Leitura Crítica dos meios de

comunicação e educomunicação
•Atividades Acadêmicas, Científicas e Culturais-CCA-0298

Responsáveis: Prof. Dr. Claudemir Edson Viana;

AACC III– Prof. Dr. Claudemir E .Viana

Tema 4: Leitura crítica dos meios de comunicação e educomunicação

- Texto : Gottlieb . Liana. Da Leitura Crítica dos Meios de Comunicação á Educomunicação.Revista Trama
Interdisciplinar. No. 2. 2010.

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Pensamentos Metáfora
Várias linguagens
confluindo para um
pensamento conjunto
que representa a trama
interdisciplinar

pensa pensamentos
mento

linguagens

Pensamentos

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Movimento de Leitura Crítica dos Meios de Comunicação”

Uma breve história no Brasil:

1950 – Cinceclubismo da Igreja Católica

- Discutir sobre a influência negativa do cinema em crianças, jovens e adultos

-Movimento de leitura crítica dos Meios de Comunicação (LCC)

-Educomunicação
1980 – experiências da autora:
- Serviço à Pastoral da Comunicação – Edições Paulinas (Sepac-EP): livros:
- Tramas da Comunicação (1983);
- Para uma leitura crítica da televisão (João L V Tilburg); Para uma leitura crítica do jornal (Ismar O.
Soares), Histórias em quadrinhos: leitura crítica (Sônia M B. Luyten) - (1984)
- Liana Gotlieb: publica livro do mestrado “Diálogos sobre educação... E se Platão voltasse?
(1989). Professora de Letras na Metodista – gravava as atividades em video e utilizava técnicas
psicodramáticas nas praticas pedagógicas. Pesquisa de doutorado tronou-se referência no início dos anos
90, com o livro “Mafalda vai a escola”.
Motivar os educadores a levar em consideração a necessidade de pensar a
comunicação social não como lazer e sim como instrumento educativo
capaz de formar consciências

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Metodologia da leitura crítica:
-Condução de leitura junto ao leitor para desenvolver a percepção crítica.
- Uso de técnicas de produção em diferentes linguagens (HQ);

 Livro Para uma leitura crítica da publicidade (Ismar O. Soares) (1988) – catalogado
como “Educação para a Comunicação”
Sistematização de assessorias em escolas para introdução nos currículos e
formação em senso crítico ante o sistema de comunicação social
 útil para Movimento Popular – defendia comunicação comunitária, libertadora
e participativa.

 Projetos de formação do LCC

Inicialmente com Abordagem moralista;
 Abordagem mais científicas – temas: ideologia, indústria cultural, manipulação
dos MCS
 cursos são questionados quanto à reprodução do modelo tradicional de ensino
numa relação professor-aluno num sistema vertical de transmissão

 Livro Para uma leitura crítica da publicidade (Ismar O. Soares) deixa os meios de
comunicação em segundo plano, e destaca as relações que ocorrem entre os
receptores como grupo social e os meios de comunicação.
- Objeto: o pensamento das pessoas e os conteúdos midiáticos

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...em termos filosófico-políticos:

-Passagem da abordagem positivo-funcionalista para a fenomenológica da dialética entre

sujeito e conteúdo midiático

-... Em termos metodológicos:

-Passagem do método dedutivo para o indutivo a partir da observação de produtos culturais.

-Metas utópicas:
-Comunicação libertadora, comunicação democrática, participativa a serviço dos
marginalizados.

-1979-1987 – 200 cursos de LCC – dez mil agentes pastorais e educadores

- 1970 – UNESCO: grande influência dos países do Norte sobre os do Sul;

-Objetivo – educação do público receptor para que tenha uma atitude crítica perante o
impacto das mensagens dos MCM, visando neutralizar os efeitos negativos.
- Para Ismar O. Soares, é impossível neutralizar os impactos;
- Comunicação Social trabalha com bens simbólicos (razão / imaginação / afetivo).
- Portanto, a crítica estaria na produção de cultura, em vez de a neutralizar

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 “A educação para a comunicação deve oferecer condições para que a
comunidade descubra a natureza dos processos de comunicação em que está
inserida, ajudando seus membros a desvendar os mecanismos pelos quais a
sociedade, ao utilizar os recursos da Comunicação Social, exerce sobre o povo
o poder de manipulação. Deve, ainda, favorecer o exercício de práticas
comunicacionais democráticas e libertadoras “ Ismar de O. Soares (1988)

Nos exercícios de análise:

-Da ideologia, da cultura e da publicidade;
-Do sistema de comunicação que sustentava a coesão social

-1991 – livro Como ver Televisão: leitura crítica dos meios de comunicação, José
Manoel Moran.
-Aspectos da leitura crítica da comunicação;
- relações entre meios de comunicação e escola;
- técnica de análise da comunicação na comunidade;
- uso dos conteúdos midiáticos para motivação, análise e produção

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 experiências mais importantes na área na América Latina (até dec 90)
1. Projeto Leitura Crítica, coordenado por Mário Kaplun, no Cesap – Centro al Servicio de la Acción
Popular, na Venezuela –, trabalhava, desde 1978, com jovens, adultos e comunidades populares.

2. Projeto Família e Televisão, do Ilpec – Instituto Latinoamericano de Pedagogia de la Comunicación

–, na Costa Rica, coordenado por Francisco Gutiérrez e dirigido principalmente aos pais e
aos seus filhos.

3. Projeto LCC – Leitura Crítica da Comunicação –, da UCBC – União Brasileira de Comunicação Social,
que se dirigia a educadores, grupos de jovens e comunidades populares, sendo considerado
o mais importante do Brasil.

4. Programa Televisão e Recepção Ativa, do Ceneca – Centro de Indagación y Experssión Cultural y

Artística –, Santiago do Chile, dirigido a grupos de jovens, de mulheres.

5. Plan Deni e o Cineduc, que, além de trabalhar no ensino formal, também se dirigiam a grupos de
jovens e adultos fora da escola.

6. Projetos TAT – Treinamento e Análise de Televisão –, da Igreja Metodista, que se dirigia principalmente
a comunidades religiosas e estudantes.

7. Sepac-EP – Serviço à Pastoral da Comunicação, das Edições Paulinas –, que, além da assessoria a
colégios, oferece cursos para grupos cristãos.

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 Educação para Comunicação (Moran – 1991)
Educar para os Meios é, em síntese, problematizar o que não é visto como problema e desideologizar
o que só é visto como ideologia, sem perder as dimensões de lazer, de alegria, entretenimento e modernidade,

Implica ajudar a compreender as novas codificações, as sutilezas da imagem, da música, da articulação

entre o verbal, o visual e o escrito. Educar também para entender o dinamismo da tecnologia,
das redes empresariais que estão por trás, tanto ao nível do “hardware” como do “software”, as
articulações comerciais, empresariais, financeiras e políticas do complexo de comunicação.

Educar também para a compreensão do conteúdo veiculado, do explícito-implícito, do de evasão-entretenimento-

ficção e do “real”, da vinculação com o cotidiano, do lógico e do afetivo, do conjuntural e
do estrutural. Orientar para análises mais coerentes, complexas-completas, e ao mesmo tempo para
ajudar a expressar relações mais ricas de sentido entre as pessoas, os grupos e a sociedade como
um todo.

É uma educação para novas relações simbólicas e novas expressões do ser social, não só
para análises teóricas. É uma caminhada que precisa ser adaptada a cada etapa do crescimento
fisiológico, cultural e a cada grupo social... É parte significativa de um processo educativo maior, o
de ser cidadãos esclarecidos, de olhos abertos para uma sociedade melhor, procurando se relacionar
e interagir de forma mais consciente e com expressões mais co-participativas

fundamental que a educação para a comunicação se articule com as instâncias políticas que estão
realmente a serviço da transformação democrática.

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Tarefas imediatas:

Para aula de 03/10:

Reunião do grupo para elaboração do trabalho de Leitura ´Crítica de um produto da mídia, seguindo o roteiro de
leitura crítica já indicado, e propondo uma oficina de leitura crítica que inclua um spot de 3 minutos.

Estarei a disposição dos alunos na sala de aula, mas a presença do grupo é facultativa.

Entrega do Trabalho será até 06/06. E a aula será a socialização entre os grupos sobre as análises críticas e a
analise dos textos de leitura, indicados no programa. Enviar para profclaudemirviana@usp.br.

- \Leitura básica:

-GOTTLIEB . Liana. Da Leitura Crítica dos Meios de Comunicação á Educomunicação. Revista Trama Interdisciplinar. No. 2. 2010.

-TRINDADE, Eneus. ANNIBAL, Sérgio. Leitura, recepção midiática e produção de sentido. Revista Comunicação & Educação. 2010

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