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VALIDADE DOS

INSTRUMENTOS DE
AVALIAÇÃO
• O primeiro passo na construção de um teste de
inteligência consiste em escrever uma definição
detalhada do que o teste está tentando mensurar;

• A partir destas aplicações preliminares, alguns


itens podem ser retirados ou mantidos no conjunto
do teste baseados em quão bem eles discriminam
entre os indivíduos;

• Posteriormente, normas ou padrões de


desempenhos no teste são estabelecidos baseados
numa grande amostra de padronização submetida
ao teste final.
• O resultado de um dado indivíduo deve ser
comparado com aquele previamente registrado de
um grupo de indivíduos;

• Após comparar o resultado de um indivíduo com os


valores da tabela de referência (normas), podemos
classificá-lo;

• Dentro da Psicometria clássica duas das mais


importantes características de um teste são a
fidedignidade (confiabilidade) e a validade.
FIDEDIGNIDADE:

Segundo Selltiz (1987) uma medida


confiável produzirá os mesmos
resultados em sucessivas aplicações
sobre um mesmo sujeito ou objeto.
• A fidedignidade é frequentemente
explicada em termos do processo de
mensuração na física e engenharia;

• Segundo Selltiz (1987) uma medida


confiável produzirá os mesmos
resultados em sucessivas aplicações
sobre um mesmo sujeito ou objeto.
• A falta de fidedignidade de um teste psicológico
pode ter efeitos devastadores e extremamente
desagradáveis, de maneira que devemos em
primeiro lugar construir testes que sejam os mais
fidedignos possíveis, e em segundo lugar levar em
consideração a falta de uma fidedignidade
perfeita na interpretação dos resultados dos
testes;

• Há vários métodos para mensurar a fidedignidade


de um teste.
TÉCNICA DO TESTE RETESTE
O instrumento de medidas é aplicado duas vezes a um
mesmo grupo de pessoas, depois de um período de
tempo entre as aplicações;

O coeficiente de correlação produto-momento de


Pearson calculado entre estes escores da primeira e
da segunda aplicação fornece diretamente o
coeficiente de fidedignidade do teste.
• P = 1 significa uma correlação perfeita positiva
entre as duas variáveis;

• P = -1 significa uma correlação negativa perfeita


entre as duas variáveis – isto é, se uma aumenta, a
outra diminui;

• P = 0 significa que as duas variáveis não dependem


linearmente uma da outra. No entanto, pode existir
uma dependência não linear.
TÉCNICA DAS METADES PARTIDAS
(SPLIT-HALF)

• Uma alternativa de cálculo da fidedignidade mais


próxima do método das formas paralelas é o método
da divisão das metades de um teste;

• Com esta técnica um teste é dividido em duas


metades iguais;

• Por convenção tem sido comum tomar os itens pares


e os itens ímpares para constituírem as duas formas
ou metades do teste.
Resultado 1
Questões
1 Primeira metade
2 1, 3, 5, 7, 9 Calcular o
3 coeficiente
4 de correlação
5 entre as
6 pontuações
7 das duas
8 metades.
Segunda metade
9 2, 4, 6, 8, 10
19
Resultado 2
• Técnica de formas equivalentes:
Neste procedimento não se aplica o mesmo
instrumento de medidas às mesmas pessoas e
objetos, mas duas ou mais versões
equivalentes do instrumento de medidas.
2 – VALIDADE:

Para Gressler (1989) a questão fundamental


para se admitir a validade de um instrumento
de medida é dada pela resposta à seguinte
pergunta: Será que se está medindo o que se
crê que deve ser medido? Se a resposta é sim,
sua medida é válida, se não, não é.
VALIDADE DE CONTEÚDO
• Segundo Sampieri (1996), a validade de
conteúdo se refere ao grau em que um
instrumento evidencie um domínio
específico de conteúdo do que pretende
medir;

• A validade de conteúdo tem de ser julgada


qualitativa, mas do que quantitativamente.
VALIDADE DE CRITÉRIO
Esta técnica é definida como a habilidade do
instrumento de distinguir grupos para os quais
se sabe previamente que se comportam de
forma diferentes na variável ou construto sob
estudo.
VALIDADE PREDITIVA
• A validade preditiva é a maior forma de validade
estatística e deve ser usada em todas as
situações em que um teste for usado para fazer
predições;

• Ela indica em que medida as previsões feitas a


partir dos resultados de um teste são
confirmadas pelos fatos constatados
posteriormente.
• A validade preditiva é representada como a
correlação entre os escores do teste e os
escores do grau de sucesso no campo
selecionado, usualmente denominado de sucesso
no critério;

• Ela indica em que medida as previsões feitas a


partir dos resultados de um teste são
confirmadas pelos fatos constatados
posteriormente.
VALIDADE CONCORRENTE

• A validade concorrente é também estatística em


concepção e descreve a correlação de um novo
teste com testes já existentes que supostamente
medem o mesmo tipo de constructo;

• É importante destacar que embora possa existir


uma alta correlação entre um novo e um antigo
teste de inteligência, ambos podem não
necessariamente estar mensurando o constructo
de inteligência se outras formas de validade não
tenham sido rigorosa e previamente estabelecidas.
VALIDADE DE CONSTRUCTO

O processo de validação de um constructo


deve, necessariamente, estar vinculado a uma
teoria. Não é possível levar a cabo uma
validação de constructo, a menos que exista
um marco teórico que suporte o constructo em
relação a outras definições.
VALIDADE TOTAL

A validade total, segundo Sampieri (1996) é obtida


pela soma das validades de conteúdo, de critério e de
construto. Quanto mais evidências de validade de
conteúdo, validade de critério e validade de
constructo de um instrumento de medidas, maiores
são as evidências que, de fato, está se medindo o que
se pretende medir.
ATIVIDADE
PRÁTICA
1. O QUE É FIDEDIGNIDADE E VALIDADE?

2. APARECIDO (2017) DESTACA VÁRIOS MÉTODOS PARA MENSURAR


A FIDEDIGNIDADE DE UM TESTE. DESTAQUE UM E
EXEMPLIFIQUE.

3. A VALIDADE TOTAL, SEGUNDO SAMPIERI (1996) É OBTIDA PELA


SOMA DE TRÊS VALIDADES. MARQUE A ALTERNATIVA CORRETA.
A. VALIDADE APARENTE, VALIDADE DE CONTEÚDO E VALIDADE
DE CONSTRUCTO;
B. VALIDADE APARENTE, VALIDADE PREDITIVA E VALIDADE DE
CONSTRUCTO;
C. VALIDADE DE CONSTRUCTO, VALIDADE DE CONTEÚDO E
VALIADE PREDITIVA;
D. VALIDADE DE CONSTRUCTO, VALIDADE DE CRITERIOS E
DIVISÃO DAS METADES;
E. VALIDADE DE CONSTRUCTO, VALIDADE DE CONTEÚDO E
VALIDADE DE CRITÉRIOS.
6 – REFERÊNCIAS:
ANASTASI, Anne. Testes psicológicos: teoria e aplicação. Edusp: São Paulo,
1965.

GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. Editora Atlas: São
Paulo, 2008.

GRESSLER, Lori Alice. Pesquisa Educacional. Editora Loyola: São Paulo, 1989.

MORON, Maria Anne Macadar. Dissertação: Concepção, Desenvolvimento e


Validação de instrumento de coleta de dados para estudar a percepção do
processo decisório e as diferenças culturais. Porto Alegre, 1998.

SAMPIERI, Roberto Hernandez. Metodologia de Pesquisa. Editora McGraw Hill


Interamericana: São Paulo, 1996.

SELLTIZ, Claire et al. Métodos de pesquisa nas relações sociais. Editora


Pedagógica e Universitária: São Paulo, 1987.

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