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MSc.

Fabio de Almeida e Silva


Origem dos anfíbios

Os anfíbios evoluíram a partir dos peixes


durante o período Devoniano a cerca de 400
milhões de anos.
 Evoluindo de peixes
pulmonados de nadadeiras
lobadas semelhantes aos
Celacantos, dando origem ao
grupo dos tetrápodes, na qual
incluem nós humanos.
Fonte: www.nationalgeographic.com.es
SURGIMENTO DE APÊNDICES TETRÁPODOS

Esqueleto mais resistente;


Surgimento da cintura
escapular e pélvica;
Formação dos dedos;
Desenvolvimento dos ossos
rádio e ulna na parte
anterior e tíbia e fíbula na
parte posterior.
Evolução dos membros locomotores:

Eusthenopteron possuía
elementos ósseos
(úmero, rádio, ulna e
elementos homólogos
aos ossos carpais) que
sustentava suas
nadadeiras
musculares. Esses
ossos precederam os
ossos dos tetrápodes;
Elo perdido entre os “Peixes e Anfíbios”
Tiktaalik tinha as características de um peixe com
nadadeiras lobadas, mas com as frontais
apresentando estruturas esqueléticas semelhantes
a um braço, incluindo um ombro, cotovelo e pulso.
Elo perdido entre os “Peixes e Anfíbios”

Dentes afiadas característica de


peixes predadores.

Pescoço pode mover-se


independentemente do seu corpo.

Os olhos ficam no topo de sua


cabeça.
Evolução dos membros locomotores:

Acanthostega, os
raios foram
modificados em oito
dedos bem
desenvolvidos,
costelas pequenas e
possuía brânquias
rudimentares
(Groelândia).
Evolução dos membros locomotores:

Ichthyostega, tinha
Carpo os membros
tetrápodes totalmente
desenvolvidos, sendo
capaz de habitar o
ambiente terrestre.
Evolução dos membros locomotore:

Limnoscelis, possuía cinco


artelhos nos membros
posteriores e anteriores,
gerando o modelo
pentadáctilo, básico para
os tetrápodes atuais.
Origem dos anfíbios modernos
Os primeiros anfíbios eram bastante diferentes
dos que conhecemos hoje: a espécie só
adquiriu sua forma atual a cerca de 250
milhões de anos.
Origem dos anfíbios modernos
O anfíbio mais antigo conhecido pela
ciência é o Triadobatrachus massinoti,
encontrado em Madagascar e datado do
Período Triásico a cerca de 225 milhões de
anos atrás (Blaustein, et al. 1995).

Fonte: https://www.researchgate.net/
Fonte: http://amphiterra.weebly.com
Origem dos anfíbios modernos

O sapo mais antigo conhecido viveu durante o


período Jurássico inferior “Vieraella herbsti”
 O Notobatrachus degiustoi do Jurássico
médio datado entre 155-170 milhões de anos
e as principais alterações evolutivas nesta
espécie envolve o encurtamento do corpo e a
perda da cauda.
O que evidência que a evolução do Anura
moderna foi concluída no período Jurássico.
Os Lissamphibias produziram os principais grupos
de ancestrais que deram origem as ordens atuais:

Anura ou Salientia

Urodela ou Caudata

Gymnophiona ou Apoda
Os anfíbios são classificados em três grupos:
Anuros - anfíbio sem cauda, como sapos, rãs e
pererecas.
Ápodes - anfíbio sem pata, como as cobras-
cegas e cecílias.
Urodelos - anfíbio com cauda na fase adulta,
como as salamandras
Características dos anfíbios

Mesmo tendo a capacidade de viver em


ambiente terrestre eles são muito dependente
da água durante toda sua vida;
Por serem ectotérmicos eles dependem de um
ambiente úmido e fresco;
Possuem esqueleto ósseo diferenciado, com
diferenças morfológicas entre as ordens;
Características dos anfíbios

Pele lisa, úmida e glândular. Presença de


cromatóforos;
Sexos separados; vários modos reprodutivos;
Os membros das ordens Urodela e Anura
possuem quatro apêndices locomotores;
A ordem Apoda não apresenta apêndices
locomotores.
Qual a principal vantagem de
ocupar o ambiente terrestre para
os anfíbios?

Grande variedade de
habitats e disposição de
alimento.
ADAPTACÕES AO AMBIENTE TERRESTRE
SISTEMA RESPIRATÓRIO
Fase Larval (Girino)
• Brânquias semelhante a dos peixes.
• Pulmões presentes porem inativos.

Metamorfose
• Brânquias regridem e inicia o desenvolvimento dos pulmões.
• Tornando capaz de tomar ar de duas maneiras.

Respiração Cutânea
• Maior utilização durante o período de inverno, devido o metabolismo permanecer mais
baixo.
• Já durante o verão devido o metabolismo mais alto os pulmões se tornam a forma
principal de respiração.
Algumas exceções da regra
Alguns anfíbios não possuem pulmões ou
brânquias.
A respiração é feita unicamente pela pele com
uma pequena participação da mucosa oral. Ex.
salamandras da família Plethodontidae:

Plethodon shermani
Algumas salamandras como o caso da Axalote não
realisa a metamorfose completa durante sua
transição da fase larval para adulta apresentando
somente brânquias externas.

Ambystoma mexicanum
SISTEMA CIRCULATÓRIO
SISTEMA CIRCULATÓRIO
Alimentação e Digestão
Durante a fase adulta são carnívoros;
Capturam o alimento com uma língua
protrátil, fixa no fundo da boca e livre na
extremidade.
Alimentação e Digestão
Algumas espécies apresenta dentes que são
usados apenas para segurar a presa;
Quando adultos o aparelho digestivo é curto e
produz enzimas digestoras de gordura,
proteína e carboidratos;

Ceratophrys ornata
Alimentação e Digestão
Na fase larval (Girinos) , o aparelho digestivo é
mais longo e a alimentação é basicamente
herbívora.
RECEPTORES SENSORIAIS
Ouvido
Ouvido médio
recoberto por uma
membrana timpânica.
Ossículos Columela
que transmite as
vibrações para o
ouvido interno.
RECEPTORES SENSORIAIS
Visão
 Glândulas lacrimais e
pálpebras;
 A córnea substitui em
grande parte o cristalino
na função de refletir os
raios de luz e focar a
imagem na retina;
 A retina possui cones e
bastonetes.
Curiosidades
O anuro mais venenoso do mundo é o Phyllobates
terribilis, essa espécie é encontrada na Colômbia.
Uso de toxina do Poison dart frog por indígenas.
Vacina do Kambo (Phyllomedusa bicolor)
Maior anfíbio do mundo.
Andrias davidianus
Pode medir
até 1,8
metros de
comprimento
e pesar cerca
de 65 quilos.
O menor sapo do Brasil é Capixaba.
A descoberta foi feita na região de Serra das Torres, em Atílio Vivacqua.
Espécie mede entre 7 e 10 milímetros de comprimento.
Brachycephalus didactylus

Fonte: http://g1.globo.com...
Referencias
• NEIL H. SHUBIN, EDWARD B. DAESCHLER, AND FARISH A. JENKINS,
JR. Pelvic girdle and fin of Tiktaalik roseae. PNAS, January 13, 2014.
• LINHARES, Sérgio e GEWANDSZNAJDER, Fernando. Biologia hoje.
São Paulo: Ática, 2010.
• HADDAD, C. F. B.; TOLEDO, L. F.; PRADO, C. P. A. Anfíbios da mata
atlântica. São Paulo. Neotrópica ltda. 2008.
• SCHMIDT-NIELSEN, K. Fisiologia Animal. 5 ed. Santos. 1996.
• POUGH, F.H.; JANIS, C.M. & HEISER.Salamandras, Anuros e Cecílias.
In: A Vida dos Vertebrados, 4ª. Edição, São Paulo, Atheneu Editora
São Paulo, pp.220–263. 2006.
• AHLBERG, P. E & CLACK, J. A. “A firm step from water to land.”
Nature 440, p. 747-749 ,2006.
• HICKMAN, C. P.; ROBERTS, L. S.; LARSON, A. Princípios integrados de
zoologia. 11 ed. Rio de Janeiro. Guanabara Koogan, 2004.
OBRIGADO
Msc. Fabio de Almeida e Silva
Biólogo - CUSC, Mestre em Oceanografia - UFMA
E-mail- fabioas.consult@gmail.com

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