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Fernando Pessoa- Já não me importo

Análise do poema realizado por:


 Alexandre Grade.
12ºZp
Disciplina de Português
dada pelo professor Serafim Moreira
Introdução
 Neste trabalho será feito:
Breve biografia de Fernando Pessoa;
Leitura do poema “Já não me importo” de Fernando Pessoa;
Análise externa e interna do poema;
No final será feito uma bibliografia, asim como uma pequena
conclusão do trabalho.
Fernando Pessoa- Biografia
 Fernando Pessoa é um dos poetas mais conhecidos de
Portugal, da Europa e até mesmo do mundo.
 Pessoa era conhecido pelas suas variadas personagens criadas
na sua cabeça. Consoante a maneira como se sentia, assim era
a personagem que ele usava.
Continuação…
 Pessoa criou mais de setenta heterónimos, sendo os três
principais:
1. Alberto Caeiro;
2. Ricardo Reis;
3. Álvaro de Campos.
Poema: Já não me importo
Já não me importo Fito a gente
Que me rodeia e sempre
Até com o que amo ou creio amar. rodeou,
Sou um navio que chegou a um
porto Com um olhar
E cujo movimento é ali estar. Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer
Nada me resta
Do que quis ou achei. E só me não cansa
O que a brisa me traz
Cheguei da festa De súbita mudança
Como fui para lá ou ainda irei No que nada me faz.

Fernando Pessoa
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal
sou,
Análise externa
Este poema é composto por seis estrofes (quatro quadras e dois
dísticos);
Todo o poema está estruturado por rima Cruzada
(ABAB;CDCD;EF;EF;GHGH);
É um poema com alguns versos maiores que o normal.
Análise Interna
Primeira estrofe:
Já não me importo
Até com o que amo ou creio amar.
Sou um navio que chegou a um porto
E cujo movimento é ali estar.

Nesta estrofe é mostrado o puro desinteresse de viver do poeta.


Está trambém presente a comparação, onde ele se vê como um
navio que chegou ao porto e na qual a sua função é fazer
absolutamente nada.
Análise Interna
 Segunda estrofe:
Nada me resta
Do que quis ou achei.
Cheguei da festa
Como fui para lá ou ainda irei

o sujeito poético diz que, de tudo o que já teve, nada lhe


resta, não sabendo assim qual o propósito dele enquanto vivo.
Análise Interna
 Terceira estrofe:
Indiferente
A quem sou ou suponho que mal sou,

Mais uma vez, está presente a indiferença do sujeito


poético quanto à sua existência, não sabendo quem é ou
pensa ser.
Análise Interna
 Quarta estrofe:
Fito a gente
Que me rodeia e sempre rodeou,

 Fernando mostra que nao lhe faz diferença quem o rodeia, pois
não está atento a nada.
Análise Interna
 Quinta estrofe:
Com um olhar
Que, sem o poder ver,
Sei que é sem ar
De olhar a valer

 Pessoa não olha para nada com interesse, com “olhos de ver”,
nada lhe chama atenção, entrando quase que numa revolta
com ele próprio.
Análise Interna
 Sexta estrofe:
E só me não cansa
O que a brisa me traz
De súbita mudança
No que nada me faz.

 Aqui o poeta vê que nada vai mudar, que aquela “súbita


mudança” nada de novo irá trazer, nada lhe fará captar a
atenção a nada novamente.
Conclusão
 Neste poema consegui notar que aquilo que Fernando Pessoa
sentia na altura, continua a ser sentido por pessoas da idade
moderna, talvez por algum de nós até.
 Também eu de vez em quando tenho momentos em que olho
para algo, mas não estou realmente a ver nada.
 Esta foi a minha análise do poema, e espero que tenha
ajudado a compreender um pouco mais da visão de Fernando
Pessoa.
Bibliografia
 https://ciberduvidas.iscte-
iul.pt/consultorio/perguntas/poema-estrutura-externa--
estrutura-interna--forma/10231;
 http://arquivopessoa.net/textos/84;
 https://prezi.com/rgkza7g5tsfh/analise-formal-de-um-
poema/;
 http://nolimiardaspalavras.blogspot.com/2008/12/j-no-
me-importo.html;
 https://www.google.com/imghp?hl=pt-pt;
 https://www.ebiografia.com/fernando_pessoa/.

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