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Segundo Reinado (1840 - 1889):

golpe da maioridade e consolidação


da monarquia
Questões iniciais para discussão:
• Motivações do “golpe da maioridade”.
• Fatores que permitiram a estabilização do governo de D.
Pedro II.
• Especificidades políticas do Segundo Reinado.
Golpe da maioridade
Decreto que antecipava a maioridade de D. Pedro de
Alcântara, na época, com 15 anos.

Motivações:

1. Instabilidade causada pelas disputas políticas durante o


período regencial.
2. Apoio dos dois principais partidos brasileiros (Liberal e
Conservador).
3. Difícil aproximação entre os progressistas e os grupos
que controlavam o poder político na capital.
O revezamento ministerial

• O primeiro ministério indicado pelo novo imperador, D.


Pedro II, era formado apenas por liberais.
• Na câmara dos Deputados, a hegemonia era
conservadora, que buscava adotar medidas
centralizadoras (leis reacionárias), o que ocasionou
muitos conflitos com o partido dos liberais.

Revezamento ministerial: foi uma estratégia adotada por


D. Pedro II que visava a alternância de poder entre os
partidos liberal e conservador a fim de evitar conflitos.
“Parlamentarismo às avessas”
(1847)
• Parlamentarismo inglês: surgiu como forma de limitação
ao poder real após a Revolução Gloriosa. Nessa forma
de governo, a chefia do governo pertence ao primeiro-
ministro escolhido pelo partido com o maior número de
representantes no parlamento.
• Em 1847, D. Pedro II criou o cargo de Presidente do
Conselho de Ministros, responsável pela indicação dos
ministros. Diferente do que ocorria na Inglaterra, a
escolha do presidente do Conselho de ministros era
função do poder moderador.
No Brasil, portanto, era chamado de “parlamentarismo às
avessas” em vez de limitar a influência do imperador,
aumentava ainda mais sua autoridade.
O Bill Aberdeen e a lei Eusébio de
Queirós
Contexto internacional:

• Pressões da Inglaterra para que o Brasil abolisse a


escravidão desde o tratado de 1831, que proibia o tráfico
de escravos.
• Os interesses ingleses estavam relacionados a
necessidade de mercado consumidor para suas indústrias.
• No Brasil, as pressões para o fim do tráfico de escravos
não surtem efeito devido ao advento da produção de café,
que utilizava mão de obra escrava.
• As pressões inglesas enfrentavam, principalmente,
oposição por parte do partido conservador.
O Bill Aberdeen e a lei Eusébio de
Queirós
1. Bill Aberdeen: foi uma lei aprovada pela Inglaterra que
conferia à marinha inglesa o direito de aprisionar navios
negreiros.
• Enfrentou grande oposição por parte dos
conservadores e liberais.
• Provocou muitos ataques a navios que faziam o tráfico
de escravos para o Brasil.
2. Lei Eusébio de Queirós: após muitos ataques a navios
na costa brasileira, a lei decretada pelo ministro da
justiça, Eusébio de Queirós, aprovava o fim do tráfico
negreiro no Brasil
O Bill Aberdeen e a lei Eusébio de
Queirós
Consequências:

• Ampliação do tráfico interprovincial de escravos do


nordeste para o sudeste (principal região cafeeira).
• Ampliação do número de imigrantes para substituição do
trabalho escravo.
• Fragilização de áreas de produção escravocrata.
• Liberação de capitais, antes utilizados para a aquisição
de escravos, e que passam a ser investidos na
construção de ferrovias e indústrias.
Revolta Praieira
• Foi a última grande revolta social do Império do Brasil.
• Ocorreu em Pernambuco em 1848.
• Principais envolvidos: partido conservador (guabirus) e
partido liberal (praieros)
• Estopim: ascensão de um ministério conservador que
afastou os liberais da presidência da província.
• Principais propostas: voto livre e universal, fim do poder
moderador e adoção do federalismo.
• O movimento foi debelado em 1850.

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