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FACULDADE NOVA ESPERANÇA DE MOSSORÓ

CURSO DE FARMÁCIA – P6N


CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS

CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICO


TESTE DE DISSOLUÇÃO

Prelecionistas: Antonio Cleyton | Erlane Melo| Rochelle Paes |


INTRODUÇÃO

Dissolução
Prescritas
 Fabricação
Formas Farmacêuticas Sólidas  Estabilidade
Tecnologia empregada
 Compressão
 Mistura
Desintegração
Dissolução  Agente aglutinante
Desintegração do medicamento
Tempo necessário para que uma
dentro do tempoporcentagem
determinada estipulado pela
do
monografia.
ativo seja liberada no meio.

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INTRODUÇÃO

Dissolução

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INTRODUÇÃO

Teste de Dissolução

 Método 1 (cesto)
 Método 2 (pás)
 Método 3 (cilindros alternantes)
 Método 4 (célula de fluxo contínuo)
 Método 5 (pá rotatório sobre discos)
 Método 6 (cilindro rotatório)
 Método 7 (discos alternantes)

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TESTE DE DISSOLUÇÃO
EQUIPAMENTOS/MÉTODOS
Constituintes
Rotor

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Equipamentos

Método 1 - Cesto

 A tela padrão possui diâmetro de fio de


0,25 mm e abertura de malha quadrada
de 0,40 ± 0,04 mm (mesh 40).

 Durante sua execução, uma distância


de 25 ± 2 mm deve ser mantida entre a
parte inferior da cesta e o fundo
interno do recipiente que contém o
meio de dissolução.

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Equipamentos

Método 2 - pás

 Girar suavemente e sem desvio de


eixo durante o tempo e velocidade
especificados na monografia
correspondente.
 É importante que as amostras não
flutuem no meio de dissolução.
 Aprisionar a cápsula ou o
comprimido sem deformá-los
nem reduzir a área de contato
com o meio.

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Equipamentos

Método 3 - Cilindros alternantes

 Movimento alternante vertical,


ascendente e descendente, dos
cilindros nos frascos e, também,
propiciar deslocamento horizontal do
cilindro para outro frasco disposto
em uma fila diferente.

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Constituintes
Rotor

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Métodos

Meio de dissolução
Testar meios de dissolução na faixa de pH fisiológico:
 pH 1,2 a 6,8 (liberação imediata);
 pH 1,2 a 7,5 (liberação modificada).

Meio Ideal
 Não utilizar surfactante;
 Não utilizar solvente orgânico;
 HCl diluído, tampões na faixa fisiológica ou
fluido gástrico/intestinal.

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Métodos

Meio de dissolução
Liberação retardada
 Meio ácido e tamponado

Volume dos meios de dissolução


 Garantir o sink condition*

Volume para pás e cestas


 500 a 1000mL (900mL);
 Microtubos (250mL) – baixa dose.

* 3x o volume mínimo para solubilizar a maior dose


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Métodos

Rotação
Cápsulas e comprimidos
 Cesta: 50 ou 100rpm
 Pás: 50 ou 75rpm

Valores de rotação abaixo de 25rpm ou acima de


150rpm podem causar efeitos hidrodinâmicos e de
turbulência.

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Métodos

Ponto de amostragem
Pontos amostrados
 Único: Medicamento de liberação imediata;
 Duplo: Medicamentos de liberação retardada ou
prolongada.

- Alíquota; - Filtragem; - Análise

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Exemplos

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Métodos

Critérios de aceitação

 Q corresponde à quantidade dissolvida de fármaco, especificada na monografia


individual, expressa como porcentagem da quantidade declarada.
 Os valores 5%, 15% e 25% também representam porcentagens da quantidade
declarada.

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Métodos

Critérios de aceitação

 Q corresponde à quantidade dissolvida de fármaco, especificada na monografia


individual, expressa como porcentagem da quantidade declarada.
 Os valores 5%, 15% e 25% também representam porcentagens da quantidade
declarada.
Métodos

Critérios de aceitação

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Métodos

Critérios de aceitação

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Exemplos

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Exemplos

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Exemplos

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TESTE DE DISSOLUÇÃO
FATORES INTERFERENTES
Interferentes

Fatores relacionados ao fármaco


Poli e amorfismo
Ponto de fusão, coeficiente de solubilidade, densidade e
características de compressão; Velocidade de absorção; fármaco mais
ou menos ativo.
- Amorfos são mais solúveis e maior velocidade de dissolução.

Solubilidade
Fármaco em forma de solução;
Solubilidade e pKa é capaz de determinar a dissolução no trato
gastrointestinal e futuros problemas de biodisponibilidade;
Absorção em pH semelhante.

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Interferentes

Fatores relacionados ao fármaco


Higroscopicidade
Atividade termodinâmica.
- Anidra x hidratada;
- Anidra possui maior solubilidade e velocidade de dissolução;

Tamanho da partícula
- Aumento/diminuição da superfície de contato;
- Fármacos pouco solúveis (processo de micronização);
- Fármacos muito solúveis (níveis tóxicos).

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Interferentes

Fatores relacionados ao fármaco

Formulação
Uso de excipientes: Desintegrantes, diluentes, lubrificantes,
aglutinantes;
- Mais solúvel ou menos solúvel.

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Interferentes

Fatores relacionados ao ensaio


Meio dissolutivo
Escolha de meio adequado conforme a monografia garantirá a
reprodutibilidade e veracidade do ensaio.

Volume
Diretamente proporcional à solubilidade do fármaco;
- Solubilidade baixa + Concentração alta  Grande volume do meio
para não saturar o meio

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Interferentes

Fatores relacionados ao ensaio


Gases
Gera interferência física no meio por o fármaco se aderir as bolhas,
alterando o fluxo normal do meio, o que provoca mudança no
movimento das partículas.

Temperatura
A temperatura é um parâmetro importante no ensaio de dissolução,
uma vez que há a simulação da temperatura corporal no ensaio, não
devendo o ensaio ser realizado em temperatura superiores ou
inferiores à 37ºC ± 0,5ºC.

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Interferentes

Fatores relacionados ao ensaio


pH
pH do trato gastrointestinal 1,0 a 8,0;
Escolha adequada do meio para que haja a dissolução do fármaco;
- Absorção em pH semelhante

Tensoativo
Diminuição da tensão superficial entre o fármaco e meio de
dissolução;
- Melhorar a solubilidade de fármacos pouco solúveis

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Interferentes

Fatores relacionados ao ensaio


Viscosidade
Quanto maior a viscosidade do meio, menor será a dissolução, uma
vez que o fluxo de moléculas estará dificultado pela viscosidade do
meio.

Evaporação
Cuidado para não diminuir o volume do meio;
- Minimizar a evaporação através do aquecimento do meio a uma
temperatura de 37ºC antes de introduzi-lo na cuba de dissolução.

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Referências

BRASIL. FARMACOPEIA BRASILEIRA, Agencia Nacional de Vigilância


Sanitário, ANVISA. v. 1, p. 66 – 73, 2010a .

SILVA, J. A. Dissolução de comprimido: estudo comparativo de


apresentações genéricas contendo dizepam. 2013. 53f. Monografia
(Especialização em Tecnologias Industriais Farmacêuticas), Instituto de
Fármacos-Farmanguinhos, FIOCRUZ, Rio de Janeiro, 2013.

RODRIGUES, V. Dissolução, classificação BCS e desenvolvimento de


metodologias analíticas. 2015.
Acesso em < https://bit.ly/2VY4qfK >

ESPINDOLA, V. B.; et al. Avaliação e comparação da qualidade de


medicamentos contendo cloridrato ranitidina. Rev. Bras. Farm. v. 96, n. 2, p.
1248 – 1265, 2015.

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