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Hospital Regional do Paranoá - DF

SEPSE
Larissa Luz
Ludmila Naves
Ludmila Teixeira
R1 – Clínica Médica 2019
INTRODUÇÃO

■ Surviving Sepsis Campaign: International


Guidelines for Management of Sepsis
and Septic Shock: 2016;
■ Classificação de Recomendações,
Desenvolvimento e Avaliação (GRADE) orientou
a avaliação da qualidade das evidências de
alto a muito baixo e foi usada para
determinar a força das recomendações;
■ BPS: Best Practice Statements - estas
declarações representam recomendações fortes
não classificadas e são usadas sob critérios
rigorosos. Um BPS seria apropriado, por
exemplo, quando o benefício ou dano é
inequívoco, mas a evidência é difícil de
resumir ou avaliar usando a metodologia
GRADE.
DEFINIÇÃO

■ Sepse é definido como uma disfunção de


órgão ameaçadora a vida causado por uma
resposta desregulada do hospedeiro à
infecção
■ Choque séptico é um subconjunto da sepse
com disfunção circulatória e
celular/metabólica associada com um alto
risco de mortalidade
A – Ressuscitação
Inicial
■ Sepse e choque séptico são emergências
médicas e é recomendado que o tratamento e
a ressuscitação inicie imediatamente;
■ É recomendado que, na ressuscitação da
hipoperfusão induzida pela sepse, pelo
menos 30ml/kg de cristaloide seja
administrado nas primeiras três horas;
■ É recomendado que após a hidratação inicial
os fluidos adicionais sejam guiados por
frequente reavaliação do status
hemodinâmico;
A – Ressuscitação
Inicial
■ Recomendado: A avaliação hemodinâmica
adicional (como avaliar a função cardíaca)
para determinar o tipo de choque se o exame
clínico não levar a um diagnóstico claro;
■ Sugerimos que as variáveis dinâmicas sejam
usado para prever a capacidade de resposta
ao fluido, quando disponível ao invés de
variáveis estáticas;
A – Ressuscitação
Inicial
■ As variáveis estáticas incluem a pressão
arterial, PVC, POAP, débito cardíaco e
saturação venosa de oxigênio.
- PVC: interação entre volemia e débito
cardíaco
- POAP: Pressão do átrio esquerdo, pressão
diastólica do VE, volume diastólico final
do VE – complacência ventricular
■ As variáveis dinâmicas: variação de pressão
de pulso e a variação do volume sistólico.
- Fase expiratória da VM e elevação passiva
dos membros inferiores
A – Ressuscitação
Inicial
■ Recomendado: Um alvo inicial de PAM de
65mmHg em pacientes com choque sépticos que
requerem vasopressores.

■ Sugerido: Normalizar o lactato em pacientes


com níveis elevados de lactato como
marcador de hipoperfusão tecidual
- Aumento pode indicar hipóxia, mas não é um
marcador direto da perfusão tecidual.
B – RASTREIO PARA SEPSE
E MELHORIA DO
DESEMPENHO
■ Recomendado: que os hospitais e os sistemas
hospitalares tenham um programa de melhoria
de desempenho para a sepse, incluindo a
triagem de sepse para pacientes agudamente
doentes e de alto risco.
- Protocolos
- Alvos
- Coleta de dados
- Feedback
- Reconhecimento precoce *
C - DIAGNÓSTICO

■ Recomendado: Colher culturas antes de


iniciar tratamento antimicrobiano em
pacientes com suspeita de sepse ou choque
séptico, porém não atrasar o inicio do
tratamento em razão do resultado
- Esterilização em minutos a hora depois da
primeira dose do ATB
- Rotina apropriada sempre inclui pelo menos
duas amostras de hemocultura.
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Recomendação: que a administração de
antimicrobianos IV seja iniciada o mais
cedo possível após o reconhecimento e
dentro de 1 h para sepse e choque séptico
- Cada hora de atraso – Aumento da mortalidade
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Recomendação: terapia empírica de amplo
espectro com um ou mais antimicrobianos para
pacientes com sepse ou choque séptico para
cobrir todos os patógenos prováveis
(incluindo cobertura bacteriana e
potencialmente fúngica ou viral)
- Via de administração
- sítio da infecção, patologias concomitantes,
falência crônica de órgãos, medicamentos em
uso, presença de imunossupressão, infecção
recente ou colonização com patógeno
específico e se recebeu antibiótico nos
últimos 3 meses
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Recomendado: que a terapia antimicrobiana
empírica seja reduzida, uma vez que a
identificação do patógeno e as
sensibilidades sejam estabelecidas e / ou a
melhora clínica adequada seja notada
- 1/3 não tem microorganismo identificado
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Recomendado: contra a profilaxia
antimicrobiana sistêmica sustentada em
pacientes com estados inflamatórios graves
de origem não infecciosa (por exemplo,
pancreatite grave, lesão por queimadura)
■ Recomendamos que as estratégias de dosagem
de antimicrobianos sejam otimizadas com
base nos princípios farmacocinéticos /
farmacodinâmicos aceitos e propriedades
específicas do medicamento em pacientes com
sepse ou choque séptico.
- Insuficiência renal e hepática
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Sugerido: a terapia combinada empírica
(usando pelo menos dois antibióticos de
classes antimicrobianas diferentes) visando
o(s) patógeno(s) bacteriano(s) mais
provável(is) para o manejo inicial do
choque séptico
■ Sugerimos que a terapia combinada não seja
usada rotineiramente para o tratamento
contínuo da maioria das outras infecções
graves, incluindo bacteremia e sepse sem
choque
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Recomendado: contra a terapia combinada
para o tratamento de rotina da sepse
neutropênica / bacteremia;
■ Se a terapia combinada for usada
inicialmente para choque séptico,
recomendado o descalonamento com a
descontinuação da terapia combinada nos
primeiros dias em resposta à melhora
clínica e/ou evidência de resolução da
infecção.
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Sugerido: duração do tratamento
antimicrobiano de 7 a 10 dias seja adequada
para as infecções mais graves associadas à
sepse e choque séptico
■ Sugerido: cursos mais longos sejam
apropriados em pacientes com resposta
clínica lenta, focos de infecção
indecifráveis, bacteremia com S. aureus,
algumas infecções fúngicas e virais ou
deficiências imunológicas, incluindo
neutropenia
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Sugerido: cursos mais curtos são
apropriados em alguns pacientes,
particularmente aqueles com rápida
resolução clínica após o controle efetivo
da fonte de sepse intra-abdominal ou
urinária e aqueles com pielonefrite
anatomicamente não complicada.
■ Recomendado: avaliação diária para o
descalonamento da terapia antimicrobiana em
pacientes com sepse e choque séptico
D – TERAPIA
ANTIMICROBIANA
■ Sugerido: medição dos níveis de
procalcitonina pode ser usada para apoiar o
encurtamento da duração da terapia
antimicrobiana em pacientes com sepse.
■ Sugerido: níveis de procalcitonina podem
ser usados para apoiar a descontinuação de
antibióticos empíricos em pacientes que
inicialmente pareciam ter sepse, mas
subsequentemente apresentam evidência
clínica limitada de infecção
E – Controle de
origem
■ Recomendado: diagnóstico anatômico específico
de infecção que exija o controle da fonte
emergente seja identificado ou excluído o
mais rapidamente possível em pacientes com
sepse ou choque séptico, e que qualquer
intervenção necessária de controle de origem
seja implementada logo após a realização do
diagnóstico.
- 6 a 12 horas
■ Recomendado: remoção imediata de dispositivos
de acesso intravascular que são uma possível
fonte de sepse ou choque séptico após o
estabelecimento de outro acesso vascular
Obrigada!

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