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Diferenças do pensamento social e político

antigo em relação ao moderno

O homem é um ser político e


social por natureza, algo mais
próximo do pensamento de
Rousseau e Marx, do que do de
Maquiavel e dos primeiros
contratualistas (Locke e Hobbes)
Diferenças do pensamento social e político
antigo em relação ao moderno

Visão organicista da sociedade, ao


invés do individualismo e
contratualismo moderno. A sociologia
funcionalista de Durkheim retoma
essa perspectiva.
O todo é anterior às partes e as partes
não funcionam quando separadas do
todo.
Diferenças do pensamento social e político
antigo em relação ao moderno

O Estado, ou comunidade política, não existe


para coordenar interesses econômicos e nem
para organizar a defesa comum. O Estado é o
fim a que tendem todas as comunidades
menores que fazem parte dele. É o fim maior
da existência humana, uma vez que somente
por ele se pode realizar uma vida ética, moral
e intelectualmente superior. É ele quem
orienta a vida individual e coletiva, é ele
quem educa os cidadãos para o bem-viver.
Diferenças do pensamento social e político
antigo em relação ao moderno

Defesa da escravidão (esse


pensamento dura até o século
XVIII), como algo natural.
Alguns nascem aptos a
comandar e outros a obedecer.
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

A justificativa do poder político


(comunidade política) por meio da
razão e do apelo às leis da natureza

A atividade política não é uma simples


convenção humana, mas algo dado
pela natureza
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

O Estado ou comunidade política


como superior e abrangente em
relação à família e à aldeia
(reunião de famílias, comunidade
social)
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

Distinção entre esfera pública (da Cidade, do


Estado) e esfera privada (da família, da
aldeia). O tipo de autoridade é distinto em
cada uma delas. Na primeira, a autoridade é
pessoal, do chefe de família, que tem um
poder despótico. Na segunda, a autoridade é
pública, regida pelas leis, e apoiada na
vontade de todos os cidadãos. A vontade do
governante não é superior às leis.
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

Noção da política como atividade de homens livres


e iguais (denominados cidadãos), que participam
do poder, podendo eleger e ser eleitos (ideia de
democracia moderna). A diferença é que, na
Grécia, apenas uma minoria de 10% da população
(homens adultos, excluindo mulheres,
estrangeiros, escravos, crianças e muito idosos)
era considerada cidadã. Outra diferença da
democracia grega era que ser cidadão significava a
participação efetiva nas assembléias e assuntos
públicos e não apenas votar e ser votado.
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

Classificação das formas de governo:


Monarquia: governo de um só,
baseado na honra e na glória;
Aristocracia: governo de alguns,
baseada na excelência ou virtude
República: governo de todos,
baseada na igualdade e liberdade
perante a lei
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

O bem comum e a vida justa como


finalidade da política e a justiça como
seu valor essencial. A diferença é que
para os antigos a justiça significava o
tratamento igual entre os iguais e o
tratamento desigual para os desiguais.
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

A visão de que a busca do interesse


particular no lugar do público e as
extremas desigualdades econômicas é
que levam à degeneração dos regimes
políticos e às revoltas e sedições.
Continuidades do pensamento antigo na
modernidade

A ideia regime misto (para Aristóteles, entre


aristocracia e república) como regime ideal e
o estabelecimento das virtudes políticas (para
Aristóteles: prudência, justiça, clemência e
liberalidade). Estas últimas ideias foram
contestadas até hoje apenas por Maquiavel,
Hobbes, Espinosa, alguns pensadores liberais,
e Marx.

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