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Faculdade de Ciências

Médicas de Minas Gerais


Fuliban

Especialização em Saúde Mental da


Criança e Adolescente

Érica Costa e Silva


O Primeiro Ano de Vida

René A. Spitz
“O bebê não nasce com percepções
perfeitas; estas desenvolvem-se (...) com a
experiência e a crescente maturidade”
(Gesell, 1999, p. 8).
Como se processa a formação
da psique infantil?
Fatores Congênitos
Equipamento hereditário;
Influências intra- uterinas;
Influências operativas decorrentes
do processo do parto;

Fatores Ambientais
Relação mãe- filho
A Constituição do objeto libidinal

Estágio Pré-Obejetal

Ausência de objeto;

Narcisismo primário;

Experiências de prazer e desprazer;


O Precursor do Objeto

Ultrapassar o estado de simples “recepção dos


estímulos internos” em favor de um estado de
“percepção dos estímulos externos”;

Adiar durante algum tempo o Princípio de


Prazer em favor do Princípio de Realidade;
O Precursor do objeto
Há medida que os traços mnêmicos vão se
formando, a criança começa a conseguir
reconhecer o rosto humano, esta evolução
origina o seguinte fenômeno, o bebê
começa a ser capaz “de deslocar os seus
investimentos pulsionais de uma função
psíquica para outra, de um traço mnêmico
para outro”.

A face humana passa a ter um lugar


privilegiado para o bebê,que decorre por
volta do segundo mês de vida;
Relação Mãe- Filho
A relação materno-infantil produz um
diálogo que constitui um mundo exclusivo
ao bebê, com uma dinâmica e um clima
emocional específico, o qual é o fator mais
importante para tornar a criança capaz de
construir gradualmente uma imagem
coerente de seu mundo" (Spitz,), sendo
justamente "este ciclo de ação-reação-
ação que torna o bebê capaz de
transformar os estímulos sem significado
em signos significativos" (Spitz).
Objeto Libidinal
“ O objeto de um instinto é algo em relação a
que ou através de que o instinto é capaz de
alcançar seu objetivo. É o que é mais
variável a respeito de um instinto, e que
não está originalmente associado a
ele,mas torna-se atribuído a ele apenas em
razão de ser peculiarmente adequado para
tornar possível a satisfação. O objeto não é
necessariamente algo estranho: pode ser
igualmente uma parte do próprio corpo do
sujeito.
Objeto Libidinal
Também pode ser mudado inúmeras vezes
no decorrer das vicissitudes ás quais o
instinto é submetido durante sua
existência:e funções muito importantes são
exercidas por este deslocamento do
instinto. Pode ocorrer que o mesmo objeto
sirva simultaneamente para a satisfação de
vários instintos.” (Freud,1915b)
Os organizadores da Psique
Conceito

“Refere-se à convergências de várias linhas


de desenvolvimento biológico em um
ponto específico no organismo. Isto leva à
indução de um conjunto de elementos
agentes e reguladores, que influenciará
processos de desenvolvimento
posteriores”.(Spitz,1979)
Os organizadores da Psique
Consequências

“... durante estes períodos críticos as


correntes de desenvolvimento intergrar-se-
ão umas com as outras nos vários setores
da personalidade, bem como as funções
emergentes e capacidades resultantes dos
processos de maturação”.
Os organizadores da Psique
Consequências

“A saída desta integração é uma


reestruturação do sistema psíquico em
nível mais elevado de complexidade. Esta
integração é um processo delicado e
vulnerável o qual, quando bem sucedido,
conduz ao que chamamos de um:

“Organizador da Psique”
O primeiro organizador da Psique
Infantil
A esta fase o sinal externalizado pela criança
de que seu desenvolvimento psicológico
segue por linhas da normalidade e o
aparecimento da:
Reação do sorriso

A reação de sorriso passa a ser o maior


investimento intencional do bebê frente a
face humana;
O primeiro organizador da Psique
Infantil

“ O aparecimento da resposta de sorriso


indica que as correntes foram, agora,
integradas, organizadas e irão operar, daí
em diante, com uma unidade distinta no
sistema psíquico.”
Primeiro Indicativo da psique
infantil.
Bibliografia
SPITZ, R. A. O Primeiro Ano de Vida: um
estudo psicanalítico do
desenvolvimento normal e anômalo das
relações objetais;3°ed. São Paulo:
Martins Fontes, 1979.
Bezerra, P. F. O Terapeuta Ocupacional
na relação materno-infantil;
Universidade do Estado do Pará –
UEPA;www.Andreia
Mota.mht;acesso:23/10/2010

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