Você está na página 1de 84

As Boas Práticas

de Fabricação e
Controle
1
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

INTRODUÇÃO

Documentação :

A base das

Boas Práticas de Fabricação e Controle

2
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
O Fluxo de Produção

Fornecedores de
Matérias Primas
Insumos
Depósito aprovados
de Insumos Produção

Fornecedores de
Embalagens

Produto

DPA Vendas Mercado Consumidor

3
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

1- A entrada de Insumos na Empresa

Especificações
SUPRIMENTOS Negociação FORNECEDORES

Especificações

DESENVOLVIMENTO Rejeição

ALMOXARIFADO
Especificações
Aprovação

Amostras
CQ
4
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A entrada de Insumos na Empresa

Harmonia entre :
Suprimentos
Desenvolvimento
Controle de Qualidade
Recebimento de Insumos
Transparência
Entre departamentos
Entre empresa e fornecedores
Avaliação de fornecedores
5
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
O processamento

ALMOXARIFADO
DESENVOLVIMENTO
Insumos
POP´s
Especificações
PRODUÇÃO
CQ

Análise
Orientação
Sim para ajustes
Aprovado ? ou descarte

Não 6
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
O armazenamento e transporte

Informações sobre
DPA
transporte e
manuseio

DESENVOLVIMENTO
Solicitação de
Análises

Produtos
PRODUÇÃO

CQ

7
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A Venda e o Armazenamento no Cliente

Procedimentos de
armazenamento e
manuseio
DESENVOLVIMENTO Vendas
Procedimentos de
armazenamento e
manuseio
Produto
DPA Cliente
Avarias

8
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A compra e a Reação do Consumidor
Resposta

CONSUMIDOR SAC
Reclamações
Elogios

Reclamações
amostras
Laudos
Informações
de produtos

CQ DESENVOLVIMENTO

9
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

A função de Suprimentos

Porta de entrada
Guardião dos custos de uma empresa
Deve estar a par do custo de não conformidades
Deve discutir com seus colegas os motivos de
determinadas especificações
Deve alertar os colegas quando certos requisitos de
especificações são responsáveis por grandes
diferenciais de custo
Deve providenciar a compra de materiais de acordo
com as especificações
10
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

A função do Almoxarifado de Insumos


O espaço físico do almoxarifado de insumos deve ser
projetado para comportar de forma organizada e com
possibilidade de movimentação adequada o volume de
insumos utilizados pela empresa
Deve dispor de área para segregação de produtos em
análise e para produtos reprovados que aguardam
devolução
Deve ser organizado e dispor de documentação de
movimentação dos materiais , apropriada para
informações de rastreabilidade
11
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

A função do Almoxarifado de Insumos


O pessoal deste departamento deverá ser
adequadamente treinado para :
seguir os procedimentos de armazenamento de
matérias primas
informar ao CQ sempre que um novo material for
recebido , mantendo-o na área de quarentena
Disponibilizar para produção apenas materiais
aprovados
Identificar adequadamente os produtos
recebidos
Sempre proceder ao FIFO 12
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

A função Desenvolvimento de Produtos

O pessoal deste departamento deverá :


Realizar os desenvolvimentos de forma organizada
, cumprindo todas as etapas necessárias para
garantir a qualidade do produto final
Manter a documentação de desenvolvimento de
produtos em arquivo , organizada , de forma a
propiciar consultas sempre que necessário
Gerar ou compilar informações necessárias para a
elaboração de todos os procedimentos

13
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

A função Desenvolvimento de Produtos

Documentos que devem ser gerados para atender as


BPF&C
Especificações de Matérias Primas
Métodos de análises de Matérias Primas
Procedimentos de armazenamento de Matérias
Primas
Planos de amostragem
Planos de inspeção de Matérias Primas
Especificações de Embalagens 14
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Desenvolvimento de Produtos

Documentos que devem ser gerados para atender as


BPF&C

Métodos de análises de Embalagens


Procedimentos de armazenamento de Embalagens
Planos de amostragem e inspeção de Embalagens
Especificações de Produtos
Métodos de análises de Produtos

15
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

A função Desenvolvimento de Produtos

Documentos que devem ser gerados para atender as


BPF&C

Procedimentos de armazenamento e transporte de


Produtos
Planos de amostragem e inspeção de Produtos
Procedimentos Operacionais Padrão para a
fabricação de produtos
Relatórios de testes de estabilidade acelerada dos
produtos 16
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Desenvolvimento de Produtos

Documentos que devem ser gerados para atender as


BPF&C
 Procedimentos para a correção de lotes fora de
especificação
Procedimentos para descarte de lotes que não
possam ser corrigidos
Procedimentos para aceitação condicional de
produto final
Procedimentos para a limpeza e desinfecção de
equipamentos e linhas de envase de produtos
17
Relatórios de testes em produção
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

A função Desenvolvimento de Produtos

Documentos que devem ser gerados para atender as


BPF&C

Informações a Marketing e Atendimento ao


Consumidor

18
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
ESPECIFICAÇÃO DE MATÉRIA PRIMAS

ESPECIFICAÇÃO DE INSUMOS QUÍ MICOS No: MP 2 0 0


IDENTIFICAÇÃO: ÁCIDO DODECILBENZENO SULFÔNICO REVISÃO: 04
LINEAR
MOTIVO DA SUBSTITUIÇÃO: Alteração de faixa de especificação do FOLHA: 01/01
insumo de 96 para 96,5% mínimo
Parâmetros Especificação Métodos
I - ITENS DE CONTROLE

1 - VISUAL
1.1 - Aspecto Líquido Viscoso Comparação com
padrão
1.2 - Cor Castanho Comparação com
padrão

2 - ODOR Característico Comparação com


padrão

3 - ANÁLISES FÍSICO QUÍMICAS


3.1 - Índice de cor - (Lovibond - Máx. 16,0 MA007
solução 5,0 %) (Vermelho x 10 +
Amarelo)

3.2 - Matéria Ativa (PM 320) Min. 96,5 % MA15


3.3 - H2SO4 Livre Máx. 1,50 % MA15
3.4 - Insulfonado Máx. 2,0 % MA15
3.5 - Índice de Acidez (mg KOH / g 182,0 - 190,0 MA15
produto)
3.6 - Água (Karl Fischer) Máx. 0,7 % MA003

II - FORMA DE FORNECIMENTO: Deverá ser fornecido a granel.

III - DISTRIBUIÇÃO: CQ , Suprimentos , Recebimento,


Fornecedores, Garantia da
Qualidade
Elaborado por : Revisado por Garantia da
Qualidade: 19
Data : Data : Data :
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Metodologia analítica para matérias primas

Indicar nome do insumo, número do método,


número de páginas e revisão
Objetivo
Materiais
Equipamentos
Reagentes

20
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Metodologia analítica para matérias primas

Procedimento analítico
Cálculo
Precisão ( com referência à validação
Periculosidade
Bibliografia
Quem emite
Quem aprova

21
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Formol 37% inibido


CH2O Peso Molecular: 30,03
ASPECTO
Solução aquosa de formaldeído , inibido com
Metanol para evitar a formação de paraformol;
de aspecto incolor e límpido, com forte odor
característico e irritante.

ESPECIFICAÇÕES
VARIÁVEIS UNIDADE VALORES
Concentração % p/p 36,8 - 37,2
Acidez como Ácido % p/p 0,03 máx.
Fórmico
Teor de metanol % p/p 6,0-9,0 máx.

Copyright © ELEKEIROZ SA 1997-99 Direitos Reservados 22


As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Formol 37% inibido


CH2O Peso Molecular: 30,03
APLICAÇÕES
Utilizado na fabricação de:
· Resinas uréia-formol, melaminicas e fenólicas
· Adesivos
· Fertilizantes
· Trimetilolpropano
· 1,4 - Butanodiol, Neopentilglicol
· Como auxiliar na indústria têxtil, couro,
borracha e cimento
· Como agente bactericida ,germicida e
desinfetante

23
Copyright © ELEKEIROZ SA 1997-99 Direitos Reservados
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Formol 37% inibido


CH2O Peso Molecular: 30,03

EMBALAGEM
A granel, em carros tanques de aço inox.

ARMAZENAGEM
Armazenar à temperatura ambiente, por curtos
períodos, a fim de evitar a formação de paraformol.
Os materiais para armazenagem são : aço inox,
plástico reforçado com fibra de vidro e resina
poliéster.

Copyright © ELEKEIROZ SA 1997-99 Direitos Reservados

24
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Formol 37% inibido


CH2O Peso Molecular: 30,03

SEGURANÇA

MANUSEIO
Prevenir o contato com os olhos e pele. Não inalar
vapores. Usar EPI's adequados (luvas e botas de
PVC, óculos de segurança, máscara facial com filtro
para vapores orgânicos ou máscara autônoma).

RISCOS PARA SAÚDE


Substância tóxica quando inalada, ingerida ou em
contato com a pele.
Corrosiva.

Copyright © ELEKEIROZ SA 1997-99 Direitos Reservados

25
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
Formol 37% inibido
CH2O Peso Molecular: 30,03

PRIMEIROS SOCORROS
No caso de inalação remover a pessoa
para o ar fresco, aplicar respiração
artificial, solicitar assistência médica
de emergência.
No caso de contato com a pele ou com
os olhos lavar com água em
abundância (15 minutos), solicitar
assistência médica de emergência.
No caso de ingestão beber água
imediatamente. Solicitar assistência
médica de emergência.

Copyright © ELEKEIROZ SA 1997-99 Direitos Reservados 26


As Boas Práticas de Fabricação e Controle
PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM
PROCEDIMENTO PARA A AMOSTRAGEM DE
MATÉRIAS PRIMAS SÓLIDAS RECEBIDAS EM
SACARIA

ESCOPO :
Este procedimento visa definir o critério de amostragem para
análise e amostras de retenção , de matérias primas sólidas
recebidas em sacaria.

MATERIAIS :

Etiquetas para identificar sacaria


Frascos de boca larga e tampa para amostras
Etiquetas para amostras
Amostrador

27
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM

PROCEDIMENTO PARA A AMOSTRAGEM DE MATÉRIAS


PRIMAS SÓLIDAS RECEBIDAS EM SACARIA

PROCEDIMENTO:
1. Verificar o número de sacos que constam no aviso de recebimento do
carregamento
2. Calcular o número de unidades a amostrar , dado pela fórmula :
N= n+1
Onde n = número de sacos recebidos e
N = número de sacos a amostrar
3. Verificar visualmente todos os sacos , certificando-se que estão
corretamente identificados e não estão avariados. Caso encontre
unidades avariadas , separe-as.

28
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM
PROCEDIMENTO PARA A AMOSTRAGEM DE
MATÉRIAS PRIMAS SÓLIDAS RECEBIDAS EM SACARIA
4. Escolha aleatoriamente as unidades a amostrar e identifique-as.
5. Com o auxílio do amostrador retire 200 g de cada embalagem e
coloque em um frasco para amostras ,etiquetado e devidamente
identificado com o número do lote e identificação da amostra.Ex.:
lote 005/2000 saco5.
6. Caso se trate da realização de análise de amostras compostas ,utilize
o procedimento para composição e quarteamento de amostras PA002.
7. Após a realização das análises , as amostras individuais ou as
amostras compostas obtidas de acordo com item 6 deverão ser retidas
por xxxx meses.

Elaborado por : Revisado por : Garantia da Qualidade :

Data : Data : Data :


29
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

PROCEDIMENTOS DE AMOSTRAGEM

PROCEDIMENTO PARA A AMOSTRAGEM DE


MATÉRIAS PRIMAS SÓLIDAS RECEBIDAS
EM SACARIA

ESCOPO :
Este procedimento visa definir o critério de
amostragem para análise e amostras de retenção , de
matérias primas sólidas recebidas em sacaria.

MATERIAIS :

Etiquetas para identificar sacaria


Frascos de boca larga e tampa para amostras
Etiquetas para amostras
Amostrador

PROCEDIMENTO:

1. Verificar o número de sacos que constam no aviso 30


de recebimento do carregamento
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a Liberação de Insumos

Deve conter :
Material : nome e código
Número da especificação
O que inspecionar ( propriedades físico químicas
Como inspecionar ( método analítico)
Ação : liberar , observar , etc.
Amostragem : como amostrar
Quantidade de amostra
31
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
ESPECIFICAÇÃO PRODUTO

REFERÊNCIA: Formulação XX-YZ DATA DA IMPLANTAÇÃO : mm / aa FOLHA:


01/01

IDENTIFICAÇÃO: Lava Louças Ótimo REVISÃO No : 0

MOTIVO DA SUBSTITUIÇÃO: Primeira emissão

PARÂMETROS ESPECIFICAÇÃO MÉTODO

I - ITENS DE CONTROLE

1 - VISUAL

1.1 - Aspecto
Líquido amarelo transparente Visual
1.2 - Cor Aparente De acordo com o padrão Visual

2 - ODOR De acordo com o padrão Comparação


olfativa
3 - ANÁLISES FÍSICO QUÍMICAS

3.1 - pH 5,5 a 7,5 XZ-123


3.2 – Viscosidade (spindle3 – 100 RPM) 300 a 400 cps XZ-124
3.3 –Matéria ativa aniônica 9,5 a 10,5 % XZ-125
3.4- Ponto de turvação no gelo < 4 oC XZ-126

laborado por :
Revisado por : 32
Data :dd/mm/aa
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS PADRÃO

Devem ser escritos para todos os produtos finais ou intermediários produzidos


pela empresa
Devem conter:
Nome e código do produto
Número da especificação correspondente
Data de implantação e número de páginas e número da revisão
Todas as opérações a serem realizadas:
Adição de matérias primas – como , em que equipamento, quantidade
Agitação – velocidade(RPM) , Tempo
Retirada de amostras para CQ – como , quantidades
O que fazer em caso de aprovação do lote – transferir , filtrar , envasar..
O que fazer em caso de reprovação do lote – corrigir , como corrigir ...

33
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Relatórios de testes de estabilidade acelerada de produtos

Fórmula do produto testado

Condições de teste

Resultados de análises físico-químicas iniciais e finais

Conclusões.
34
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a correção de lotes fora de especificação

Documento separado ou contido no POP de fabricação :

O que corrigir
Como corrigir
Até que limite de desvio da especificação o produto poderá ser
corrigido
Quais análises deverão ser realizadas após a correção

35
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para descarte de lotes fora de especificação

Deverão ser detalhados quanto a :

Como descartar os produtos ( destruir , diluir em outros lotes ,


etc.)

Cuidados com segurança e meio ambiente.

36
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
APROVAÇÃO CONDICIONAL DE PRODUTO FINAL No:AC001
IDENTIFICAÇÃO: LAVA LOÇAS LIMPATUDO Data :
MOTIVO : Produto fora da especificação de viscosidade. Poderá ser utilizado
sem prejuízo de sua eficiência , lavando o mesmo número de pratos (ver
relatório xpto)
Causa: Peso molecular do LAS na faixa mínima da especificação , tornando
impossível o ajuste da viscosidade
Ação Corretiva: O fornecedor já está ajustando seu processo .Fornecedor foi
informado que não mais serão recebidos insumos fora de especificação.
Quantidade : Consumo previsto até : Validade :

Análise por : Aprovado ou Reprovado Data


Suprimentos:
Controle de Qualidade:
Desenvolvimento:
Garantia de Qualidade

Decisão final

Elaborado por :
37
Data :
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Análises microbiológicas – avaliação de contaminação por


bactérias e fungos
Deve-se estabelecer um procedimento de coleta de amostras e de
análise microbiológica , com freqüência pré-determinada e com ações
preventivas e corretivas recomendadas.
Pontos de controle
Depósitos de água
Reatores
Tanques de armazenamento
Linhas de envase
38
Produto acabado
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Análises microbiológicas – avaliação de contaminação por


bactérias e fungos
Procedimento de coleta de amostras para análises
microbiológicas prevendo :
Pontos de coleta
Freqüência
Como amostrar
Cuidados para evitar contaminação de amostras

39
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Análises microbiológicas – avaliação de contaminação por


bactérias e fungos
Deve existir especificação de quantidade máxima de
microorganismos permitidos em cada um dos pontos de
amostragem e
Procedimentos para a limpeza e desinfecção dos equipamentos
, caso contaminados , como também
Procedimentos para ajustes ou descarte de lotes contaminados

40
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Análises microbiológicas – avaliação de contaminação por


bactérias e fungos
As amostras recolhidas deverão ser analisadas quanto a
presença de bactérias gram positivas , gram negativas , fungos e
leveduras
Caso a empresa não disponha de laboratório de microbiologia ,
poderão ser empregados Kit´s para as análises

41
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Análises microbiológicas – avaliação de contaminação por


bactérias e fungos
Treinamento para :
Utilização adequada dos Kit´s
Interpretação de resultados
Amostragem correta

42
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Análises microbiológicas – avaliação de contaminação por bactérias


e fungos
Existem Kit´s para :
contagem microbiana total
coliformes
 estafilococos
leveduras e fungos

43
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Esgotar o conteúdo dos reatores, tanques ,


tubulações ,etc.

Incrustrações devem ser retiradas mecânicamente

Realizar enxague para eliminar resíduos

44
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por contato com hipoclorito de sódio-


Prepara-se solução de hipoclorito de sódio com 200 ppm de
cloro ativo. O equipamento deve ser mantido cheio com
esta solução por um período de duas horas com teor
residual de cloro ativo superior a 100 ppm ; ou então por
um período de 4 horas com um residual de cloro ativo
superior a 25 ppm. Após este período , proceder ao
enxágüe , com água tratada

45
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por contato com hipoclorito de sódio


Vantagens : Eficiência – o cloro ativo
nesta concentração é eficaz contra a maioria
dos microorganismos

46
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por contato com hipoclorito de sódio-


Desvantagens : Corrosão – O cloro ativo é
corrosivo podendo causar sérios danos aos
equipamentos se utilizado com muita freqüência
Quantidade de líquidos a descartar- este
procedimento gera grande quantidade de líquido
para descarte.Lembrar que para o descarte em rede
de efluentes deve-de ajustar o teor máximo de cloro
ativo a 25 ppm , para evitar danos as bactérias que
47
causam a biodegradaão dos produtos
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por nebulização com hipoclorito de


sódio- Para evitar um grande consumo de solução e
grande descarte de água , recomenda-se a utilização
de máquinas de alta pressão para pulverizar uma
solução de 200 ppm de cloro ativo nas paredes dos
equipamentos a desinfetar. Após deixar o resíduo em
contato por 30 minutos e enxaguar com água tratada

48
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por nebulização com hipoclorito de


sódio-
Vantagens : Eficiência – o cloro ativo nesta
concentração é eficaz contra a maioria dos
microorganismos

49
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por nebulização com hipoclorito de


sódio-
Desvantagens : Corrosão – O cloro ativo é
corrosivo podendo causar sérios danos aos
equipamentos se utilizado com muita freqüência
Não aplicável a superfícies de
difícil acesso como tubulações , válvulas , filtros e
bombas
50
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por ácido peracético - O ácido


peracético é comercializado como uma mistura
equilibrada de ácido peracético , ácido acético e
peróxido de hidrogênio, possuindo efetividade
contra um largo espectro de microorganismos. É um
agente algicida , bactericida , virucida , fungicida e
esporicida. Seus Produtos de decomposição são
água , oxigênio e ácido acético.
A operação de desinfecção por ácido peracético
pode ser realizada também por contato ou por
pulverização. 51
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
Procedimentos para a limpeza e desinfecção de
equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por ácido peracético A operação requer as


seguintes fases:
Pré-enxague – drenagem de todo o produto e enxágüe
com água
Lavagem ácida – nebulização com solução a 1,5 % de
ácido clorídrico. Efetuar a nebulização nas paredes dos
recipientes a serem tratados e deixar o resíduo em
contato por 15 minutos.Em locais de difícil acesso e em
tubulações deixar a solução em contato por 15 minutos .
Se for necessário deve-se efetuar a limpeza por
mecânica ( caso existam crostas ou resíduos). Efetuar a
seguir o enxágue com água. Neutralizar a água 52do
enxágüe antes do descarte.
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por ácido peracético


Desinfecção – Por nebulização – preparar solução a 3000
ppm de ácido peracético e nebulizar com máquina de alta
pressão. Deixar o resíduo em contato por no mínimo 30
minutos. Não é necessário enxaguar.

Por contato – preparar solução a 3000


ppm de ácido peracético e deixa-la em contato com as
paredes do recipiente por no mínimo 1 hora.
53
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por ácido peracético


Vantagens : Amplo espectro
Ecologicamente correto
Não precisa enxaguar
Não é corrosivo

Desvantagens : Periculosidade no manuseio


Deve-se seguir rigorosamente as
recomendações do fabricante 54
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Procedimentos para a limpeza e desinfecção de


equipamentos e linhas de envase de produtos

Desinfecção por formação de ácido peracético “in situ”


Método mais moderno
Produtos já comercializados na Europa
Trata-se de formulações granuladas de perborato de
sódio e TAED
Grânulos , quando misturados a água formam peróxido
de hidrogênio e ácido peracético
Promovem a desinfecção da mesma forma que o ácido
peracético , sem os riscos de manuseio 55
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Informações a Marketing e a atendimento ao consumidor

Nome do produto

Finalidade do produto

Modo indicado de uso

Restrições de uso se houver (manchamento de tecidos , desgaste de


superfícies , onde não se recomenda utilizar os produto , etc.)

Com que produtos pode ser misturado.

Com que produtos não deve ser misturado e por que.

56
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Informações a Marketing e a atendimento ao consumidor

Eficiência do produto em relação aos produtos da concorrência ,


indicando resultados , quais os produtos testados e a identificação do
relatório de testes.

Cuidado , cada vez que decidirem realizar propaganda comparando seu


produto , direta ou indiretamente com a concorrência .

Certifique-se de ter relatórios técnicos que comprovem o que está


sendo afirmado.

Em casos extremos , em que se preveja uma forte reação da


concorrência é adequado ter comprovação por laboratórios externos (IPT
, por exemplo tem laboratórios que se dedicam a testes de eficiência). O
custo de retirar uma propaganda do ar é muito alto.
57
As Boas Práticas de Fabricação e Controle

Informações a Marketing e a atendimento ao consumidor

Composição do produto.

Avaliação quanto à periculosidade e toxicidade do produto (feito por


profissional habilitado).

Telefone(s) de centro(s) de Toxicologia que tenha(m) informações sobre


o produto.

Cuidados necessários durante o manuseio e a armazenagem do


produto.

58
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

O Laboratório de CQ

Estar adequadamente instalado


Dispor de equipamento necessários à execução de
todas as análises previstas nas especificações
Ter pessoal adequadamente treinado no exercício
de suas funções

59
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

O Laboratório de CQ

 Ter organizados e à disposição para consulta


procedimentos operacionais para todas as atividades
executadas por seu pessoal

60
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Exemplos de procedimentos necessários :


Métodos de análise ( químicos , físicos e
microbiológicos ) – toda e qualquer análise realizada
deve ter um procedimento de análise escrito e
disponível
Procedimentos para o preparo de soluções
Procedimentos para amostragem e inspeção
Procedimentos para a aprovação de lotes
61
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Exemplos de procedimentos necessários :


Procedimentos para a reprovação de lotes
Preenchimento de fichas de análise de produtos
Procedimentos para a correção de lotes de
produtos
Procedimentos para a calibração de equipamentos
Procedimentos para a validação de métodos
analíticos
62
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Calibração de equipamentos
Todos os equipamentos utilizados deverão ter
procedimento de calibração descrito, contemplando
freqüência e modo de calibração
Resultados de calibração deverão ser documentados
Recomenda-se manter a ficha de calibração junto ao
equipamento , para facilitar a consulta

63
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Validação de métodos analíticos

Deve ser realizada antes de utilizar o método em CQ


Determina a exatidão e a precisão do método
Deve ser realizada para cada faixa de concentração
analisada
Deve ser realizada cada vez que ocorrer mudanças em
formulações

64
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Validação de métodos analíticos

Exatidão – Quão próximo um resultado fica do valor


esperado

Precisão – Reprodutibilidade de diversas medidas.


Usualmente é descrito pelo desvio padrão , erro padrão
ou intervalo de confiança.

65
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Validação de métodos analíticos

Boa Exatidão Má Exatidão Boa Exatidão


Má Precisão Boa Precisão Boa Precisão

66
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Validação de métodos analíticos


Realizar pelo menos 10 análises de uma mesma
concentração
Calcular média e desvio padrão

100*s CVR = Coef. de variação


CVR = onde s= desvio padrão
X X= valor esperado67
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Outras análises :
Realização de análises periódicas
Amostras de retenção
Verificação de manutenção de qualidade ,
estabilidade e performance
Feed –back sobre tendências de matérias primas e
processos

68
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Outras análises :
Análise de tendências
Propriedades que se modificaram ao longo do tempo
devido a variação de insumos ou processos
Especificações incorretas
Análise conjunta com desenvolvimento
Adequação – processo , insumo ou especificação

69
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Laudo de aprovação/Rejeição de insumos


É um dos documentos mais importantes no
atendimento à Portaria 327 – Boas práticas de
fabricação e controle.
Pode ser apenas um carimbo de aprovado na ficha
do produto encaminhada pelo almoxarifado,pode ser
aprovação eletrônica, etc.
O importante é que no Manual de Boas Práticas de
Fabricação da Empresa a maneira escolhida deve
constar , de forma clara. 70
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade

Relatório de reprovação de Insumos

Poderá ter diversas formas , mas deverá sempre conter :


Laudo de análise
Resultados obtidos na análise
Método analítico utilizado.

71
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Controle de qualidade
APROVAÇÃO CONDICIONAL DE INSUMO QUÍMICO No:AC001
IDENTIFICAÇÃO: ÁCIDO Data :
DODECILBENZENOSULFÔNICO LINEAR
MOTIVO : Produto fora da especificação de ativo mínimo (95% , mínimo
especificado 96,5%). Poderá ser utilizado adicionando-se matéria prima a
mais , sem prejuízo das características dos produtos finais. Análise do CQ
confirma laudo recebido do fornecedor.
Procedimento : Em cada produto que utilize este insumo deverá ser
adicionada uma quantidade 4,15% superior , para acertar a concentração. O
excesso deverá ser descontado da quantidade de água a adicionar.
Ação Corretiva: O fornecedor já está ajustando seu processo e foi informado
que não mais serão recebidos insumos fora de especificação.
Quantidade : Consumo previsto até : Validade :
Análise por : Aprovado ou Reprovado Data
Suprimentos:
Controle de Qualidade:
Desenvolvimento:
Garantia de Qualidade
Decisão final
Elaborado por :
Data :

72
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

Vital para o cumprimento das BPF&C

73
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

Controle estatístico de processo


Deve ser realizado em pontos críticos de produção

Permite acompanhar tendências de processo

Permite antecipar problemas e corrigí-los

74
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

Controle estatístico de processo


Deve ser realizado em pontos críticos de produção

Permite acompanhar tendências de processo

Permite antecipar problemas e corrigí-los

75
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

Controle estatístico de processo

512
510
508
506
504
502
500
498
1 2 3 4 5 6

máximo dado mínimo


76
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

Manutenção e calibração de equipamentos


Todos os equipamentos utilizados deverão ter
procedimento de calibração descrito, contemplando
freqüência e modo de calibração
Resultados de calibração deverão ser documentados
Recomenda-se manter a ficha de calibração junto ao
equipamento , para facilitar a consulta

77
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

Limpeza dos equipamentos


Deve-se proceder à limpeza do equipamento após a
última produção de um determinado produto , quer seja
para uma parada , quer seja para a produção de um outro
produto

78
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

O profissional de produção deverá estar atento ao


projeto de instalações de fabricação , certificando-se
que :
Equipamentos e linhas sejam construídos em
materiais não porosos
Tubulações de transferência de produtos sejam o
mais curtas possível e tenham o menor número de
curvas e mudanças de direção
Antes de bombas ou filtros existam flexíveis providos
de engates rápidos para facilitar a limpeza
79
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

As tubulações deverão ter uma certa inclinação e ser


providas de válvulas para esgotamento nas partes
mais baixas
Tanques de armazenamento devem ter fundo
inclinado e válvulas de fundo adequadamente
posicionadas para garantir o total escoamento de
produto
Tanques de armazenamento e reatores deverão ter
sistemas de pulverização a alta pressão para propiciar
a limpeza com a menor quantidade de água possível
80
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função de Produção

Sempre que possível deve-se prever a utilização da


água de lavagem
Deve ser previsto um sistema adequado para água de
lavagem e envio para o sistema de tratamento de
efluentes , cuidando para que não sejam misturados
materiais incompatíveis (Ex.: detergentes aniônicos e
catiônicos ; hipoclorito de sódio e amônia)

81
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Logística

De vital importância nas BPF&C


Nenhum bom produto resiste a armazenamento e
transporte inadequados
Pode gerar informações importantes sobre
estabilidade de produtos e problemas com
embalagens

82
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função Vendas

Muitas vezes esquecida


Quando agregada à cadeia das BPF&C pode evitar
uma série de gastos com devolução de mercadoria
avariada
O departamento de vendas deve receber cópias
dos procedimentos de armazenamento e transporte
de produtos e devem receber treinamento que
saliente a importância dos procedimentos para evitar
avaria de produtos.
Deve encaminhar os procedimentos a seus clientes e
certificar-se que os mesmos os estejam seguindo.
83
As Boas Práticas de Fabricação e Controle
A função SAC

Personificação da qualidade da empresa


Fonte inesgotável de informações de
consumidores
É uma exigência legal (lei do consumidor)
Deve dispor de documentação completa e
atualizada sobre os produtos da empresa
Deve dispor de pessoal treinado para realizar suas
atividades

84

Você também pode gostar