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REGIME DE

ADIANTAMENTO
O QUE É
ADIANTAMENTO?
Adiantamento é a entrega de numerário (valor disponível)
ao servidor em exercício, preferencialmente efetivo, para
pagamento de despesas extraordinárias e urgentes, ou que
necessite ser realizada em local distante da Unidade, cuja
realização não permita demora e não possa aguardar o processo
ordinário ou comum.
FUNDAMENTOS
LEGAIS PARA
CONCESSÃO DE UM
ADIANTAMENTO:
•Artigos 68 e 69, da Lei 4.320/64, de 17/03/64, que “Institui
Normais Gerais de Direito Financeiro para a elaboração e
controle dos Orçamentos e Balanços da União, dos Estados,
dos Municípios e do Distrito Federal”.
•Lei Municipal nº 3.271, de 20 de março de 2012, que
“Dispõe sobre a realização de despesas pelo Regime de
Adiantamento”, bem como os Comunicados do TCESP nºs
19 e 29 de 2010.
VALOR MÁXIMO LEGAL
ESTABELECIDO PARA O
ADIANTAMENTO

A Portaria nº 95/02 do Ministério da Fazenda


estabeleceu os limites de valor aplicável ao regime de
adiantamento:
•Art. 1º A concessão de Suprimento de Fundos (Adiantamento),
que somente ocorrerá para realização de despesas de caráter
excepcional, conforme disciplinado no Decreto n. 93.872/86, fica
limitada a:

•5% (cinco por cento) do valor estabelecido na alínea ‘a’, do


inciso II, do art. 23, da lei n. 8.666/93, para outros serviços e
compras em geral.
Como a porcentagem estabelecida no dispositivo acima,
a equivalência de 5% (cinco por cento) de R$ 80.000,00,
corresponde a R$ 4.000,00, assim sendo, os adiantamentos não
poderão ultrapassar este valor.
PROCEDIMENTO DE
SOLICITAÇÃO DE
ADIANTAMENTO
A unidade/setor responsável pelo Adiantamento providenciará a solicitação do Pedido de
Adiantamento, observando:
•Valor – estimar o valor que será gasto de viagem ou de realização de despesa, de forma que não haja
necessidade de complemento posterior, contudo, sem, superestimar o valor do pedido inicial;
•Nome - deverá ser requerido em nome de um Servidor Municipal;
•Assinaturas - deverá ser assinado pelo solicitante do Adiantamento e pelo Chefe/Imediato.
•Gasto de Viagem:
•Cidade de destino - informar o destino para da viagem ou de realização do evento;
•Data do evento - informar a data ou o período do evento, do curso ou da missão oficial;
•Prazo de Aplicação - o período em que se realizará a missão ou os gastos, devendo ser informado:
•De Base Única - período que compreende o dia de início da viagem e o de retorno;
•De Base Mensal - indicar o mês ou os meses conforme o caso.
•Objetivo da viagem - descrever de forma clara e objetiva a missão oficial;
•Acompanhante - informar o nome completo de todos os participantes da missão oficial;
• Realização de despesa:
•Espécie da Despesa – especificar de forma detalhada o tipo da despesa,
•P. ex.: alimentação, combustível, hospedagem, passagens, miúdas e de pronto pagamento, entre outros,
observando que deve realizar apenas gastos para despesas que foram objeto de solicitação no pedido de
adiantamento;
•Dotação a ser onerada - informar a dotação (ficha), o órgão ou o departamento em que será empenhado;
•Após aprovação pelo Responsável da Unidade em liberar o adiantamento, o Departamento de
Finanças/Serviço de Contabilidade procederá o empenho da despesa, com prazo mínimo de 02 (dois) dias para
liberação do recurso.
PRAZO DE APLICAÇÃO DOS
RECURSOS E PRAZO PARA
PRESTAÇÃO DE CONTAS
Para aplicação do recurso recebido: serão aceitos somente
comprovantes de despesa a partir da data do recebimento do recurso
(assinatura na nota de empenho).
•Para a prestação de contas: o prazo terá início a partir da data do
recebimento com a devida assinatura na nota de empenho ou na cópia de
cheque anexo a Ordem de Pagamento. Ex: Suponha que a assinatura
esteja com a data de 21/11/2013, o prazo para a realização da despesa
será de 30 dias corridos, encerrando em 20/11/2013;
•*O prazo para utilização do adiantamento concedido é determinado
segundo a lei local, desde que nos termos do art. 68 da Lei nº 4.320/64,
assim sendo, seu prazo de aplicação pode variar em cada município.
•Para a prestação de contas em atraso: no dia útil posterior ao
vencimento da prestação de contas, o Departamento de Finanças/Serviço
de Contabilidade notificará o atraso diretamente ao responsável,
concedendo-lhe um prazo final de 5 (cinco) dias para realizar a prestação
de contas. Em caso de não cumprimento da obrigação da prestação de
contas, o responsável ficará sujeito à:
•- multa de 20% (vinte por cento) sobre o valor total do
adiantamento;
•- inscrição na dívida ativa pelo Departamento de Tributos;
•- à abertura de sindicância nos termos da legislação vigente, e;
•- responder perante o Tribunal de Contas.
PONTOS IMPORTANTES A SEREM
OBSERVADOS NA APLICAÇÃO DO
ADIANTAMENTO

•Não utilizar, em hipótese alguma, recursos próprios para


realizar gastos públicos antes do recebimento do recurso.
Quem assim o fizer, arcará com o ônus da despesa; pois
fere os princípios legais que regem o regime de
adiantamento, tornando a respectiva despesa como
imprópria;
•Os gastos não poderão ser realizados fora do prazo de
aplicação, bem como, aplicá-los em despesa diferente
daquela para o qual foi solicitada;
•Em obediência aos constitucionais princípios da
economicidade e legitimidade, os gastos devem primar pela
modicidade, (preços razoáveis, ao alcance dos usuários,
compatíveis com as suas condições financeiras, de modo a
não onerar excessivamente o Ente Público
TIPOS DE DOCUMENTOS FISCAIS DA
DESPESA REALIZADA QUE DEVERÃO
COMPOR A PRESTAÇÃO DE CONTAS
Nota fiscal eletrônica, que deverá descrever os materiais
adquiridos, de forma que, permitam concluir pela adequada utilização do
regime de adiantamento, não se admitindo em hipótese alguma, descrições
genéricas como por exemplo: Despesas diversas;
O detalhamento do material fornecido ou do serviço prestado
evitando-se generalizações ou abreviaturas que impeçam o conhecimento da
natureza das despesas e da quantidade fornecida de materiais ou serviços
(discriminação da quantidade de produto ou de serviço);
Para prestação de serviço, a obrigatoriedade da Nota Fiscal
eletrônica está vinculada a legislação de cada Município.
Preenchimento obrigatório de nota fiscal:
•(Data)
•(Nome do Ente Público):
• (Endereço):
• (Nº CNPJ da Unidade):
LEMBRETE MUITO
IMPORTANTE!
1. É imprescindível não esquecer de solicitar à empresa “recibar” a Nota
Fiscal com a mesma data da emissão, para que fique comprovado o pagamento efetuado das
despesas;

2. A data da nota fiscal deverá estar dentro do prazo de aplicação do adiantamento,


portanto, não superior aos 30 (trinta) dias após o recebimento do recurso;

3. As notas fiscais não poderão apresentar emendas ou rasuras, devendo ser


utilizada a mesma caligrafia e caneta na sua emissão, (preenchimento pela mesma pessoa);

4. Em caso de combustível só será permitido para veículos oficiais, desde que a


viagem de destino e retorno impeça o uso do posto de combustível próprio da Prefeitura,
incluindo a placa do veículo na emissão da nota fiscal;

5. Deverá ser atestado na Nota Fiscal por um servidor/chefe imediato,


identificado com nome, cargo, função, assinatura legível. Este atesto é imprescindível para que
fique comprovado o pagamento, e convenientemente justificado, esclarecendo a razão da
despesa, o destino da mercadoria ou do serviço, e outras informações que possam melhor
explicar a necessidade da despesa;

6. Pela interpretação do art. 68 da Lei nº. 4320/64, não é recomendável a


aquisição de material permanente e realização de obras por meio de adiantamento, por serem
despesas que se subordinam ao processo normal de aplicação, ou seja, empenho, liquidação
e pagamento, como por exemplo: mesa, monitores, entre outros;
6.1 – Despesa com táxi
Solicitar recibo ou comprovante devidamente preenchido;
A comprovação deverá ser feita, também, através de Declaração, onde serão
especificados os percursos e respectivos valores;
Anexar os recibos à declaração e esta à prestação de contas.

6.2 – Outros tipos de comprovantes


Somente pegar outros tipos de comprovantes, QUANDO PERMITIDOS,
como por exemplo: RPA, Recibos, Recibos de Inscrição, entre outros.
Se for empresa (pessoa jurídica), deverá ser emitida em papel timbrado e com os
dados cadastrais completos;
Se for pessoa física – constar nº do RG, CPF e da inscrição no INSS ou PIS/PASEP:
O recibo deve, obrigatoriamente, estar assinado, e aquele que o firmou devidamente
identificado (nome, cargo, CPF ou RG), atentando sempre para os descontos de INSS, IR se
houver. (conforme tabela de incidências)
Obs: Informar-se com antecedência sobre estes tipos de comprovantes de
prestação de serviços e sobre a tabela de incidências.

6.3 – Tickets de pedágio


São suficientes para comprovação os recibos/documentos fornecidos pelas
concessionárias das rodovias, anexando-os ao relatório de viagem.
DOCUMENTOS, COMPROVANTES,
NÃO ACEITOS:
Tornam a Nota Fiscal irregular: com descrições genéricas (ex.
despesas diversas), rasuras, adulterações, ilegível, 2ª via, não
identificação do objeto, rasgadas e coladas, faltando pedaço e se
emitida por empresa falida ou encerrada;
•Recibos de quaisquer estabelecimentos comerciais obrigados a
emissão de Nota Fiscal eletrônica;
•Nota de Caixa ou Controle de estabelecimentos comerciais. É
obrigatória a obtenção da Nota Fiscal;
•Nota Fiscal Simplificada (sem identificação do Ente – nome, data,
endereço, CNPJ);
•Cupom Fiscal sem a identificação completa da empresa, do
Ente e dos materiais ou serviços adquiridos;
•Recibos diversos sem as formalidades especificadas (item 5);
•Realizar gastos com despesas impróprias: Bebidas Alcoólicas,
Refrigerantes, Doces, Chocolates, Presentes, Flores, Balas,
Chicletes, Gelos, Sorvetes, entre outros. (Os casos omissos serão
disciplinados pelo Órgão Responsável). Essas despesas terão seus
valores glosados.
PROCEDIMENTO CASO O GASTO
ULTRAPASSE O VALOR DO
ADIANTAMENTO
O Tribunal de Contas aconselha a não ressarcir (reembolsar)
o servidor que possuir uma despesa superior ao valor concedido.
Para isso a orientação é que o planejamento seja prévio, da forma
mais precisa possível, não deixando ultrapassar o valor concedido.

Para que o valor do adiantamento não ultrapasse, deverá


prestar contas assim que detectar este possível acontecimento,
recolhendo à Prefeitura/Câmara o saldo remanescente e solicitando
um novo adiantamento.

* Orientação do Tribunal de Contas do Estado de São Paulo:


único procedimento a ser feito é a emissão de Declaração de
Desistência de valor a maior, visto que o Estado não faz
ressarcimento ao servidor o que ultrapassar o valor concedido, essa
declaração deverá ser anexada na prestação de contas.
A QUEM NÃO PODE SER
CONCEDIDO O ADIANTAMENTO

•Ao servidor responsável por 01 (um) adiantamento que


ainda não tenha prestado contas;
•Limite de 02 (dois) adiantamentos no período de 30
(trinta) dias;
•Em atraso com prestação de contas;
•Em alcance, isto é, em processo de tomada de contas
irregular ou penalidade aplicada pelo Tribunal de Contas e
cujo valor ainda não tenha sido recolhido;
•O servidor em licença, em férias ou afastado;
•O servidor encarregado do recebimento de materiais e/ou
serviços;
•O agente político (Prefeito, Vice Prefeito, Secretários e
Vereador), conforme Deliberação TC-A 42.975/026/08.
DISPÕE A DELIBERAÇÃO TC-A
42.975/026/08:
Artigo 1 – Salvo o subsidio a que faz jus na conformidade do
artigo 29 da Constituição Federal, é vedado pagamento a qualquer
titulo a Vereador.
Artigo 2 – O Vereador, no caso de deslocamento do Município
para participação em eventos oficialmente autorizados, poderá ter as
despesas, eventualmente realizadas, suportadas pelo regime de
adiantamento, de que trata o artigo 68 da Lei Federal n. 4.320, de
1964, feito a servidor responsável pela necessária e correspondente
prestação de contas.
Artigo 3 – esta Deliberação entra em vigor na data de sua
publicação.
São Paulo, 3 de dezembro de 2008.
•Segundo o TCESP, o regime de adiantamento pode ser utilizado pelo
vereador, segundo a lei local, pelo agente político, desde que, nos
termos do art. 68 da Lei nº 4.320/64, apenas servidor público retire,
em seu próprio nome, o numerário, identificando depois, na
prestação de contas, o nome do Vereador que realizou a
correspondente parcela da despesa.
NÃO UTILIZOU TODO O VALOR DO
ADIANTAMENTO

O saldo de adiantamento não


utilizado deverá ser restituído,
mediante depósito/cheque em conta
indicada pelo Departamento de
Finanças/Serviço de Contabilidade,
juntamente com o processo de
prestação de contas. O valor não
utilizado na sua totalidade retornará
na dotação orçamentária.
ERROS MAIS COMUNS NAS
PRESTAÇÕES DE CONTAS
•Documento fiscal emitido acima da data limite para emissão;
•Documento fiscal sem endosso do fornecedor do material ou
prestador do serviço;
•Descrição genérica do serviço contratado ou material
adquirido;
•Aplicação do recurso em finalidades diferentes da justificativa
contida na solicitação do adiantamento;
•Erro na descrição dos dados da Prefeitura/Câmara;
•Falta do atesto do efetivo recebimento do material ou da
prestação do serviço;
•Não encaminhamento dos comprovantes de recolhimento do
ISSQN, INSS e IRPF, quando couber;
•Pagamento de despesas não consideradas de caráter
emergencial, ou seja, passíveis de serem realizadas pelo
processo normal de contratação (licitação ou compra direta).
O QUE CONSIDERAR
DESPESAS MIÚDAS E DE
PRONTO PAGAMENTO
A que se fizer:
•com selos postais, telegramas, radiogramas, materiais e serviços de limpeza e
higiene, lavagem de roupa, café e lanche, pequenos carretos, transportes
urbanos, pequenos consertos, telefone, água, luz e gás, e aquisição avulsa, no
interesse público, de livros, jornais, revistas e outras publicações;
•com encadernações avulsas e artigos de escritório, de desenho, impressos e
papelaria, em quantidade restrita, para uso ou consumo próximo ou imediato;
•com artigos farmacêuticos ou de laboratório, em quantidade restrita, para uso e
consumo próximo ou imediato.
•outra qualquer, de pequeno vulto e de necessidade imediata, desde que
devidamente justificada.
•As despesas com artigos em quantidade maior, de uso ou consumo remoto,
correrão pelos itens orçamentários próprios. (Via Setor de Compras)
•O que caracteriza uma despesa miúda e de pronto pagamento é o seu uso
próximo ou imediato.
•No entanto, o ideal é, sempre que possível, solicitar o adiantamento obedecendo
a real necessidade, porém, isso vai depender do valor, volume, periodicidade e
necessidade destes gastos, visando sempre respeitar os princípios do custo-
benefício e transparência dos gastos públicos.
EFETUAR DESPESAS PARA A REALIZAÇÃO DE
EVENTOS OU FESTIVIDADES, COMO PROCEDER?

O pagamento de despesas pelo regime de adiantamento


diz respeito a despesas imediatas, e que não possam ser
processadas pelo regime comum (art.68 da Lei 4.320/64).
No caso, se as despesas com o evento forem pagas pelo
regime de adiantamento, na requisição do adiantamento deverá
constar que se trata de adiantamento único com prazo de
aplicação correspondente ao período de realização do evento.
Caso contrário, não deve ser realizada pelo regime de
adiantamento e sim pelo regime normal, compra direta, evitando-
se assim tal problema.
O ADIANTAMENTO DEVERÁ SER
APLICADO NO MESMO EXERCÍCIO QUE
FOI REALIZADO

O adiantamento só poderá ser


aplicado dentro do mesmo exercício
financeiro em que foi concedido.
Excepcionalmente, no mês de
dezembro, a prestação de contas
deverá ser feita até o dia 15 (quinze),
independente do prazo estabelecido
para prestação de contas.
DIÁRIA
O que é diária?
Diária é um auxílio pecuniário concedido a
título de indenização por despesas extraordinárias
com alimentação, hospedagem e locomoção
urbana em decorrência de viagem ou
deslocamento a serviço do servidor, em caráter
eventual ou transitório, da sede onde tem
exercício para outro ponto do território nacional
ou para o exterior.
A quem as diárias são devidas?
As diárias são devidas ao servidor público
ou colaborador eventual que se desloca a serviço.
QUANDO AS DIÁRIAS SÃO DEVIDAS?

São devidas por dia de afastamento do servidor do seu local


de trabalho, em uma das seguintes hipóteses:
por estrita necessidade do serviço;
para participar de congresso ou evento similar visando a
apresentação de trabalho de caráter técnico, cultural, científico ou
artístico, desde que formalmente comprovada a participação e
autorizado pela Instituição;
para participar de treinamento inerente ao seu cargo;
por convocação para prestar depoimento fora da sede de sua
repartição, na condição de testemunha, denunciado ou indiciado em
processo administrativo disciplinar; ou
como membro ou secretário de Comissão Disciplinar, quando
obrigados a se deslocarem da sede dos trabalhos para realização de
missão essencial ao esclarecimento dos fatos.
Quando o deslocamento não exigir pernoite fora da sede, a diária
será paga pela metade.
QUANDO O SERVIDOR
NÃO FAZ JUS ÀS DIÁRIAS
nos casos em que o deslocamento da sede constituir
exigência permanente do cargo; ou
quando se deslocar dentro da mesma região metropolitana,
aglomeração urbana ou microrregião.
O SERVIDOR RECEBERÁ SEMPRE
O VALOR INTEGRAL DA DIÁRIA?

Não, nos seguintes casos o servidor fará jus


somente à metade do valor da diária:
Nos deslocamentos dentro do território nacional:
quando o afastamento não exigir pernoite fora da sede;
no dia do retorno à sede de serviço;
quando a Ente Público custear, por meio diverso, as
despesas de pousada; ou
quando o servidor ficar hospedado em imóvel
pertencente ao Poder Público que esteja sob
administração do Governo brasileiro ou de suas
entidades.
QUE SITUAÇÕES O SERVIDOR RESTITUI
DIÁRIAS?

O servidor que receber diárias e não se afastar da sede por


qualquer motivo fica obrigado a restituí-las, integralmente, no
prazo de 5 (cinco) dias.
Na hipótese de o servidor retornar à sede em prazo menor do que
o previsto para seu afastamento, deverá restituir as diárias
recebidas em excesso, no prazo de 5 (cinco) dias, contados da
data de retorno à sede.
QUAIS SÃO OS VALORES DAS
DIÁRIAS E COMO SÃO PAGAS?

Os valores são estabelecidos na legislação vigente e


levam em consideração:
o cargo ou função ocupado pelo servidor; e
a cidade de destino, no caso de viagem no território nacional; ou
o país de destino, no caso de viagem internacional.
As diárias serão pagas antecipadamente, de uma só vez, exceto
nas seguintes situações:
em casos de viagens de emergência, em que poderão ser
processadas no decorrer do afastamento; ou
quando o afastamento compreender período superior a quinze
dias, caso
em que poderão ser pagas parceladamente, a critério do
Ordenador de Despesas.
PODE OCORRER DESCONTO
NOS VALORES DAS DIÁRIAS?

Sim, no ato de concessão de diárias, serão


descontados do servidor os valores correspondentes ao
auxílio-alimentação e auxílio-transporte, já concedidos,
calculados sobre os dias da viagem, incluindo o dia do
embarque e do retorno, excluindo os sábados e domingos.
O SERVIDOR DEVERÁ
APRESENTAR ALGUM
RELATÓRIO?

Sim, por ocasião do seu


retorno, o servidor deve
apresentar ao dirigente da sua
Unidade/Órgão de lotação um
relatório sobre as atividades
desempenhadas ou missão
cumprida.
COMUNICADO SDG Nº
19/2010
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo alerta que, no uso do regime de
adiantamento de que tratam os art. 68 e 69 da Lei nº 4.320, de 1964, devem os jurisdicionados atentar
para os procedimentos determinados na lei local específica e, também, para os que seguem:
1. Autorização bem motivada do ordenador de despesa; no caso de viagens, há de
se mostrar, de forma clara e não-genérica, o objetivo da missão oficial e o nome de todos os que dela
participarão.
2. O responsável pelo adiantamento deve ser um servidor e, não, um agente
político; tudo conforme Deliberação desta Corte (TC-A 42.975/026/08).
3. a despesa será comprovada mediante originais das notas e cupons fiscais; os recibos
de serviço de pessoa física devem bem identificar o prestador: nome, endereço, RG, CPF, nº. de
inscrição no INSS, nº. de inscrição no ISS.
4. A comprovação de dispêndios com viagem também requer relatório objetivo das
atividades realizadas nos destinos visitados.
5. Em obediência aos constitucionais princípios da economicidade e legitimidade, os
gastos devem primar pela modicidade.
6. Não devem ser aceitos documentos alterados, rasurados, emendados ou com outros
artifícios que venham a prejudicar sua clareza.
7. O sistema de Controle Interno deve emitir parecer sobre a regularidade da prestação
de contas.
São Paulo, 07 de junho de 2010.
Sérgio Ciquera Rossi
SECRETÁRIO –DIRETOR GERAL - TCESP
COMUNICADO SDG Nº 29/2010
O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo comunica que, na elaboração do projeto de lei orçamentária, deve a
Administração atentar para os seguintes cuidados.
1. Para satisfazer princípio básico de responsabilidade fiscal, os programas governamentais devem ser bem
previstos, daí evitando as constantes alterações ao longo da execução orçamentária.
2. O projeto orçamentário agregará todas as entidades públicas do nível de governo, o que inclui Administração
direta, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista; isso, nos termos do art. 165, § 5º da Constituição.
3. Nos moldes do § 8º da mencionada norma, a autorização para créditos suplementares não deve superar os índices
de inflação esperados para 2011, de forma a impedir a desfiguração da lei orçamentária.
4. Tendo em mira o princípio orçamentário da exclusividade, os institutos constitucionais da transposição,
remanejamento e transferência serão objeto de lei específica e, não, de autorização genérica no orçamento anual (art. 165, VI da CF).
5. Conforme o art. 15 da Lei nº 4.320, de 1964, a despesa orçamentária será decomposta, no mínimo, até o nível do
elemento.
6. Quanto aos precatórios judiciais, o montante das dotações deve conformar-se à opção feita no Decreto que, a
modo dos incisos I e II, § 1º, art. 97 do ADCT, tenha sido editado pelo Poder Executivo.
7. Caso ainda exista dívida líquida de curto prazo (déficit financeiro), há de haver previsão de superávit orçamentário,
contendo-se parte da despesa sob a forma de Reserva de Contingência.
8. De igual modo, há de haver Reserva de Contingência para neutralizar despesa à conta de eventual superávit do
regime próprio de previdência (art. 8º da Portaria Interministerial nº 163, de 2001 - SOF/STN).
9. A inclusão de obras e outros projetos dependem do atendimento orçamentário dos que estão em andamento (art.
45 da Lei de Responsabilidade Fiscal). 10. À vista do art. 165, § 6º da Constituição, há de se elaborar anexo demonstrando a perda de
receita face às renúncias fiscais que ainda persistem no ente estatal (isenções, anistias, remissões e subsídios).
11. No escopo de controlar o art. 73, VI, "b" e VII da Lei Eleitoral, deve haver específica Atividade para os gastos de
propaganda e publicidade, especialmente quanto ao último ano de mandato.
SDG, 04 de agosto de 2010.
Sérgio Ciquera Rossi
SECRETÁRIO-DIRETOR GERAL - TCESP
LEGISLAÇÃO UTILIZADA:

Artigos 58 e 59 da Lei nº 8.112/90, com redação dada


pela Lei nº 9.527/97;
Decreto nº 5.992/06;
Decreto nº 6.258/07;
Artigos 68 e 69, da Lei 4.320/64;
Lei Municipal nº 3.271/12;
Comunicados do TCESP nºs 19 e 29 de 2010;
Pareceres IBAM – Instituto Brasileiro de Administração
Municipal;
Pareceres Tribunal de Contas.

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