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Medula

Espinhal

Profa Msc Tássia Neves Lobão


Objetivos

• Conhecer a anatomia macroscópica da medula


e sua relação com a coluna vertebral;
• Conhecer a anatomia microscópica da medula.
Medula Espinhal

• Medula: Miolo, o que está dentro;


▫ Medula espinhal, dentro do canal
vertebral;
• No homem mede aproximadamente
45cm;
• Limite cranial: Bulbo - Forame magno
do osso occipital
• Limite caudal: L1 – L2
• Condução de impulsos sensitivos e
motores
Base do
Crânio

Forame
Magno
• Possui forma cilíndrica e
pouco achatada;

• Apresenta duas dilatações


a nível cervical e lombar:
▫ Intumescência cervical e
intumescência lombar.
MEDULA
ESTRUTURA MACROSCÓPICA

 Intumescência cervical (C4-T1)


 origina os nervos espinhais destinados
aos MMSS – Plexo Braquial

 Intumescência lombossacral (T9-T12)


 origina os nervos destinados aos
MMII – Plexo Lombossacro

 Cone Medular – termina afilando-se para


formar um cone
Coluna
Vertebral
Coluna Vertebral
• É uma coluna de vértebras que apresentam cada uma um
buraco, que se sobrepõem constituindo um canal que
aloja a medula espinhal
• É dividida em:
▫ Cervical (região do pescoço)
▫ Torácica
▫ Lombar
▫ Sacral
▫ Coccix
Ossos do dorso
• 33 vértebras
▫ 7 vértebras cervicais
▫ 12 torácicas
▫ 5 lombares
▫ 5 sacrais
▫ 1 – 4 coccígeas
• As vértebras sacrais
fundem-se em um único
elemento ósseo - sacro
Coluna
Vertebral
(vértebras)
DIVISÃO VÉRTEBRA
Processo Espinhoso
Lâmina Forame vertebral

Fóvea

Processo
Articular Superior

Corpo
MEDULA x CANAL VERTEBRAL
 Não ocupa todo o canal
vertebral – L2 – ritmos de
crescimento diferentes.

 Cauda equina
 Abaixo do final da medula - As
raízes posterior e anterior dos
nervos lombares, sacrais e
coccígeo passam para chegar a
saída do canal vertebral
A medula espinhal estende-se por
todo o comprimento da coluna
vertebral no feto (A).

No adulto, termina no nível da borda


inferior da primeira vértebra lombar
(B).
Visão posterior da
região da cauda equina.
Estrutura da Medula Espinhal
Anatomia Macroscópica
P

H
Medular

A
Estrutura da Medula Espinhal
Anatomia Macroscópica
• A substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e
apresenta a forma de borboleta ou de um H.
• No H medular encontramos as colunas ou cornos
anterior, posterior e lateral
• Canal central da medula

A coluna lateral só
aparece na medula
torácica e lombar
Estrutura da Medula Espinhal
Anatomia Macroscópica
Substância cinzenta
• Contém corpos de neurônios
▫ Coluna anterior
▫ Coluna posterior
▫ Coluna lateral
▫ Canal central da medula
Colunas da medula – Subst. Cinzenta
Sensitiva

SNA

Motora
Estrutura da Medula Espinhal
Anatomia Macroscópica
Substância branca
• Contém axônios dos neurônios – a maioria mielínicos
• Bainha de mielina confere a coloração branca

• A substância branca é dividida em funículos


▫ Funículo anterior
▫ Funículo lateral
▫ Funículo posterior
 Fascículo grácil
 Fascículo cuneiforme
Funículos – Subst. Branca
Subst branca e cinzenta
Esquema medula com componentes sensitivos, motores e autônomo dos
nervos periféricos
Raízes
As duas raízes se
unem para formar
os nervos espinhais
Meninges
MENINGES

 Membranas fibrosas que revestem cérebro e medula: dura-máter,


aracnóide e pia-máter.

Meningite – infecção das meninges


MENINGES
1. Dura-Máter
 Lâmina externa – Fibras colágenas abundantes – espessa e
resistente
MENINGES
2. ARACNÓIDE
 Entre dura-máter e pia-máter – folheto justaposto à
dura-máter
MENINGES
3. PIA-MÁTER
 Mais interna e delicada – aderida ao tecido nervoso –
vasos
ESPAÇOS MENÍNGEOS
Espaços entre as meninges – ocupados por plexos venosos e
líquidos Espaço Subdural – entre a
Espaço dura-máter e a aracnóide
Subaracnóide –
entre a aracnóide a
a pia-máter
Preenchido pelo
Espaço
líquor
Epidural-
entre o canal
vertebral e a
dura-máter
ESPAÇOS MENÍNGEOS

ESPAÇO SUBARACNÓIDE
Entre aracnóide e pia-máter – grande quantidade de líquor

Região lombar – ponto ideal para acesso ao espaço subaracnóide


Medula espinhal termina em L2 e meninges em S2 – espaço maior
com grande quantidade de líquor, mas sem medula – não há risco de
lesão medular ideal para introdução de agulha.

Punção de líquor
Medir pressão do líquor
Injeção de substâncias de contraste e antibióticos
Anestesias raquidianas
ANESTESIAS
Introdução de solução anestésica nos espaços meníngeos da
medula – bloqueio das raízes nervosas – cirurgias membro
inferior, cavidade pélvica e períneo.

1.Raquidinanas
Espaço subaracnóideo –
agulha entre L2-L3, L3-L4,
L4-L5.

2. Epidural
Espaço epidural – não há
perfuração de dura-máter e
vazamento de líquor.
LÍQUOR

Líquido cérebro-espinhal ou líquido cefalorraquidiano


(LCR)
Líquido aquoso e incolor – espaço subaracnóide
Estéril

Proteção mecânica – amortecedor de choques entre


SNC e crânio

Pode refletir anomalias que acometem o SNC.


Ex. é usado no diagnóstico da meningite
Resumindo.....
Envoltórios da medula
• Membranas fibrosas “meninges”
• Dura –máter
Mais espessa e resistente,
Abundante fibras de colágeno,
camada mais externa,
Cobre toda a medula.
• Pia-máter
• Situa-se entre a dura-máter e a pia-mater,
• Une a camada interna com a externa.
• Aracnóide
Mais interna e mais delicada,
Adere intimamente o tecido nervoso da medula
Nervos
• Nervos são cordões esbranquiçados constituídos por
feixes de fibras nervosas reforçadas por tecido
conjuntivo, que unem o sistema nervoso central aos
órgãos periféricos.
• Podem ser espinhais ou cranianos;
• A depender se a união é feita na medula espinhal ou no
encéfalo;

Nervos espinhais: se originam na medula


Nervos cranianos: se originam no encéfalo
Função
• Conduzir através de suas fibras impulsos nervosos do sistema
nervoso central para a periferia (eferentes);

• Conduzir impulsos nervosos da periferia até o sistema


nervoso central (aferente);
Fibra nervosa Condução do
impulso
nervoso

Aferente Conduz o impulso Sensitivo Conduzidos da


nervoso da periferia do corpo
periferia Para o para o SNC
SNC.
Eferente Conduz o impulso Motor É conduzido do
do SNC para a corpo celular para
periferia. a o efetuador.
• Em suas terminações as fibras nervosas tanto sensitivas como
motoras se ramificam muito;

• Tem uma origem real: corresponde ao local onde estão


localizados os corpos do neurônio que constituem o nervo;

• E uma origem aparente: a entrada do nervo na superfície


do sistema nervoso central.
▫ No caso dos nervos espinhais esta origem está nos sulcos
laterais posterior e anterior da medula.
▫ Nos nervos cranianos: vários orifícios existentes na base do
crânio.
Terminações Nervosas
• Porção localizada na parte distal dos nervos;
• Tem função de contatar os órgãos periféricos;

Receptores sensitivos:
Sensíveis a determinados estímulos, desencadeando o
impulso nas fibras aferentes do SNC, atingindo a parte
específica do cérebro, onde será interpretado.

Receptores motores (efetuadores):


Somáticos e viscerais, estabelecem contato com as fibras
nervosas ou com os órgãos efetuadores (músculo ou
glândulas).
Quanto a localização
• Esteroceptores: Receptores na periferia
(derme)

• Proprioceptores – receptores na parte própria


do corpo (ossos, músculos, articulações);
conscientes ou inconscientes.

• Interoceptores (visceroceptores) – receptores


na parte interna (vísceras e vasos); maioria
inconsciente.
Ação (fisiológica)
Mecanoceptores
Termoceptores
Fotoceptores
Quimioceptores
Nociceptores
Receptores de sensibilidade

Dor, temperatura e tato


Tato, pressão vibratória Pressão vibratória

Estiramentos

Tato e
temperatura

Pressão estática Tato


Motores
• Somáticas: Placas motoras, músculo estriado esquelético
Mediador: Acetilcolina
Terminações eferentes somáticas

• Viscerais: Músculo cardíaco, liso e glândulas


Pertence ao sistema nervoso autônomo
Mediador: Acetilcolina e noradrenalina
Classificação:
• Cranianos: 12 pares,
conectados ao encéfalo;
• Espinhais: 31 pares
conectando com a medula
espinhal;
Nervos
espinhais:

• 31 pares
▫ 8 cervicais
▫ 12 torácicos
▫ 5 lombares
▫ 5 sacrais
▫ 1 coccígeo
Nervos Cranianos
• Nervos que fazem conexão com o encéfalo
12 pares:
• I par (nervo olfatório)
• II par (nervo óptico)
• III par (nervo oculomotor),
• IV par (nervo troclear) e VI par (nervo abducente)
▫ Inervam os músculos do olho
• V par (nervo trigêmeo)
▫ Três ramos: nervos oftálmico, maxilar e mandibular
▫ Principal nervo sensitivo da cabeça
Nervos Cranianos
• VII par (nervo facial)
▫ Nervo facial propriamente dito e nervo intermédio
▫ Principal nervo motor da cabeça
• VIII par (nervo vestíbulo-coclear)
▫ Partes vestibular (equilíbrio) e coclear (audição)
• IX par (nervo glossofaríngeo)
▫ Gustação; deglutição
• X par (nervo vago)
▫ Inervação vegetativa visceral
▫ Deglutição; fonação
• XI par (nervo acessório)
▫ Gira a cabeça; eleva os ombros
• XII par (nervo hipoglosso)
▫ Motilidade lingual
Nervos cranianos:
Paraplegia devida à
secção medular
transversal, em três
níveis diferentes da
medula
Poliomielite
• Infecção viral aguda dos neurônios da coluna anterior da
medula e núcleos motores dos nervos cranianos
• Atrofia muscular
• Problemas respiratórios
• O Brasil está livre da doença há 25 anos. Esquema de vacinação é a
única forma de prevenção da paralisia infantil.
• O Brasil continua vacinando porque precisa haver responsabilidade,
uma vez que o vírus ainda circula em alguns países.

De acordo com dados da OMS, 10 países registraram casos de poliomielite


em 2013 e 2014, sendo que três deles são considerados endêmicos
(Paquistão, Nigéria e Afeganistão).
Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA)
• Degeneração no Trato córtico-espinhal lateral e neurônios
motores das colunas anteriores
• Causa desconhecida

• Progressiva atrofia muscular, paresias, espasticidade. Pode


afetar pares de nervos cranianos.
Obrigada!

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