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S.A.7.

Condutas
Massificadas
Max Stirner,
Johann Kaspar Schmidt (Bayreuth, 25 de outubro de 1806 — Berlim,
26 de junho de 1856), mais conhecido como Max Stirner, foi
um filósofo alemão muitas vezes visto como um dos precursores
do niilismo, do existencialismo, da teoria psicanalítica, do pós-
modernismo e do anarquismo, especialmente do anarquismo
individualista.[1][2] A obra principal de Stirner é O Único e Sua
Propriedade, também conhecida como O Eu e Sua Propriedade (Der
Einzige und sein Eigentum em alemão, que se traduz literalmente
como o indivíduo e sua propriedade). Este livro foi publicado pela
primeira vez em 1845 em Leipzig, e desde então tem aparecido em
numerosas edições e traduções.
A principal obra de Stirner, O único e sua propriedade,
apareceu pela primeira vez em Leipzig em 1844. O
desenvolvimento de sua filosofia, no entanto, poderia
ser relacionado a uma série de artigos que
apareceram pouco antes desta obra central, mais
especificamente O falso princípio de nossa
educação e Arte e religião.

Em O único e sua propriedade, Stirner faz uma crítica


radicalmente anti-autoritária e individualista da
sociedade russa contemporânea, bem como à tão
citada modernidade da sociedade ocidental. Oferece
ainda um vislumbre da existência humana que
descreve o ego como uma não-entidade criativa além
da linguagem e da realidade, ao contrário do que
pregava boa parte da tradição filosófica ocidental.
Em suma, o livro proclama que todas as religiões e
ideologias se assentam em conceitos vazios, que,
após solapados pelos interesses pessoais (i.e.
egoístas) dos indivíduos, revelam sua invalidade.[10] O
mesmo é válido às instituições sociais que sustentam
estes conceitos, seja o estado, a legislação, igreja, o
sistema educacional, ou outra instituição que reclame
autoridade sobre o indivíduo.
A argumentação de Stirner explora e estende os
limites da crítica hegeliana que o autor dirige
especialmente a seus contemporâneos
(principalmente a seus colegas jovens hegelianos,
mais ainda Ludwig Feuerbach) seguidores de
ideologias populares, tais
como Nacionalismo, Estadismo, Liberalismo, Socialis
mo, Comunismo, Humanismo e Anarquismo
A cultura [...], a religiosidade dos homens, tornou-os
livres, mas livres apenas de um senhor, para logo os
entregar a outro. A religião ensinou-me a dominar os
meus desejos, a astúcia permite-me quebrar a
resistência do mundo, e é-me dada pela ciência nem
já a um outro homem sirvo [...]. Do mesmo modo,
libertei-me da determinação irracional pelos meus
sentidos, mas continuei fiel à dominadora chamada...
razão. Ganhei a “liberdade espiritual”, a “liberdade do
espírito”. Com isso, eu tornei-me súdito do espírito. 0
espírito dá-me ordens, a razão orienta-me, são ambos
meus guias e senhores. [...] A liberdade de espírito
significa a minha servidão.

STIRNER, Max. O único e a sua propriedade. Tradução João Barrento.


Lisboa: Antígona, 2004. p. 260.
Egoísmo
Egoísmo
Somente quando as pretensas falsa autoridade de tais conceitos e
instituições são revelados é que a verdadeira ação, poder e
identidade dos indivíduos podem emergir. A realização pessoal de
cada indivíduo se encontra no desejo de cada um em satisfazer
seu egoísmo, seja por instinto, sem saber, sem vontade - ou
conscientemente, plenamente a par de seus próprios interesses. A
única diferença entre os dois egoístas é que o primeiro estará
possuído por uma ideia vazia, ou um espanto, na esperança de que
sua ideia o torne feliz, já o segundo, pelo contrário, será capaz de
escolher livremente os meios de seu egoísmo e perceber-se
enquanto fazendo tal.
Somente quando o indivíduo percebe
que lei, direito, moralidade, religião, etc., são nada mais que
conceitos artificiais e não autoridades sagradas a serem
obedecidas é que poderá agir livremente.
ESCOLA DE FRANKFURT
MENTALIDADE MARXISTA
ESSES INTELECTUAIS CULTIVAVAM A CONHECIDA TEORIA
CRITICA DA SOCIEDADE. ESTA CORRENTE FILOSÓFICA FOI
RESPONSÁVEL PELA DISSEMINAÇÃO DE EXPRESSÕES
COMO INDUSTRIA CULTURA OU CULTURA DE MASSAS.
Theodor Adorno
Theodor Ludwig Wiesengrund-Adorno, nascido em
Frankfurt, no dia 11 de setembro de 1903, formou-se em
filosofia, sociologia, psicologia, e tornou-se também
musicólogo e compositor, graduando-se na Universidade
de Frankfurt. Posteriormente fundou, ao lado de Max
Horkheimer, Walter Benjamin, Herbert Marcuse e Jürgen
Habermas, entre outros, a célebre Escola de Frankfurt.
Seu pai, Oscar Alexander Wiesengrund, era um alemão
de procedência judaica, porém convertido à religião
protestante, enquanto sua mãe, a italiana Maria Bárbara
Calvelli-Adorno, dedicava-se à música erudita e
professava o catolicismo. Mais tarde o filho adota o
sobrenome materno, passando a ser conhecido como
Theodor W. Adorno.
Max Horkheimer
Max Horkheimer (Estugarda, 14 de fevereiro de 1895 —
Nuremberga, 7 de julho de 1973) foi um filósofo e sociólogo
alemão.
Como grande parte dos intelectuais da Escola de Frankfurt, era
judeu de origem, filho de um industrial - Moses Horkheimer -, e
estava destinado a dar continuidade aos negócios paternos. Por
intermédio de seu amigo Friedrich Pollock, Horkheimer associou-
se em 1923 à criação do Instituto para Pesquisa Social, do qual foi
diretor, em 1931 sucedendo o historiador austríaco Carl Grünberg.
Suas formulações, sobretudo aquelas acerca da razão
Instrumental, junto com as teorias de Theodor Adorno e Herbert
Marcuse, compõem o núcleo fundamental daquilo que se conhece
como Escola de Frankfurt.
SEGUNDO HORKHEIMER
DEVIDO A MASSIFICAÇÃO CULTURAL, AS ARTES
PERDERAM ALGUMAS DE SUAS PRINCIPAIS
CARACTERÍSTICAS E TORNARAM-SE:

• CONSUMISTAS
• REPETITIVAS
• MODISTA
• DISSIMULADORAS DA REALIDADE
A “Indústria Cultural”, termo criado por
Adorno, foi um dos temas principais de sua
reflexão. O termo foi criado para designar a
exploração sistemática e programada dos
bens culturais com finalidade do lucro.
Segundo ele, a indústria cultural traz consigo
todos os elementos característicos do mundo
industrial moderno. A obra de arte, por
exemplo, produzida e consumida segundo os
critérios da sociedade capitalista se rebaixa
ao nível de mercadoria e perde sua
potencialidade de crítica e contestação.
Razão Instrumental
impõe a todos os seus membros um padrão, uma
dinâmica, uma medida, que visa unicamente à
produção e à eficiência.
A razão instrumental estaria preocupada com os
fins que também caracterizam o sistema de
exploração capitalista. Por isso, diante das forças
econômicas, os indivíduos acabariam reduzidos a
uma massa indistinta e indiferente ao que acontece
ao seu redor.
O que é Cultura de massa:
Cultura de massa é o produto da
chamada Indústria Cultural,
consistindo em todos os tipos de
expressões culturais que são
produzidos para atingir a maioria da
população, com o objetivo
essencialmente comercial, ou seja, de
gerar produtos para o consumo.
A EXPRESSÃO CULTURA DE MASSA

CRIADA COM UM OBJETIVO ESPECÍFICO:


ATINGIR A MASSA POPULAR,
TRANSCENDENDO ASSIM, TODA E
QUALQUER DISTINÇÃO DE NATUREZA:
• ÉTICA
• SOCIAL
• ETÁRIA
• SEXUAL
INDUSTRIA CULTURAL E CULTURA DE MASSA
01 – CONCEITO

A PARTIR DA SEGUNDA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL (XIX), AS


ARTES USUFRUEM UMA FASE DE PRODUÇÃO AUTÔNOMA.
TORNAM-SE DEPENDENTES DAS NECESSIDADES DE
MERCADOS.
A) OS BENS CULTURAIS SÃO PRODUZIDOS COMO
MERCADORIA.
B) A INDUSTRIA CULTURAL CRIA A ILUSÃO DE FELICIDADE NO
PRESENTE E ELIMINA A DIMENSÃO CRÍTICA.
C) IMPORTANTE – A INDÚSTRIA CULTURAL OCUPA O
ESPAÇO DE LAZER DO TRABALHADOR SEM LHE DAR
TEMPO PARA PENSAR SOBRE AS CONDIÇÕES DE
EXPLORAÇÃO EM QUE VIVE.
INDUSTRIA CULTURAL

LIGADA AO EFEITO, AO CONSUMO, OU SEJA, AO VALOR DA


OBRA DE ARTE QUE SE TRANSFORMOU NUM BEM DE
CONSUMO.

A INDUSTRIA CULTURAL PORPORCIONA AO HOMEM


NECESSIDADES, FAZENDO COM QUE ELE COMPRE AQUILO
QUE NÃO PRECISA, COM O DINHEIRO QUE ELE NÃO TEM,
FAZENDO-O CONSUMIR INSESANTEMENTE, DEVIDO AO
PROGRESSO TÉCNICO E CIENTÍFICO QUE SÃO
CONTROLADOS PELA MESMA (INDUSTRIA CULTURAL).

POR ESSA RAZÃO, NÃO É ESPECÍFICO DE UMA OU OUTRA


CLASSE: ENCONTRA-SE ENTRE POBRES E RICOS. É UM
FENÔMENO DERIVADO DO CONSUMISMO
CRÍTICAS

DEVEMOS SABER QUE A PROPAGANDA


RESSALTA A MAGIA DA MERCADORIA.

NA INDUSTRIA CULTURAL, O CONSUMIDOR É


TRATADO COMO REI, MAS NÃO O É, NA
REALIDADE ELE É SIMPLESMENTE OBJETO DELA.

OS PRODUTOS SÃO ADAPTADOS AO CONSUMO


DAS MASSAS (QUE EM GRANDE PARTE TORNA-SE
ESCRAVO DELA, DETERMINANDO O SEU
CONSUMO).
ATENÇÃO
A INDÚSTRIA CULTURAL VENDE CULTURA.
PARA VENDÊ-LA DEVE SEDUZIR E
AGRADAR O CONSUMIDOR. PARA SEDUZÍ-
LO E AGRADÁ-LO, NÃO DEVE CHOCÁ-LO,
PROVOCÁ-LO, FAZÊ-LO PENSAR, FAZÊ-LO
TER INFORMAÇÕES NOVAS QUE
PERTURBEM, MAS DEVE DESENVOLVER-
LHE, COM NOVA APARÊNCIA, O QUE ELE
SABE, JÁ VIU, JÁ FEZ.

MARILENA CHAUÍ
CARLOS DRUMOND DE ANDRADE
EU, ETIQUETA
MEU BLUSÃO TRAZ LEMBRETE DE BEBIDA
QUE JAMAIS PUS NA BOCA NESTA VIDA.
MEU LENÇO, MEU RELÓGIO, MEU CHAVEIRO,
MINHA GRAVATA E CINTO E ESCOVA E PENTE,
MEU COPO, MINHA XÍCARA,
MINHA TOALHA DE BANHO E SABONETE,
MEU ISSO, MEU AQUILO,
DESDE A CABEÇA AO BICO DOS SAPATOS,
SÃO MENSAGENS,
LETRAS FALANTES,
GRITOS VISUAIS,
ORDENS DE USO, ABUSO, REINCIDÊNCIA,
COSTUME, HÁBITO, PREMÊNCIA,
INDISPENSABILIDADE.
E FAZEM DE MIM HOMEM ANUNCIO-ITINERANTE,
ESCRAVO DA MATÉRIA ANUNCIADA.
NÃO SOU – VÊ LÁ – ANUNCIO CONTRATADO.
EU É QUE MIMOSAMENTE PAGO
PARA ANUNCIAR, PARA VENDER
EM BARES, FESTAS, PRÁIAS, PISCINAS
E BEM À VISTA EXIBO ESTA ETIQUETA
GLOBAL NO CORPO QUE DESISTE
DE SER VESTE E SANDÁLIA DE UMA ESSÊNCIA
TÃO VIVA INDEPENDENTE
QUE MODA OU SUBORNO ALGUM A COMPROMETE.
HOJE SOU COSTURADO, SOU TECIDO,
SOU GRAVADO DE FORMA UNIVERSAL,
SAIO DA ESTAMPARIA, NÃO DE CASA,
DA VITRINA ME TIRAM, RECOLOCAM,
OBJETO PULSANTE, MAS OBJETO
QUE SE OFERECE COMO SIGNO DE OUTROS
OBJETOS ESTÁTICOS, TARIFADOS.
POR ME OSTENTAR ASSIM, TÃO ORGULHOSO
DE SER NÃO EU, MAS ARTIGO INDUSTRIAL
O POEMA FAZ REFERÊNCIA DIRETA AO CONCEITO
DE CULTURA DE MASSA
UMA FORMA DE CONTROLE DA CONSCIÊNCIA
PELO EMPREGO DE MEIOS COMO:
CINEMA
RÁDIO
IMPRENSA
OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO E CULTURA DE MASSA
FORMA DE APRESENTAÇÃO DE UM DETERMINADO PRODUTO ARTÍSTICO
– IDÉIA DE ESTÉTICA, TÉCNICA.
Revisitando
1. Por que o CD de música e Megashow
de Rock são exemplos de mercadorias
culturais?
2. Qual a relação entre indústria cultural e
o indivíduo?
3. O podemos entender por “Razão
Instrumental”?
4. Defina com suas palavras as Cultura de
Massa?

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