Você está na página 1de 25

1 - INTRODUÇÃO

 As palavras ‘cemitério’ e ‘necrópole’ têm origem grega.

 Já a palavra ‘cadáver’, que faz parte do mesmo contexto,


tem origem latina e significa ‘carne dada aos vermes’.
2 - A TRANSFORMAÇÃO DOS CADÁVERES
 A autólise é iniciada logo que cessa a vida: as células
deixam de receber oxigênio e de trocar nutrientes, e
passam a ser dissolvidas por enzimas do próprio corpo.

 Em seguida vem a putrefação, ou seja, a decomposição


de tecidos e órgãos por bactérias e outros
microorganismos.

 Quando a umidade no solo é alta, pode acontecer a


saponificação, processo em que a ‘quebra’ das gorduras
corporais libera ácidos graxos, cuja acidez inibe a ação
das bactérias putrefativas, atrasando a decomposição.
 O fenômeno ocorre em ambientes quentes e úmidos, com
baixos níveis de oxigênio, em geral em solos argilosos,
com baixa permeabilidade (que retêm água) e alta
capacidade de troca de cátions (capacidade de reter íons
positivos de certos elementos e liberar outros).
3 - RISCO PARA A ÁGUA SUPERFICIAL

 Em cemitérios em que o terreno está impermeabilizado


pelos túmulos e pela pavimentação das ruas em torno, e
onde o sistema de drenagem das águas das chuvas é
deficiente, estas podem escoar superficialmente e
inundar os túmulos mais vulneráveis.
4 - RISCO PARA A ÁGUA SUBTERRÂNEA

 Implantar cemitérios em locais onde as características


geológicas favorecem os fenômenos conservativos dos
corpos ou reduzem a retenção do contaminante na
camada superficial, e onde o lençol freático é pouco
profundo, pode contaminar as águas subterrâneas.
HÁ SOLUÇÃO PARA EVITAR O VAZAMENTO DESSE
LÍQUIDO?

 O ideal seria cremar os corpos. É a solução sanitária.


Como não se pode impermeabilizar o fundo da sepultura,
porque é preciso a troca de gases para ajudar na
decomposição, pode-se usar um colchonete com um
produto chamado necroblendas, que absorve o
necrochorume. Também podem-se colocar saquinhos
com esse produto, já fabricado em São Paulo e bastante
utilizado na Europa, dentro do caixão antes do
sepultamento.
 E para o solo já contaminado?

 Fazem-se furos no solo e injeta-se solução aquosa, o


necroxidante, que vai lavando o caminho no subsolo e
desinfeta. Antigamente se usava cal virgem. / E.R.
4.2.5 - PERÍODO DE ESQUELETIZAÇÃO

 Neste período o residual de matéria orgânica dos ossos


costuma liberar o
 fósforo sob a forma de fosfina, que reage com o oxigênio
atmosférico, dando origem a
 um fenômeno luminoso de curtíssima duração e de
observação fortuita, conhecido
 como “fogo fátuo”.
4.3. O QUE É UM CEMITÉRIO
SUSTENTÁVEL?

 Classifica-se um Cemitério como Sustentável, aquele que


cumpre integralmente
 as Resoluções CONAMA 335/03 e a 402/08 (Anexo).
Alguns parâmetros importantes
 são: se possuem Licenciamento Ambiental, se existe
sistema de coleta/drenagem do
 necrochorume, se a área de fundo das sepulturas mantêm
uma distância mínima de
 1,5m, se a área de sepultamento mantém a distância de
5m em relação ao perímetro
 do cemitério, entre outros.
6 – NECROCHORUME
 O necrochorume é o principal responsável pela poluição
ambiental causada pelos cemitérios.

 Cada quilo de massa corpórea do cadáver gera 0,6 litro


de necrochorume.

 Na putrefação são liberados gás sulfídrico (H2S),


dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), amônia
(NH3) e mercaptanas (compostos que contêm enxofre,
como a cadaverina e a putrescina, responsáveis pelo
cheiro de carne podre), além da fosfina (PH3), um
hidrato de fósforo incolor e inflamável.
 Segundo SILVA (1998) o necro-churume é constituído de
60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias
orgânica

 Segundo SMITH et al. (1983) apud MIGLIORINI


(1994), a decomposição dessas substancias orgânicas
pode produzir diaminas, como a cadaverina (C5H14N2)
e putrescina.
7 - ASPECTO LEGAL
 Nas cidades, uma fonte de contaminação que preocupa
são os cemitérios, cuja localização e operação
inadequadas podem levar a contaminação de mananciais
por microorganismos que proliferam no processo de
decomposição dos corpos, através do necro-chorume.

 Como no Brasil não há controle na construção de


cemitérios, o problema tem sido empurrado pelos
governantes, o Estado não cuida do problema que
repassa as responsabilidades aos municípios e estes por
sua vez não tem tecnologia e muito menos interesse
político de acompanhar o problema (GORGULHO,
1999).
7.1 - RESOLUÇÃO - CONAMA
 I- a área de fundo das sepulturas deve manter uma distância mínima
de um metro e meio do nível máximo do aqüífero freático;
 II- nos terrenos onde a condição prevista no inciso anterior não
puder ser atendida, os sepultamentos devem ser feitos acima do nível
natural do terreno;
 III- adotar-se-ão técnicas e práticas que permitam a troca gasosa,
proporcionando, assim, as condições adequadas à decomposição dos
corpos, exceto nos casos específicos previstos na legislação;
 IV- a área de sepultamento deverá manter um recuo mínimo de
cinco metros em relação ao perímetro do cemitério, recuo que
deverá ser ampliado, caso necessário, em função da caracterização
hidrogeológica da área;
 V- documento comprobatório de averbação da Reserva Legal,
prevista em Lei; e VI- estudos de fauna e flora para
empreendimentos acima de cem hectares.
QUAL A FORMA MAIS ECOLÓGICA DE MORRER?
SAIBA COMO O MÉTODO FREEZE-DRY CONGELA O
CADÁVER E O TRANSFORMA EM ADUBO

 Alguns especialistas apontam o método freeze-dry, por


enquanto disponível apenas na Suécia, como a forma
menos agressiva de deixar este mundo. Parece coisa de
ficção científica, como você confere no quadro abaixo.
1 - ERA DO GELO
O método de congelamento e desidratação está disponível desde 2005 na Suécia. O primeiro
passo é mergulhar o corpo em nitrogênio líquido, a -196 ˚C. Além de congelar, ambos se tornam
extremamente quebradiços
2 - QUEBRA TUDO

 O cadáver congelado é colocado para vibrar em uma


esteira. Bastam alguns minutos para que tudo se
estilhasse e vire pó. Equipamentos filtram água e um ímã
retira qualquer metal proveniente de próteses ou
obturações
3 - EMPACOTADO

 O pó resultante (20 kg a partir de um corpo de 80 kg, por


exemplo) é colocado em uma caixa de amido de batata
ou milho e enterrado em um túmulo raso.
4 RECICLAGEM
 Planta-se uma árvore em cima da caixa para que ela
aproveite seus nutrientes. Dentro de 6 meses a 1 ano, os
restos desaparecem
8 - JUSTIFICATIVA
 Há outra importante fonte ameaçada: o lençol freático,
responsável por 95% da água consumida no planeta.

 A contaminação do solo existe e prejudica diretamente os


que não dispõem de informação e, indiretamente, toda a
população que sofre com a proliferação de doenças
infecto-contagiosas
 É difícil admitir que somos capazes de destruir a
natureza mesmo depois de mortos é algo impensável
para a maior parte da população. Mesmo sabendo que já
nascemos poluindo. Basta lembrar-se dos medicamentos
usados no parto, do xampu que lavamos os cabelos, do
detergente para lavar louça e do remédio que tomamos
para a gripe.
9 – OBJETIVO GERAL
 O objetivo desta pesquisa é de avaliar a ocorrência de
possíveis contaminações no aqüífero freático do
cemitério Jardim do Cachoeira.
9.1 - OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Avaliar possíveis contaminações no lençol freático;

 Sensibilizar as autoridades para que adotem medidas


para cabíveis para um cemitério ecologicamente correto;

 Sensibilizar a comunidade acadêmica da necessidade da


adequação das diretrizes de licenciamento ambiental na
construção e estrutura dos cemitérios do município.
10 – METODOLOGIA
 - Interpretação do tema a ser analisado com adição de
consultas cientificas, esclarecimentos sobre assunto
abordado;

 - Levantamento de dados referente ao cemitério Parque


do Cachoeira;

 - Informações juntamente aos órgãos compententes,


Prefeitura de Betim, secretaria do Meio Ambiente,
Conama, Emater;
 Prefeitura Municipal de Betim – Geoprocessamento,
dados 2003 liink: www.betim.mg.gov.br/ ( acessado em
30 de junho de 2010)

 PACHECO, A.; MATOS, B. A. Cemitérios e meio
ambiente. Revista Tecnologias do Ambiente. Lisboa, Ano
7, n. 33, p. 13-15. 2000.

 BRASIL, Leis, decretos, etc... Resolução CONAMA
n.335, de 3 de abril de 2003. Dispõe sobre o
licenciamento ambiental de cemitérios. Diário Oficial [da
República Federativa do Brasil], Brasília, 28 de maio de
2003, Seção 1.
OBRIGADO!!

Você também pode gostar