios, alpinismo e actividades na neve.
• PPNE: viagens feitas por pessoas portadoras de necessidades especiais.
• Gastronómico: turismo orientado para a exploração do património
gastronómico de uma determinada região.
Outras categorias de turismo
• City Breaks: estadias de curta duração numa determinada cidade, que se
dividem em:
• City breaks standard: que englobam turistas que viajam para uma
determinada cidade com o objectivo de conhecer as suas principais
atracções, ficando alojados em hotéis de 2-3 estrelas e procurando
produtos e serviços a preços mais acessíveis.
• City breaks upscale: para turistas que procuram serviços especializados
de elevada qualidade, tais como hotéis de 4-5 estrelas, menús de
degustação e provas de vinho.
• City breaks temáticos: que consistem em turistas que viajam para uma
determinada cidade com o objectivo de assistir a um evento musical,
teatral, desportivo ou de moda.

Dados sobre o turismo mundial
• O turismo mundial é responsável por 9% do PIB, de forma directa e
indirecta;
• Representa 6% das exportações mundiais;
• 29% das exportações de serviços;
• É responsável pela criação de 1 em cada 11 empregos;
• Aumento anual de 4,4% até 2030;
• 1800 milhões de turistas internacionais previstos até 2030;
• 1087 milhões de turistas em 2013: +6%;
• 6000 milhões de turistas internos.
Principais destinos Turísticos
1. França > 83 milhões em 2013 ( +1,8);
2. EUA > 69,8 milhões em 2013 ( +4,7);
3. Espanha > 60,7 milhões em 2013 ( +5,6);
4. China > 55,7 em 2013(-3,5) ;
5. Itália > 47,7 milhões em 2013 ( + 2,9);
6. Turquia > 37,8 milhões em 2013 (+5,9);
7. Alemanha > 31,5 milhões em 2013 (+3,7);
8. Reino Unido > 31,2 milhões em 2013 ( + 6,4);
9. Rússia > 28,4 milhões em 2013 (+10,2);
10.Tailandia > 26,5 milhões em 2013 (+ 10,2).
O Turismo em Portugal
• As ideias de promover o desenvolvimento do turismo em Portugal surgem,
essencialmente, pela necessidade de resolver os problemas financeiros
com que o País se defrontava nos finais do século XIX e inicio do século
XX.
• Nalguns países europeus as visitas de estrangeiros contribuíam
positivamente para o respectivo “saldo comercial” e alguns políticos
portugueses viram aí um exemplo a seguir.
• É, no entanto, a sociedade civil que toma a iniciativa de promover acções
concretas para atrair estrangeiros a Portugal a que se segue, pouco depois,
a criação da Organização Oficial do Turismo Português (1911).
• Portugal torna-se pioneiro da organização turística nacional e internacional
e inicia um caminho que conduz a que, em 1927, disponha de uma
organização que abrange todas as áreas do turismo e que está na origem
da actual.
O Turismo em Portugal séc. XIX
• A proliferação de livros de viagens como novo género literário a que
os grandes escritores dão origem, influencia alguns dos mais
ilustres escritores portugueses que sobre elas escrevem com
mestria:
• Almeida Garrett, para quem “as viagens fazem parte da boa e nobre
educação”.
• Eça de Queirós que magistralmente descreve o Egipto.
• Ramalho Ortigão, infatigável viajante, que à maneira de Rousseau,
percorre longamente o país porque “nada há de mais valioso e
propício à nossa higiene intelectual e moral do que as viagens.”
O Turismo em Portugal séc. XIX
• Todos os autores citados evidenciam os aspectos educativos das
viagens mas é Alexandre Herculano que nelas adivinha o interesse
económico como meio de preservação dos valores culturais:

“Calculai quantos viajantes terão atravessado Portugal neste século.


Credes que esses romeiros da arte voltam da romagem aos seus lares
sem despender muito ouro, e esqueceis que esse ouro fica por mãos
portuguesas?”
(Alexandre Herculano,1839)
O Turismo em Portugal séc. XX
• Em finais do século XIX o País entra em crise profunda com falência de
bancos, suspensão da amortização da divida pública e colapso da balança
de pagamentos que leva os credores externos a exigirem ao governo o
respeito dos seus compromissos.
• É perante esta situação que o Ministro da Fazenda, Mariano de Carvalho,
se dá conta, em 1893, que “Lisboa lucraria enormemente se pela afluência
de passageiros,aqui ficassem quantias avultadas”.
• E faz contas: se aqui viessem 10 mil estrangeiros e por aqui
“jordaneassem” 30 a 40 mil passageiros poder-se-ia obter uma receita de
500 mil libras em cada ano. Para isso era preciso que “Lisboa fosse uma
estação de inverno com todos os jogos e recreios próprios das cidades
desta ordem” mas, desalentadamente, concluía que é “coisa de que não
cuidamos”.
O Turismo em Portugal séc. XX
• Poucos anos depois, Anselmo de Andrade, reputado economista e que viria
também a ser Ministro da Fazenda, preocupado com aquilo que o País
perdia “por excesso de importações sobre as exportações”, elegia “o
dinheiro dos viajantes” como um dos meios para “pagar a diferença entre o
deve e haver da balança de comércio”.

• É natural que tivessem sido as preocupações com a crise económica e


financeira,que haveria de entrar pelo século XX, que levassem à eleição
das viagens como meio de equilíbrio das contas externas e internas.

• Na mesma época, Martinet, o arquitecto francês que elaborou o projecto do


Estoril, era ainda mais assertivo ao garantir que “Portugal virá a ser um dos
primeiros países do turismo”.
O Turismo em Portugal séc. XX
De então para cá, um longo caminho foi percorrido:

• Desde o pioneiro plano do Estoril, congregando termas, praia, mar, clima e


jogo, à institucionalização de uma rede local de Turismo pelo país;
• Dos melhoramentos em vias de comunicação à reestruturação dos
transportes terrestres;
• Da hospitalidade a refugiados de guerra ao nascimento da TAP;
• Da decadência das termas à criação das pousadas;
• Do surgimento do Turismo de massas às praias apinhadas de um Algarve
descoberto como tesouro para os portugueses e estrangeiros
O Turismo em Portugal séc. XXI
• Mais recentemente, as manifestações culturais são valorizadas no quadro
do Turismo, como os centros históricos, o património natural e cultural, a
gastronomia e as artes diversas, o que tem tornado o Turismo um
organismo vivo e inesgotável.

• O Turismo é um dos sectores mais importantes da economia nacional,


sendo aquele que é maioritário de actividade em varias regiões do país,
como o Algarve ou a Madeira, e com peso crescente em muitas outras
regiões, como configura o Plano Estratégico Nacional de Turismo.
O Turismo em Portugal
• As unidades hoteleiras receberam 7,1 milhões de hóspedes que originaram
19,5 milhões de dormidas (+11,4%, ou seja, +2,0 milhões de dormidas do
que no 1.º semestre de 2013).
• O Reino Unido liderou o ranking dos principais mercados emissores.
• com 3,4 milhões, mais 376,7 mil do que no período homólogo anterior, ou
seja, +12,4%).
• As taxas médias de ocupação cama (39,3%) e quarto (50,8%) com
evoluções positivas face ao 1.º semestre de 2013. Ocupação-cama
aumenta 1,7 p.p. e ocupação-quarto.
• Os proveitos totais atingiram 894,4 milhões de € no País, refletindo um
acréscimo de 12,1% (+96,5 milhões de €), face ao 1.º semestre de 2013.
O Turismo em Portugal
• Os proveitos de aposento (69% do total de proveitos) atingiram 615,9
milhões de € e um aumento de 12,8% (+69,8 milhões de €), face ao mesmo
período de 2013. Esta evolução refletiu-se no rácio do RevPar (26,9€) que
registou um acréscimo de 2,2€ (+8,8%) em relação ao 1.º semestre de
2013.
• Os portos marítimos nacionais acolheram 378 cruzeiros com 491.271
passageiros em trânsito marítimo (-26 cruzeiros com -33.680 passageiros
do que no período homólogo de 2013).
• O porto do Funchal liderou o ranking dos portos marítimos nacionais com
240.371 passageiros (+224 passageiros, face ao 1.º semestre de 2013).
• Receitas do turismo atingiram 4,1 mil milhões de € (+385,1 milhões de € do
que no 1.º semestre de 2013, ou seja, +10,4%).
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• O Plano Estratégico Nacional do Turismo (PENT) é uma iniciativa do
Governo, para servir de base à concretização de acções definidas para o
crescimento sustentado do Turismo nacional durante um período de tempo
definido, servindo desta forma como guia orientador do sector.

• Este documento sintetiza as conclusões do diagnóstico, objectivos e linhas


de desenvolvimento estratégico para o sector, que foram materializadas em
5 eixos, através de 11 projectos.
• A implementação desses projectos requer a participação de várias
entidades que influenciam directa ou indirectamente a qualidade do destino
Portugal e dos seus produtos turísticos, estando a concretização dos
objectivos dependente não só do Turismo de Portugal, mas também do
envolvimento efectivo destas entidades.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• O Turismo é um dos principais sectores da economia portuguesa, tendo o
seu peso na economia vindo a crescer nos últimos anos.

• No entanto, Portugal perdeu quota de mercado a nível internacional, e está


muito dependente de quatro mercados emissores e do desempenho de três
regiões (Algarve, Lisboa e Madeira), sendo ainda afectado por uma elevada
sazonalidade e limitações nas ligações aéreas.

• As perspectivas de forte crescimento para o mercado mundial constituem


uma oportunidade para Portugal, mas é necessária uma estratégia de
actuação que permita responder à sofisticação da procura e a um número
crescente de ofertas concorrenciais.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• A realidade demonstrou que a definição dos objetivos feitos na aprovação
do PENT em 2007 não foi realista, uma vez que os resultados ficaram
muito aquém do esperado;

• Importa referir que as receitas turísticas ficaram 21,5% aquém do objetivo;

• O número de hóspedes internacionais situou-se 13% abaixo dos objetivos,


com menos 1,1 milhões de turistas; e o turismo interno ficou 44 mil
hóspedes e 515 mil dormidas abaixo do objetivo;
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• A evolução dos canais de informação e distribuição, a proliferação de
novos destinos ou a alteração do paradigma de operação das companhias
aéreas, também alteraram os hábitos de consumo e o comportamento do
consumidor/turista na seleção, preparação e realização da sua viagem.

• As empresas do setor, tais como os operadores turísticos, as agências de


viagem, as companhias de transporte, as unidades de alojamento ou
restauração, entre outras, têm vindo a ser desafiadas nos últimos anos
(desafio que se manterá nos próximos anos) a consolidar a sua
competitividade pelo ajustamento, ou mesmo pela redefinição do seu
modelo de negócio.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• Acrescem, entre outros fatores com impacto na sua operação a acelerada
evolução das tecnologias de informação e a necessidade da sua
compreensão no sentido da modernização empresarial.

• Tendo como horizonte temporal o período 2013-2015, foi levada a acabo


uma revisão do PENT de 2007 pelo actual governo, de forma a tornar mais
ajustados os objectivos propostos.

• A revisão do PENT decorre também da auscultação dos diversos agentes,


privados e públicos, incluindo entidades regionais de turismo, autarquias,
associações setoriais, empresários de toda a cadeia de valor ou instituições
de ensino, entre outros contributos.
O impacto das alterações de contexto no turismo em Portugal

Alterações económicas
A instabilidade económica e financeira da Europa, que gera mais de 85%
das dormidas internacionais em Portugal , e a evolução do PIB, emprego
e rendimento disponível, aconselha maior prudência na projeção dos
fluxos turísticos.
• Na Europa, maiores níveis de crescimento dos países escandinavos, como
a Noruega e a Suécia, e do leste, com destaque para a Rússia, Polónia,
Hungria e República Checa;
• No continente americano, maiores níveis de crescimento para o Brasil, EUA
e Canadá;
• Na Ásia, manutenção da China com elevado crescimento.
O impacto das alterações de contexto no turismo em Portugal

Perfil do consumidor/ Turista


Decorrente das alterações estruturais da procura, mas também
influenciada pela conjuntura recente, verifica-se uma alteração do perfil
do consumidor com as seguintes características:
• Prioridade para o consumo no perímetro casa, família, estabilidade e
ambiente;
• Racionalização do consumo, contendo os «excessos» dos últimos anos, e
pressão dos preços pela procura sobre a oferta, mais diversificada e em
maior quantidade;
• Maior escrutínio e prudência no momento da compra ao nível da relação
qualidade/preço percebida;
• Resistência de países, empresas e particulares, ao endividamento.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
O PENT pressupõe e incentiva as empresas do setor no sentido de:

• Aprofundar o conhecimento do consumidor e da concorrência;


• Acelerar o processo de inovação e diferenciação de produtos e serviços,
incluindo a certificação dos mesmos;
• Repensar o modelo de negócio, antecipando as competências necessárias
e libertando recursos para comunicar com o consumidor no momento e
local de decisão de compra, simplificar processos e concentrar em ativos
estratégicos.
• A evolução dos consumidores, das suas preferências e padrões de
consumo, são determinantes na orientação do desenvolvimento turístico do
território.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
A emergência, proliferação e consolidação de novos concorrentes,
paralelamente à agressividade promocional e comercial de alguns dos
tradicionais, é um facto que importa ter subjacente à estratégia de
desenvolvimento de Portugal. A este nível, importa destacar que:
• As motivações lazer, onde se destaca o sol e mar, predominam para os
turistas que procuram o Mediterrâneo, e perdem estruturalmente quota de
mercado ao nível global, observando-se forte dependência do mercado
britânico e germânico;
• No período 2006-2011, a Turquia, seguida de Marrocos e Croácia,
obtiveram o melhor desempenho ao nível de entradas de turistas na bacia
do Mediterrâneo, situação que penaliza a competitividade e
sustentabilidade das empresas em destinos tradicionais como Portugal,
Espanha ou França.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• A outro nível, a competitividade do preço de destinos de longa distância
(ex. Caraíbas), o posicionamento «inovador» e suportado por fortes
investimentos (ex. Emirados Árabes Unidos), ou a capacidade de criar
oferta com custos de produção mais reduzidos (ex. Ásia), contribuem para
a urgência de acelerar o processo de reengenharia de produto dos destinos
tradicionais, no sentido da inovação e qualidade de serviço e oferta de
experiências singulares, dando resposta a uma concorrência que é hoje,
efetivamente, global.
A visão do “Destino Portugal”
Portugal deve ser apresentado na sua multiplicidade, sendo que a proposta a
apresentar aos turistas a partir dos valores essenciais do «Destino Portugal»
assenta nos seguintes elementos:

• Clima e luz;
• História, cultura, tradição e mar;
• Hospitalidade;
• Diversidade concentrada;
• Segurança;
• Paisagem e património natural.
A visão do “Destino Portugal”
• Aumentar taxas de ocupação e receitas num contexto de crescimento
moderado da oferta.
• Ao nível das dormidas, o objetivo é crescer a uma média anual de 3,7% no
mercado internacional, prosseguindo a diversificação do mix de procura.
A visão do “Destino Portugal”
A visão do “Destino Portugal”
Projetaram-se, os principais indicadores do setor por região:
Norte
Crescer no mercado internacional, equilibrando a quota de mercado
com o nacional em 2015, e acelerar o crescimento dos proveitos.
A visão do “Destino Portugal”
Centro
Acelerar a penetração do mercado internacional e o crescimento dos
proveitos.
A visão do “Destino Portugal”
Lisboa
Consolidar o crescimento do mercado internacional.
A visão do “Destino Portugal”
Alentejo
Apostar, de forma irreversível, no aumento do mercado internacional.
A visão do “Destino Portugal”
Algarve
Inverter a estagnação da procura nacional e crescer a um ritmo anual
superior a 3% no mercado internacional.
A visão do “Destino Portugal”
Açores
Acelerar o crescimento da procura, principalmente internacional,
aumentando significativamente os proveitos do alojamento.
A visão do “Destino Portugal”
Madeira
Inverter a queda da procura do mercado internacional.
Selecionaram-se 21 mercados emissores alvo, incluindo o mercado
interno, que foram diferenciados em função do seu potencial e do
posicionamento competitivo de Portugal, e classificados em 3 grupos:

Mercados estratégicos
• Portugal, Reino Unido, Espanha, Alemanha e França – que devem
ser alvo de um elevado esforço de promoção, assegurando uma
contribuição absoluta significativa para o Turismo, e estimulando
um crescimento relativo na época baixa (Outubro a Maio) superior
ao da época alta;
• Os mercados estratégicos são mercados já desenvolvidos e
responsáveis por uma elevada percentagem da receita para
Portugal – receita potencial superior a 400 milhões de euros.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Mercados a consolidar

• Países escandinavos, Itália, Estados Unidos da América, Japão,


Brasil, Holanda, Irlanda e Bélgica – em que se ambiciona um
crescimento absoluto relevante;
• Os mercados a consolidar são mercados que já apresentam alguma
importância para Portugal – potencial de receita entre os 100 e os
250 milhões de euros-
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Mercados de diversificação

• Áustria, Suíça, Rússia, Canadá, Polónia, República Checa, Hungria


e China – em que o objectivo consiste no aumento de quota de
mercado suportada no reforço da notoriedade do Destino Portugal;

• Os mercados de diversificação (crescimento de quota de mercado)


são mercados atractivos pela sua elevada dimensão e/ou
crescimento, onde Portugal tem ainda uma posição marginal, mas
que deverá ser reforçada no futuro – potencial de receita até 100
milhões de euros.
Targeting de mercados internacionais
mercados alvo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Da análise efectuada podemos dividir os países em 2 grupos, no que
diz respeito aos objectivos de crescimento de emissão para Portugal:

Crescer e reduzir a sazonalidade – nos países onde, actualmente,


Portugal já tem alguma notoriedade, mas com uma procura muito
sazonal, o objectivo é conseguir um forte crescimento (beneficiando da
notoriedade de que Portugal goza) acompanhado por uma redução na
sazonalidade da procura – Reino Unido, Espanha, Alemanha, França,
Itália, Holanda, Irlanda e Bélgica.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Crescer – nos países onde Portugal tem alguma notoriedade e que
concentram a procura na época baixa, assim como nos países em que
a notoriedade é reduzida, o objectivo é crescer e aumentar a quota de
mercado e reforçar a notoriedade – países escandinavos, Japão,
Estados Unidos da América, Brasil, Áustria, Suíça, Rússia, Canadá,
Polónia, República Checa, China e Hungria.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• Nos mercados estratégicos deverá ser efectuado um elevado
esforço de promoção e distribuição para assegurar uma
contribuição absoluta e significativa para o Turismo:

• Deverão privilegiar-se iniciativas que visem um crescimento relativo


na época baixa –Outubro a Maio – superior ao da época alta,
apostando-se para isso em produtos com menor sazonalidade que
o Sol e Mar.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• Pretende-se um forte crescimento absoluto nos mercados que
concentram a procura na época baixa (Escandinávia, Estados
Unidos da América, Japão e Brasil).
• Para os mercados emissores com uma sazonalidade elevada
(Itália, Holanda, Irlanda e Bélgica),o objectivo é um forte
crescimento, acompanhado pela redução da sazonalidade,
devendo-se, para tal, apostar em produtos para além do Sol e Mar.
• Nos mercados onde Portugal tem uma quota de mercado e uma
notoriedade relevantes( Escandinávia, Itália, Holanda, Irlanda e
Bélgica),a aposta vai para a promoção do destino Portugal e das
regiões/produtos que mais contribuem para o Turismo.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
• Os mercados de diversificação ( Áustria, Suíça, Canadá, Rússia,
Polónia, República Checa, Hungria e China),são mercados que
representam ainda uma quota reduzida da receita, inferior a 100
milhões de euros.
• Nestes, o objectivo é crescer/aumentar a quota de mercado, sem
preocupações de sazonalidade, mas assegurando sempre a
dimensão crítica das acções realizadas junto dos
mercados/segmentos alvo.
Plano Estratégico Nacional de Turismo
A execução com sucesso das linhas de orientação estratégica
implicará um grande rigor, inovação e proactividade por parte das
instituições públicas e do sector privado os 5 eixos estratégicos
deverão ser implementados através de 11 projectos.

5 eixos:
• Território, Destinos e Produtos
• Marcas e Mercados
• Qualificação de Recursos
• Distribuição e Comercialização
• Inovação e Conhecimento
Plano Estratégico Nacional de Turismo
A concretização dos 5 eixos requer a implementação de 11 projectos,
a vários níveis e englobando múltiplas entidades:
I – Produtos,Destinos e Pólos
II – Intervenção em Urbanismo, Ambiente e Paisagem
III – Desenvolvimento de Conteúdos distintivos e inovadores
IV – Eventos
V – Acessibilidade Aérea
VI – Marcas, Promoção e Distribuição
VII – Programa de Qualidade
VIII – Excelência no Capital Humano
IX – Conhecimento e Inovação
X – Eficácia do relacionamento Estado-Empresa
XI – Modernização Empresarial
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Plano Estratégico Nacional de Turismo
Consolidar/desenvolver 10 produtos turísticos estratégicos

Portugal dispõe das "matérias primas“( condições climatéricas, recursos


naturais e culturais) potenciadoras do desenvolvimento e consolidação de 10
produtos turísticos estratégicos :
• Sol e Mar
• Circuitos Turísticos ,Religiosos e Culturais
• City Break
• Turismo de Negócios
• Turismo de Natureza
• Turismo Náutico
• Saúde e Bem-estar
• Golfe
• Resorts Integrados e Turismo Residencial
• Gastronomia e Vinhos
Consolidar/desenvolver 10 produtos turísticos estratégicos
Sol e Mar
• Valorizar o sol e mar, melhorando as condições dos recursos,
equipamentos, serviços e envolvente paisagística dos principais clusters, e
assegurar a integração com outras ofertas complementares que
enriqueçam a proposta de valor.

• Está subjacente a resistência do produto à situação económica, prevendo-


se a manutenção do seu crescimento nos próximos anos.

• É o produto de maior volume na Europa, tendo a Alemanha e o Reino


Unido como principais emissores, sendo um forte indutor da sazonalidade
de alguns destinos, pois concentra 85% da procura na época alta.
Os principais mercados emissores de sol e mar a nível europeu são a
Alemanha, Reino Unido, Escandinávia, Rússia, França, Holanda, Itália e
Áustria (75% do mercado europeu).
Sol e Mar
Sendo Espanha o principal destino concorrente, foram identificados o
seguintes fatores de competitividade de Portugal para este produto:

• Elevado número de praias de qualidade, galardoadas com Bandeira Azul;


• Beleza das praias, de areia branca;
• Número de horas de sol durante todo o ano;
• Reconhecimento do Algarve como destino de sol e mar;
• Hospitalidade e segurança.
CIRCUITOS TURÍSTICOS
RELIGIOSOS E CULTURAIS

• Reforçar os circuitos turísticos religiosos e culturais, segmentando-os para


as vertentes generalista e temática, assim como individualizar os primeiros
(Turismo Religioso).

• Ao individualizar o Turismo Religioso, conferindo-lhe um papel estratégico,


estamos simultaneamente a valorizar a visita a edifícios e/ou locais
religiosos motivada pela vontade de descoberta destes espaços numa
perspetiva cultural e, sobretudo, as peregrinações de culto mariano (com
destaque para Fátima), o Caminho Português Central de Santiago e ainda
as judiarias.
CIRCUITOS TURÍSTICOS
RELIGIOSOS E CULTURAIS
• Nos circuitos culturais incluem-se os diversos nichos de mercado que se
individualizam e que estão fortemente relacionados com o território
regional, permitindo colocar em valor o relevante espólio existente ao nível
do património classificado pela UNESCO, património artístico, militar,
científico, industrial, etc.

• Os circuitos turísticos religiosos e culturais têm sido afetados pela crise


internacional, existindo contudo indícios de retoma. É um produto
resistente, perspetivando-se um crescimento médio anual de 4% nos
próximos anos.
CIRCUITOS TURÍSTICOS
RELIGIOSOS E CULTURAIS
• Os principais mercados emissores de circuitos turísticos religiosos e
culturais a nível europeu são a França, Itália, Escandinávia, Alemanha,
Rússia, Reino Unido e Espanha (62% do mercado europeu), mercados de
relevância estratégica no desenvolvimento do produto em Portugal, a par
de outros países fora do continente europeu com destaque para o Brasil e
os EUA, a que se juntam os países do leste europeu.
Sendo Espanha, França e Itália os principais destinos concorrentes de
circuitos releigiosos e culturais, foram identificados os seguintes fatores de
competitividade de Portugal para este produto:
• Património e rotas religiosas como Bom Jesus de Braga, Sameiro, São
Bento da Porta Aberta (Guimarães) e Santuário de Nossa Senhora da
Penha (Porto);
• Lisboa, as judiarias;
• Fátima, local de peregrinação do culto mariano;
• Vasto e diverso património histórico e cultural;
• Cultura popular e tradições genuínas;
• Diversidade cultural e paisagística a curta distância;
• Alojamento em meio rural de qualidade e variado;
• Hospitalidade.
Estadias de curta duração
• Dinamizar as estadias de curta duração em cidade, integrando recursos
culturais, propostas de itinerários e oferta de experiências, incluindo
eventos, que promovam a atartividade das cidades e zonas envolventes.
• As estadias de curta duração em cidade são importantes impulsionadores
de viagens na Europa, resultado da preferência por viagens curtas e
frequentes, assim como da proliferação de rotas de baixo custo.
• O crescimento anual de 2% a 3% da última década deverá reforçar-se para
5% a 6% nos próximos anos.
• É um produto que pode contribuir para alargar a procura turística para fora
do perímetro estrito da cidade, potenciando atrações turísticas e empresas
de zonas envolventes.
Estadias de curta duração
• Os principais mercados emissores de estadias de curta duração a nível
europeu são a Alemanha, Reino Unido, Escandinávia, Espanha, Holanda,
Rússia, Itália e França (71% do mercado europeu).
• Foram identificados os seguintes fatores de competitividade de Portugal
(Lisboa e Porto) para este produto:
• Património universal traduzido no desenho dos bairros históricos, nos
elementos decorativos dos monumentos, nas coleções dos museus, nos
ingredientes da gastronomia, na música, na vanguarda de tendências
contemporâneas.
Estadias de curta duração

• Boas acessibilidades e segurança;


• Diversidade e variedade de opções de visitação a curta distância que
incluem a experiência em áreas protegidas.
• Hospitalidade e tolerância;
• Luminosidade (Lisboa) e clima ameno;
• Reconhecimento e projeção internacional de Lisboa como destino para
estadias de curta duração
Turismo de Negócios
• Desenvolver o turismo de negócios qualificando infraestruturas e estruturas
de suporte, no reforço da captação proactiva de eventos e no
desenvolvimento criativo de ofertas que contribuam para proporcionar
experiências memoráveis aos participantes.

• Subjacente está a segmentação por tipologia de reunião, número de


participantes, objetivo ou promotor.

• Verifica-se um aumento do número total de participantes nas reuniões


associativas por via do aumento do número de reuniões e não da sua
dimensão média.
Turismo de Negócios
• Portugal, em particular Lisboa, mantém uma posição de destaque nas
reuniões internacionais de caráter associativo (Portugal é 10.º destino
mundial e Lisboa a 10.ª cidade da Europa)

• Os principais mercados emissores de turismo de negócios a nível europeu


são, no mercado corporativo, o Reino Unido, Alemanha, França, sendo
Itália, Benelux e Escandinávia, igualmente importantes para o
desenvolvimento do produto.

• Fora da Europa, o mercado dos EUA assume importância estratégica para


o desenvolvimento do produto, a par do Brasil.
Sendo Barcelona, Madrid e Istambul algumas das cidades concorrentes de
Lisboa, foram identificados os seguintes fatores de competitividade de Portugal
para o turismo de negócios:
• Clima ameno e hospitalidade;
• Segurança;
• Infraestruturas modernas e serviços de qualidade;
• Flexibilidade dos profissionais;
• Capacidade de organização de grandes eventos com reconhecimento
muito favorável junto dos participantes e dos média internacionais;
• Boa relação qualidade/preço;
• Boa localização do aeroporto na cidade;
• Diversidade e variedade de opções de visitação a curta distância;
• Reconhecimento e projeção internacional de Lisboa como destino de
turismo de negócios.
Golf
• Incentivar a promoção do Algarve como destino de golfe de classe
mundial e dar maior visibilidade à área de influência de Lisboa.
• Embora assumindo a dimensão relativa do mercado, importa destacar o
gasto médio do turista, a contribuição para atenuar a sazonalidade
dominante e a capacidade para valorizar a imagem global do destino.
• Regista-se um crescimento anual de 12% a 15% na última década, valor
que se poderá situar nos 10% no futuro próximo.
• Os principais mercados emissores de golfe a nível europeu são o
ReinoUnido, Alemanha, Suécia, França, Holanda e Espanha (85% do
mercado europeu).
• Espanha, Irlanda, França e Turquia são os principais destinos
concorrentes.
Golf
Foram identificados os seguintes fatores de competitividade de Portugal para
este produto:
• Modalidade desportiva que se pode jogar todo o ano;
• Campos de golfe com diferentes traçados e níveis de dificuldade;
• Campos de golfe de assinatura (Robert Trent Jones Jr., Arnold Palmer,
Jack Nicklaus, Arthur Hills, Nick Faldo e S. Ballesteros) e de elevada
qualidade;
• Zonas de concentração de campos de golfe de elevada qualidade;
• Campos de golfe de competição, com provas do circuito PGA;
• Algarve e Lisboa eleitos pela IAGTO Golf Destination of the Year e Golf
Resort of the Year (2006, 2007 e 2009).
Turismo de Natureza
• Estruturar a oferta de turismo de natureza, nomeadamente através da
contemplação meio rural (turismo rural) e também de segmentos mais
ativos, como passeios (a pé, de bicicleta ou a cavalo), de observação de
aves ou do turismo equestre, melhorando as condições de visitação e a
formação dos recursos humanos.
• Subjacente à estratégia está a constatação de que um turista de natureza
procura a tranquilidade, o repouso e a autenticidade proporcionada pelo
turismo rural e realiza múltiplas atividades no destino, tais como eco
resorts, agroturismo e outras atividades de caráter cultural e/ou desportivo.
• Os principais mercados emissores de turismo de natureza a nível europeu
são a Alemanha, Reino Unido, Holanda, Escandinávia, França e Itália (91%
do mercado europeu).
Turismo de Natureza
Foram identificados os seguintes fatores de competitividade de Portugal para
este produto:

• 90% do território é considerado zona rural e 23% do território português é


formado por Áreas Protegidas e Rede Natura 2000, revelador de fortes
valores naturais e de biodiversidade ao nível da fauna, flora e da qualidade
paisagística e ambiental;
• Variedade e qualidade de paisagens e elevada diversidade de habitats
naturais a curta distância e que se situam para além das zonas
classificadas habitats de montanha e floresta, rios e estuários, escarpas,
montados de sobro, planícies cerealíferas, lagoas e arribas costeiras, ilhas
e ilhas barreira, etc.;
Turismo de Natureza
• Elementos qualificadores do destino ,arquipélago dos Açores praticamente
inexplorado, raça de cavalos lusitanos e de garranos no Gerês, coudelaria
de Alter;
• Observação de mamíferos marinhos, diversidade de aves, algumas de
visualização quase exclusiva, levadas e floresta lda Madeira ;
• Paisagens da serra de Sintra e Douro, classificadas como património
mundial natural UNESCO;
• Reservas da Biosfera dos Açores e Madeira e zonas de elevado valor
• natural;
• Riqueza e diversidade de produtos e oportunidades de lazer, incluindo a
cinegética, relacionados com valores enológicos, gastronómicos, históricos
e patrimoniais.
Turismo Náutico
• Desenvolver o turismo náutico nos segmentos da náutica de recreio e do
surfing, qualificando as infraestruturas para responder a uma procura
crescente e dinamizando as atividades conexas.
• O turismo náutico, muito suscetível às oscilações económicas, estagnou,
sobretudo ao nível da náutica de recreio.
• Registou um crescimento anual de 0,5% nos últimos 5 anos, valor inferior
aos 9% verificados entre 2000 e 2005, estimando-se um crescimento futuro
de 3% a 4% ao ano.
• Os principais mercados emissores de turismo náutico a nível europeu são a
Alemanha, Escandinávia, Reino Unido, Holanda, França, Rússia, Itália e
Áustria (84% do mercado europeu).
• Espanha, França, Reino Unido e Irlanda são os principais destinos
concorrentes.
Foram identificados os seguintes fatores de competitividade de Portugal para
este produto:

• Linha de costa com especial interesse, em função da diversidade e valor natural,


paisagístico e cultural;
• Marinas e portos de recreio de qualidade, em particular no Algarve;
• 800 Km de costa no continente e diversas ilhas capazes de garantir condições de
surf 365 dias;
• Ericeira, enquanto 2.ª reserva mundial de surf;
• Peniche, palco de um dos mais importantes eventos de surf do mundo;
• Nazaré, com record mundial de ondas grandes (tow-in);
• Figueira da Foz com a onda (direita) mais comprida do continente europeu;
• O Guincho, com excelente conjunto de vento e ondas para a prática do kitesurf;
• A baía de Cascais e a de Lagos, com uns dos melhores campos de regata do
mundo;
• Condições naturais para a prática de mergulho nos Açores:
Turismo Residencial
• Consolidar os investimentos e garantir elevados padrões de qualidade em
novos projetos de turismo residencial, produto de relevância estratégica
acrescida, clarificando incentivos e procedimentos para a instalação em
Portugal de indivíduos de nacionalidade estrangeira.

• O turismo residencial, seriamente afetado pela situação económica atual


mantém, no entanto, o interesse por parte dos europeus para compra de
casa ou para disfrutar a reforma no estrangeiro.

• Estima-se a comercialização de 100.000 unidades/ano no Sul da Europa.


O Turismo Residencial é valorizado pela oferta de atividades
complementares tais como golfe, praia e restauração
Turismo Residencial
O Reino Unido e a Alemanha são os principais mercados da Europa,
distinguindo-se dois segmentos:

(1) O turista-residente, proprietário que utiliza a casa em férias, fins de semana


ou períodos de longa duração, principalmente no fim da vida ativa

(2) O investidor, motivado pela valorização do investimento ou pelo rendimento


associado ao seu arrendamento.
Turismo de saúde
• Qualificar e classificar a oferta de turismo de saúde, com vista ao
desenvolvimento e crescimento deste produto de relevância estratégica
para Portugal, nas componentes médica, termalismo, spa e talassoterapia,
estimulando a estruturação e a promoção conjunta das valências médica e
turística.
• O objetivo é vocacionar a oferta do produto para os turistas cuja motivação
primária é a obtenção de benefícios relacionados com os cuidados de
saúde, articulando a valência médica com as valências turísticas que lhe
estão direta e indiretamente associadas, desde o termalismo ao lazer e
passando pelo bem-estar.
• Este produto, em termos integrados, tem registado um crescimento anual
significativo na Europa, entre os 7% a 8% desde 2000, valores que se
perspetivam similares até 2015.
Turismo de saúde
• Os principais mercados emissores de turismo de saúde a nível europeu são
a Alemanha, Bélgica, Itália, Áustria, Suíça, Reino Unido, Escandinávia e
Espanha (81% do mercado europeu), a par da Holanda, França e EUA,
assim como da diáspora e dos países de língua portuguesa.
• Tendo presente as principais características da oferta e procura mundial,
sobretudo no espaço europeu, foram identificados os seguintes fatores de
competitividade de Portugal para este produto:
• Sistema nacional de saúde de qualidade reconhecido internacionalmente,
estando Portugal na 12ª posição no índice dos sistemas mundiais de saúde
elaborado pela Organização Mundial de Saúde;
• Profissionais com experiência internacional e com diminutas barreiras de
comunicação nos idiomas dos potenciais mercados emissores para
Portugal.
Gastronomia e Vinhos
• Promover a riqueza e qualidade da gastronomia e vinhos como
complemento da experiência turística, estimulando a aplicação da marca/
conceito «Prove Portugal» em produtos, equipamentos e serviços.
• Subjacente está a convicção de que este é um produto turístico de nicho
quando avaliado como motivação primária. Contudo, a maior parte dos
turistas considera a gastronomia aquando do planeamento e organização
da viagem, assumindo-se como importante fator de avaliação.
• Este produto tem registado um crescimento anual de 5% a 8% desde 2000,
valores que se perspetivam poder situar-se nos 8% a 10% nos próximos
anos.
• Os principais mercados emissores de gastronomia e vinhos são a Espanha,
Reino Unido e França, embora se trate fundamentalmente de um produto
complementar a outros produtos de procura primária.
Gastronomia e Vinhos
• Sendo Espanha, França e Itália os principais destinos concorrentes, foram
identificados os seguintes fatores de competitividade de Portugal para este
produto:
• Variedade e riqueza da gastronomia nacional, classificada como bem
imaterial do património cultural português;
• Qualidade e diversidade dos vinhos, alguns exclusivos de Portugal (Porto e
Madeira);
• Doçaria tradicional e conventual muito apreciada;
• Qualidade do peixe e do marisco;
• Crescente qualificação e notoriedade dos chefes nacionais;
• Existência de marcas relevantes (cataplana, pastel de nata, «o melhor
peixe do mundo», vinhos do Porto e da Madeira, chefes portugueses).

Você também pode gostar