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HIDROLOGIA

• A Hidrologia é a ciência que estuda a


existência e os processos que envolvem o
movimento da água na terra, que é denominado
de Ciclo Hidrológico.
HIDROLOGIA

• A Hidrologia pode ser tanto uma ciência como


um ramo da engenharia e tem muitos aspectos
em comum com a meteorologia, geologia,
geografia, agronomia, engenharia ambiental e
a ecologia;
• A Hidrologia utiliza como base os
conhecimentos de hidráulica, física e
estatística.
HIDROLOGIA

• A hidrologia, tradicionalmente está mais


ligada ao estudo dos rios;

• No caso das análises estatísticas, podem ser


aplicadas à vazão como a outras variáveis,
como o nível de lagos ou banhados;
HIDROLOGIA

• Grande parte do estudo da hidrologia foi


desenvolvida para avaliar a variabilidade
temporal de variáveis importantes do ciclo
hidrológico, e para projetar obras de
engenharia adequadas para minimizar os
impactos de manifestações extremas desta
variabilidade, como enchentes e longas
estiagens.
O Papel da Hidrologia na Engenharia

a) Escolha de fontes de abastecimento de água


para uso doméstico ou industrial;
O Papel da Hidrologia na Engenharia

b) Projeto e construção de obras hidráulicas:


b.1) Fixação das dimensões hidráulicas de
obras de arte, tais como: pontes, bueiros,
etc...
b.2) Projeto de barragens: localização e
escolha do tipo de barragem, de fundação e de
extravasor; dimensionamento;
b.3) Estabelecimento do método de
construção;
O Papel da Hidrologia na Engenharia
O Papel da Hidrologia na Engenharia

c) Irrigação, drenagem de terras agrícolas:


balanço hídrico,disponibilidades superficiais e
subterrâneas, construção de açudes e
reservatórios, perdas de água em canais por
evaporação e infiltração no solo;
O Papel da Hidrologia na Engenharia
O Papel da Hidrologia na Engenharia
d) Regularização de cursos d’água e controle de
inundações:
d.1) Estudo das variações de vazão; previsão
de vazões máximas e mínimas;
d.2) Exame das oscilações de nível e das áreas
de inundação;
d.3) Dimensionamento da capacidade de
reservatórios
O Papel da Hidrologia na Engenharia
O Papel da Hidrologia na Engenharia

e) Controle da Poluição: Análise de


capacidade de recebimento de corpos
receptores dos efluentes de sistemas
de esgotos: vazões mínimas de cursos
d’água, capacidade de regeneração e
velocidade de escoamento;
O Papel da Hidrologia na Engenharia
O Papel da Hidrologia na Engenharia

f) Controle da Erosão:
f.1) Análise de intensidade e freqüência
das precipitações máximas,
determinação de coeficiente de
escoamento superficial;
f.2) Estudo da ação erosiva das águas e da
proteção por meio de vegetação e outros
recursos;
O Papel da Hidrologia na Engenharia
O Papel da Hidrologia na Engenharia
g) Navegação fluvial.
h) Barragens e aproveitamento hidrelétrico:
avaliação de potenciais hidrelétricos,
localização do aproveitamento, tipo de
barragem, dimensionamento de vertedores e
dispositivos de descarga, instalações de
aproveitamento, regularização de potências;
O Papel da Hidrologia na Engenharia
O Papel da Hidrologia na Engenharia

i) Recreação e preservação do meio-ambiente;

j) Operação de sistemas hidráulicos complexos;

k) Projeto do sistema de drenagem urbana


incluindo canais, drenagem de rodovias e
aeroportos.
O Papel da Hidrologia na Engenharia
Distribuição da Água na Terra

Figura 1 – Distribuição da água na terra


Ciclo Hidrológico

Figura 2– Ciclo Hidrológico Global


Ciclo Hidrológico Global

• O ciclo da água no globo é acionado pela


energia solar;
• A água é retirada dos oceanos através da
evaporação da superfície do mar e da
superfície terrestre;
• A água entra no sistema de circulação geral
da atmosfera depende das diferenças de
absorção de energia (transformação em
calor) e da reflectância entre os trópicos e
as regiões de maior latitude, como as áreas
polares.
Ciclo Hidrológico Global

• Esse sistema cria condições de precipitação


pelo resfriamento do ar úmido que formam as
nuvens gerando precipitação na forma de
chuva e neve (entre outros) sobre os mares e
superfície terrestre;
• O fluxo sobre a superfície terrestre é
positivo (precipitação menos evaporação),
resultando nas vazões dos rios em direção aos
oceanos;
• O fluxo vertical dos oceanos é negativo, com
maior evaporação que precipitação.
Ciclo Hidrológico Terrestre

Figura 3– Ciclo Hidrológico Terrestre


Ciclo Hidrológico Terrestre

• Processos hidrológicos na bacia: fluxos


vertical e longitudinal.
• O vertical é representado pelos processos
de precipitação, evapotranspiração, umidade
e fluxo no solo,
• O longitudinal pelo escoamento na direção
dos gradientes da superfície (escoamento
superficial e rios) e do subsolo (escoamento
subterrâneo),
Ciclo Hidrológico Terrestre

- O balanço de volumes na bacia depende


inicialmente dos processos verticais.
Processos na Bacia Hidrográfica

Figura 4 – Processos na Bacia Hidrográfica


Processos na Bacia Hidrográfica

• A radiação solar que atinge a superfície da


terra, parte é refletida e parte é absorvida;
• A vegetação tem um papel fundamental no
balanço de energia e no fluxo de volumes de
água;
• A parcela inicial da precipitação é retida
pela vegetação;
• O volume retido é evaporado assim que
houver capacidade potencial de evaporação;
Processos na Bacia Hidrográfica

• Quando esse volume, retido pelas plantas, é


totalmente evaporado, as plantas passam a
perder umidade para o ambiente por meio da
transpiração (Evapotranspiração).
Processos de Interceptação Vegetal na
Bacia Hidrográfica

Figura 5– Processos de Interceptação Vegetal na


Bacia Hidrográfica
Processos de Interceptação Vegetal na
Bacia Hidrográfica

• A precipitação atinge o solo:

(a) atravessando a vegetação (em


média 85% da precipitação incidente);
(b) por meio dos troncos (1 a 2% da
precipitação);

• Interceptação.
Processos de Interceptação Vegetal na
Bacia Hidrográfica
• Do volume de precipitação que atinge o solo
uma parte pode infiltrar ou escoar
superficialmente;

• dependendo da capacidade desse solo de


infiltração, a água que infiltra, pode
percolar para o aqüífero ou gerar um
escoamento sub-superficial ao longo dos
canais internos do solo, até a superfície ou
um curso d’água;
Processos de Interceptação Vegetal na
Bacia Hidrográfica
• A água que percola até o aqüífero é
armazenada e transportada até os rios,
criando condições para manter os rios
perenes nos períodos de longa estiagem;

• Em bacias onde a capacidade da água


subterrânea é pequena, com grandes
afloramentos de rochas e alta evaporação,
os rios não são perenes, como na região de
cristalino do Nordeste.
Processos de Interceptação Vegetal na
Bacia Hidrográfica
• A capacidade de infiltração depende do tipo
e do uso do solo;
• Na floresta é alta (Pritchett, 1979), o que
produz baixa quantidade de escoamento
superficial;
• Em solos sem cobertura e compactação, a
capacidade de infiltração pode diminuir
drasticamente, com constantemente
aumento do escoamento superficial.
Processos de Interceptação Vegetal na
Bacia Hidrográfica

• Estradas de terra ou caminhos percorridos


pelo gado sofrem forte compactação, reduz
a capacidade de infiltração, enquanto o uso
de maquinário agrícola para revolver o solo
durante o plantio pode aumentar a
infiltração.
Processos de Interceptação Vegetal na
Bacia Hidrográfica

• A capacidade de infiltração varia também


com as condições de umidade;

• Um solo argiloso pode ter uma alta


capacidade de infiltração quando estiver
seco, no entanto, após receber umidade
pode se tornar quase que impermeável.
Escoamento na Bacia Hidrográfica

Figura 6– Escoamentos na Bacia Hidrográfica; a)


escoamento hortoniano e b) áreas de saturação
Escoamento na Bacia Hidrográfica

• o escoamento “Hortoniano”: o escoamento


superficial é gerado em toda superfície
(para capacidade de infiltração menor que a
precipitação) e o escoamento sub-superficial
escoa até o rio;
Escoamento na Bacia Hidrográfica

• Em áreas que praticamente não ocorre


escoamento superficial, toda a precipitação
se infiltra, tendo um significativo
escoamento sub-superficial que é
transportado pelos macroporos, que pode
aparecer na superfície por meio de fontes,
produzindo escoamento superficial em
conjunto com a precipitação local.
• O escoamento superficial converge para os
rios que formam a drenagem.
Escoamento na Bacia Hidrográfica

• O escoamento em rios depende de várias


características físicas tais como: a
declividade, rugosidade, seção de
escoamento do rio e obstruções ao fluxo;

• Os rios tendem a moldar dois leitos, o leito


menor, onde escoa na maior parte do ano e o
leito maior (utilizado quando o rio
transborda), que o rio ocupa durante
algumas enchentes;
Escoamento na Bacia Hidrográfica

• Quando o leito não é rochoso, as enchentes


que ocorrem ao longo dos anos geralmente
moldam um leito menor de acordo com a
freqüência das vazões;

• O tempo de retorno da cota


correspondente a definição do leito menor
está entre 1,5 e 2 anos.
Considerações Finais

• a interface entre solo-vegetação-atmosfera


tem uma forte influência no ciclo
hidrológico;

• Associado aos processos naturais, já


complexos, existe também a interferência
humana que age sobre esse sistema natural;
Considerações Finais

• A maior dificuldade em melhor representar


os processos hidrológicos, nas interfaces
mencionadas é a grande heterogeneidade
dos sistemas envolvidos, ou seja, a grande
variabilidade do solo e cobertura vegetal,
além da própria ação do homem.

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