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Projeto de Olericultura

• Cultivar
• Cebola
MORFOLOGIA DA CEBOLA ( Bulbo )
Importância econômica e alimentar
O agronegócio da cebola apresentou expressiva dinâmica a partir do final dos anos 1980. Fatos sociais, como a mudança
de hábitos alimentares da população mundial em busca de melhor qualidade de vida, incluindo uma dieta mais saudável,
contribuíram de forma determinante para a promoção de um marketing positivo para a cebola.

Nesse aspecto, a divulgação, por meios de comunicação de massa, dos resultados de pesquisas sobre as propriedades
medicinais que algumas hortaliças têm na prevenção de doenças, na longevidade de vida e preservação da saúde,
evidenciou a cebola como um dos principais integrantes do grupo alimentar mais saudável, o chamado de "nutracêuticos" ou
grupo de alimentos funcionais¹. Com efeito, a situação desta hortaliça promoveu o aumento do consumo. Ao impulsionar a
demanda, naturalmente o deslocamento da oferta foi induzido, promovendo, assim, sensível alavancagem no mercado de
cebola.
Cultivares
A produção de cebola no Brasil é baseada em cultivares de polinização livre e híbridas. As cultivares do tipo "Baia
Periforme" possuem, em geral, adaptação ampla; resistência a doenças foliares boa; conservação pós-colheita
boa; teor de matéria seca alto e; sabor, odor e pungência acentuados.

Cultivares do tipo "Crioula" são adaptadas principalmente à Região Sul do Brasil e possuem, entre outras
qualidades, bulbos de cor amarela escura, pungência alta e excelente conservação pós-colheita.

As cultivares híbridas possuem maior uniformidade do que as de polinização livre e, por conseguinte, toleram
densidade de plantio maior, apresentam uniformidade de bulbificação e produtividade maiores.

As cultivares disponíveis no Brasil visam atender as exigências do consumidor brasileiro que prefere bulbos de
tamanho médio (50-90 mm de diâmetro), de formato globular, com catáfilos (escamas) externos de cor amarela e
internos de cor branca e sabor pungente. Cultivares de bulbos arroxeados estão basicamente restritas ao Nordeste
Brasileiro.

O mercado ainda é limitado para as cebolas de sabor suave e doce, preferidas para saladas, e para cebola
brancas, preferidas pela indústria.

A maioria das cultivares disponíveis são para semeio de final de verão a meados de outono e colheita de agosto a
novembro, época considerada ideal para o cultivo de hortaliças em condições de campo no Brasil.

O cultivo de verão (semeio em final de primavera a início de verão) tem como principal inconveniente a bulbificação
sob altas temperaturas, chuvas excessivas e maior incidência de doenças, pragas e plantas daninhas. As cultivares
Alfa Tropical e BRS Alfa São Francisco, ambas disponibilizadas pela Embrapa, são as únicas para plantio no verão
e possuem bom nível de resistência às doenças antracnose e mancha púrpura.

As cultivares Baia Periforme, Baia Periforme Precoce, Baia Periforme Super Precoce, Primavera e Piraouro são
adaptadas ao processo de produção por bulbinhos.

Para atender a indústria de processamento, a Embrapa Hortaliças disponibilizou em 1998 a cultivar Beta Cristal,
com elevado teor de sólidos solúveis, de escamas brancas e bastante pungentes. Além de adequada para
desidratação e produção de pasta, pode ser usada para a indústria de conservas.
Exigências climaticas
O crescimento da cebola, que compreende a emergência das plântulas até o
crescimento completo das folhas, é controlado principalmente pela temperatura. A
bulbificação, por sua vez, é controlada pelo comprimento do dia e sua interação
com a temperatura.
Assim, o fotoperíodo (número de horas de luz diária) e a temperatura são os
fatores climáticos que controlam a formação de bulbos na cebola e limitam a
recomendação de uma mesma cultivar para vários locais.
 Fotoperíodo
A bulbificação em cebola é promovida por dias longos e, de modo geral, nenhuma
bulbificação ocorre em dias com duração inferior a 10 horas de luz.
Sob fotoperíodos inferiores ao mínimo fisiologicamente exigido, as plantas
produzem folhas continuamente e não bulbificam, mesmo após períodos longos
de crescimento. Satisfeitas as exigências em fotoperíodo, tem início a formação do
bulbo, independentemente do tamanho da planta, de forma que mesmo plântulas
podem ser induzidas à bulbificar sob estímulo de dias longos
Oque é Fotoperíodo ?

Fotoperíodo é a duração do dia em relação à noite em um tempo


de 24 horas. Fotoperiodismo é a reação da planta à esse tempo.O
fotoperíodo exerce influência sobre a floração, pois este aponta as
estações do ano. As plantas neutras ou indiferentes são aquelas
que não dependem do fotoperíodo e sim da disponibilidade de
água e temperatura.As plantas de dia longo e as de dia curto são
as plantas que florescem apenas em determinada época do ano.
Temperatura
A velocidade da germinação da cebola aumenta na faixa de 5-25°C.
Considerando-se a velocidade e a porcentagem de germinação e a emergência
em solos úmidos, a faixa ótima de temperatura para a cebola é de 20-25°C.
Temperaturas baixas limitam a germinação das sementes, sendo 2°C a
temperatura mínima para que sementes de cebola germinem.O tempo necessário
para o início da bulbificação e o tempo necessário para o completo crescimento do
bulbo diminuem quando a temperatura aumenta, mas, não ocorre bulbificação se
o comprimento do dia for insuficiente, mesmo sob temperaturas altas.
Temperaturas acima de 35ºC durante a fase inicial de crescimento das plantas
podem promover a bulbificação precoce, sendo um dos inconvenientes do plantio
no verão no Brasil.
Influência do clima no desnvolvimento
do bulbo
 Bulbificação precoce
Uma característica peculiar da cebola é que, iniciada a fase de crescimento de
bulbo, há paralisação do crescimento das folhas. A bulbificação precoce
estimulada por temperaturas altas é um dos inconvenientes do plantio no verão no
Brasil.

Bulbos de tamanho variável e, em geral, pequenos devido à bulbificação precoce


 Ausência de bulbificação
Cada cultivar de cebola, em geral, requer comprimento de dia específico para
bulbificar. Sendo fisiologicamente de dias longos para bulbificação, sob
fotoperíodos muito curtos, as plantas produzem folhas continuamente e não
bulbificam, mesmo após períodos longos de crescimento.
Assim, em condições de comprimento de dia e de temperatura insuficientes,
muitas plantas formarão apenas "charutos" (Figura 1). Temperaturas baixas, em
geral abaixo de 10ºC podem alongar o fotoperíodo crítico e prejudicar a formação
dos bulbos.

Cebolas com pseudocaule grosso e com dificuldades de bulbificação


 Bulbos duplos
É uma desordem fisiológica normalmente atribuída ao excesso de umidade no
solo e/ou excesso de nitrogênio. A formação de bulbos duplos. É indesejável,
sendo estes, em geral, descartados na comercialização.

Plantas de cebola exibindo bulbos normais ou múltiplos


Solo e seu preparo

A cebola desenvolve-se melhor em solos profundos, ricos em matéria orgânica,


com boa retenção de umidade, bem drenados e "leves". Em geral, os solos de
textura média, quando bem drenados, são os mais indicados por possuírem boas
condições físicas e maior eficiência produtiva.
Solos muito arenosos apresentam o inconveniente da baixa retenção de umidade
e possibilidade de lixiviação de adubos, que podem contaminar águas
subterrâneas causando problemas ambientais. Solos muito argilosos e "pesados"
prejudicam o desenvolvimento dos bulbos e podem causar deformações e baixa
qualidade comercial.
Com relação à fertilidade, deve-se, com base em análises de solo, fazer a
correção e a adubação adequada para cada situação.
Para o preparo de solo no sistema convencional, são feitas geralmente uma
aração e duas gradagens. Em solos que apresentem alguma camada
subsuperficial compactada, recomenda-se o uso de subsolador à profundidade de
pelo menos 5 a 10 cm abaixo da camada compactada. Em seguida, a finalização
do preparo de solo varia conforme o método de plantio.
Quando se utiliza o método de semeadura direta no local definitivo, é comum o
uso de rotocultivadores ou enxada rotativa com ou sem encanteirador, de modo a
deixar o solo bem destorroado e aplainado, para que se obtenha uniformidade na
distribuição das pequenas e irregulares sementes de cebola. O uso de canteiros é
comum quando se faz necessário melhorar a drenagem em plantios precoces ou
em solos de baixadas suscetíveis ao encharcamento.
Epoca de plantio

Como para as demais hortaliças cultivadas a campo no Brasil, o período de março a


novembro concentra a maior parte da produção de cebola nas principais regiões
produtoras.
Neste período, as temperaturas são menores, principalmente as noturnas, e a
ausência de períodos longos de chuva facilitam o manejo da cultura, principalmente o
controle de doenças, e propiciam a produção de bulbos de melhor qualidade. A Região
Nordeste (Bahia e Pernambuco, principalmente) é exceção, pois produz cebola o ano
todo sob irrigação, embora, como nas demais regiões, considera-se o período de
dezembro a março como o mais adverso à cebola, em termos climáticos.
Plantando-se em março-abril, o crescimento ocorre sob condições adequadas de
temperatura e num período de encurtamento de fotoperíodo, mas ainda
suficientemente longo para o crescimento rápido das plantas. A partir do final de junho,
o fotoperíodo e a temperatura voltam a crescer. A bulbificação iniciará quando o
fotoperíodo e a temperatura exigidos pela cultivar forem atendidos.
Nutrição e Adubação
 Sistema Convencional
Os solos brasileiros são em sua maioria naturalmente ácidos e pouco férteis,
apresentando restrições ao desenvolvimento da cebola. Além dessa acidez
natural, o cultivo do solo promove uma acidificação contínua pelo uso de
determinados adubos.
Portanto, o uso de corretivos da acidez e de adubos é de grande importância
para a produção. Convêm enfatizar que o tipo e a quantidade de calcário e
adubos devem ser definidos com base na análise de solo da área que se vai
cultivar.
 Sistema Orgânico
Em sistemas orgânicos de produção, fazer adubações com a mesma quantidade e
frequência do sistema convencional pode não apresentar os resultados
esperados, pois algumas fontes orgânicas apresentam liberação lenta de
nutrientes para as plantas e estes nutrientes estão ligados a moléculas complexas,
dependendo de processos bioquímicos para se tornarem disponíveis.
Tratos culturais
A presença de plantas invasoras prejudica muito as mudas de cebola, assim estas
devem ser eliminadas regularmente até o completo crescimento da planta,
tomando o cuidado de não causar danos para as mudas.
Colheita
O tempo necessário para fazer a colheita da cebola varia muito, podendo ocorrer
de 85 dias a quase 300 dias após a semeadura, e depende da cultivar utilizada, da
região onde o plantio é realizado e da estação do ano em que cebola é cultivada.
Para consumo imediato, arranque os bulbos quando necessário em qualquer
estágio de desenvolvimento. Para armazenar os bulbos por até alguns meses
(geralmente de 3 a 6 meses, dependendo da cultivar e das condições de cura e
armazenagem), espere até que as folhas mais velhas fiquem secas e os bulbos
adquiram a cor externa característica da cultivar utilizada. Arranque a planta
inteira, sem que as folhas se soltem do bulbo. A cura é o processo em que a
cebola perde o excesso de água. Consiste em deixar as cebolas secando ao sol
por 3 a 10 dias, sendo menos dias em regiões quentes e de alta insolação e 10
dias em regiões de alta latitude e menor insolação. Ou os bulbos são dispostos
lateralmente sobre os canteiros e ficam nestas condições por 3 a 4 dias
considerando-se uma região com clima quente e seco.
Classificação e Embalagem
 Classificação é a separação do produto por cor, tamanho e qualidade.
Utilizar a classificação da CEBOLA é unificar a linguagem do mercado.
Produtores, atacadistas, indústrias, varejistas e consumidores devem ter
os mesmos padrões para determinar a qualidade do produto. Só assim,
obteremos transparência na comercialização, melhores preços para
produtores e consumidores, menores perdas e melhor qualidade.
 A Embalagem Em Supermercados de regiões mais nobres adotam a prática de
embalar 6 a 8 bulbos, de tamanho e coloração uniformes, em bandejas de
isopor (poliestireno) envoltas com filme de PVC, agregando informações como
procedência, nome da cultivar, composição nutricional e, em alguns casos, até
receitas.

 Obs : Deve-se evitar o transporte e o armazenamento de cebolas juntamente


com outros produtos, que podem absorver o odor da cebola
Comercialização

A comercialização da cebola em nível de atacado se dá em sacos de


aniagem ou de nylon de 20 kg . Em nível de varejo, o produto é
normalmente exposto à granel.

Cebola embaladas para comercialização


• Cultivar
• Cebolinha
Importância econômica e alimentar
A cebolinha é uma das hortaliças mais utilizadas e comercializadas em todo o
mundo. Em razão de ser uma planta bem versátil em relação ao seu uso, é
utilizada em praticamente todas as partes do mundo. Existem duas espécies de
cebolinha, ambas pertencentes à mesma família: A. fistulosum (cebolinha-comum
ou verde), natural da Sibéria; e A schoenoprasum (cebolinha-de-folhas-finas ou
galega), proveniente da Europa.
A cebolinha pode ser consumida diariamente, apenas cuidando com a higiene das
folhas – lavando e deixando elas de molho por 15 minutos em um litro de água e
uma colher de sopa de água sanitária, e não exagerando na quantidade, pois é
estimulante do apetite.
– Regula a pressão arterial
– Combate o estresse
– Ajuda a reduzir os níveis de colesterol
– Beneficia o sistema circulatório
– Ajuda a prevenir o câncer
– Fortalece o sistema imunológico
Cultivares
cebolinha comum – Evergreen, Bunching, Hanegui, K. Futonegui, Nebukai, N. Hosonegui,
White Spear Bunching.
Exigência climatica
O cultivo da cebolinha é indicado para regiões de clima ameno, entre 8 e 22ºC,
resistindo ao frio. As variedades do grupo Todo Ano, no entanto, toleram
temperaturas altas. Preferem solos de texturas média, ricos em matéria orgânica,
bem drenados e com ph entre 6,0 e 6,8.
Solo e seu preparo
Cultive de preferência em solo bem drenado, fértil e rico em matéria orgânica.
A cebolinha é uma planta bastante rústica e crescerá bem em quase qualquer
solo, exceto os solos sujeitos a encharcamento e os muito ácidos
Época de plantio
O ano todo em regiões de clima ameno; para os demais locais a melhor época é de
fevereiro a julho. As variedades do grupo ‘Todo Ano’ podem ser cultivadas no verão.
Nutrição e adubação
 Adubação orgânica: aplicar, pelo menos 30 dias antes do transplante das mudas, de
esterco de curral bem curtido ou composto orgânico, que podem ser substituídos por
esterco de galinha ou de torta de mamona fermentada sendo, a dose maior, para solos
arenosos
 Adubação mineral de plantio: aplicar, pelo menos 10 dias antes do plantio das mudas.
A quantidade, maior ou menor, de adubo a ser utilizada depender das análises de solo e
foliar, cultivar empregado e produtividade esperada
 Adubação mineral de cobertura: parcelados em três aplicações, aos 15, 30 e 45 dias
após o transplante à medida que vão sendo feitos os cortes, deve-se repetir a adubação
de cobertura, parcelando-a em duas vezes: na época do corte e 15 dias após
Tratos culturais
Retire, se necessário, plantas invasoras que estejam concorrendo com a
cebolinha-verde por nutrientes e recursos.
Se o objetivo é colher o pseudocaule, periodicamente amontoe terra junto à planta
para obter longos pseudocaules brancos.
Denças
 Principais pragas: lagarta-rosca, cigarrinhas, pulgões, tripes, minador da
folha, ácaros e cochonilhas.
 Principais doenças: requeima, mancha de Alternaria, ferrugem, antracnose,
mancha púrpura e míldio.
Colheta
A colheita de folhas da cebolinha pode começar entre 75 e 120 dias após o
plantio, dependendo do cultivar e das condições de cultivo. As folhas devem ser
colhidas por inteiro, junto à base, e não pela metade. A planta também pode ser
colhida inteira, para aproveitamento do pseudocaule. Neste caso a colheita é
realizada por alguns horticultores cerca de 3 meses após o plantio, enquanto
outros deixam a planta crescer por 9 meses ou mais.
Clasificação e embalagem
Uma boa cebolinha tem que apresentar um bom tamanho e sua folhas com uma
boa coloração em sua folhas, mostrando uma boa qualidade ao comerciante.
Embalagem : Fresca- depois de lavar e picar a cebolinha coloque em recipiente
fechado, na geladeira, na parte mais baixa, onde se conservará por alguns dias.
Seca- guarde em recipientes fechados, em local protegido da umidade
Comercialização
A cebolinha é vendida aos maços. Escolher sempre os ramos mais verdinhos e
brilhantes. Não leve os que apresentam furos ou que estejam com aparência
queimada ou com a superfície amarelada ou marrom. Também evite os ramos
com aparência murcha.
• Cultivar
• Alho
MORFOLOGIA
Importância econômica e alimentar
O alho é a quarta hortaliça em importância econômica no Brasil e uma das mais
importantes socialmente, por ser cultivada, predominantemente, por pequenos
produtores.O alho é um importante tempero utilizado em praticamente todo o
mundo. Para a saúde, é um grande aliado na prevenção de doenças do coração,
benefício que deve-se à presença de substâncias como a alicina, que relaxa os vasos
sanguíneos, e a ajoene, que possui ação anticoagulante, favorecendo a passagem de
sangue dentro das veias e também reduzindo a taxa de colesterol ruim.
Cultivares
Dentre as cultivares de alho comum, as grupo precoce como Branco Mineiro,
Branco Mossoró, Cabaceiras e Cateto Roxo continuam sendo plantadas em
pequenas quantidades em algumas regiões do Semi-Árido Nordestino. As
cultivares Amarante, Gigante do Núcleo, Gigante Espírito Santo, Gigante Roxo e
Caturra são consideradas alho semi-nobre devido ao menor número de
bulbilhos/bulbo e tem sido utilizadas por pequenos agricultores das
regiões Sudeste, Centro-Oeste, do Paraná e em algumas áreas litorâneas de
Santa Catarina.
Exigências climaticas
O alho é uma planta originária da Ásia, de locais de clima frio. Para um
bom desenvolvimento vegetativo e produtividade, a cultura exige temperaturas
amenas (18º a 20°C) na fase inicial do ciclo, temperaturas mais baixas (10º a
15°C) durante o período de bulbificação e temperaturas mais elevadas (20º a
25°C) na fase de maturação.
Solo e seus preparos
Um eficiente preparo de solo é fundamental para o cultivo do alho, proporcionando
um bom desenvolvimento de raízes e formação de bulbos. É aconselhável fazer
uma aração com profundidade mínima de 20 cm e uma ou duas gradagens,
procurando deixar o solo bem destorroado. A aração deve ser feita 45 a 60 dias
antes do plantio, seguida da primeira gradagem para melhor incorporação do
corretivo ao solo.
Época de plantio
Geralmente o plantio é realizado no outono (as melhores cabeças colhidas
normalmente são plantadas nessa estação), sendo que em regiões mais frias,
pode ser plantado no fim do verão, no começo do outono ou no início da
primavera.Em regiões com inverno ameno, o plantio pode ser feito no outono ou
no inverno.
Nutrição e adubação
 Nutrição A extração de nutrientes pelo alho apresenta uma relação bastante
direta com o crescimento e desenvolvimento da planta. O crescimento da
cultura se acentua a partir dos 60 dias e cessa aos 120 dias após o plantio,
sendo que a bulbificação inicia-se por volta dos 70 dias, intensificando-se entre
90 até 130 dias após o plantio.
 Adubação O alho apresenta boa resposta à adubação orgânica que pode ser
feita tanto na forma de composto, de esterco de gado ou de aves
completamente curtido. A distribuição do adubo orgânico é feita a lanço sobre o
terreno, antes da última gradagem para uma boa incorporação.
Tratos culturais
Na maioria dos estados o plantio coincide com o período seco, assim, faz-se necessário
regas a cada dois dias, até a formação dos bulbos, sendo que a partir daí, a cada semana até
15 dias antes da colheita.O alho não reage bem às adubações químicas, sendo ideal que a
terra tenha as propriedades fisico-química desejaveis, no entanto, 10 dias antes do plantio.
As capinas devem ser feitas quando necessárias.
Colheta
A colheita do alho ocorre de 16 a 36 semanas após o plantio, dependendo da
cultivar utilizada, da região onde o plantio é realizado, da época do ano, etc.As
cabeças de alho estão prontas para a colheita quando as folhas mais velhas
começarem a amarelar e secar. Arranque a planta inteira, sem destacar as folhas,
preferencialmente em dias secos e ensolarados.
Classificação
A classificação é feita em grupos (alho nobre e alho comum), subgrupos (bulbos
brancos e bulbos ) e classes de tamanho.
Comercialização e embalagem
Para ser comercializado no atacado para o mercado interno, o alho deve ser
acondicionado em caixas de madeira com testeiras oitavadas ou sacos de
polipropileno, ambos com capacidade para 10 Kg de bulbos. No varejo, a
comercialização é feita em sacos plásticos ou bandejas de isopor com capacidade
para 100, 200, 500 ou 1000 gramas.
FIM

OBRIGADO

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