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Sustentabilidade...

É possível?
Sustentabilidade

Sustentar = Preservar, Conservar, ... Melhorar


Conceito
Conjunto de Atividades Que Simultaneamente Visam:
1. Promover Crescimento Sócio-Econômico
2. Preservando o Meio Ambiente
Desenvolvimento Sustentável
“É Aquele Que Satisfaz As Necessidades Atuais Sem
Comprometer a Capacidade das Gerações Futuras
de Suprir Suas Próprias Necessidades”
Dra. Gro Brundtland
(1939 - ...)
Primeiro-Ministro Noruega
Diretor Geral, OMS
Presidente da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento
Eco-Rio-92
Desafios para agricultura atual:

Alimentar:
9 bilhões de pessoas em 2050

Contornar problemas:
Fatores-chaves para atingir a sustentabilidade (FAO;2010)

- Redução no uso de insumos;


- Maior proteção do solo e água;
- Sequestro de carbono atmosférico;

- Aumento da biodiversidade e resiliência dos agroecossistemas.


Sustentabilidade.
..
Hoje:

$$
Sustentabilidade.
..
X
Grãos, fibras,

X
agroenergia,
carne, leite
Século XXI: Agricultura também vai ser reconhecida
pela sua capacidade de prestar importantes serviços
ambientais

$$
Sustentabilidade...
$$

$$
A agricultura brasileira
• Sistema de cultivo tradicional europeu,
onde o revolvimento do solo era
fundamental para dar início ao cultivo
• Erosão intensa e rápida degradação do
solo
• Empobrecimento e queda de
produtividade
• Migração em busca de áreas férteis
Por que avaliar o
funcionamento do solo?

Qualidade do solo

Subsidiar o
agricultor
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação
Secretaria de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento
Coordenação Geral de Mudanças Globais de Clima

Emissões – Setores da Economia


1. Energia – 2. Agropecuária – 3. Mudança do 4. Processos 5. Tratamento
Emissões As emissões são Uso da Terra e Industriais – Resíduos –
devido à majoritariamente Florestas – Emissões Emissões pela
queima de devido ao metano Variações de resultantes dos disposição de
combustíveis (CH4) e ao óxido carbono, seja na processos resíduos
e emissões nitroso (N2O): biomassa aérea produtivos nas sólidos (CH4) e
fugitivas da fermentação como no solo. indústrias e que tratamento de
indústria de entérica, manejo Considera todas não são esgotos (CH4 e
petróleo, gás de dejetos as transições resultado da N2O) – esgoto
e carvão animais, cultivo possíveis entre queima de doméstico e
mineral. As de arroz, queima diversos usos, as combustíveis. comercial,
emissões de de resíduos remoções de CO2 Subsetores: efluentes da
CO2 devido agrícolas, em toda área produtos indústria de
ao processo emissões de N2O considerada minerais, alimentos e
de redução provenientes de manejada e química, bebidas e os
nas usinas solos agrícolas. emissões de CO2 metalurgia, papel da indústria de
siderúrgicas por aplicação de e celulose, papel e
foram calcário em solos alimentos e celulose. Além
consideradas agrícolas. bebidas, e das emissões
no setor de produção e de CO2 pela
Processos utilização de HFC incineração de
Industriais. e SF6. resíduos.
Queimada

Liberação de CO2 para a atmosfera


A queimada na agricultura
• Retirada da madeira (ou não) e queima para
limpeza da área
• Destruição de resíduos culturais
• Renovação do pasto

Consequências:
• Perda de nutrientes
• Destruição da fauna do solo (microrganismos,
minhocas, etc)
• Liberação de CO2 para a atmosfera – poluição
e aquecimento
Efeito Térmico Sobre As Plantas
Esquema Geral

Estresse Por Frio Estresse Por Calor

??? Ótimo ???

Cessa Cresc./ Escala de Temperatura Cessa Cresc./


Desenvolv. Desenvolv.

Tb TB
Temperatura Base Limiar Superior

Temp Base Superior


Chuvas extremas batem
recordes em anos recentes
•Destruição no litoral paranaense: 12
de março de 2011 – 282,6 mm

•Londrina : Transbordamento do Igapó


20 de junho de 2012 - 200,5 mm
(260 mm em dois dias)
B.V. do Paraíso - 230,8 mm
Erosão devido ao uso
inadequado do solo
A qualidade do solo está relacionada ao seu funcionamento, observado
pelos indicadores químicos, físicos e de mais difícil mensuração os
biológicos.
Doran & Parkin, 1994

(QS)
Indicadores de Qualidade de Solo (QS)

Químicos Físicos
• pH, Al, • Textura, estrutura
QS
Ca+Mg, • Densidade
P, K ...
• Cap. ret. H2O ...

Biológicos
• Biomassa,
• atividade e
• diversidade microbiana
Nenhum indicador individualmente irá descrever e
quantificar TODOS os aspectos da qualidade do solo.
Temperatura média do solo às 15 horas a
2cm de profundidade em Londrina
50

45
Temperatura do solo (°C)

40

35

30

25

20
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Gramado Solo Nu Cobertura Morta


Temperatura média do solo às 15 horas a
2cm de profundidade em Paranavaí
50

45
Temperatura do solo (°C)

40

35

30

25

20
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ

Gramado Solo Nu Cobertura Morta


Temperatura média - Londrina
22,5

22,0
Temperatura Média ( °C )

21,5

21,0

20,5 y = 0,0289x - 36,411


R2 = 0,3088
20,0

19,5
1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010
Anos

Valor inicial: 20,6 °C


Valor final: 21,4 °C
Aumento médio: + 0,8 °C
Precipitação – SEM TENDÊNCIA
DE AUMENTO NO NORTE...
2500

2000

1500
Precipitação (mm)

1000
y = -3,8278x +
500 1658,7 R2 =
0,0155
0
0 5 10 15 20 25 30
Anos
Precipitação – TENDÊNCIA DE AUMENTO
NO SUL
Temperatura média em três décadas da
série histórica de Londrina
Esfriando mais tarde
25

24

23 Esquentando mais cedo


Temperatura Média (°C)

22

21

20

19

18

17

16
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

1976-1985 1986-1995 1996-2005


Projeções das Mudanças

“O AQUECIMENTO “
Temperatura – (AR4 IPCC, 2007)

CENÁRIO A2 – Pessimista: aumento entre CENÁRIO B2 – Otimista:


2⁰C e 5,1⁰C aumento entre 1,4⁰C e 3,8⁰C
Soluções locais de sustentabilidade
População crescendo continuamente
econômica, social e ambiental
Gases crescendo continuamente
Redução da emissão de gases
Novas tecnologias (lenta e
regional População cresce mais lentamente
sem adoção de novos padrões) Novas tecnologias (diversificada)
Impactos potenciais sobre a
cultura do café
A2 – Altas emissões
B2 – baixas emissões
Zoneamento da cultura do café arábica

Atual (até 2009)

Melhor

2010 – 2039 2040 – 2069 2070 – 2099

Pior
Zoneamento do café arábica

Temperatura média anual entre 19 e


24°C

Risco de geadas fortes inferior a 25%

Deficiência hídrica anual inferior a 150mm


Trigo
A2 – Altas emissões
B2 – baixas emissões
Milho
Variação de área feijão
Impactos potenciais sobre a
cultura da maçã
Impactos nas Culturas
Caso ocorrido com soja: Safra 09/10

Paraná e nos estados vizinhos:


•Semeada final de outubro, iniciam a floração aos
45/50 dias após a emergência,com altura de plantas
normalmente superior a 60 cm

•Ocorreu o florescimento entre 25 e 30 dias após a
emergência, as plantas atingiram em torno de 30
cm”,

“ Causa do problema está relacionada ao aumento


de cerca de 3ºC nas temperaturas mínimas das Embrapa Soja,
regiões atingidas” 05/01/2010
O QUE FAZER?

Gaia
Controlar o clima Adaptar-se Esperar

Reduzir a concentração atmosférica dos gases do efeito estufa

Diminuir as emissões Aumentar a absorção


Agricultura de Baixo Carbono

Visa difundir uma nova agricultura sustentável, que


reduza o aquecimento global e a liberação de gás
carbônico na atmosfera.
O Programa ABC conta com seis iniciativas, e metas até
2020.

PAP 2015/16: serão disponibilizados R$ 3 bi, com limite de R$ 2


milhões por produtor, taxas de juros de 7,5% a 8% ao ano, carência de
6 anos e prazo máximo de 15 anos.
PLANO ABC - AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO

Plantio Direto na Palha


O objetivo é ampliar os atuais 26 milhões de hectares para
33 milhões de ha. Esse acréscimo permitirá a redução da
emissão de 16 a 20 milhões de toneladas de CO2 eq.

Recuperação de Áreas Degradadas


A meta é recuperar 15 milhões de hectares e reduzir entre
83 ae104 milhões de toneladas de CO2 eq.

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta
O objetivo é aumentar a utilização do sistema em 4
milhões de hectares e evitar as emissões de 18 a 22
milhões de toneladas de CO2 eq.
PLANO ABC - AGRICULTURA DE BAIXO CARBONO

Fixação Biológica de N
O objetivo é incentivar a utilização dessa técnica em 5,5
milhões de hectares, resultando na redução da emissão de
10 milhões de toneladas de CO2 eq.

Florestas Plantadas
A meta é expandir em 3 milhões de ha a área de florestas
plantadas, chegando a 9 milhões de hectares em 2020.

Tratamento de Resíduos Animais


O objetivo é tratar 4,4 milhões de m³ de resíduos da
suinocultura e outras atividades, deixando de emitir 6,9
milhões de toneladas de CO2 eq.
ABC - INTEGRAÇÃO LAVOURA-PECUÁRIA-FLORESTA

É essa adaptação que queremos?

Brasil, NE 2011
ABC - Integração Lavoura-Pecuária-Floresta

Esquema representativo da degradação de pastagem

Fonte: Observatório ABC, Embrapa. (Foto Embrapa, CNPGL)


Sistema silvipastoril no
Paraná

Melhora o conforto animal


Melhora qualidade do pasto
Aumenta ganho de peso
Proteção contra geada no inverno Pasto Degradado
Silva, V. P. (1997) Dissertação de mestrado UFSC
SERINGUEIRA NO PARANÁ

Localização da área
de estudos

Paranapoema – PR
SOLO ARENITO CAIUÁ DEGRADADO
Seringueira com 15 anos em Paranapoema - PR
Retirada de carbono:
variação ao longo do ano
7
6
5
g C/m 2 dia

4
3
2
1
0
verão outono inverno primavera

seringal pastagem

Método da correlação turbulenta


Produção de energia da vinhaça

http://www.cetrel.com.br/bioenergia.aspx
Produção de energia da vinhaça

http://www.cetrel.com.br/bioenergia.aspx
Produção de energia da vinhaça

http://www.cetrel.com.br/bioenergia.aspx
POTENCIAL EÓLICO BRASILEIRO

Usina de Itaipu:
14 GW

Potencial eólico
Brasil: 143,5
GW

FONTE: http://www.cresesb.cepel.br/index.php?link=/atlas_eolico_brasil/atlas.htm
O sol – a melhor fonte de energia

http://www.energiaeficiente.com.br/2009/01/29/energia-solar-desperdicada/
Efeitos do sombreamento no café
Café a Pleno Sol Café sombreado com banana

Depauperamento acentua ciclo bienal Sombreamento controlado regula e


estabiliza a produção
Grãos menores e chochos Maturação mais lenta, formaçãode
Piora qualidade da bebida grãos maiores e com maior teor de
sólidos solúveis

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